ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00354</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Mobilize-se: a publicidade social na sua mão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Maria Lua Simões (Universidade Federal Fluminense); Patrícia Gonçalves Saldanha (Universidade Federal Fluminense); Victor Hugo Rocha daSilva (Universidade Federal Fluminense); Amanda Vollú da Silva Brito (Universidade Federal Fluminense); Ana Carolina Silva Lourenço (Universidade Federal Fluminense); Andrezza Francisco Paulo (Universidade Federal Fluminense); Daniela Dutra de Oliveira (Universidade Federal Fluminense); Danielle Vianna de Souza Coutinho (Universidade Federal Fluminense); Fernanda Aline de Castro Ramos (Universidade Federal Fluminense); Lorena Bastos Campos Rui (Universidade Federal Fluminense)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Publicidade Social, Comunicação Comunitária, Interatividade, Mobile, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A peça para veiculação em outros meios foi desenvolvida pelos alunos da disciplina de  Tópicos Especiais em Comunicação no 1º semestre de 2016 e foi utilizado como uma das peças publicitárias da campanha de divulgação do 1º Encontro do LACCOPS (Laboratório de Investigação em Comunicação Comunitária e Publicidade Social). Trata-se de um impresso vazado com formato alternativo que estimula a interação entre este e quem se vê refletido no cartaz. Criado para ser veiculado no espelho do banheiro do campus de comunicação da Universidade Federal Fluminense, a peça cumpriu seu objetivo central e conectou o público ao evento. O intuito do LACCOPS, ao realizar o evento, era abrir uma discussão sobre novas formas de usar a técnica publicitária em benefício da sociedade. O evento foi feito para a participação tanto de universitários e acadêmicos quanto de outros membros da sociedade civil. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Laboratório de Investigação em Comunicação Comunitária e Publicidade Social (LACCOPS) surgiu na UFF, em 2014, objetivando ampliar o estudo nos campos da Comunicação Comunitária e Publicidade Social. Além disso, o laboratório trabalha para gerar um estreitamento de laços entre academia e sociedade, rompendo barreiras físicas e ideológicas. Durante o 1º semestre letivo de 2016, como alunos da disciplina  Tópicos Especiais em Comunicação e membros do laboratório, produzimos o  Mobilize-se: Publicidade Social na sua mão , 1º Encontro de Publicidade Social do Rio de Janeiro, e elaboramos sua campanha de divulgação. A disciplina foi lecionada pela Profª Patrícia Saldanha, também coordenadora do LACCOPS. O evento, realizado no dia 18 de julho de 2016, foi um marco e também um primeiro passo para alcançar o objetivo do laboratório, citado acima. O target era composto por estudantes de Comunicação, alunos secundaristas de escolas públicas, professores, além de representantes de coletivos e de movimentos sociais. A campanha teve peças on e offline, como posts em redes sociais, banners, cartazes, além de peças alternativas. No dado trabalho, apresentaremos com mais enfoque uma das peças off, um cartaz interativo veiculado nos espelhos do campus IACS  Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF. Desenvolvido com poucos recursos, de forma criativa, a peça veiculada no espelho incrementou a divulgação do evento. E funcionou como instrumento de mobilização por seu caráter interativo e divertido ao longo de todo o  Mobilize-se , que teve como tema o uso de dispositivos mobile como instrumento de mobilização social. O subtítulo  Publicidade Social na sua mão se refere ao poder de publicização de uma determinada causa, que cada indivíduo tem quando está com um smartphone nas mãos. Se a temática não foi escolhida por acaso, tampouco a peça. O cartaz interativo foi uma forma concreta de representar o reflexo que Sodré (2002) trabalha em sua obra  Antropológica do Espelho . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ao criar o evento, o LACCOPS buscava trazer pessoas de fora para participar e fazê-las compreender que devem usufruir da universidade como um bem que também é delas por direito. A disciplina de  Tópicos visava viabilizar ao máximo a participação de convidados externos e movimentos sociais, para atender com êxito as expectativas do laboratório. Guiados pelo conceito  mudanças que conectam , visávamos construir através da campanha alguns pontos de contato que transmitissem ao público a ideia central do evento. A partir das peças publicitárias que criamos buscamos passar para o target o caráter transformador e instrumentalizador das atividades do  Mobilize-se . No caso desta peça especificamente, a interação foi a base para reforçar o convite feito nas redes sociais para participação do evento no decorrer do mês. Como foi uma das primeiras peças a serem colocadas no local planejado e por se tratar de um espaço de grande circulação de pessoas, funcionaria como peça de apoio para reforçar a importância da interação do público com os objetivos do evento. No entanto, passou a ser um dos pontos mais frequentados do evento ao longo do dia. O aspecto funcional da peça foi amplamente discutido desde a concepção, criação, produção e veiculação em outros meios, como por exemplo, no espelho.De acordo com Sampaio (2013), o cartaz é  qualquer mensagem publicitária gráfica impressa em papel ou pintada diretamente sobre madeira, metal ou outro material. Neste caso, não se tratou de um cartaz tradicional, mas de uma peça com corte especial com função muito bem definida de divulgação a partir da prática interativa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em consonância com uma das características do mobile, fizemos com que algumas das peças da campanha fossem interativas. Um dos banners funcionava como elemento âncora da identidade visual do evento, auxiliando na localização e reconhecimento do espaço do mesmo; foi utilizado ainda como plano de fundo para selfies e fotografias tiradas pelo público. Dentre os cartazes desenvolvemos dois exemplares: um para interagir com o público a partir da expressão de seus pensamentos, contando com um espaço para que escrevessem mensagens dentro dele, como se estivesse utilizando as redes sociais, publicizando suas ideias; e outro que buscava a ideia de interação a partir da imagem utilizando o corte com faca especial, colado nos espelhos dos banheiros, possibilitou que o público visse sua própria imagem inserida dentro do cartaz. Esse último, foi usado como um último convite a participação do público do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS). Dentre todas as peças da campanha, a que foi escolhida para concorrer na presente modalidade foi a veiculada no espelho (ANEXO 1), por ser um meio não tradicional. Sua eficácia, entretanto, não é menor em razão da não tradição do meio escolhido. Em relação aos objetivos da campanha, o meio atendeu perfeitamente a demanda. Mas é evidente que a escolha só funcionou por serem espelhos estrategicamente posicionados, nos banheiros do local onde o evento aconteceu, e não espelhos quaisquer. Veículo de propaganda é qualquer meio de comunicação que leve uma mensagem publicitária do anunciante aos consumidores, seja um simples boletim de associação de amigos de bairro até uma rede nacional de televisão. [...] Entre estes extremos, há veículos dirigidos a grupos menores e maiores de consumidores, com características diferenciadas entre si, cada qual cumprindo um determinado papel na vida do espectador, ouvinte, leitor ou internauta. (Sampaio, 2013, p.85)  O design tem se transformado em uma das mais importantes ferramentas de comunicação porque, por seu intermédio, ocorre o primeiro contato (e o reconhecimento inicial) da marca ou empresa, conferindo-lhe identidade e personalidade (Sampaio, 2013, p. 200). Partindo desse princípio é que demos ao design, dentro do cartaz, a função de atrair o público para a mensagem passada, com o uso de uma pegada flat e do corte vazado. Um dos benefícios da utilização do cartaz como peça publicitária é que o público que passa diversas vezes pelo local de veiculação pode vê-lo mais vezes e, portanto, tem mais oportunidades de assimilá-lo. O banheiro da universidade é um local onde os alunos costumam ir pelo menos uma vez por dia. Percebeu-se através de observação in loco que, no dia do evento, a frequência aumentou consideravelmente. Pelo fato de ser um ambiente público, qualquer passante também pode utilizar os banheiros da universidade. Assim, o local foi escolhido de forma a aproveitar esse benefício. No caso específico deste cartaz, outro ponto positivo foi o seu caráter interativo, que fazia com que as pessoas se vissem como parte dele e reproduzissem isso na web através de fotos em redes sociais. Nos termos de Sodré (2002), a interação começa na rede e a vinculação se estabelece fora dela num momento porterior. Nesse sentido, o cartaz foi estratégico para iniciar o processo de interação fora da rede, puxar o público para a rede e, no evento, estabelecer as conexões com as causas sociais e às propostas do Laccops. Nesse cartaz, o conceito de conexão entre academia, sociedade e o laboratório se reforçam através dessa interação do público com a peça. O laboratório passa a fazer parte do  cotidiano do potencial participante do evento quando ele está inserido na nossa campanha veiculada dentro do ambiente universitário. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ao iniciarmos as primeiras etapas de criação detectamos a necessidade de resgatar elementos criativos da esfera virtual para nossas peças, mantendo o visual mobile presente a todo momento. Entretanto, esbarramos no questionamento sobre como entregar tal conteúdo sem cair no óbvio, de maneira a produzirmos algo com profundidade reflexiva e visualmente instigante. Nesse sentido, mesclamos ilustrações em um estilo inspirado em stencils e grafites com elementos do universo virtual, como caixas de busca e ícones, utilizando o flat design como base para manter o visual moderno, jovem e limpo. Durante o processo criativo nos deparamos com alguns desafios, dadas as dificuldades de acesso a materiais e instrumentos técnicos dentro do ambiente universitário público. Definimos portanto alguns pontos que nos auxiliaram a superar obstáculos e agilizar a produção coletiva. Nos valemos de reuniões estratégicas pessoais e virtuais, utilizando ferramentas de conexão e mobilização entre o grupo, como o Whatsapp. Contamos com o apoio de alguns alunos, que cederam seus computadores pessoais, para a edição das peças gráficas na ferramenta Adobe Illustrator CS6, largamente recomendada e utilizada por profissionais da área de comunicação visual. É importante frisar que os fundamentos básicos de produção foram utilizados em todas as peças da campanha que foram elaboradas coletivamente. Desde a manipulação das ferramentas, como os conceitos de forma, cor, até os demais itens criativos, foram adquiridos em aulas ministradas pela professora Andrea Hecksher, nas disciplinas  Oficina da forma e  Comunicação Visual I . Identificamos portanto que o conhecimento prévio obtido dentro do ambiente universitário se demonstrou substancial para o andamento do projeto. Foi necessário contudo, recorrer a tutoriais online e intercâmbio de informações com outros alunos e professores mais experientes em produção gráfica, na medida em que o projeto se concretizava. Visando conceber uma comunicação sólida e tecnicamente bem fundamentada, buscamos referências artísticas de trabalhos que remetessem a uma arte mais urbana e subversiva, como labe-lambes, stencils, etc. Tivemos então, um primeiro contato com o trabalho do artista Alemão Tom HRVB <https://www.behance.net/hrvb> que foi pontualmente selecionado por trazer traços do grafite para seus trabalhos digitais. Buscando reforçar através da representação simbólica as potencialidades da cultura de uma comunidade, adaptamos uma de suas criações (ANEXO 2), que traz a cidade do Rio de Janeiro a partir da perspectiva da favela em primeiro plano, para ser a base de nossa peça. Nas etapas de ilustração e vetorização, foram utilizadas a Pen Tool, ferramenta para criar formas como a do celular; a vetorização automática, para converter pixels em vetores editáveis, como utilizado no plano de fundo; e a ferramenta pathfinder que permite soldar ou excluir formas a partir de outras, como foi utilizada para criar as marcas da faca especial dentro da forma do celular. É interessante apontar também que propositalmente optamos por utilizar um ângulo levemente diagonal na posição da mão que segura o smartphone. Em vista de, não só para trazer mais realismo à peça (naturalmente tende-se a utilizar um posicionamento mais diagonal da mão na hora de  tirar uma selfie ) mas também para resgatar certo movimento para a criação, evitando deixá-la monótona e previsível. Tratando-se de uma criação feita para ser impressa realizamos a setagem da margem de segurança e seleção das cores utilizando o sistema CMYK. A margem de segurança externa delimitada foi de aproximadamente 5mm, e a interna de aproximadamente 3mm, prevenindo eventuais cortes nas datas ou em objetos. Sobre a paleta de cores, optamos por manter as mesmas tonalidades da atual identidade visual do LACCOPS , em que predominam o azul (C:86 M:29 Y:46 K:0) e o branco. Optamos por utilizá-las de forma mais criativa, aproveitando tratar-se de uma ilustração, determinamos o azul como cor também da mão, como forma de impactar o público, resgatando um elemento do cotidiano a partir de uma nova possibilidade de perspectiva; mas também em um caráter simbólico, buscando manter uma neutralidade quanto as diversas possibilidades de cores de pele. Segundo Armando Sant Anna (2015, p. 206) os tons de azul socialmente e antropologicamente trabalham com interpretações de formalidade, mas também frescor e juventude, transmitindo os valores que precisávamos para divulgar a primeira edição do evento. Como citado anteriormente a diagonalização foi importante, uma vez que buscávamos dar à peça um visual moderno e mais vivo. Em sua obra  Propaganda: teoria, técnica e prática Armando Sant Anna apresenta a ideia de equilíbrio como uma distribuição agradável, e em alguns casos simétrica, entre os elementos de uma peça criativa. Em vista de estimular o direcionamento do olhar para o  centro óptico do cartaz, utilizamos linhas guia na ferramenta Illustrator para auxiliar na diagramação. Explorando os pontos de percurso de leitura diagonal, natural do olhar - do canto superior esquerdo, ao centro, ao canto inferior direito - construímos o percurso de maneira que o olhar daquele que visualiza a peça passasse naturalmente do questionamento  para onde você gostaria de ir? , para sua própria figura refletida, recaindo em fim sobre o nome do evento, que é também um convite:  Mobilize-se . Tendo ainda a qualidade do design como preocupação, fez-se necessário criar uma  zona neutra , que precisava ser assegurada no layout, uma vez que o elemento central (o participante) precisava ser valorizado. Nesse sentido a redução da opacidade da imagem de fundo teve como função mantê-la como pano de fundo para o questionamento apontado, porém de forma branda, sem poluir visualmente a imagem. A peça foi pensada para ser impressa mas também para ser fotografada, portanto precisava funcionar virtualmente como moldura. Incluímos portanto informações básicas, tais como a data e o nome do evento, para que as imagens produzidas funcionassem como mídia espontânea. Outra referência visual chave na comunicação do evento foram as  telas padrão de smartphones, que serviram de base para construir no imaginário do público a ideia de mobile. Na arte aqui apresentada, utilizamos um menu padrão de busca, em que a lupa é um elemento da logo do laboratório, para apresentar o questionamento chave da peça  para onde você gostaria de ir? . Por tratar-se de um trabalho gráfico, após a finalização da arte tornou-se essencial a preparação correta do arquivo para posterior envio à gráfica. Demos ênfase aos processos de revisão de texto, cores e conversão dos objetos em curva, para que só assim fosse feita sua exportação. A experiência adquirida no decorrer da criação da peça, permitiu o desenvolvimento de nossas habilidades e conhecimentos acerca da ferramenta. A partir de nossos erros e acertos adquirimos a capacidade de utilizar de maneira mais simplificada e efetiva as funcionalidades do Illustrator. Foram etapas enriquecedoras profissional e pessoalmente para o grupo como um todo. Assimilamos funcionalidades do programa que desconhecíamos, pudemos vivenciar cada fase do processo criativo até a sua finalização num projeto real e utilizamos teoria e técnica na prática. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As etapas de pré-produção do  Mobilize-se foram definidas a partir das reuniões esporádicas com os membros da equipe e a professora da disciplina de  Tópicos Especiais em Comunicação . Durante nossos encontros organizamos brainstorms para a campanha de divulgação e os updates sobre o que já havia sido concluído na organização do evento. As tarefas foram divididas priorizando as áreas de interesse e identificação de cada aluno, separando a turma em equipes de criação, produção de eventos, relações públicas e redes sociais. No entanto, vale ressaltar que, periodicamente, tínhamos reuniões coletivas para consolidarmos o equilíbrio da identidade visual da campanha. Outro componente para a realização da comunicação entre todos os membros da equipe foi o celular. Os grupos no Whatsapp foram vitais para a realização de cada etapa do evento. Para garantir o acontecimento do evento foram necessárias a execução de diversas tarefas dentro de um prazo mínimo, de maneira a evitar interrupções na campanha de divulgação ou eventuais problemas durante o encontro. Foram necessários diversos contatos com os convidados que participariam da mesa de debate e com os ministradores das oficinas, foi preciso também, reservar os espaços onde aconteceriam todas as atividades, definir o cronograma de tarefas, organizar o sistema de inscrições, monitorá-las, além de planejar e executar a campanha de divulgação. A fim de otimizar o tempo, e de acordo com as possibilidades, as tarefas eram executadas de maneira mais simultânea possível. Em determinados momentos porém, tal trabalho se tornou inviável. Para que as artes de algumas peças fossem finalizadas, por exemplo, era necessário aguardar a confirmação dos convidados à mesa de debate. Em contraponto a dado desafio, evitando que o andamento da divulgação ficasse retido, os responsáveis pelas relações públicas trabalharam ativamente até que todos os nomes fossem confirmados. O cumprimento de prazos, previamente estabelecidos, foi importante para que tudo funcionasse conforme o planejamento. As peças publicitárias não poderiam ser finalizadas no último momento, pois ainda passariam pela gráfica e pela etapa de distribuição. Como vemos em Sampaio (2013) a escolha das melhores peças da campanha é feita através de um processo, onde uma das etapas é a definição pelo cliente de  um objetivo alcançável de acordo com as suas possibilidades, financeiras e estratégicas.  Definidos os objetivos, a agência deve ser chamada para receber o briefing e um plano estratégico de comunicação precisa ser traçado, de forma conjunta e perfeitamente integrada às demais áreas e esforços da empresa. (Sampaio, 2013, p. 131). Nosso planejamento estratégico precisou levar em consideração tanto cronograma como também orçamento limitadíssimo que possuíamos. Como forma de parceria com o Laccops, foi cedida a verba disponível em uma gráfica próxima à universidade, pelo projeto  Contatos - Reconstruindo a Publicidade , coordenado pela Profª Ana Paula, também do Instituto de Arte e Comunicação da UFF. Em vista de promover novos pontos de vista sobre a publicidade e buscar novas possibilidades para o futuro da comunicação, a parceria foi estratégica. Garantindo então, a impressão das peças gráficas e o bom êxito do evento. Sabendo que a  interatividade com o consumidor gera resultados mais rápidos, assim como aponta Lupetti (2000), e levando em conta o curto prazo para veiculação, optamos por adotar tal estratégia como ponto chave da campanha. Como já mencionado anteriormente, com destaque à peça aplicada nos espelhos, o projeto foi desenvolvido objetivando informar sobre o evento, estimular o questionamento e incentivar a curiosidade, atingindo o maior número possível de pessoas, por meio da geração de mídia espontânea. Fundamentados na core idea  Mobilize-se , buscamos transportar o público, literalmente, para dentro de nossa peça e transformar sua perspectiva, estimulando a repensar seu papel na esfera da comunicação. O que esperávamos era transmitir a ideia de que a partir da utilização do smartphone, o portador de tal ferramenta, poderia deixar de ser plano de fundo ou mero espectador e tornaria-se o protagonista do que estava sendo comunicado. Outro ponto fundamental que nos estimulou à adoção da interatividade como elemento de comunicação com o target, foi seu potencial cíclico, uma vez que um elemento é interativo aquele que entra em contato com o mesmo é encorajado a interagir, construindo dessa forma uma ponte comunicativa e estreitando laços, como vemos em Covaleski (2010): Na web, o conceito de interatividade humana está mais relacionado aos serviços e recursos de comunicação que permitem e facilitam as interações entre os indivíduos, sejam eles os internautas entre si ou entre eles e os provedores de conteúdo. [...] E como ocorre na comunicação publicitária que usa a internet como meio de veiculação, a interatividade encoraja ao usuário - leia-se consumidor - a condição de interagir. (Covaleski, 2010, p. 70) Sob outro aspecto, visamos também desenvolver uma peça que fosse visualmente atraente, moderna e harmoniosa. A estética, segundo Schmitt e Simonson (2000), é um artifício de que  qualquer empresa, em qualquer atividade, para qualquer tipo de cliente, com fins lucrativos ou não, estatal ou privada, dirigida para consumidores, indústrias ou serviços (Schmitt e Simonson, 2000, p.18) pode apropriar-se e tirar proveito. Foi apropriada, portanto, com linguagem jovem para atrair o target. O mobile, que é hoje figura constantemente presente no cotidiano das pessoas, foi inserido na forma de smartphone, não só como fundamentação para o conceito da campanha mas também como forma de gerar reconhecimento e identificação por parte do público-alvo. Esse dispositivo é parte de uma nova realidade, que Sodré (2002) acredita que muda as formas de perceber. Está depois em jogo um novo tipo de formalização da vida social, que implica uma outra dimensão da realidade, portanto formas novas de perceber, pensar e contabilizar o real. Impulsionadas pela microeletrônica e pela computação ou informática, as neotecnologias da informação introduzem os elementos de tempo real (comunicação instantânea, simultânea e global) e do espaço virtual (criação por computador de ambientes artificiais e interativos), tornando  compossíveis outros mundos, outros regimes de visibilidade pública. Mas também intensificando os cenários de antecipação dos acontecimentos, o que de algum modo neutraliza a abertura para o futuro. (Sodré, 2002, p. 16) Como conclusão do processo, nosso feedback por parte dos participantes, ministradores das oficinas e convidados foi muito positivo. Acreditamos que o evento  Mobilize-se: Publicidade Social na sua mão , sendo o 1º Encontro do LACCOPS e tendo um tema que costuma sofrer resistência tanto por parte da academia como por parte do sistema, foi muito bem sucedido ao receber um total de 91 inscrições online e 60 presenciais. Partimos então para etapa de correções e aprimoramentos dos enganos que cometemos e aproveitamento dos acertos para a segunda edição que já começa a ser planejada para o segundo semestre de 2017. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A participação nesse projeto teve importância vital para o crescimento acadêmico, pessoal e profissional de cada envolvido. Foi uma experiência pela qual nem todos os alunos do curso de Comunicação têm a oportunidade passar. Produção de eventos, por exemplo, não é uma competência obrigatória no bacharelado em Publicidade, logo, foi um ponto diferencial da disciplina de  Tópicos . Foi um percurso feito de erros e acertos, e a partir deles lições. Um dos ensinamentos que pudemos tirar dessa disciplina foi que nenhum erro e nenhum acerto é de responsabilidade de uma pessoa só. Dizer que um trabalho é feito em equipe implica dizer que os processos são concluídos em conjunto. Todos devem dar ideias, tomar decisões, participar das etapas de desenvolvimento e revisá-las. Como alunos de graduação tivemos a chance de aprender com profissionais com anos de experiência, como a professora da disciplina e os mestrandos membros do LACCOPS. E eles, por sua vez, também aprenderam com nossa dedicação e criatividade. A experiência e a novidade não só podem como devem se unir, complementando uma a outra. O que rendeu de mais importante dessa união, no caso na produção e divulgação do evento  Mobilize-se , foi o empenho em fazer da sociedade melhor por meio de uma nova perspectiva da Publicidade. Nós, assim como Camargo (2007)  Acreditamos que a publicidade, dialogando com a história e a sociedade, se constrói a cada momento, com grande responsabilidade pelo que ocorre em nossos dias e também com grande potencial transformador (Camargo, In: Barbosa, 2007, p. 128). Foi importante para nós, como alunos e cidadãos, aprender e passar a acreditar em uma Publicidade que é criativa ao mesmo tempo que segue princípios éticos e tem responsabilidade social. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">SODRÉ, M. Antropológica do Espelho. 2 ed.- Petrópolis: Editora Vozes, 2002.<br><br>SAMPAIO, R. Propaganda de A a Z. 4 ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.<br><br>SANT ANNA, A. Propaganda: Teoria, técnica e prática. 9 ed. - São Paulo: Cengage Learning, 2015.<br><br>LUPETTI, M. Planejamento de Comunicação. São Paulo: Futura, 2000.<br><br>COVALESKI, R. Publicidade Híbrida. 1 ed. - Curitiba: Maxi, 2010.<br><br>CAMARGO, R. Z. A publicidade como possibilidade. In: BARBOSA, I.S.; PEREZ, C.. (Org.). Hiperpublicidade 1 - Fundamentos e interfaces. 1 ed. - São Paulo: Thomson Learning, 2007<br><br> </td></tr></table></body></html>