ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVIII CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #37a603"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00474</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Arte, Cultura e Espetáculo na Ilha - Série de Reportagens Radiofônicas sobre o Festival Folclórico de Parintins / AM</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;João Paulo Silva Castro (Centro Universitário do Norte); Gabriely Everly dos Santos Pontes (Centro Universitário do Norte - Uninorte ); Edilene Mafra Mendes de Oliveira (Centro Universitário do Norte - Uninorte )</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #37a603"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A primeira edição do Festival Folclórico de Parintins aconteceu em 1965, ele foi resultado da união de jovens que participavam da Juventude Alegre Católica (JAC), junto com o padre Augusto. A ideia era promover uma festa para arrecadar fundos visando a construção da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade. Quadrilhas e os bois Caprichoso e Garantido fizeram parte do evento. Parintins é localizada nas margens do Rio Amazonas, há 367 quilômetros em linha reta de Manaus, capital do Amazonas. No ano seguinte, em 1966, foi realizado a primeira disputa entre os bumbás, consolidando assim, a famosa rivalidade que existe até os dias atuais. O festival era realizado nas quadras poliesportivas da catedral, de 1980 até 1982 no Estádio Tupy Catanhede, de 1983 até 1987 no famoso "tabladão", e em 1988 até os dias atuais, o Bumbódromo. A festa foi ganhando visibilidade ano após ano, principalmente no início década de 90, quando iniciou as primeiras transmissões de rádio e TV. O número de visitantes cresceu e marcas famosas, como a Coca-Cola, passaram a patrocinar o festival. Foi justamente nesse período que o ritmo boi-bumbá virou febre em Manaus. Inúmeras embarcações começaram a chegar no porto de Parintins e diversas rotas aéreas foram traçadas com destino à Ilha Tupinambarana. O festival ultrapassou barreiras, conquistou o mundo através do folclore, dança, música e a beleza de suas alegorias. Mas afinal, esse público que vai prestigiar a festa, se interessa pela cultura da cidade ou com a ideia de garantir entretenimento, na visão de um produto comercial? Waldenyr Caldas em sua obra Temas da cultura de massa: música, futebol, consumo (Arte e Ciência, 2000), no Brasil, a sociedade está envolta pela aura do consumo da cultura de massa, obedecendo às imposições estabelecidas pelo caráter normativo da segmentação social. A proposta do presente trabalho é abordar o Festival Folclórico de Parintins levando em consideração seu contexto histórico, mas também os impactos causados pela indústria cultural. Para a realização da pesquisa foi necessário aprofundar-se nos conceitos de indústria cultural e cultura de massa. Adorno e Horkheimer, criadores da Escola de Frankfurt, na Alemanha, durante o século XX, passaram a estudar esse fenômeno que começara surgir na sociedade. m dos maiores desafios foi disseminar o impacto que a cultura, adquirida de geração a geração, no maior festival folclórico do Amazonas. Desenvolver a reportagem sobre o festival requer uma responsabilidade muito grande, principalmente quando essa manifestação cultural é transmitida pelas ondas sonoras do rádio em um local que este veículo ainda tem bastante força. Por ser uma editoria de cultura, é necessário que tenha conhecimento no assunto na hora de escrever um material. Daniel Piza explana em sua obra Jornalismo cultural (Contexto, 2004) se dedica nas avaliações de ideias, valores e artes. O festival inspira diversas pautas em torno de sua história, faz com que o repórter seja atento e criterioso quando escrever o material.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho teve o objetivo de compreender as tradições do povo parintinense, a cultura local e aprender os ensinamentos transmitidos nessa manifestação cultural, visando unir teoria e prática, no campo radiofônico. Além disso, propor reflexões buscando valorizar suas raízes e preservar essa grande festa. Não demorou muito para o rádio chegar no Amazonas, inicialmente, ele tinha o objetivo de informar notícias sobre economia, atividades promovidas pelo governo e entrada e saída de embarcações. Até os dias de hoje o rádio tem força e importância, principalmente atingindo as comunidades ribeirinhas. Conforme Lia Calabre em sua obra A era do rádio (Zahar, 2004), é uma poderosa ferramenta de comunicação e integração entre os indivíduos. No mês de junho as ondas radiofônicas transmitem o festival na íntegra, mas pouco se constrói materiais relacionados à festa, com a intenção de explicar sua origem. Apesar de ser um dos veículos de comunicação mais tradicionais do país, ele também vem se adaptando às novas tecnologias. De acordo com Nair Prata no livro Webradio: novos gêneros, novas formas de interação (Insular, 2009), o rádio se modernizou e sua linguagem foi completamente alterada no decorrer dos anos. Mesmo com as novas tecnologias, esse meio de comunicação ainda consegue despertar inúmeras sensações e fazer com que o ouvinte possa fazer parte de determinado programa radiofônico. Escrever sobre o Festival de Parintins nas ondas do rádio é um desafio, pois além de narrar todo contexto apresentado em sua história, é preciso também passar a emoção que sente os torcedores de Caprichoso e Garantido quando assistem as apresentações do seu respectivo boi. Cyro Cesar explica em seu livro Rádio  a mídia da emoção (Summus, 2005) que é impossível trabalhar com rádio sem falar em emoção, pois é um requisito fundamental. A elaboração deste trabalho é totalmente baseada nos critérios da produção de uma reportagem radiofônica necessita. Conforme José Marques de Melo no livro Jornalismo brasileiro (Sulina, 2003), a reportagem funciona como relato ampliado de um acontecimento que já repercutiu no organismo social e produziu alterações que são notadas pela instituição jornalística. Foi levado em consideração a magnitude e os ensinamentos que o festival poderia transmitir para diversos ouvintes espalhados pela região amazônica. Após a escolha das pautas, é necessário selecionar fontes, marcar a entrevista e realizar a coleta das sonoras, em seguida, escrever o off e por último, finalizar a matéria dentro do estúdio. Um recurso bastante utilizado na composição da matéria é a sonoplastia. Luiz Artur Ferraretto na obra Rádio: veículo, a história e a técnica (Sagra Luzatto, 2000), o efeito sonoro atua de modo concreto ao evocar sons reais criando novos significados. A coleta de dados seguiu a premissa da pesquisa-ação, que, segundo Cicília Peruzzo no livro Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação (Atlas, 2014), uma ferramenta para solucionar dificuldades ou algum problema do assunto que está sendo pesquisado. O desafio foi aumentando e a responsabilidade em separar os fatos dentro da ética jornalística tornaram-se importante para dar credibilidade à pesquisa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #37a603"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente produto radiofônico procurou se adequar aos gêneros informativos e interpretativos, com a narração de fatos históricos e atuais, procurando explanar diversos pontos de vista. As reportagens foram divididas em três capítulos, seguindo uma linha cronológica estabelecida dentro da pesquisa realizada em campo. Com a intenção de veicular no programa Saber Viver, parceria do Centro Universitário do Norte  Uninorte com a Rádio Rio Mar, cada produto tem participações especiais dos apresentadores, fazendo uma simulação do programa ao vivo. Ao todo, 10 pessoas foram entrevistadas para abordar o assunto com clareza. A primeira parte do trabalho inicia contando a história do Festival Folclórico de Parintins, como diretores e brincantes fazia para organizar a festa, desde o início, nos anos 60, até metade dos anos 80. Permitindo usar da sonoplastia, o material faz o ouvinte relembrar os tempos áureos da brincadeira de boi e do ensinamento que o avô lhe ensinou quando criança. Irian Butel, Paulinho Faria e Raimundinho Dutra foram os responsáveis por explanar o assunto dentro da pesquisa. Toda narrativa é conduzida pela repórter Raquel Alves, procurando passar emoção e esclarecer os fatos por trás da origem do festival. A segunda parte procurou enfatizar as mudanças que a festa começou a vivenciar, principalmente nos anos 90, quando iniciou as transmissões de rádio e TV e com a chegada de grandes empresas com a intenção de patrocinar o festival. Entretanto, ele também cita os impactos da indústria cultural e como isso afetou o público. Odinéa Andrade, Neueler Soares e Márcio Ataíde foram os entrevistados e serviram de base para a realização do trabalho. A repórter Gabriely Pontes narrou o segundo capítulo da presente produção radiofônica. Encerrando a saga da produção, foi abordado o festival nos tempos atuais, com o ganho das novas dinâmicas de apresentação, diferente dos anos 90. Atualmente os bois trabalham com diversos planejamentos, seguindo um cronograma estabelecido para organizar o festival. Além disso, como a festa contribui para a economia de Parintins e com a educação. Ronaldo Barbosa (membro do Conselho de Artes do Boi Caprichoso), Marialvo Brandão (artista de alegoria do Boi Garantido), Diego Oliveira (representante da empresa Amazon Best) e Paulinho Dú Sagrado (produtor musical) explanam o assunto. O repórter João Paulo Castro foi o condutor da reportagem, encerrando a série radiofônica. Para a edição de cada material, a equipe de pesquisa utilizou o laboratório de rádio da Central Multimídia  Uninorte, sob a orientação da professora Edilene Mafra, com o auxílio do radialista Marcelo Nascimento, responsável pela sonoplastia e edição do material. A trilha sonora da série é totalmente baseada com as toadas de Caprichoso e Garantido, além disso, também apresenta a sensação de nostalgia do rádio, trazendo a voz de Raimundinho Dutra e Lindolfo Monteverde (fundador do Boi Garantido). Em média, as produções tem cerca de quatro minutos, separados entre off, sonora e sonoplastia, seguindo os padrões estabelecidos para a realização de um material jornalístico, embasado sobre a cultura.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>