ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00255</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;DIAGNÓSTICO E POSSIBILIDADES PARA A ARQUIDIOCESE DE MARIANA (MG) NA CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE ASSESSORIA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Deivid Carlos de Oliveira (Universidade Federal de Ouro Preto); Luana Maciel (Universidade Federal de Ouro Preto); Tamires Ferreira Coêlho (Universidade Federal de Ouro Preto); Karina Carolina Peres Santos (Universidade Federal de Ouro Preto); Amanda Egídio (Universidade Federal de Ouro Preto); Márcio Gomes Martins Junior (Universidade Federal de Ouro Preto)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Arquidiocese de Mariana, Assessoria de Imprensa, Plano de Comunicação, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A comunicação é indispensável para uma boa relação entre a instituição e seus públicos. Este projeto de assessoria de comunicação foi elaborado com o intuito de identificar falhas e potências, buscando, em conceitos teóricos e métodos, bases para desenvolver estratégias tendo em vista o aperfeiçoamento dos processos comunicativos da Arquidiocese de Mariana. Coletamos informações através de entrevistas, cartilhas, guias e também por meio de monitoramento das redes sociais, do site e de mídias locais. Depois de recolher as informações, foi feito um diagnóstico e foram propostas ações para melhorar o relacionamento entre a Arquidiocese e os veículos da região dos Inconfidentes.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Arquidiocese de Mariana é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil e, segundo informações do Guia Geral da Arquidiocese de Mariana (ARQUIDIOCESE; 2016/2017; p.21-22), foi criada em 6 de dezembro de 1745, pela Bula Candor Lucis Aeternae do Papa Bento XIV. Considerando-se que a comunicação é indispensável para uma boa relação entre as instituições e seus públicos, este trabalho teve como finalidade o desenvolvimento e utilização prática das técnicas relacionadas à disciplina de Assessoria de Comunicação para a elaboração de um projeto para a assessoria da Arquidiocese de Mariana, avaliando suas potencialidades e fraquezas e propondo ações que visem seu aperfeiçoamento. Pensar a dimensão comunicacional dos processos organizacionais ultrapassa o desenvolvimento de técnicas e ferramentas de comunicação estratégica para empresas que disputam mercados, atingindo também organizações de outros setores econômicos e sociais, como uma arquidiocese, por exemplo. A atividade de construção de um plano de comunicação foi pensada para atender diferentes instituições, gerando planos e propostas que se adequaram às necessidades específicas de cada uma. O contato dos grupos com instituições e profissionais de assessoria dos mais variados segmentos gerou uma partilha de conhecimento diversificada na turma, além de estabelecer pontes e aproximações entre assessores e futuros profissionais do jornalismo. Jorge Duarte (2011, p. 71) afirma que o trabalho de um assessor, independentemente da amplitude de atuação, "permanece com a saudável responsabilidade de ampliar o ambiente de transparência, qualificando os relacionamentos e agilizando os fluxos de informação de maneira a que a comunicação seja mais efetiva em benefício da organização e da sociedade". </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto objetivou, através da aplicação das técnicas discutidas na disciplina de Assessoria, criar um Plano de Comunicação voltado para as necessidades atuais da Arquidiocese de Mariana, identificando as possíveis falhas de comunicação existentes nos processos da instituição para, assim, elaborar um conjunto de metas e objetivos, visando melhorá-la e apresentando propostas específicas para uma relação mais adequada com a imprensa. No caso da organização arquidiocesana, a criação de um Plano de Comunicação é útil para melhorar os processos comunicativos com públicos externos e também para refletir sobre problemas de comunicação interna. Foi também uma possibilidade de experimentação empírica sobre a necessidade de se planejar estrategicamente as atividades e investimentos de uma assessoria de comunicação, tendo em vista as peculiaridades da organização e o conhecimento teórico produzido na área. Alguns objetivos específicos foram: a) relacionar as teorias de comunicação estratégica às práticas de assessoria de uma instituição sem fins lucrativos socialmente reconhecida; b) analisar criticamente a situação atual da assessoria e traçar um plano propositivo adequado à realidade da instituição; c) observar as relações estabelecidas entre assessoria e meios de comunicação na região de Mariana-MG; d) exercitar técnicas de planejamento estratégico voltadas à imprensa, como release, mailing list, sugestões de pauta, monitoramento e desenvolvimento de um plano de comunicação que considera também os riscos de crise que atravessam a organização; e) desenvolver soluções e gerar subsídios para uma mudança significativa na assessoria da Arquidiocese, mantendo estratégias que já funcionam e modificando o que é problemático. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">É imprescindível pensar nos processos comunicativos atrelados a instituições de grande impacto social, como é o caso da Arquidiocese de Mariana. Isso se torna ainda mais complexo diante de um cenário em que a comunicação sempre foi uma preocupação da Arquidiocese em toda sua história. Essa utilização se inicia com a criação da Folhinha Eclesiástica de Mariana, fundada por Dom Silvério, que é publicada desde 1870, e é, até o momento, a de maior circulação nas comunidades da Arquidiocese. Porém, é perceptível que boa parte do conteúdo das informações veiculadas em seus meios é composta por dados com relevância para a Igreja e com o objetivo de evangelizar. É também para as mídias católicas e nas publicações de caráter religioso que se voltam as atenções da assessoria. São poucas as matérias publicadas em mídias tradicionais e locais, perdendo um espaço que poderia ser utilizado para difundir e veicular melhor as ações da Arquidiocese e abranger um público que vai além do religioso. É relevante desenvolver habilidades técnicas no campo da comunicação voltadas para as peculiaridades das organizações. Elaborar um plano significa identificar as possíveis falhas de comunicação e avaliar as atividades prestadas para, assim, elaborar um conjunto de metas, objetivos, inclusão de público interno e mapeamento de público-alvo da instituição e políticas que serão adotadas no que diz respeito à prestação de serviços de assessoria de comunicação. Assim, o plano  deve ser estruturado de forma clara e concisa, criando um elo de responsabilidade entre o jornalista e o seu assessorado . (FERRARETTO; FERRARETTO, 2009, p. 40). Pode ser destacada a importância ligada à análise e ao desenvolvimento de estratégias voltadas a organizações não empresariais, que ainda são predominantes na formulação de teorias e de técnicas de planejamento estratégico. Construir um plano de comunicação não empresarial implica apropriar-se das ferramentas com criatividade, de forma crítica, proporcionando um estímulo à busca por soluções em contextos pouco abordados no plano teórico. A aplicação desse plano de assessoria promove uma mudança significativa na comunicação da Arquidiocese, uma vez que ela pode manter o que já funciona e aprimorar outras ferramentas, alcançando novos públicos e fazendo a organização se tornar ainda mais conhecida e legitimada, bem como evitando desgastes de imagem em uma organização ligada a valores como o conservadorismo. É essencial trabalhar com as ferramentas de uma instituição que promove, através da comunicação, serviços importantes à região de Mariana, como o apoio ao jornal A Sirene, de resistência e defesa das vítimas do rompimento da barragem da Samarco em Bento Rodrigues. Esse tipo de atividade e experimentação é fundamental para a formação de alunos do curso de Jornalismo, sobretudo em uma região cujo mercado de trabalho é, majoritariamente, voltado para atividades em assessorias e agências de comunicação estratégica. A vinculação entre teoria e prática ajuda a desenvolver as competências dos alunos e a prepará-los melhor para a atuação após a saída da universidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A meta do grupo foi desenvolver o plano de forma clara, de maneira que conseguíssemos nos aproximar ao máximo da realidade vivida no dia-a-dia da assessoria de comunicação da Arquidiocese de Mariana. Para isso, foi necessário ter uma base com informações consistentes sobre a organização. Tendo isso como norte, o grupo fez diversas reuniões para decidir sobre métodos de coleta de dados. A entrevista foi uma técnica importante, já que, a partir dela, seria possível coletar informações que não conseguimos apenas com pesquisa documental. O primeiro passo foi entrar em contato com a jornalista Bruna Sudário, assessora da instituição, o que foi feito por e-mail. Em seguida, foram planejadas as questões e a abordagem. Como o nosso trabalho é sobre uma instituição religiosa e que tem alguns assuntos polêmicos, tomamos o cuidado de definir perguntas que não causassem um constrangimento, mas que ainda assim, deixassem claro o olhar crítico do grupo. O diálogo entre Bruna e a equipe foi feito na sede da Arquidiocese na cidade de Mariana-MG, durante visitas técnicas, o que nos possibilitou sentir minimamente como é o ambiente de trabalho na instituição. O tipo de entrevista feito foi a semiestruturada, pois, apesar de seguirmos um padrão de perguntas pensadas antecipadamente, deixamos o diálogo seguir livre, utilizando o famoso  gancho jornalístico para captar, na fala dela, assuntos que fossem relevantes para o grupo. Isso possibilitou que surgissem novas perguntas que não tínhamos planejado, mas que foram de grande relevância e que usamos no resultado final do nosso trabalho. Decidimos também entrevistar uma pessoa que já tivesse trabalhado na Arquidiocese, mas que não possuísse mais nenhum tipo de vínculo com a organização. Assim, ela poderia estabelecer um diálogo mais aberto, sem amarras, para podermos identificar possíveis divergências em relação à fala dos profissionais que atuam na instituição. A ex estagiária da Arquidiocese Carol Vieira foi uma fonte importante na identificação de potencialidades e fragilidades da instituição. As entrevistas foram concedidas após explicação sobre o conteúdo e objetivos do nosso trabalho. O encontro com Carol Vieira foi realizado em uma das salas de estudo da biblioteca do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA). Alguns assuntos foram destaque nesse processo, como descobertas sobre o fato de a Arquidiocese não possuir um plano de gerenciamento de crises. Em uma perspectiva de entrevista aberta, as perguntas neste momento não foram previamente delimitadas: introduzimos assuntos e deixamos ela discorresse livremente sobre eles. A entrevista aberta é utilizada quando o pesquisador deseja obter o maior número possível de informações sobre determinado tema, segundo a visão do entrevistado, e também para obter um maior detalhamento do assunto em questão. Ela é utilizada geralmente na descrição de casos individuais, na compreensão de especificidades culturais para determinados grupos e para comparabilidade de diversos casos (MINAYO, 1993). Com as técnicas de entrevista, foi possível saber como é, e como funciona a comunicação interna da Arquidiocese de Mariana e também como atua na teoria a comunicação externa, oferecendo bases para o que seria nosso próximo passo de pesquisa. O grupo pretendia saber como é a relação da organização com o público, como ela apresenta a sua imagem, como circulam as informações da Arquidiocese na mídia e quais são os meios de comunicação utilizados. Para o levantamento desses dados, usamos a técnica de clipping ou clipagem. Esse método funciona como um levantamento de dados que foram vinculados em algum meio de comunicação, a partir de uma leitura crítica e da seleção das informações de interesse do assessorado. Segundo Maristela Mafei, o clipping ajuda a avaliar a exposição dos concorrentes e do setor de atuação, evidencia a imagem do cliente na mídia, com as devidas percepções de quando e porque ela se altera (MAFEI, 2004). Começamos por listar os meios onde eram veiculadas notícias institucionais sobre a Arquidiocese. São eles: Facebook, site oficial da Arquidiocese de Mariana, Flickr, o jornal mensal produzido pela própria Arquidiocese; o pastoral e o programa de rádio. Também houve uma observação nas mídias locais: o jornal Pontual e a rádio Mariana. Analisamos sistematicamente tudo que foi produzido de informações sobre e pela organização no período de 3/03 a 10/03. Observamos qual foi a frequência de postagens na página do Facebook e no site, os horários, como eram redigidas as matérias do jornal O Pastoral. Depois de levantarmos todos os dados pertinentes ao nosso trabalho, começamos a fase de diagnóstico. Os resultados da pesquisa deixaram claro como a Arquidiocese não pensa em ampliar seu público externo, reforçando o que já tínhamos ouvido na entrevista. O conteúdo das informações são apenas de cunho religioso, tendo em vista apenas os fiéis, deixando de trabalhar com o potencial da instituição em nível regional. Alguns informes são expostos no final de missas, limitando mais ainda o alcance e o público. No período observado, não houve veiculação de notícias sobre a Arquidiocese nos meios de comunicação locais. Outro fato que reforçou isso foi a percepção da falta de envios de press releases da organização para esses veículos de comunicação. Se a arquidiocese se apropriasse melhor desta técnica, ela abriria um grande leque de possibilidades, como por exemplo, um maior alcance na divulgação de seus eventos e ações sociais. Por outro lado, a organização atinge um grande público no Facebook, com mais de 60 mil curtidas. Ela pode usar desse grande alcance para espalhar notícias, artigos e eventos. Por fim, o grupo fez experimentos de formulação de um mailing list e de releases que pudessem atender a algumas demandas da instituição.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Projeto de Assessoria de Imprensa foi produzido no campo da disciplina de Assessoria de Comunicação como atividade avaliativa final. Sua proposta, desde o princípio, visava a elaboração de um planejamento estratégico para uma organização cuja assessoria se localizasse nos arredores da região dos Inconfidentes. Esse plano deveria conter um diagnóstico que apontasse todos os recursos utilizados por tal assessoria como também as características, potencialidades e fragilidades da instituição escolhida, apresentando propostas exequíveis. Para elaboração e materialização das propostas constitutivas do projeto, alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto realizaram visitas técnicas à Arquidiocese, na cidade de Mariana-MG, e entrevistas com funcionários da assessoria de comunicação, entendendo melhor o organograma da instituição. Foram utilizadas técnicas e ferramentas da área de assessoria, como a clipagem, e foi feita uma análise dos meios de comunicação utilizados pela arquidiocese, como a rede social Facebook, o site institucional e o jornal impresso.  A clipagem ou o chamado Clipping, é o termômetro de como as ações da instituição estão circulando na mídia. A agilidade é o pré-requisito do Clipping e deve ser utilizada estrategicamente pelas organizações, de maneira que possam tomar decisões rápidas para evitar repercussão negativa da determinada notícia . (MAFEI, 2004, p.48). Durante a escolha da organização, o nome mais cogitado foi o da Arquidiocese, que é a responsável por gerenciar outras 135 paróquias de cidades vizinhas, o que despertou nos membros do grupo o desejo de buscar soluções que dinamizassem os serviços prestados por todas essas paróquias. O primeiro passo foi reunir material de pesquisa. Após toda essa apuração e descrição dos processos internos e externos, levantamos os instrumentos necessários para construir um projeto de assessoria que fosse compatível com a realidade da instituição. Para levantar esses dados uma das etapas foi, conforme apontado anteriormente, escolher pessoas que pudessem emitir a real situação da Arquidiocese sem levantar dubiedades muito menos omitir qualquer informação comprometedora. Para isso, as pautas iniciais tinham como sugestão de fonte pelo menos duas pessoas: uma que estivesse trabalhando atualmente e que, portanto, compusesse o organograma da instituição, e outra que estivesse saído recentemente da organização. Essa especificação proporcionou uma clareza maior no diagnóstico e também, ao cruzar as respostas de alguém que não possuía mais vínculos com alguém que respondia pela organização, poderia evidenciar algum fato divergente envolvendo a instituição. No entanto, no decorrer das entrevistas nenhum fato discrepante apareceu. Muito pelo contrário, a realização desse procedimento com ambas as partes possibilitou um entendimento maior de cada tema, uma vez que as oratórias são diferentes, assim como o tempo em que cada entrevistada permaneceu como colaboradora. O principal embate enfrentado foi elencar o conteúdo teórico das aulas e aplicá-los às ações práticas da assessoria da forma adequada. Esse aspecto do trabalho ficou evidente, sobretudo, após observarmos a necessidade da Arquidiocese de Mariana em buscar meios, formas, recursos e canais que possibilitassem o seu desenvolvimento e sua expansão. O compromisso estabelecido aqui não se refere apenas a concentrar as estratégias mais cabíveis ao caso, pensando também no código de ética. Segundo Martinez (2010), um comunicador antiético (com comportamento pouco ético) acaba por perder toda a credibilidade. E é nesse cenário que o Projeto de Assessoria se encaixa: ser um referencial prático de como uma comunicação institucional problemática pode vir a se tornar um exemplo positivo para outras organizações. Por isso, o projeto foi formulado: para se adequar aos atributos de um sistema que perpassa a Arquidiocese estudada e engloba toda uma ideologia sólida que se firmou há muitas décadas no Brasil. Em outras palavras, examinar um órgão como este requer muito cuidado, porque qualquer mudança proposta precisa se enquadrar nos moldes pré-estabelecidos pelo catolicismo. A exemplo disso podemos citar: a linguagem empregada nas redes sociais, que é sempre muito formal e  quadrada ; o conservadorismo presente nessa ideologia que invalida muitas ações de marketing; a hierarquia presente desde os bispos até os demais colaboradores que interfere em muitos processos internos e a vigilância da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em todas as ações realizadas pela assessoria. O trabalho possui seções voltadas ao histórico da Arquidiocese, uma breve contextualização, sua relevância social, seu organograma, ao diagnóstico contendo os pontos positivos e negativos e, por último, um esboço de um plano de comunicação, gerenciamento de crise e projeto de assessoria voltado para mídias não católicas. Sua maior funcionalidade é desmembrar todos os processos e táticas de funcionamento e convertê-los em ações de melhoria pontuais. A própria Arquidiocese já reconhece algumas de suas fragilidades, seu público alvo e suas formas de se organizar institucionalmente. Todavia, nenhuma iniciativa foi tomada a fim de mensurar resultados mais positivos. Talvez seja esta a principal deficiência da assessoria: a estagnação dos meios. Isso ocorre devido à comunicação interna ser baseada na verticalidade. Rego (1986) denomina esse mecanismo de comunicação, que se movimenta sempre em uma só direção, de fluxo de comunicação descendente. Esse fluxo,  seguindo o padrão de autoridade das posições hierárquicas, responde pelo encaminhamento das mensagens que saem do top decisório e descem até as bases . É este o caso da Arquidiocese. Durante o processo de produção, percebemos o quanto é necessário repensar as práticas comunicacionais e organizacionais cotidianas. Além disso, ficou evidente que para a completa efetivação deste projeto é necessário que a equipe de profissionais da Arquidiocese trabalhe sinergicamente. É essencial ainda, que os assessores de imprensa entendam as necessidades e especificidades de toda a população para assim trabalhar em busca de uma comunicação plural e efetiva. Principalmente porque se trata de uma instituição cuja missão é suprir uma demanda social e esta diz respeito a toda a população e não apenas aos fiéis. De modo geral, esse Projeto de Assessoria tem como alvo expandir públicos, levantar possibilidades de parceria e estabelecer melhorias na endocomunicação. Em vista disso, trabalhar em um grupo que possuía opiniões diversificadas e sob uma orientação recorrente nos possibilitou estabelecer diálogos e aperfeiçoar um trabalho que não se limita apenas a essa corporação, mas pode gerar subsídios para muitas outras. A Arquidiocese perde ao não visar a utilização de recursos que contribuem para sua melhoria. O setor de comunicação da Arquidiocese não possui ligação com a Pastoral de Comunicação (PASCOM), algo que poderia ser realizado para benefício de ambos. A comunicação é um fator de grande importância para a consolidação da imagem e da reputação de uma organização, quando bem planejada e executada pode interferir na sua legitimação e na forma como é percebida pela sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Um bom profissional de assessoria deve atuar como um elo entre a organização/ empresa/ entidade e o público a que se dirige e também sugerir alternativas que visam buscar mudanças compatíveis com as necessidades do assessorado.  Ele não só faz releases e clipagem, mas essencialmente elabora políticas e estratégias de comunicação (FENAJ, 2001, p.6). Assim, suas responsabilidades são muitas e, diferente de quando a prática de assessoria de imprensa foi implantada no Brasil, seu segmento já se tornou sistematizado. O trabalho de uma assessoria é complexo, pois requer o domínio da técnica e a correta aplicabilidade das ferramentas necessárias para a obtenção de bons resultados. Portanto, analisar esse objeto de estudo demandou tempo, metodologias específicas e uma constante interação entre os saberes teóricos e práticos. Esses últimos foram necessários para compreender os vários pontos de vista e mobilizá-los conforme o paradoxo arquidiocesano. Dessa forma, construir um projeto que busque mapear as características de uma organização é de suma importância para a sociedade, especialmente porque se refere a um sistema cujos interesses públicos devem se sobressair a qualquer interesse privado. Entretanto, por mais que os resultados obtidos contribuam positivamente para melhorar os serviços oferecidos, essa prática nem sempre é realizada. Sendo assim, é necessário que nós, na condição de potenciais jornalistas e assessores de imprensa, consigamos identificar as falhas e as potencialidades dos serviços oferecidos por tal instituição para que assim suas ações e informações alcancem a todos. O desafio que este trabalho se propôs a atender se relaciona muito mais em despertar uma cultura organizacional que se preocupe em aguçar em todas as instituições a indispensabilidade de um projeto de assessoria de imprensa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARQUIDIOCESE. Guia Geral da Arquidiocese de Mariana 270 anos. 1 ed. Mariana: Dom Viçoso, 2016/2017.<br><br>DUARTE, J. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: Teoria e técnica. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2011. <br><br>FENAJ. Manual dos jornalistas em assessoria de comunicação. Disponível em: <http://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2016/08/manual_de_assessoria_de_imprensa3.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017.<br><br>FERRARETTO, E. K.; FERRARETTO, L. A. Assessoria de imprensa: Teoria e prática. 5.ed. São Paulo: Summus, 2009.<br><br>LOPES, M. Quem tem medo de ser notícia? da informação à notícia- a mídia formando ou  deformando uma imagem. Makron Books, 2000.<br><br>MAFEI, M. Assessoria de imprensa como se relacionar com a mídia. Contexto, 2004.<br><br>MARTINEZ, A. A. Assessorias de Comunicação. São Caetano do Sul: Difusão, 2010.<br><br>MINAYO M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 1993.<br><br>REGO, F. G. T. Comunicação empresarial, comunicação institucional: conceitos, estratégias, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986.<br><br> </td></tr></table></body></html>