ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00356</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Cartaz Mobilize-se: a publicidade social na sua mão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Victor Hugo Rocha da Silva (Universidade Federal Fluminense); Maria Lua Simões (Universidade Federal Fluminense); Danielle Vianna de Souza Coutinho (Universidade Federal Fluminense); Amanda Vollú da Silva Brito (Universidade Federal Fluminense); Ana Carolina Silva Lourenço (Universidade Federal Fluminense); Andrezza Francisco Paulo (Universidade Federal Fluminense); Daniela Dutra de Oliveira (Universidade Federal Fluminense); Fernanda Aline de Castro Ramos (Universidade Federal Fluminense); Lorena Bastos Campos Rui (Universidade Federal Fluminense); Patrícia Gonçalves Saldanha (Universidade Federal Fluminense)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Publicidade social, Comunicação comunitária, Direção de Arte, Cartaz, Mobile</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este projeto foi desenvolvido para a disciplina "Tópicos Especiais em Comunicação", em parceria com o LACCOPS (Laboratório de Investigação em Comunicação Comunitária e Publicidade Social), certificado pelo CNPQ. O presente trabalho apresenta as etapas de criação de umas das principais peças (cartaz) de divulgação do 1° Encontro anual do Laccops - Mobilize-se: Publicidade Social na sua mão". Em vista de demonstrar que a publicidade pode servir também como ferramenta efetiva de transformação social, nos valemos da direção de arte em favor de uma comunicação clara e reflexiva, promovendo um projeto que vislumbra a articulação de novas pontes entre o laboratório, a academia e a sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante o 1° semestre de 2016, o presente cartaz foi elaborado como parte da campanha de divulgação do 1º Encontro do LACCOPS (Laboratório de Investigação em Comunicação Comunitária e Publicidade Social). Ao longo do período, como alunos participantes da disciplina "Tópicos Especiais em Comunicação", tivemos a missão de divulgar e produzir o evento. Nesse sentido, o ambiente universitário representou papel fundamental no desenvolvimento do projeto, servindo de ponto de encontro entre o laboratório, a disciplina e o evento, reunindo todos com o propósito de estreitar as relações entre sociedade e academia. A temática do evento, que ocorreu no dia 18 de julho de 2016, girou em torno da ponte entre os conceitos de "mobile" e "mobilização". Através de seu nome, buscamos deixar claro que tipo de convite pretendíamos fazer às comunidades presentes: "Mobilize-se: Publicidade Social na sua mão!". Em concordância com a iniciativa constante do LACCOPS de tornar as margens entre o ambiente acadêmico e a sociedade mais tênues, buscamos desde o ínicio atingir um público mais amplo do que o estudantes de comunicação da UFF. A campanha de divulgação do evento também incluiu como target estudantes de escolas públicas de Niterói e membros de coletivos da região. Enquanto elemento histórico fundamental da publicidade, o cartaz (ANEXO 1) ocupou papel estratégico na campanha, sua ampla inserção na cultura universitária da UFF possibilitou a criação de um canal de comunicação eficiente com parte significativa do público, convidando-os desde já a repensar o papel da comunicação como um todo. Definimos coletivamente o conceito "mudanças que conectam" , a partir da Core idea "MOBILIZE-SE". Buscamos manter a uniformidade entre suas estratégias, as propostas centrais do evento, do laboratório e da disciplina. O cartaz é carregado de movimento e camadas que buscam mostrar que, assim como no cotidiano, a partir da apropriação assertiva de ferramentas, barreiras podem ser transpostas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma vez que organizávamos a primeira edição do evento, que atualmente se prepara para a 2ª edição, o propósito das ações era tornar claro para o target que tipo de atividades ocorreriam e que temáticas seriam abordadas. Ao mesmo tempo precisávamos induzi-lo a ter um primeiro contato com o laboratório inscrevendo-se e participando do evento. O briefing, elaborado em equipe durante as aulas da disciplina "Tópicos Especiais em Comunicação", determinava como target da campanha: jovens, ambos os sexos, 16-29 anos, das regiões de Niterói e adjacências, que apresentassem algum contato com movimentos sociais e coletivos em busca de mudanças na sociedade; incluindo também como prioridade estudantes secundaristas da região, mesmo que sem nenhuma experiência prévia com esse tipo de organização. Era importante que o conceito "mudanças que conectam" permeasse toda a campanha, apresentando novas formas de articulação entre a academia e a sociedade. Concomitantemente, uma vez que não possuíamos orçamento para campanha, precisávamos realizar o contato através de canais com custo mínimo, com bom alcance dentre o público, transmitindo a mensagem de forma clara, e com baixo esforço de comunicação. No dado contexto, o cartaz foi pensado com o objetivo de informar e formar pensamento crítico por meio de suas ilustrações e diagramação. Através da transposição da comunidade de plano de fundo para elemento central da peça, utilizando enquadramento do dispositivo mobile, buscamos demonstrar a publicidade social enquanto dilatação da publicidade comunitária, que se realiza de fato na medida em que o cidadão se envolve e se vincula realmente à causa. A dilatação acontece na Publicidade Social quando há participação efetiva da Sociedade Civil. É através da inclusão de cidadãos comuns, não só pela interação, mas pela vinculação profunda às causas, que a Publicidade Social se realiza de fato. (SALDANHA, 2016, p. 13)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Enquanto mídia, o cartaz foi elemento tático chave na estratégia de comunicação que adotamos para atingir o público interno (estudantes da UFF), nosso target primário que seria multiplicador para os outros públicos-alvo. Através da peça foi possível unificar informação e conceito em uma mídia acessível, de bom alcance e com larga taxa aceitabilidade entre boa parte do público. Foi também fundamental por permitir utilizar a ilustração de maneira a  falarmos a mesma língua que o target. Nos apropriamos da mesma linguagem que nosso público-alvo está habituado a ver e utilizar no seu cotidiano e a aplicamos como ferramenta para comunicar e questionar a própria comunicação. Como Abreu (2011) cita em seu trabalho  Cartaz publicitário: um resgate histórico a produção de cartazes remonta o início da civilização ocidental. Porém como produção publicitária data aproximadamente de 1860, e a partir de então resgata valores que seriam do campo da arte para comunicar e encantar ao mesmo tempo. [...] o cartaz desperta o olhar do público, que a valora, criando uma aura de "pseudoarte" para essa mídia. Não é só a transmissão de informação que está contemplada na peça publicitária cartaz, há uma referência ao artístico e isso o transporta para uma categoria "distinta" da mídia corriqueira, na visão do público. O consumidor é capaz de encantar-se com as imagens, com as cores, com os traços e/ou com o estilo mostrado no cartaz. Há um poder de magia, de encantamento. ( ABREU, 2011, P. 1) Com tal respaldo histórico nos sentimos muito motivados a utilizar o cartaz como ferramenta de comunicação e de expressão para o projeto. Além disso ele apresentava uma relação custo benefício que era crucial para a execução da campanha. Seu potencial de  retenção do olhar ,  uma espécie de cumplicidade passageira entre o receptor do cartaz e o criador (MOLES, 2004, p. 93) em comparação ao investimento necessário evidenciou que apostar em cartazes como canal de comunicação com nosso público seria uma escolha assertiva. Um elemento que se destacou desde o princípio da pesquisa sobre o target, principalmente no que diz respeito ao público universitário, foi a forte cultura de aplicação de Lambe-lambes, stencils e cartazes. Esse dado teve grande peso tanto na seleção da mídia cartaz como no projeto de criação como um todo. Identificamos que o jovens estudantes da UFF tem por hábito expressar em muitos níveis - desde comunicados sobre festas a movimentos políticos - suas ideologias por meio de tais aplicações, nos espaços reservados para comunicados e em intervenções nos muros da universidade. Uma vez que identificamos que pré-existia uma linguagem que permeava os campi, entendemos que o projeto de criação das peças deveria dialogar de alguma forma com tal conteúdo. O cartaz foi criado, portanto, resgatando silhuetas e cores chapadas com forte contraste, relembrando os lambes e pinturas com stencil. Entretanto, ao mesmo tempo buscamos mantê-lo leve e moderno, utilizando transparências e diagonais. Em conjunto, as ilustrações de fundo e principal - silhueta de uma mão segurando um smartphone - funcionaram como catalisadoras do conceito central da campanha e do evento  mudanças que conectam . A ilustração de fundo, parte da coleção de desenhos do artista alemão Tom HRVB, foi pontualmente selecionada por abraçar o grafite enquanto estilo artístico legítimo em criações artísticas digitais, além de inserir a favela em primeiro plano na representação da cidade do Rio de Janeiro, reforçando através da representação simbólica as potencialidades da cultura de uma comunidade. Enquanto, a ilustração principal faz alusão à capacidade dos dispositivos mobile de resgatar visibilidade para o cotidiano de uma comunidade retirando-o do plano de fundo e tornando-o elemento de destaque.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Assim que iniciamos o projeto de criação, ficou claro que precisaríamos inserir o mobile como elemento criativo primário e fundamental das artes. A dúvida, entretanto, era sobre como criar um cartaz que incluísse tal elemento sem cair no óbvio, de maneira a produzirmos conteúdo com profundidade reflexiva. Nesse sentido, os roughs (ANEXOS 2 e 3)foram fundamentais para entender que a melhor forma de executar o conceito era através da ilustração. Facilitaram, ainda, o posterior processo de diagramação dos elementos dentro do cartaz e a compreensão do funcionamento do espaço dentro do mesmo. O processo criativo de fato foi totalmente digital (ANEXO 4) o que representou uma série de desafios, dadas as dificuldades de acesso a materiais e instrumentos técnicos dentro do ambiente universitário público. Desafios que superamos realizando reuniões estratégicas; utilizando ferramentas de conexão e mobilização entre o grupo, para agilização da produção coletiva, como o whatsapp; e com o apoio de alguns alunos, que cederam seus computadores pessoais. Selecionamos como plataforma de execução a ferramenta Adobe Illustrator CS6, largamente recomendada e utilizada por profissionais da área de comunicação visual. Em dada etapa, o conhecimento prévio obtido dentro do ambiente universitário se demonstrou substancial. Fundamentos de manipulação do software citado, assim como todos os conhecimentos básicos do processo de produção e criação de peças gráficas foram adquiridos em aulas ministradas pela professora Andrea Hecksher, nas disciplinas Oficina da forma e Comunicação Visual I, na Universidade Federal Fluminense. Todavia, para tornar o projeto realidade tornou-se crucial obter um conhecimento mais avançado do software e suas ferramentas, que ocorreu por meio de tutoriais onlines e troca de informações com alunos que possuíam maior conhecimento sobre o programa. Definido o estilo criativo que adotaríamos no projeto, iniciamos as pesquisas de referências artísticas e acadêmicas. Visando conceber uma comunicação sólida e tecnicamente bem fundamentada, buscamos trabalhos de artistas que fossem inspirados em estilos como o grafite e arte urbana. Nessa etapa tivemos o primeiro contato com o trabalho do ilustrador HRVB (ANEXO 5), que como citado anteriormente foi adaptado para o cartaz como plano de fundo. Utilizamos, nas etapas de ilustração e vetorização, as ferramentas: Pen Tool, para criar formas como a da mão e a do celular; a vetorização automática, para converter pixels em vetores editáveis, como utilizado no plano de fundo e em alguns ícones; e a ferramenta pathfinder que permite soldar e criar novos vetores a partir de duas ou mais formas. No primeiro contato com o projeto, sabendo que se tratava de um arquivo para impressão, realizamos a setagem da margem de segurança e seleção das cores utilizando o sistema CMYK. A margem de segurança delimitada foi de aproximadamente 5mm, prevenindo eventuais perdas de sentido, evitando cortes em palavras ou em objetos. Sobre a paleta de cores CMYK, optamos por manter as mesmas tonalidades da atual identidade visual do Laccops , em que predominam o azul (C:86 M:29 Y:46 K:0) e o branco - ambos com algumas variações de tons - em vista de manter a uniformidade visual, preservando a marca do laboratório. Segundo Armando Sant Anna (2015, p. 206) os tons de azul socialmente e antropologicamente trabalham com interpretações de formalidade, mas também frescor e juventude, transmitindo os valores que precisávamos para divulgar a primeira edição do evento. O texto tornou-se um desafio dada a necessidade de incluir toda a programação do evento na peça, principalmente os convidados, figuras de destaque que mobilizariam o público para participação efetiva. Contudo, apesar da grande quantidade de informações e elementos, o cartaz manteve a harmonia e o equilíbrio. Procuramos uma fonte tipográfica que reunisse sobriedade, modernidade, boa leitura e que não fugisse muito ao estilo da fonte padrão do laboratório. Sobre isso Sant Anna explica  O melhor tipo é invisível, isto é, não chama atenção para si. Se o leitor tornar consciente do ato da leitura, é porque a tipografia está inadequada, já que ela nunca deve se interpor entre o pensamento do texto e o leitor. (2015, p. 207). Assim optamos por utilizar variações da mesma família da fonte selecionada -  Carlito - empregando negritos, itálicos, caixa-alta e variações de tamanho em títulos e subtítulos do cartaz, ao invés de utilizarmos mais de um tipo. Também em função de manter a harmonia visual, durante as etapas de diagramação nos baseamos muito nos conceitos de equilíbrio, de sentido natural de leitura e direcionamento do olhar. Em sua obra  Propaganda: teoria, técnica e prática Armando Sant Anna apresenta a ideia de equilíbrio como uma distribuição agradável, e em alguns casos simétrica, entre os elementos de uma peça criativa. Em vista de estimular o direcionamento do olhar para o  centro óptico do cartaz, utilizamos linhas guia na ferramenta Illustrator para auxiliar na diagramação. Explorando os pontos de percurso de leitura diagonal, natural do olhar - do canto superior esquerdo, ao centro, ao canto inferior direito - para transmitir outras informações chave e criar um design fluido. Durante a inserção do conteúdo informativo, adotamos o uso de boxes coloridas como solução para preservar a leitura dos textos sem  matar o design e dando o devido destaque a alguns dos elementos chave, como os convidados ou a data de acontecimento do encontro . Os ícones utilizados na composição da peça são vetores básicos feitos no Illustrator. Seguem a tendência minimalista que inspirou a identidade visual do Laccops, o flat design. Os ícones, também, funcionam como elementos de organização e facilitadores para a compreensão do tópico. Ao ter contato com o ícone, o observador tende intuitivamente a compreender o tema que será tratado antes mesmo de iniciar a leitura, além de, tornar-se mais propenso a memorização e prosseguimento do texto. Tendo ainda a qualidade do design como preocupação, fez-se necessário criar uma  zona neutra , que precisava ser assegurada no layout, uma vez que a quantidade de texto era significativa e relevante para garantia do caráter informativo da peça. Para a inserção das logomarcas dos órgãos parceiros e empresas que apoiaram a realização do projeto, além da do Laboratório, elaboramos uma linha de base no fim da página, que funcionava como leve quebra no campo visual. Abaixo da mesma as marcas foram expostas, constituindo a última informação do cartaz, como uma assinatura, mantendo harmonia com informação exibida no cartaz. Após a finalização da arte tornou-se essencial a preparação correta do arquivo para posterior envio à gráfica. Demos ênfase aos processos de revisão de texto, cores e conversão dos objetos em curva, para que só assim fosse feita sua exportação, visando reduzir a possibilidade de erros de formatação quando o arquivo fosse aberto em outro computador para impressão. Durante todo o processo descrito a criatividade foi usada em favor da produção. Como alunos de Comunicação Social ser criativo é o que esperam de nós a todo momento, por tratar-se de um trabalho que demandou o uso de ferramentas gráficas, ela assumiu um papel importantíssimo no desenvolvimento do projeto proposto. No decorrer da criação da peça, nosso conhecimento acerca da ferramenta usada aumentou consideravelmente, vimos a necessidade de buscar mais informações sobre o programa para assim conseguir desenvolver o que tínhamos planejado nos roughs. Acabamos por aprender com os nossos erros, a utilizar de maneira mais simplificada e efetiva as funcionalidades do Illustrator. Foram etapas enriquecedoras profissional e pessoalmente para o grupo como um todo. Assimilamos funcionalidades do programa que desconhecíamos, pudemos vivenciar cada fase do processo criativo até a sua finalização num projeto real e utilizamos teoria e técnica na prática.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tendo ciência que  um projeto de identidade visual tem que explicitar por meio de formas e cores o conceito da marca (Strunck, 2007, p. 36), as etapas de pré-produção foram indispensáveis para que pudéssemos alcançar os objetivos propostos para a criação da peça. Os processos de Brainstorm realizados entre os alunos durante as aulas da disciplina e mediados pela professora Patrícia Saldanha, tornaram-se a peça chave para a criação do material proposto, sem fugir do conceito elaborado para a campanha. Para criar tal material fizeram-se necessários planejamento e cronogramas bem estruturados. Estabelecemos prazos para os processos de criação da arte, confirmação e inclusão das informações sobre as oficinas, revisões de layout e possíveis alterações que viriam a ser necessárias. Todo o evento contou com uma disciplinada etapa de pré-produção. Cada aluno era responsável por uma função específica e prazos muito pontuais para entrega, evitando interrupções nos passos seguintes. Nesse contexto procuramos otimizar o tempo da melhor forma possível, produzindo o material dentro de todas as datas definidas, para que o arquivo fechado fosse enviado com urgência à gráfica responsável. As etapas de pré-produção do projeto foram fundamentais por nos ajudarem a compreender com quem, de quem estávamos falando e nosso papel em dado contexto. Para tanto, a compreensão do conceito de agente externo foi essencial, pois  a função desse profissional, considerado freqüentemente como agente externo, é provocar a participação (PAIVA, 2003, p. 143). Durante as aulas da disciplina  Tópicos Especiais em Comunicação fomos convidados a iniciar a construção de uma base teórica. Estudamos os conceitos de sujeito e comunidade, repensando nossa função e da publicidade na sociedade. Entendemos que enquanto ferramenta, a publicidade é apenas um instrumento de comunicação e que não está necessariamente atada ao uso comercial em favor da lógica mercadológica. Antes de iniciarmos o planejamento de campanha da divulgação do evento, fizemos também, uma visita ao  Jornal Comunitário da Cidade de Deus - A Notícia Por Quem Vive . Nossa reunião foi uma grande troca de experiências e conhecimentos. Deixou mais claro a importância da comunicação no ato de trazer visibilidade ao cotidiano das comunidades, que muitas vezes se vêem reféns de visões externas hegemônicas formadas sobre si, em detrimento de suas causas. Nesse sentido, a reunião com o jornal foi peça chave para pensarmos a estrutura de nosso 1º encontro e sua divulgação. Vimos na prática os usos que se podem fazer da comunicação como instrumento de autonomia de uma comunidade e da publicidade social como ferramenta de visibilização de causas relevantes. Ainda dentro da disciplina, nossa etapa seguinte foi realizar nossos encontros estratégicos. Iniciamos concomitantemente os preparativos para o evento, e brainstormings para o desenvolvimento do conceito que permearia sua campanha de divulgação. Estabelecemos o cronograma para executarmos todas as tarefas dentro do curto espaço de tempo que tínhamos - em torno de quatro meses. Nossa turma foi dividida em equipes: organização do evento; divulgação do evento; e direção de arte. Utilizamos largamente as redes sociais e ferramentas mobile, tanto na etapa de troca de informações, como na divulgação do evento propriamente dita. Assim que chegamos ao conceito  mudanças que conectam , que se consolidaria no título:  Mobilize-se: publicidade social na sua mão! , iniciamos o projeto de comunicação visual, buscando referências e tentando, em conjunto, tornar palpáveis nossas ideias. A etapa de produção técnica levou cerca de um mês, tempo para produção digital dos cartazes, sinalizações e demais peças de comunicação. Logicamente, principalmente no caso das peças digitais, algumas partes do projeto de comunicação foram surgindo conforme eventuais demandas e foram produzidas dentro de um tempo mais reduzido. Tratando-se especificamente do cartaz, sendo ele a peça chave da comunicação visual do evento, sua confecção e produção gráfica foram priorizadas, executadas no final do mês de junho. Além do tempo, esbarramos com o desafio do orçamento. Sabíamos que não existia nenhuma verba para produção e nem para divulgação do evento. Contamos com a parceria com o projeto Contatos - Reconstruindo a publicidade, também da Universidade Federal Fluminense, que gentilmente cedeu parte de sua verba na gráfica para produzirmos os cartazes, sinalizações e banners. A tarefa de veiculação dos cartazes acabou por tornar-se especialmente trabalhosa para nós. Uma vez que fizemos os cálculos entre a relação - quantidade de cartaz X número de médio de impactados - e decidimos que lugares receberiam os cartazes, percebemos que alguém precisaria colocá-los. Foi literalmente um esforço de time distribuir os 70 cartazes em diversos campi da UFF além de outras regiões estratégicas. Principalmente os espaços de divulgação dentro da universidade foram estratégicos para impactar o maior número de alunos possível. Precisávamos cumprir tal demanda em um timing muito específico; nem muito antes do evento, para que os cartazes não fossem removidos sem surtir o devido efeito; nem muito depois, para que o público tivesse a oportunidade de se programar para a data. Um aspecto relevante no processo de produção dos cartazes foi que buscamos desenvolver uma peça que oferecesse de alguma oportunidade de retorno. Apesar de tratar-se de mídia off-line achamos que seria interessante não só comunicar e informar sobre o evento, mas também convidar o leitor a visitar e interagir com o circuito digital do laboratório. Incentivamos, por meio das inscrições on-line, a visita ao perfil do Laccops no facebook <facebook.com/LACCOPS>, onde o participante poderia conhecer mais sobre a temática e interagir conosco. Por outro lado, através do contato digital prévio fomos capazes mensurar aproximadamente o número de participantes que esperaríamos no dia e adequar melhor as estruturas, com destaque às das oficinas. Contando com os 20 cartazes A3 e 50 A4 produzidos e as demais peças de divulgação do 1° Encontro do Laboratório de Investigação em Publicidade Social e Comunicação Comunitária, atingimos o número de 91 inscritos online e 60 presenciais. Consideramos para um primeiro evento um grande sucesso, apesar de termos lidado com grandes desafios estruturais ao longo do processo, acreditamos termos aprendido com as dificuldades e os acertos foram extremamente gratificantes. Os participantes demonstraram-se felizes com os conhecimentos obtidos nas oficinas, duas delas com turmas completamente lotadas. Sentimos efetivamente que começamos, dos cartazes ao evento, com pequenos passos, a levantar os questionamentos e as mudanças que nos propomos desde o início do projeto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Segundo o artigo Saldanha, Lima e Mendes (2016) é fundamental para resistência da  ambiência comunitária , pensar a publicidade social enquanto ferramenta de suporte ao funcionamento dos meios de comunicação comunitária e também como uma possibilidade de envolvimento e participação efetiva da Sociedade Civil em problemas sociais reais que podem, de fato, mudar o quadro caótico em que a sociedade se encontra. [...] é premente que a Sociedade Civil seja mais participativa, ainda que não tenha interesse em chegar numa situação mais equilibra e justa, mas que se envolva pela conveniência de garantir o próprio bem-estar. (SALDANHA; LIMA; MENDES, 2016, p. 5) Desta forma, a relevância do projeto extrapola o âmbito acadêmico. Fomos convidados a realizar pesquisas, estimulados a abrir nossas mentes e tivemos a oportunidade de pôr em prática o que vimos em sala. Enquanto futuros profissionais da comunicação passamos a nos questionar, ainda que minimamente, acerca dos usos que faremos desta poderosa ferramenta que é a publicidade. Esperamos ainda, ter iniciado mudanças efetivas, sabemos fazer parte da construção dos novos modelos de publicidade e que através deles podemos fazer um melhor uso das ferramentas de comunicação. Por um viés prático, o trabalho proporcionou ao grupo aprendizado aplicado de produção gráfica, sendo enriquecedor para todos que participaram da disciplina. Finalmente, o cartaz atendeu às expectativas, funcionou conforme previsto no planejamento de campanha, agregando vários alunos do curso e de cursos externos, além de professores de outras universidades ao laboratório <www.laccops.pro.br>. O projeto proporcionou ainda, o contato dos participantes com demais organizações transformadoras. Felizmente cumprindo o papel de informar e articular novas pontes entre academia e sociedade e devido ao sucesso e à grande procura estamos montando a 2ª edição do evento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">STRUNCK, G. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. 2. ed. Rio de Janeiro: Rio Books, 2007.<br><br>ABREU, K. Cartaz Publicitário: Um resgate histórico. In: ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MÍDIA, 8., 2011. Guarapuava. Anais& Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia, 2011. p. 01-15. <br><br>SANT ANNA, A. Propaganda: Teoria, técnica e prática. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.<br><br>MOLES, A. O Cartaz. 2. ed. São Paulo: Perspectiva. 2004.<br><br>SALDANHA, P; NERY, G. Publicidade Social: um eixo alternativo para a Publicidade mercadológica, pela via do consumo consciente e da apropriação das tecnologias móveis. In: Revista Espaço Acadêmico. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/34316. Acessado em: 23/04/2017.<br><br>SALDANHA,P., LIMA, G., PINTO, T. LACCOPS: espaço reflexivo de compreensão da prática audiovisual como tática para publicidade social..In: Propesq, 2016. Disponível em: http://www.abp2.org/mesas.<br><br>PAIVA, R. O espírito comum: comunidade, mídia e globalismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Maud. 2003<br><br> </td></tr></table></body></html>