ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00062</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Drag queen: Arte além do gênero</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;VICTOR EDUARDO DOS SANTOS GARCEZ DE OLIVEIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO); LUCAS MORAES CAMILO (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO); LUCIANA LEME SOUZA E SILVA (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Arte, Drag queen, Gênero, Sexualidade, Teoria Queer</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho de fotografia artística usou como referência a arte expressionista para produzir um ensaio fotográfico na disciplina de Fotografia, com o objetivo de idealizar o conceito de gênero por meio do artista drag queen. O projeto buscou representar diferentes formas de expressão no âmbito social artístico, de maneira a sugestionar o empoderamento de uma minoria que sofre no cotidiano o preconceito da sociedade pela não aceitação ou percepção dos gêneros. Concluímos nesse artigo que a discussão de gênero e identidades sexuais deve conter um discurso empático em todo o cenário do humanismo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A questão de gênero encontra-se nos debates atuais na sociedade quando os temas são sexo e sexualidade. As teorizações sobre o assunto vêm de longa data, na qual importantes filósofos, pensadores e críticos usam inúmeras teorias para explicar a identidade de gênero e levantam questionamentos em torno do sujeito. A filósofa pós-estruturalista Judith Butler é conhecida pela sua  teoria queer ou  teoria feminista , apresenta conceitos psicanalíticos e recorre amplamente a formulações sobre a questão da identidade e da subjetividade. Butler descreve os processos quando nos tornamos sujeitos ao assumir as identidades sexuadas/  generificadas /racializadas que são construídas para nós e de certa forma por nós (SALIH, 2015, p. 10). Butler foi influenciada pelo teórico Michel Foucault, onde ele apresenta em seu livro  A história da sexualidade uma hipótese repressiva do sexo e a maneira como ele é visto pela sociedade hipócrita. Foucault ainda afirma que essa repressão afeta os discursos sobre tal e para ele devemos falar de sexo, desnaturalizando o padrão imposto pela igreja, família, escola e não apenas tolerar como algo banal, mas a ser inserido para o bem de todos (FOUCAULT, 1988). Butler (2003) argumenta no seu livro Gender Trouble (Problemas de Gênero), que a identidade de gênero trata-se de uma sequência de atos, ou seja, gênero é um processo que não possui começo nem fim, mas que de certa forma  fazemos , e não algo que  somos . A filósofa interliga a sua tese com as teorias de Simone de Beauvoir, onde a pensadora declara em seu livro  O segundo sexo de que  Ninguém nasce mulher: torna-se mulher (1980, v. 2, p. 9). Para Butler se o argumento de que não nascemos, mas nos tornamos uma mulher, está correto, a mulher em si é um termo em processo, um devir que se encontra em construção do qual não se pode dizer legitimamente que tenha origem ou fim (GT, p. 33).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A proposta do artigo é relacionar o artista drag queen com a desconstrução de gênero, compreendendo o sujeito com identidades plurais, múltiplas, identidades que se transformam, e que não podem ser fixas ou permanentes, pois a construção do gênero e da sexualidade dá-se ao longo da vida. O nosso estudo sobre as teorias é enaltecer a cultura e a arte apresentadas no drag queen, travestismo e transexualismo. Observamos que o ato de travestir ou se montar com roupas do outro sexo se estende desde a Grécia clássica até aos dias de hoje. As transformações podem acontecer como caráter festivo, religioso ou mítico, não estando necessariamente ligado a sua orientação sexual. A linguagem transmitida pelo ator drag é de forma dramática e performativa. Ao se falar do sujeito drag queen podemos desassociar a forma artística com a questão sexual do indivíduo e o gênero que o mesmo se identifica, no caso a orientação sexual de uma determinada pessoa é definida pela sua atração afetiva sexual. Todas as manifestações teatrais surgem a partir do cotidiano e transcendem o conceito apresentado e a linguagem estética, o drag queen trata-se da construção de um personagem por meio da história e pertencente no âmbito social. Portanto, o objetivo principal é diferenciar e desassociar gênero de arte (drag queen); nos quais gênero e drag fazem parte de uma mesma figura, se entrelaçam, habitam e convivem com a mesma pessoa, porém, não interfere um ao outro. Ambos não são colocados lado a lado como sinônimos, tão poucos dividem espaço sendo abordagem de um mesmo tema; assim, continuam separados por personalidade e personagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Dentro desse meio artístico, abre-se um leque com diferentes percepções que cada um atribui para si. Judith Butler relaciona em seu estudo da Teoria Queer um grupo existente de pessoas que se transforma de modo funcional do ato e abrange ideias em torno da identidade performativa, descritas como o fundamento indispensável do feminismo pós-moderno. Nesse mesmo grupo encontram-se outras categorias de artistas, são os crossdressers e transformistas ou drag queens (no caso de mulheres, drag kings). Jaqueline de Jesus (2012) diferencia um grupo de outro por meio de características específicas e o modo como cada um se travestem.  Crossdresser: Pessoa que frequentemente se veste, usam acessórios e/ou se maquia diferentemente do que é socialmente estabelecido para o seu gênero, sem se identificar como travesti ou transexual. Geralmente são homens heterossexuais, casados, que podem ou não ter o apoio de suas companheiras. Transformista ou Drag Queen/Drag King: Artista que se veste, de maneira estereotipada, conforme o gênero masculino ou feminino, para fins artísticos ou de entretenimento. A sua personagem não tem relação com sua identidade de gênero ou orientação sexual (JESUS, 2012, p.10). Com base nos estudos de Foucault, diferenciamos a identidade sexual da identidade de gênero, sendo que os sujeitos podem praticar a sua sexualidade de diversas formas, com parceiros/as do mesmo sexo, de ambo os sexos, sexos opostos ou sem parceiro/a, definindo assim, a sua sexualidade. Entretanto, os sujeitos se identificam de modo cultural e historicamente, e assim definem a sua identidade de gênero (GUACIRA LOURO, 1997). Butler (2003) afirma que gênero não é uma questão biológica do sujeito, pois um ser que nasce homem pode se identificar do gênero feminino e vice-versa, a devida construção da identidade ocorre desde o nascimento, adolescência e maturidade. Butler segue nesse mesmo raciocínio onde relaciona paródia e drag. Para ela será possível distinguir o gênero sob formas que permitem despertar a atenção da heteronormatividade, através do interesse particular em se apresentar por meio de diversas formas. O gênero em geral é de algum modo uma paródia, mas podemos dizer que certas performances tendem a ser mais paródicas do que outras. Portanto, é válido destacar a disjunção do performer e o gênero que está sendo apresentado, tais como o drag, que revelam performances imitativas de todas as identidades de gênero (GT, 2003, p 137-8). O mundo hoje contempla múltiplas culturas e diversos tipos de manifestação artística. Apesar disso, muitas dessas maneiras de se fazer arte não são reconhecidos como tal; existe o preconceito e a intolerância. Entre diversos motivos, a falta de conhecimento sobre o assunto pode ser um fator decisivo. No caso da pessoa que usa do  Drag queen como arte, acaba gerando uma confusão na cabeça do outro: drag sinônimo de gênero. Essa linha de pensamento é de fato comum, apesar de errada, já que drag e identidade de gênero caminham em estradas distintas. O gênero é um estilo corporal que possui como finalidade a sobrevivência cultural, sendo em grande maioria sair do padrão imposto pela sociedade causa punição (GT, p.139). Os performativos de gênero não possuem como objetivo esconder a sua genealogia, mas buscam enfatizar, fugindo dar normas heterossexuais. A característica do conceito não deve relacionar a construção de papéis masculinos e femininos, papéis seriam, na verdade, algo que todos devem seguir e acompanhar as regras de um padrão social. Arte é a palavra fundamental para entendermos o conceito deste artigo: O gênero da pessoa não é uma caracterização, é o que ela realmente é, o ator fora do cinema, algo pessoal e particular. O drag é o espetáculo, aquilo que se promove para entretenimento: a caracterização para uma arte, o personagem que não interfere na vida do ator, aquilo que quando se  desmonta não interfere mais em seu dia a dia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante todo o ensaio fotográfico pensamos em técnicas que ressaltem os modelos e a ideia proposta na fotografia artística. Sendo assim, utilizamos a luz suave, que busca revelar os volumes mais importantes da face e as sombras projetadas pelo rosto. A escolha dessa luz permite uma imagem clara que abrange toda a expressão dos fotografados. A foto foi realizada no estúdio de fotografia da universidade (UNIRP), o processo contou com três tochas flash digital ATEK 350 COMPACT, onde essas estavam ordenadas em cantos estratégicos da sala. A primeira tocha  A possuía o hazy light como projetor de luz suave, assim como a tocha  B , que foi equipada com a sombrinha refletora prata; o objetivo de ambas era de iluminar os modelos. Na terceira tocha  C iluminamos o fundo com o refletor. Optamos para o registro da imagem a câmera digital (DSRL) NIKON D 7000 com lente objetiva NIKON DX 18-105mm. Buscando levar em consideração o conceito artístico dos modelos, a câmera permaneceu em modo manual, utilizando o ISO 100, velocidade 1/100s e abertura do diafragma em f/13. A utilização de um fundo branco concede uma interação com os modelos, no qual o foco se concentra neles e o fundo contribui para uma ampla iluminação. A iluminação circular se encontra presente no processo da foto, pois é ideal para pessoas com rostos comuns, ovais. Os modos específicos para executar tal iluminação consistem na luz principal, onde é abaixada e movimentada para o lado do modelo, permitindo que a sombra se contorne em todo o rosto e abaixo do nariz. A luz de preenchimento também é movimentada, sendo posicionada ao lado da câmera e oposto ao da luz principal, essa luz tende a projetar a sombra em torno do modelo e realça a qualidade da imagem no visor da câmera. A luz de fundo usada abaixo do modelo e atrás, formou um fundo sem emendas, onde resultou no tom branco (HURTER, 2009, p 123-124).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No processo contamos com dois modelos que desmistificam o conceito de gênero, sendo um homossexual e outro transgênero. Na fotografia é possível perceber em um primeiro olhar os dois modelos; o modelo  A se encontra posicionado à direita sentado de lado, com o rosto virado para câmera, deixando exposta a parte esquerda do seu corpo. No lado esquerdo, é visível o modelo  B em segundo plano, que esta em pé olhando para o modelo  A . É a partir desse momento que os detalhes mais importantes surgem dentro da foto. O modelo  A usa um vestido preto, e o destaque principal fica na maquiagem, que apresenta cores vivas com detalhes na boca e na sobrancelha. O glitter vermelho utilizado nessas regiões remete ao conceito artístico do drag, sendo que essa expressão se estende desde ao Egito antigo nas celebrações religiosas e festivas, onde as mulheres egípcias pintavam a face e os lábios com o corante vermelho. O modelo  B representa a desconstrução do gênero e Butler desenvolve esta ideia no capítulo inicial de GT (Gender Trouble):  O gênero é a contínua estilização do corpo, um conjunto de atos repetidos no interior de um quadro regulatório altamente rígido e que se cristaliza ao longo do tempo para produzir a aparência de uma substância, a aparência de uma maneira natural de ser. Para ser bem-sucedida, uma genealogia política das ontologias dos gêneros deverá desconstruir a aparência substantiva do gênero em seus atos constitutivos e localizar e explicar esses atos no interior dos quadros compulsórios estabelecidos pelas várias forças que policiam a sua aparência social (GT, p.33). A caracterização do modelo consiste no uso de um  colete de penas que abrange o seu rosto e no peito abusa de um colar dourado  acessório presente na cultura egípcia. O intuito da fotografia é de transmitir a dissociação entre drag queen e gênero, no caso o modelo  A representa o drag e a arte. Utilizamos a maquiagem exuberante, e principalmente o glitter para dar esse destaque artístico, é possível reparar uma postura mais elegante e construída no modelo, tanto no vestido quanto no seu rosto como se estivesse realmente preparado para uma apresentação, estando em destaque no primeiro plano. RuPaul levanta uma questão de encorajamento sobre a expressão corporal dos artistas drag, com a frase  Todos nós nascemos pelados, o resto é Drag . Ele quer dizer que drag não se trata de uma arte limitada, mas, sim, uma forma de profissionais do meio demonstrarem sua manifestação mais elaborada e confortável. O modelo  A não sofre influência do modelo ao lado, sendo que o modelo  B é a identidade de gênero, não necessariamente definida. As penas dão o tom de liberdade, que está diretamente ligada ao sentido do gênero. O gênero em si é algo liberto, não podemos definir um momento para que as identidades de gênero e as identidades sexuais sejam  instaladas nos indivíduos (LOURO 1997). Ambos não sofrem influência um do outro na fotografia apresentada, porém se completam no conceito artístico. O modelo  B busca enxergar no artista drag uma forma de expressão da arte. Por fim, de maneira resumida, a foto mostra duas situações: o gênero que pode ou não se expressar pelo drag, e o artista drag que é a representação e não possui ligação com nenhum gênero definido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O fundamento da nossa ideia é relacionar a arte de uma minoria que se encontra desvalorizada na sociedade. As questões de gênero passam a ser inclusas no humanismo, onde todos devem se permitir em elevar seu pensamento sobre as identidades do sujeito. Como diz Judith Butler (1998) que o sujeito é de fato constituído discursivamente e político. A busca em todo o momento foi desconstruir a divisão sexo/gênero por meio do artista drag queen, visando que todos podem expressar sua arte por meio do travestir. Sendo assim, permitimos através de todo o conteúdo uma visão ampliada em cima do assunto com o objetivo de quebrar barreiras do preconceito pela falta de conhecimento. Considerando o resultado final, observamos que todo o processo conteve alma e o sentimento que a arte transmite. De forma cultural, agregamos a expressão de cada artista no âmbito social que eles convivem, desmistificando os padrões e conceitos. A fotografia em si auxilia as teorias embasadas e serve como um alicerce para exemplificar o conteúdo, visto que a foto revela em geral a essência do contexto apresentado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AMANAJÁS, Igor. DRAG QUEEN: Um Percurso Histórico Pela Arte dos Atores Transformistas, 2016. Disponível em: http://www.belasartes.br/revistabelasartes/downloads/artigos/16/drag-queen-um-percurso-historico-pela-artedos-atores-transformistas.pdf. Acesso em 20/04/2017.<br><br>BENTO, Berenice. A Reinvenção do corpo: Sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro, Garamond, 2006.<br><br>BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003.<br><br>FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A vontade de saber; tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1988.<br><br>HURTER, Bill. A Luz Perfeita: Guia de Iluminação para Fotógrafos; tradução Tim Martin Stohrer  Santa Catarina: Editora Photos, 2009.<br><br>LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Educação. Uma perspectiva pós-estruturalista  Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.<br><br>LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho  ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.<br><br>SALIH, Sara. Judith Butler e a Teoria Queer; tradução e notas Guacira Lopes Louro.  1ª edição; 2ª reimpressão  Belo Horizonte: Autência Editora, 2015.<br><br> </td></tr></table></body></html>