ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00122</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Arena Olímpica - Projeto Cobertura Experimental da ESPM dos Jogos Olímpicos 2016</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;CAIO CASTILHO SOARES (ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING); Patrícia Rangel (ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;debate, Jogos Olímpicos, narração esportiva, Olimpíadas, rádio esportivo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Arena Olímpica é um programa de debates, baseado na interpretação da informação e ancorado em comentários especializados, que fez parte do Projeto de Cobertura Experimental dos Jogos Olímpicos 2016. Durante 19 dias, o Arena analisou informações jornalísticas relevantes sobre as Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro como as chances de medalhas, desempenho dos atletas, casos de assédio na Vila Olímpica, investimentos e o legado dos Jogos. Além disso, o projeto proporcionou ao aluno a oportunidade de exercer a arte da narração esportiva, tão presente na programação radiofônica profissional e muito pouco incentivada dentro da academia. E resultou em mais desenvoltura no improviso do rádio, amadurecimento crítico-reflexivo, prática do jornalismo opinativo fundamentado no domínio do conteúdo, e claro a experiência de cobrir o maior evento esportivo do mundo: as Olimpíadas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante 19 dias, alunos do curso de Jornalismo da ESPM-SP, participaram do Projeto Cobertura Experimental dos Jogos Olímpicos, entre 3 a 22 de agosto de 2016. O Projeto resultou em mais de 144 horas de transmissão, de 23 competições esportivas narradas ao vivo, e diversos programas que fizeram parte da grade da rádio web ESPM. Entre eles esteve o Arena Olímpica, que tinha duração de cerca de uma hora, composto normalmente por um apresentador e três comentaristas, no formato mesa redonda. Os assuntos de conteúdo noticioso discutidos no Arena se relacionavam com os jogos olímpicos de 2016 que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro. Além do Arena, o produto radiofônico editado demonstra a participação dos alunos em trechos da transmissão do jogo da seleção brasileira feminina de handebol e que no meio da narração deste jogo, tiveram de improviso e repentinamente narrar a disputa final da judoca brasileira Rafaela Silva, porque as imagens da TV por onde estavam acompanhando foi alterada para transmitir a disputa pela medalha de ouro, no mesmo horário do jogo escolhido pelos alunos para narração ao vivo, via off tube . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O principal objetivo do programa Arena Olímpica foi noticiar ao público os fatos ocorridos no dia, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Vale aqui ressaltar que o programa Arena Olímpica fez parte de um projeto maior realizado pelos alunos de Jornalismo da ESPM-SP, que realizaram a cobertura experimental das Olimpíadas e Paraolimpíadas pela Rádio Web ESPM. Durante 19 dias, foram transmitidas as principais modalidades com prioridade para as competições que tiverem participação de atletas brasileiros e/ou com chances de medalhas. O Arena Olímpica foi criado como um programa de debates, para realizar a análise das competições, desempenho dos atletas, recordes, chances de medalhas. Para tanto, os alunos estudavam as competições, levantando informações relevantes para serem levadas aos ouvintes, com a maior precisão jornalística possível. Na sequência, o Arena Olímpica e a Cobertura dos Jogos Olímpicos ESPM-SP tiveram como objetivo propiciar aos alunos do curso de Jornalismo a vivência na cobertura experimental de um megaevento esportivo, potencializando no futuro profissional, a capacidade de análise e síntese, dinâmica na técnica de transmissão radiofônica, entrosamento em equipe editorial e amadurecimento crítico, além de desenvoltura nos improvisos do veículo rádio e construção de portfólio. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O esporte sempre esteve presente na história do homem. Ele é capaz de despertar os mais loucos sentimentos em curto espaço de tempo, quebrando barreiras, deixando de lado as diferenças. Faz parte disso algumas inspirações como a superação, a raça, o patriotismo e até a humildade para o recomeço. Todos estes sentimentos, incluído aí a paixão, também passam pelo Jornalismo esportivo, que em megaeventos como as Olimpíadas, passam a ser o centro das atenções de consumidores de informação. Para a pesquisadora Mara Rovida (2016) "é inevitável pensar nesse momento como uma oportunidade de observação de sujeitos que fazem parte de pesquisas sobre os fazeres jornalísticos". Ou seja, a observação do desempenho da nossa imprensa esportiva. Uma área do jornalismo tão buscada pelos jovens estudantes, que ainda durante o curso de graduação, já sonham em participar da cobertura das principais competições esportivas mundiais, motivados pela observação dos jornalistas profissionais da área do esporte. Foi com este intuito, de dar a oportunidade em vivenciar uma importante competição esportiva, e por entender que a prática profissional é fundamental para a preparação do futuro jornalista no mercado de trabalho, que o curso de Jornalismo da ESPM ofereceu a seus alunos o Projeto de Cobertura Experimental dos Jogos Olímpicos 2016. Os alunos envolvidos no Projeto Olímpico foram motivados a exercitar o jornalismo opinativo, potencializaram desenvoltura no improviso do veículo rádio, aumentaram a dinâmica de técnica de transmissão de programas e jogos, especialmente no ao vivo, assim como exerceram entrosamento de equipe, resultando em amadurecimento crítico-reflexo. Nota-se que atualmente, o noticiário esportivo radiofônico é composto cada vez mais por notas, poucas reportagens, comentários muitas vezes passionais, debates que mais parecem circos, prevalecendo a gritaria dos participantes, o humor e a informação superficial. Quase sempre por ser levado ao vivo, quando bem produzido, o debate empresta singular credibilidade à produção jornalística porque o ouvinte geralmente tem acesso ao depoimento integral dos entrevistados e apresentadores, ou seja, não há muitos cortes e edição do material. Para o professor André Barbosa (2009, p. 103), a mesa redonda é um local de debate, para se apresentar ideias e opiniões diferentes, com o objetivo de análise profunda do fato. Além disso, este espaço de debate deve ser composto por especialistas que procurem esclarecer ao público sobre o tema em questão. Conforme o autor é essencial que "as apresentações possam ser "ao vivo", caso não seja, que tenham aparência, logo a edição deve ser cuidadosa, sem que altere ou artificialize a discussão". O Projeto de Cobertura Experimental dos Jogos Olímpicos 2016 também foi desafiador na questão das transmissões das competições. Os alunos envolvidos puderam praticar além dos comentários, também a arte da narração esportiva, tão presente na programação radiofônica profissional e muito pouco incentivada dentro da academia. E obviamente tão ligada à imprevistos e surpresas. Foi o caso do jogo de handebol feminino Brasil X Romênia. Além de ter sido uma competição pouco comum no majoritário domínio das transmissões de futebol, os alunos tiveram, nesta partida, de lidar com a pronúncia difícil dos nomes das atletas romenas (nomes quase impronunciáveis) e com imprevistos da transmissão off tube, ao terem que deixar de narrar o jogo principal para, de repente, narrarem a final do peso-leve de judô, com a brasileira Rafaela Silva, vencendo a atleta da Mongólia Sumiya Dorjsuren, líder do ranking mundial, porque a TV escolhida para os alunos narrarem o handebol, mudou radicalmente, para passar a transmitir a final da judoca brasileira. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Informação, improviso e emoção. Se pudéssemos resumir a conexão do rádio com o esporte, certamente estas três palavras estariam em destaque. Desde os primórdios, o rádio esteve presente em grandes eventos esportivos como Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. Segundo Patrícia Rangel (2012), a ligação do rádio com o esporte sempre foi uma "relação histórica, tecnológica e que se pautou pela emoção". Foi baseado neste conceito que surgiu o Projeto Experimental de Transmissão da Olimpíada e Paraolimpíada pelos alunos de Jornalismo da ESPM-SP. O encantamento que o veículo rádio apresenta, certamente, passa e muito pelo improviso que lhe é peculiar. No relato de uma competição podem aparecer diversas alternativas de linguagem e até situações inusitadas. Para Márcio Guerra (2014) "a força do rádio permanece mesmo diante de tantas tecnologias e ela se materializa, fundamentalmente na dinâmica vivida pela narrativa". Para tanto, os alunos envolvidos na transmissão passaram por oficinas com o jovem narrador Murilo Franco e práticas de apresentação de programas participando de outras produções da grade da rádio web ESPM. Foi lançado um edital do Projeto Experimental Olímpico, com detalhes do processo de seleção. Os alunos interessados deveriam ter disponibilidade de participar pelo menos três vezes por semana, de acordo com a agenda que seria divulgada depois do processo seletivo. Foram selecionados 30 alunos, regularmente matriculados no Curso de Jornalismo da ESPM-SP. A seleção dos alunos foi dividida em duas fases. Na primeira fase, os interessados deveriam enviar, no e-mail que foi divulgado no Portal de Jornalismo da ESPM-SP, as seguintes informações: i. Minicurrículo; ii. Texto, de no máximo 15 linhas, explicando os motivos do interesse em participar dessa cobertura; iii. Indicar 03 funções nas quais gostaria de atuar (por ordem de interesse): a. Comentarista b. Narrador (a) c. Redator (a) /Repórter d. Produtor (a) e. Multimídia (fotos/vídeos) Já na segunda fase, os alunos selecionados foram convocados para uma entrevista presencial e por fim, para a primeira reunião coletiva com o grupo selecionado. Os trabalhos começaram no início do mês de maio, e todos os participantes (alunos, alunos/subeditores, técnicos e professores), produziram pesquisas, gravações de quadros, seleção de jogos a serem transmitidos e produção das escalas de trabalho da equipe. Alguns alunos que não estavam familiarizados com a linguagem do rádio por ainda não participarem das aulas, como por exemplo, alunos de 1º semestre e/ou alunos que estavam iniciando o contato com a disciplina de radiojornalismo, receberam o apoio direto de professores e alunos dos semestres finais de curso. O projeto também contou com divisão de funções para que os alunos atuassem na: Reportagem, narração, produção, comentários, redatores, entre outros. A começar com a escolha de quatro alunos na função de subeditores de todo o Projeto Olímpico e Paraolímpico. Foram eles: Beatriz Direito, Gregório Jung, Mariana Yole e Taís Haupt, que ocuparam os cargos de produtora executiva, coordenador de transmissão ao vivo, chefe de reportagem e editora multimídia respectivamente. Como produtora executiva, a aluna Beatriz Direito transitava por todas as equipes para apoiar no que fosse necessário. Com sua equipe de produtores, ficou responsável pelo convite de participantes externos, especialistas. Participou diretamente da montagem das escalas, cronograma de transmissão de competições, produção de vinhetas do Projeto Olímpico, sinergia com parte técnica e com o NIS  Núcleo de Imagem e Som da ESPM. Gregório Jung, aluno de 4º semestre, foi o responsável pelas transmissões ao vivo, além de também exercer a função de âncora e narrador. Gregório coordenou cinco equipes compostas por quatro integrantes cada: narrador, dois repórteres e comentarista. Participou ativamente em todos os dias tanto da cobertura Olímpica quanto Paraolímpica dos Jogos. Já a aluna Mariana Yole, atuou como chefe de reportagem e, junto com sua equipe de repórteres, nutriu material para ser lançado na programação ao vivo, como também pré-produziu nos meses de abril, maio e junho, quadros como Medalhão Olímpico que apresentava um mini-perfil dos atletas com chances de medalha, Memória dos Jogos, que abordava a origem e história dos Jogos Olímpicos, além de curiosidades de edições anteriores das Olimpíadas. E também produziu o quadro Que Esporte é este?, que falou dos esportes que não são tão conhecidos do público como o Badminton, Hóquei na grama, luta estilo livre, etc. A aluna Taís Haupt responsável pela informação multimídia do Projeto, desenvolveu com sua equipe, conteúdo para as mídias sociais, - Twitter, hotsite e Facebook, desde a produção em texto e fotos até a edição em áudio do conteúdo ao vivo transmitido pela rádio web. Além disso, editou conteúdo de divulgação adaptado para a linguagem da TV interna da ESPM. Trabalhou todos os dias das Olimpíadas e Paraolimpíadas, com quatro alunos por turno. Além do improviso e da emoção característicos do rádio esportivo, o projeto foi baseado especialmente na informação esportiva. Entende-se que o jornalismo esportivo não se restringe apenas ao entretenimento ou à emoção. O conceito do Projeto de Cobertura Experimental imprimiu aos alunos a prática de um jornalismo esportivo além dos resultados diários de competições dos Jogos Olímpicos. A notícia deveria ser buscada, apurada e interpretada para o ouvinte, num contexto acima dos resultados dos jogos. Portanto, além das narrações das competições, um dos formatos mais populares e que combinam com o conteúdo esportivo é o debate ou a mesa redonda. Esta escolha também se justifica por serem os Jogos Olímpicos uma competição mundial, de grande interesse público e que para Robert MCLeish já é motivo de escolha do formato debate. O assunto a ser abordado na transmissão de um debate deve ser de interesse público. O objetivo é fazer o ouvinte ficar a par de argumentos e contra-argumentos expressos em forma discursiva por pessoas que de fato sustentam suas opiniões com convicção. (MCLEISH, Robert, 2001, p. 107) Um dos programas criados com este intuito foi o Arena Olímpica. Para a elaboração do programa Arena e para o projeto de cobertura dos Jogos foi realizada uma ampla pesquisa de todos os esportes envolvidos, as principais potências olímpicas e curiosidades sobre as modalidades. Por ser um programa baseado na interpretação da informação, ancorado em comentários, no formato de debate/mesa redonda, os alunos participantes deveriam ter domínio do conteúdo a ser abordado para praticarem o jornalismo opinativo sério, com credibilidade, com o mínimo de "achismos esportivos", mas ainda assim, com a leveza que o jornalismo esportivo tem. Vale ressaltar que o programa Arena Olímpica fez parte de uma grade horária dentro do projeto "Cobertura Olímpica e Paraolímpica Experimental dos alunos de jornalismo da ESPM-SP". Este projeto resultou em 144 horas de transmissão durante dezenove dias. De 3 a 22 de agosto, exceto nos finais de semana, 23 competições foram narradas ao vivo pelos alunos de Jornalismo, com média de aproximadamente 300 ouvintes por dia. Vale compartilhar que o pico de audiência aconteceu na estreia do projeto, durante a transmissão do jogo de futebol feminino entre Brasil x China, com média de 400 ouvintes. Os alunos desenvolveram também o site do Projeto que obteve mais de duas mil visualizações, com visitantes de todos os cinco continentes, de 15 países diferentes. O endereço do site é: https://coberturaolimpica.com/ E por fim, para quem se interessar, a equipe produziu um making off dos dezenove dias em que participou deste Projeto Experimental da Cobertura dos Jogos Olímpicos. Acesse os bastidores e veja o vídeo pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=HtU5FyMAC0M&feature=youtu.be </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Trata-se de um material radiojornalístico esportivo seriado e sequenciado, mas que aqui apresenta-se editado para 41'30", contendo parte do programa Arena Olímpica, posteriormente, trechos da transmissão do jogo de handebol da seleção feminina do Brasil e que no meio parte para a narração de improviso da final do judô com a atleta do Brasil Rafaela Silva conquistando a medalha de ouro e por fim, o material radiofônico encerra-se com trechos do último dia de Olimpíada, mostrando o fechamento do Projeto Experimental de Cobertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 dos alunos de jornalismo da ESPM-SP. Na sequência, partiremos para a descrição dos produtos. O programa Arena Olímpica fez parte de uma grade horária dentro da Cobertura Olímpica e Paraolímpica Experimental dos alunos da ESPM. Com duração de uma hora, o programa noticioso de rádio era composto normalmente por um apresentador e três comentaristas, no formato mesa redonda. Os assuntos discutidos no Arena se relacionavam com os jogos olímpicos de 2016 que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro. O apresentador tinha o papel de mediador, colocando assuntos para debate, desde o quadro de medalhas, resultados das provas e até fatos fora dos jogos como os casos de assédio que aconteceram na vila dos atletas. Os comentaristas davam suas opiniões, que podiam ou não concordar entre si, e assim o programa era feito. Além da parte ao vivo do debate, o Arena Olímpica também contava com reportagens gravadas, todas em relação às Olimpíadas. Essas reportagens serviam de assunto para serem analisados no próprio programa. A preparação do programa consistia na equipe de comentaristas e apresentador pesquisando pautas junto à redação do projeto de cobertura. Esses assuntos eram adicionados ao roteiro do programa para que fossem abordados por todos. Dependendo do ritmo da discussão, o Arena Olímpica possuía um intervalo para dar descanso aos participantes, como também para a equipe de produção reorganizar tempo, estratégias e assuntos debatidos. Em alguns casos especiais, o programa contava com convidados por telefone, geralmente pessoas que estavam no Rio de Janeiro, assistindo aos Jogos e participavam do programa Arena Olímpica para passar um panorama, in loco, dos aspectos essenciais do clima olímpico. Os participantes do programa então faziam realizavam entrevistas com os convidados, assim como incentivavam a se juntarem à discussão dos principais assuntos tratados no momento. Dentro da grade horária semanal da Cobertura Olímpica e Paraolímpica Experimental, o Arena Olímpica era um dos únicos programas que possuía edições diárias já que servia também como uma forma de informar os ouvintes sobre os acontecimentos do dia. As edições de segunda e sexta-feira eram reservadas para analisar o que havia acontecido ou iria acontecer nas competições nos finais de semana, já que o Projeto Experimental da Olimpíada, não realizava a cobertura aos sábados e domingos. O programa trabalhava muito o aprofundamento nas pesquisas dos temas abordados, as pesquisas nas competições menos conhecidas, a apuração e rapidez do levantamento das informações, rapidez de raciocínio, prática de argumentação e o jornalismo opinativo. Já a segundo parte do material editado (a partir dos 7'30") apresenta a abertura de uma Jornada Esportiva, com a narração realizada no dia 8 de agosto de 2016, do jogo de handebol feminino Brasil e Romênia, realizada pelos alunos Pedro Martelli (aluno do 4º semestre na função de narrador), Gabriel Garcia (comentarista e aluno do 4º semestre), Gustavo Dias (repórter da Seleção Brasileira, aluno do 4º semestre) e Marina Teixeira (repórter da Seleção Romênia, aluna do 8º semestre). A transmissão de uma competição esportiva pelo rádio exige bastante de todos que estão envolvidos na Jornada, e neste caso, comparando com a televisão, acaba sendo bem mais difícil porque não podem ocorrer vazios na programação, ou seja, todo o espaço de transmissão precisa ser preenchido, obviamente porque o rádio não possui imagens de apoio. Desta forma, o narrador interage o tempo todo com os repórteres, comentaristas e o detalhamento dos fatos ocorridos durante a partida acaba sendo uma prioridade neste veículo. A habilidade de improviso dos participantes também dá o tom das transmissões dos jogos, ainda mais em partidas em que alunos não estão tão acostumados como foi o caso do handebol, esporte pouco comum nas grades das principais emissoras do país. Para isso, os integrantes do Projeto estudaram as regras do handebol, levantaram históricos das equipes em outras competições e entenderam a dinâmica do jogo. Para a função de narrador, o desafio foi ainda maior. Além de lidar com a responsabilidade de ser o "comandante" da transmissão e o tempo todo interagir com sua equipe escalada, o fôlego também foi um importante fator, afinal o ritmo do esporte handebol é bem diferente do popular futebol, envolve narração frenética, e até um fôlego de atleta, que culminou com a narração total de 39 gols, no jogo que terminou com a vitória do Brasil sobre a Romênia, em 26 x 13. Mas o ápice do improviso, ocorreu aos 15"27" do material editado, quando de repente, a TV Globo, emissora em que os alunos estavam utilizando como guia para narrar a partida via off tube, tirou completamente a imagem da partida de handebol Brasil X Romênia, que acontecia na arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra, e passou a mostrar as imagens da Arena Carioca 2, com a final do Judô feminino, categoria dos leves (57kg), entre a brasileira Rafaela Silva, e a mongol Sumiya Dorjsuren. O aluno Pedro Martelli conduz de forma tranquila e até surpreendente esta alteração, explicando que a transmissão iria dar uma pausa no jogo de handebol para acompanhar a defesa pela medalha de ouro da judoca brasileira. Além disso, o aluno ainda conseguiu trazer emoção à narração, o tempo todo falando do tempo que faltava para o Brasil conquistar o ouro, apoiado pelos repórteres que rapidamente levantaram informações pertinentes à nova competição transmitida e que não estava planejada para ser narrada. Por fim, faz parte da peça radiofônica, a edição do último dia de transmissão (aos 32'16"), com o programa Arena Olímpica, fazendo um rescaldo do que foi o Projeto Experimental de Cobertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 dos alunos de jornalismo da ESPM-SP. Participação dos professores, subeditores, técnicos e todos os alunos envolvidos, mostrando a alegria e a descontração que só o jornalismo esportivo possui. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A experiência de participar de um programa radiofônico que não se atém a um roteiro completo, ensina principalmente o improviso na atividade jornalística ligada à este veículo. O Arena Olímpica utilizou dessa habilidade da equipe de apresentador e comentaristas em todas as suas edições. Trabalhar com prazos e deadlines também foi essencial já que o programa estava dentro da grade horária da Cobertura Olímpica e Paraolímpica Experimental, portanto não podia entrar atrasado ou acabar depois do previsto, pois isso atrapalharia os outros programas da grade. Conversar sobre um dos temas que estava em foco naquele momento, as Olimpíadas, também incentivava os participantes a sempre estarem atualizados no assunto para poderem segurar uma hora inteira de programa com conteúdo relevante. Produzir, apresentar e comentar o Arena Olímpica foi uma experiência que colocou os alunos em uma posição mais próxima da profissão jornalística, já que a rotina e o processo de criar o programa foram parecidos com o que pode se encontrar no mercado de trabalho. O desenvolvimento do Projeto Experimental de Cobertura da Olimpíada e Paraolimpíada pelos alunos de Jornalismo da ESPM-SP, de maneira geral, foi uma importante oportunidade de alunos que tem a intenção de trabalhar na área esportiva conhecer a dinâmica de uma cobertura dessa magnitude em ambiente acadêmico, com acompanhamento de professores, técnicos e colegas em diferentes estágios do curso. A troca entre os participantes, em conjunto com os aprendizados da prática diária  seja técnica, de conteúdo, retórica, ou de planejamento - contribuíram significativamente para o desenvolvimento profissional dos integrantes do Projeto Olímpico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARBOSA FILHO, André. Gêneros Radiofônicos: Os formatos e os programas em áudio. 2. Ed. São Paulo: Paulinas, 2009.<br><br>GUERRA, Márcio. O rádio na copa 2014: o desafio das surpresas de uma competição para jovens narradores de futebol. Disponível em: http://www.intercom.org.br/sis/2014/resumos/R9-1538-1.pdf. Último acesso em: 16 de abril de 2017. <br><br>MCLEISH, Robert. Produção de rádio: um guia abrangente da produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001. <br><br>RANGEL, Patrícia e GUERRA, Márcio (org.). O Rádio e as Copas do Mundo. Juiz de Fora: Juizforana Gráfica e Editora, 2012.<br><br>ROVIDA, Mara F.  Patrícia Rangel - Jornalismo esportivo: os limites entre a informação e o espetáculo na cobertura dos Jogos Olímpicos no Brasil. São Paulo: Revista Alterjor, v. 14, nº 2, 2016. <br><br> </td></tr></table></body></html>