ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00329</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Lugar de diversidade, lugar de história: campanha publicitária para Vila Rubim</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Alice Áquila Ferreira e Campos (Faculdades Integradas São Pedro.); Guilherme Paulino Gonçalves (Faculdades Integradas São Pedro.)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Campanha publicitária, identidade visual, turismo, atividade interdisciplinar , marca</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A proposição a seguir foi fruto de uma atividade interdisciplinar de Redação Publicitária e Direção de Arte, realizadas com os alunos do 4º período do curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Integradas São Pedro. O escopo do projeto foi a criação de uma identidade visual para um bairro da cidade de Vitória, bem como o planejamento de uma campanha publicitária para o mesmo. Com tal intento, foram abordadas as teorias de propaganda utilizadas em sala de aula e pesquisas bibliográficas complementares, fomentando a prática da profissão e a pesquisa acadêmica.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente texto trata-se de um memorial que registra o porquê e como foi desenvolvida a marca para um bairro histórico de Vitória, capital do Espírito Santo. Nomeado primeiramente como Cidade de Palha, o bairro teve diversos nomes até chegar ao atual: Vila Rubim; homenagem a Francisco Rubim, antigo governador da capitania do estado no período de 1812 a 1819. O bairro traz em sua essência grande diversidade e seu desenvolvimento perpassa por atividades portuárias e pequenos comércios até chegar ao famoso Mercado, local que reúne grande variedade de produtos como artigos religiosos, peixarias e ervas medicinais. Segundo Gonçalves,  O homem é um ser essencialmente dotado de linguagem: capacidade de exteriorizar sentimentos, pensamentos e emoções; de manifestar seu mundo interior além de representar a avaliação que faz do mundo exterior, por um conjunto de signos, de relações significantes. (GONÇALVES, 2006, p.13) Para Strunck,  o reconhecimento é a lembrança que o consumidor tem de uma marca. Já a imagem é formada pelas associações que são feitas nas suas mentes ao lembrarem-se da marca (STRUNCK, 2001, p.17). E é por esse caminho que a marca do bairro Vila Rubim foi desenvolvida. Foi pensada de modo que retratasse e exaltasse sua essência, significado e história, proporcionando assimilação junto a seus moradores e a quem trabalha na região. Um meio de tornar a marca visível é elaborar uma campanha publicitária para veiculação. Hoff afirma que  Uma campanha é composta de várias peças destinadas a várias mídias porque pretendemos somar seus esforços na obtenção de um resultado positivo de impacto e convencimento do consumidor. (HOFF, 2004, p. 29) Portanto, a campanha publicitária e todos seus desdobramentos para divulgação da marca do bairro foram criados para que a marca se tornasse conhecida e abraçada pelo público-alvo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo Strunck (2012), a finalidade das identidades visuais é diferenciar marcas de valor junto aos consumidores. O conceito de marca pode ser ampliado ao considerar também pessoas, lugares e estilos de vida como objetos de consumo. Sendo assim, é possível considerar um bairro, com sua tradição e cultura local, uma marca a ser consumida e passível de receber signos que sejam sinalizadores de valores. Por intermédio da semiótica peirciana, Santaella (2004) descreve os signos como elementos que incorporam emoções, pensamentos e reações, conectando significados e significantes. De forma equivalente, a campanha de propaganda, para Sampaio, se trata da "soma de diversos esforços publicitários integrados e coordenados entre si, e realizados para cumprir determinados objetivos de comunicação" (SAMPAIO. 2013, p. 203). A integração de diferentes peças indica a reunião dos "esforços de comunicação em torno do que é mais importante a ser transmitido e compreendido pelos consumidores" (SAMPAIO, 2013, p. 204). Hoff explicita esse objetivo a ser compreendido como a promessa básica a ser entregue pelo tema da campanha presente em todas as peças, "com diferentes signos verbais e não-verbais, mas sempre comunicando a mesma ideia". (HOFF, 2004, p. 6). Para Vila Rubim, é desejável que os habitantes de Vitória tenham uma percepção sobre a sua importância histórica, comercial e cultural, internalizando-a como ponto turístico. Com tal intuito, uma campanha publicitária fornece as ferramentas necessárias para a criação desta concepção, sintetizando um conjunto de informações em símbolos, elementos não-verbais e frases que expressem o espírito daquela localidade, além de criar e fortalecer laços emocionais com aqueles que ali habitam e visitam. Por fim, a campanha de propaganda tem como intuito proporcionar a lembrança do local junto ao público da Grande Vitória por intermédio da empatia e da "exploração de símbolos que compõe o imaginário" (HOFF, 2004, p. 37) dos que ali residem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Dos oitenta bairros da região de Vitória, Vila Rubim foi selecionada como objeto de estudo. Embora relativamente pequeno e com menos de 0,5% da população de Vitória, o bairro se destaca pela sua relevância histórica e comercial na cidade. Todo conteúdo estudado foi utilizado nos processos para a criação de um projeto visual que representasse a essência do local e na criação de uma campanha para sua divulgação. Esses foram feitos com base em conceitos e embasamentos teóricos e levantamento de dados e pesquisas sobre a história, características e público da Vila Rubim. Hoff afirma que, "a comunicação se efetiva por meio de linguagens. O processo de comunicação, porém, será desencadeado somente se houver um código comum entre os interlocutores" (HOFF, 2004, p. 08). Diante da assertiva, o memorial tem importância à sociedade, pois cria e fortalece os laços emocionais por meio de significados conhecidos pelos habitantes e em uma proporção que atinge até mesmo os visitantes do local. Segundo Gonçalves, "significados não pertencem aos 'meios', estes veiculam mensagens cujos sentidos são construídos pela sociedade" (GONÇALVES, 2006, p. 22). Logo, a relevância deste trabalho perpassa pela oportunidade de levar ao público-alvo a percepção sobre a importância do bairro, o que consequentemente refletirá no turismo, uma vez que é considerado local de visitação. Outro motivo para a realização deste é o impacto junto à sociedade, principalmente o público da Grande Vitória, devido à visibilidade levada a um bairro histórico e que foi canal ativo no desenvolvimento do estado. A identidade visual foi desenvolvida para associação junto ao público-alvo. O caminho criativo percorrido para a criação da marca teve como premissa o reconhecimento e sentimento de representatividade por parte dos habitantes ao se depararem com a marca. Florentino e Martino dizem que "O design adquiriu um sentido cultural e estabeleceu novas relações de comportamento na sociedade, causando aspirações na vida das pessoas que, normalmente, são atraídas por suas narrativas. Para atingir seu objetivo, o designer dá ao seu trabalho enfoques humanísticos e culturais que permitem a aproximação com o usuário." (FLORENTINO E MARTINO, 2005, p. 109) Além dessa afirmação, o complemento de Strunck é utilizado para reforçar a motivação do projeto visual criado para Vila Rubim. "Hoje, a partir do conhecimento de quem consome uma marca, estabelece-se um relacionamento, com o armazenamento de seus dados (pessoais, familiares, profissionais, hábitos de consumo, lazer etc.) e trabalha-se sua fidelização. Essa é feita a partir do oferecimento da marca, mantendo-se sua personalidade básica, mas com atributos e benefícios especialmente desenvolvidos para satisfazer um pequeno grupo ou até mesmo um único indivíduo." (STRUNCK, 2001, p. 11) Antes da definição do tema da campanha publicitária é preciso classificar seu tipo e essa foi categorizada como campanha social. A partir dessa decisão, foi elaborada a temática da campanha e seus desdobramentos como informa Hoff: "Uma das principais características do tema de campanha é que ela precisa ser, necessariamente, um conceito guarda-chuva, ou seja, precisa ser forte o suficiente para adequar-se à produção de peças em qualquer mídia que a campanha necessite ou venha a necessitar, o que significa: desde um folheto até um comercial de televisão." (HOFF, 2004, p.38) Foram utilizados autores relacionados à Publicidade como sustentação teórica e para explanação de concepções de modo que nutrisse o presente trabalho. Por fim, diante das proposições aqui expostas, fica notório a necessidade do memorial para o aprendizado prático e preparação para o mercado de trabalho e para elevar a concepção dos moradores e turistas da Vila Rubim.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto visual irá "formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço" (STRUNCK, 2013, p. 81), informando, de maneira&#8239;substancial, no primeiro contato com o público-alvo. Para tal, utiliza-se o design gráfico, que "[...] é um conjunto de teorias e técnicas que nos permite ordenar a forma pela qual se faz a comunicação visual. Por meio dela podemos dirigir, com um nível bastante razoável de segurança, o modo pelo qual o entendimento das imagens se processa." (STRUNCK, 2013, p. 76)&#8239; Strunck&#8239;(2013) ainda afirma que um projeto de identidade visual é responsável por tornar tangível, através signos, os valores de uma marca. Reforçando este pensamento,&#8239;Santaella&#8239;(2004) discorre da relação dos signos com a realidade, representando, indicando ou sugerindo algo. Sendo um lugar com relevância histórica e comercial, Vila Rubim possui, em si, significativa carga passível de análise, sintetizadas em um conjunto de símbolos que compartilhe de seus valores. Os elementos que compõem a identidade visual são o logotipo, o símbolo, as cores e o alfabeto padrão. Segundo&#8239;Strunck&#8239;(2013), um logotipo é a individualização da escrita de um nome. Ele pode ser acrescido de um símbolo, que pode ser abstrato ou figurativo. Hoff&#8239;define slogan como um "resumo do conceito de um produto/serviço/empresa e encontra-se presente em todas as peças da campanha publicitária" (HOFF, 2004, p. 61) Esse resumo precisa conter a essência da marcar e ser recheado de significados, que necessitam ser transmitidos de forma concisa e objetiva. Com o conceito acima em mente, a construção do slogan dedica-se às palavras. Segundo&#8239;Hoff,&#8239;&#8239; "A escolha das palavras, bem como a forma de combiná-las, não se prende apenas à significação, mas também ao uso de recursos sonoros e visuais, ao jogo de palavras e à forma, de preferência enxuta, mas sempre rica em possibilidades de sentido." (HOFF, 2004, p.65)&#8239; Sampaio (2013) diz que o slogan, além da unidade visual, é o elemento que incorpora suas peças de comunicação pois está presente em todas elas. Também reitera o dito sobre o slogan ser a "essência da mensagem de toda a campanha e a própria expressão comunicativa da estratégia de comunicação adotada" (SAMPAIO, 2013, p. 203). Uma vez definidos o tema da campanha, é preciso definir o público-alvo a ser atingido. Sampaio (2013) o descreve como o grupo cuja a mensagem publicitária é encaminhada, do qual se espera retorno positivo em prol do anunciante. Crescitelli e Shimp (2011) adicionam que o insucesso na definição do público-alvo acarretam em desperdício de exposição, ou seja, é possível que potenciais consumidores sejam deixados de lado, enquanto consumidores com menor escala de potencialidade sejam mais impactados. Para auxiliar na definição do público-alvo, os autores levantam quatro pontos a serem considerados: informações acerca do produto/serviço; informações geográficas; informações demográficas e informações psicográficas. Pelo conceito de&#8239;Hoff, entende-se que veiculação é a etapa da campanha em que a mesma se torna conhecida do público. Nesta etapa foi feito um estudo para a seleção das melhores mídias. É necessário ter embasamento e argumentos plausíveis para a destinação e ainda levar em consideração qual a verba disponível.&#8239;Crescitelli&#8239;e&#8239;Shimp&#8239;explicam que&#8239;&#8239; "O valor de uma mídia depende das circunstâncias que cercam uma marca em determinado momento: seu objetivo de propaganda; o mercado-alvo para o qual esse objetivo é direcionado e o orçamento disponível." (Crescitelli&#8239;e&#8239;Shimp, 2011, p. 306)&#8239; Sabendo disso, foram escolhidos os meios: mídia exterior, jornal, TV e Internet.&#8239;&#8239; TV Crescitelli e Shimp (2011) citam que 95,7% das residências brasileiras possuem aparelhos de TV e, de acordo com Sampaio (2013), é inquestionavelmente o meio de comunicação mais consumido pela população. Ao mesmo tempo, "também é o meio de maior carisma entre as pessoas, fascínio este que, sem dúvida, é transferido à propaganda nela veiculada" (SAMPAIO, 2013, p. 91). Por ter características audiovisuais, a televisão possui alta habilidade de demonstração. Tal aspecto faz com que o público perceba o que está sendo anunciado com mais efetividade e do mesmo modo que acarreta maior entusiasmo em que vê. Em síntese, Crescitelli e Shimp (2011) afirmam que os comerciais de TV envolvem os sentidos da pessoa e atraem a atenção mesmo quando ela prefere não ser exposta a anúncios. Mídia exterior&#8239; O ponto de partida para impactar o público é fazer conhecido o que propõe-se mostrar. E uma das formas mais diretas e rápidas de fazê-lo é na exibição da marca em mídia exterior, que inclui uma gama de espaços como outdoors, placas, backlights, empenas, entre outros. Sampaio afirma acerca dos outdoors que "nos maiores centros urbanos ele é, depois da televisão, a mídia que atinge mais rapidamente a massa da população" (SAMPAIO, 2013, p. 99). Devido ao tempo de deslocamento dos indivíduos para seus destinos e o fluxo intenso do trânsito, a mídia externa é capaz de atingir, praticamente, todos os segmentos da população, obtendo alto índice de audiência.&#8239; Jornal&#8239; O jornal é a segunda mídia mais usada pela publicidade. Conforme diz Sampaio, "ele representa uma excelente mídia de caráter local e regional" (SAMPAIO, 2013, p. 98). O jornal tem forte penetração em todas as classes sociais, ofertando notícias e prestação de serviços à sociedade também por meio de lazer e entretenimento. O jornal é direcionado ao público geral. Quando o interesse é local, o anunciante pode segmentar seu público a CEPs ou por seção do jornal para que seja equivalente ao produto anunciado. Ainda, existem "jornais dirigidos aos negócios, às donas de casa e a segmentos mais ou menos homogêneos da população" (SAMPAIO, 2013, p. 97), além dos jornais populares e os gratuitos voltados para as classes C e D. Outras características positivas citadas por Crescitelli e Shimp (2011) é a flexibilidade de negociação do espaço, o uso detalhado do texto e a velocidade de veiculação em casos de anúncios de oportunidade, por exemplo. Internet Sampaio (2013) levanta que o principal benefício para as marcas em usar a Internet como meio de comunicação é a habilidade de se comunicar individualmente com o consumidor, devido à interatividade e potencial de crescimento qualitativo e quantitativo. O autor cita que "[...] a internet vai além da comunicação, inclusive do diálogo, e consegue quase completar o ciclo comercial, vendendo, recebendo e até fazendo o pós-venda [...] As plataformas do mobile (celular) e dos tablets estão entre as evidentes apostas do futuro. Um fenômeno particularmente importante no Brasil tem sido o do consumo das chamadas mídias sociais, com uma penetração de quase 100% entre os usuários da internet e um alto volume de consumo entre os mais jovens [...]." (SAMPAIO, 2013, p. 103) Além disso, outra característica da Internet que atraem investimentos publicitários é o baixo custo, se comparado aos veículos tradicionais de comunicação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Logotipo No processo criativo para a criação da marca, diversos elementos culturais da região foram levantados. Indubitavelmente, o Mercado de Vila Rubim possui grande influência em Vitória, dado ao comércio expressivo de especiarias, artigos religiosos, bancas de ervas medicinais, peixarias, bares, restaurantes e música. Dessa gama de produtos, foram selecionadas as especiarias como elemento&#8239;agregador&#8239;para que se iniciassem os rascunhos do logotipo.&#8239; &#8239; O logotipo final firmou-se no desenho de uma pimenta e duas folhas de coentro, envoltos numa faixa de palha com o nome do bairro inscrito. As especiarias remetem ao leque de produtos variados do mercado aberto. A faixa representa o passado histórico, marcado pela simplicidade dos que primeiro habitaram a região em casas feitas de palha. As cores quentes e terrosas remetem à história e à experiência de vida dos habitantes da região, que computam numa população mais amadurecida e apontam a persistência do bairro meio ao grande incêndio que o atingiu em 1994. Os traços grossos e monocromáticos do desenho, junto a uma família tipográfica densa e modernista, objetivam facilitar a leitura junto a um público mais velho, mantendo um padrão estético de fácil reprodução em diferentes técnicas e meios.&#8239; &#8239; Analisando o logotipo segundo os princípios da Gestalt na literatura de Gomes Filho (2000), o ser humano interpreta relações entre partes por causa da ação das forças integradoras do processo fisiológico cerebral sobre os estímulos externos. A essas forças integradoras chamamos de leis da Gestalt. Segundo essas leis, depreendemos o desenho em unidades, a saber a tipografia, a faixa, as folhas e a pimenta, compostos numa simetria inversa. A espessura e a cor do traço cumprem aos princípios de unificação, semelhança e continuidade, ao permitir a fluidez visual e a harmonia entre os elementos. Ao mesmo tempo, há segregação, uma vez que é possível visualizar cada elemento separadamente. A proximidade entre os ícones, possuidores de estímulos semelhantes, formam uma unidade concisa, cumprindo a lei do fechamento. É possível dizer que a figura possui alta&#8239;pregnância, devido à facilidade de compreensão e à velocidade de leitura e interpretação.&#8239;Os elementos da identidade visual podem ser conferidos no Anexo 1.&#8239; Slogan A publicidade, além de ter o domínio claro e objetivo da escrita, se apropria de recursos da gramática - de um modo criativo e expressivo -, para chamar a atenção do leitor e despertar interesse no mesmo. Um desses mecanismos, são as figuras de linguagem; que são usadas como um instrumento do texto publicitário, principalmente, pelo seu significado conotativo, como afirma Gonzales: "Às palavras, porém, além do seu significado denotativo, podem se sobrepor significados paralelos, impressões, valores afetivos, negativos e positivos. Esses novos conceitos agregados ao signo constituem a conotação. Significado conotativo é o novo significado que se acresce ao significado denotativo da palavra; pode variar de cultura para cultura, de classe social para classe social, de época para época." (GONZALES, 2003 p.99) O slogan "Lugar de diversidade, lugar de história" usa a figura de linguagem: paralelismo sintático, ou seja, "as palavras mudam, mas a construção sintática permanece" (GONZALES, 2003, p. 125). O recurso foi utilizado para remeter às características marcantes do bairro: diversidade e história.&#8239; A variedade de produtos ofertados é sempre mencionada quando se trata do Mercado da Vila Rubim. Outro ponto que o slogan resume é que o bairro possui uma trajetória que perpassa por momentos marcantes, além de proporcionar a seus moradores e visitantes, a oportunidade de tanto levar um pouco da história do bairro, quanto deixar um pouco da sua, acrescentando mutuamente enredos ao lugar que, desde sua fundação, vem marcando a todos.&#8239; Campanha Publicitária O texto a seguir relaciona as características dos meios selecionados para a veiculação da campanha publicitária num projeto de mídia. De forma geral, são especificadas as ocorrências em cada meio, com o intuito de maior assertividade junto ao público-alvo eleito, segundo critérios sugeridos por Crescitelli e Shimp (2011): população da Grande Vitória entre 20 e 40 anos, das classes B, C e D, apreciadores de eventos culturais em geral e viagens. Mídia exterior Como o outdoor é considerado um lembrete antes da compra, as peças foram elaboradas com essa característica em mente: ser uma ferramenta de aguçamento, que crie e fomente o interesse em conhecer o bairro. Foram propostas três peças que mostrassem aspectos fortes do bairro  variedade de produtos do comércio local, historicidade e alegria do povo que ali vive  contudo mantendo simplicidade, velocidade de leitura e a identidade da campanha,&#8239;como mostra o anexo nº&#8239;2. E, para que fosse realmente eficaz, foram estudadas posições estratégicas, colocando-os em locais próximos aos mercados tradicionais e também nas rodovias de acesso à Vitória.&#8239; Jornal Como Vila Rubim se trata de um bairro, o veículo é ideal para alcance em massa do público-alvo, com grande penetração em toda a Grande Vitória por intermédio dos jornais diários e semanais locais. De forma análoga aos outdoors, foi proposto um conjunto de três peças a serem localizadas na parte inferior na diagramação, nos cadernos relacionados à cultura e lazer. conforme Anexo nº&#8239;3.&#8239; TV Os conhecimentos levantados na etapa de pesquisa de veículos deram suporte para a televisão ser um dos meios selecionados. O intuito é fomentar o prestígio da Vila Rubim, mostrando sua essência e peculiaridades de uma forma que o público-alvo, mais do que perceber, valorize o bairro.&#8239;Foi sugerido a produção de um VT publicitário de trinta segundos a ser veiculado nas emissoras locais. A peça seria veiculada nos horários nobres da programação e nos intervalos dos programas locais. No Anexo nº&#8239;4&#8239;está o roteiro elaborado.&#8239; Internet Para a comunicação online, foi determinado o uso de banners nos sites de notícia e blogs locais. Além disso, postagens em redes sociais como o Facebook e Twitter auxiliariam na divulgação da campanha, conforme elaborado nas mídias offline outdoor e jornal. No meio digital, disponibiliza-se o uso de um marcador (hashtag) #VemPraVilaRubim como identificador, como incentivo ao compartilhamento de fotos e vídeos registrando momentos de diversão e cultura nas redes sociais. As peças podem ser conferidas nos Anexos nº 5 e 6.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Sampaio (2013) destaca a função da propaganda com o intuito de não vender apenas produtos e serviços, mas "[...] a missão de promover as realizações e posições destas organizações, construindo e mantendo sua reputação em nível elevado. Os benefícios de uma boa imagem são evidentes, seja para a futura comercialização de produtos ou serviços, seja para conquistar empatia junto à população em geral ou segmentos específicos, como formadores de opinião, investidores, categorias profissionais, autoridades, etc." (SAMPAIO, 2013, p. 115) A atividade interdisciplinar proporcionou a aplicação de conceitos acadêmicos na formulação de um projeto de comunicação social, envolvendo a pesquisa e a compreensão de um problema mercadológico, o desenvolvimento de uma identidade visual para um bairro, e a organização de uma campanha publicitária, com a criação de peças e a seleção dos devidos meios de veiculação para que a mensagem fosse entregue com eficiência ao público-alvo. Além dos ganhos acadêmicos, existe a prova de como a publicidade pode ser utilizada para fins sociais, como exposto, na representatividade de comunidades locais. No contexto do bairro Vila Rubim, um projeto como esse beneficia a região, promovendo o sentimento de pertencimento e valorando as atividades culturais dos que ali vivem, bem como incentivando o turismo interno na Grande Vitória e, consequentemente, a economia da região. Por fim, este memorial passa a ser um incentivo para que acadêmicos de diversos campos do conhecimento, incluindo as Ciências da Comunicação, direcionem suas pesquisas com o intuito da melhoria de vida da população.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CRESCITELLI, Edson; SHIMP, Terence A. Comunicação de Marketing: Integrando propaganda, promoção e outras formas de divulgação  Baseado na 8ª edição norte-americana, São Paulo, Cengage Learnig, 2012 <br><br>FLORENTINO, Andréa; MARTINO, Luiz Mauro Sá. O design como forma de comunicação. Communicare: Revista de Pesquisa, São Paulo, vol 5 - nº1, 1º semestre de 2005. Disponível em: < https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2014/07/Communicare-vol.-5.1.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2017<br><br>GOMES FILHO, João. Gestalt do Objeto: sistema de leitura visual da forma. 9. Ed. São Paulo: Escrituras Editora, 2009<br><br>GONÇALVES, Elizabeth Moraes. Propaganda e linguagem: análise e evolução. São Bernardo do Campo: UMESP, 2006<br><br>GONZALES, Lucilene. Linguagem Publicitária: análise e produção. São Paulo: Arte&Ciência, 2003<br><br>HOFF, Tania. Redação Publicitária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004<br><br>SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z: Como usar a progaganda para construir marcas e empresas de sucesso. Rio de Janeiro, Elsevier, 2013 <br><br>SANTAELLA, Lúcia. Semiótica aplicada. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004<br><br>STRUNK, Gilberto. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. Rio de Janeiro: Rio Books, 2013 <br><br> </td></tr></table></body></html>