ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00506</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Guerreiras do Cotidiano: a força das mulheres de periferia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Rômulo da Conceição Mendonça dos Santos (Rômulo Norback) (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Flora Daemon (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;mulheres, periferia, webdocumentário, mídias digitais, comunicação e cidadania</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante séculos, a mulher foi considerada um ser para a reprodução e responsável pelas atividades do lar. Porém, esta realidade vem mudando com luta do gênero feminino para ter os mesmos direitos que os demais indivíduos. A partir dos dados do Censo Demográfico (2010), realizado pelo IBGE, percebe-se que a mulher vem se tornando chefe de família. Neste sentido, o webdocumentário Guerreiras do Cotidiano conta a história de duas vendedoras ambulantes que buscam nas margens da BR 465, antiga estrada Rio-São Paulo, uma fonte de renda para sustentar suas famílias e enfrentam diariamente o preconceito de uma sociedade ainda machista e desigual. Este é um produto audiovisual para a internet desenvolvido como um resultado final da disciplina Comunicação e Cidadania, no segundo período de 2016 da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A história da humanidade mostra que em sociedades mais antigas, as mulheres eram consideradas sem honra, incompletas, marginalizadas e incapazes de ocupar posições sociais iguais ao do homem. Atualmente, as diferenças entre os gêneros masculino e feminino ainda existem e estão ligadas às relações de trabalho, a ocupação de cargos de poder e atuação política. Segundo dados divulgados pelo Inter-Parliamentary Union (União Inter-Parlamentar), a média mundial de participação feminina no Poder Legislativo é de 22,1%. No Brasil, a porcentagem é inferior à média mundial, sendo apenas 13% das cadeiras do Senado Federal ocupadas por mulheres e 9,9% da Câmara dos Deputados Federais pelo mesmo grupo. São vários os fatores que contribuem para esta realidade desigual, como a falta de acesso à educação e as práticas culturais que criam estereótipos limitadores sobre o feminino. As relações de gênero atravessam toda a sociedade, e seus sentidos e seus efeitos não estão restritos às mulheres. O gênero é, assim, um dos eixos centrais que organizam nossas experiências no mundo social. Onde há desigualdades que atendem a padrões de gênero, ficam definidas também as posições relativas de mulheres e homens - ainda que o gênero não o faça isoladamente, mas numa vinculação significativa com classe, raça e sexualidade (BIROLI, MIGUEL, 2014, p. 8) A mulher negra, pobre e periférica sofre triplamente os julgamentos inconvenientes por sua posição social e sua raça. E mesmo diante da baixa escolarização desta parte da população em função das poucas ou insuficientes iniciativas de incremento das condições econômico-sociais, estas mulheres conseguem ser a evidência de uma inventividade criativa característica de pessoas de incontestável inteligência. Neste sentido, o jornalismo cumpre com a função social de ser um elemento fundamental para o exercício da liberdade de expressão e para construção de uma comunicação cidadã na internet, respeitando os princípios éticos que regem a área. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho tem como objetivo utilizar as mídias digitais para dar maior visibilidade às histórias de mulheres marginalizadas com o trabalho informal na BR 465. Guerreiras do Cotidiano é um webdocumentário que tem a intenção de apresentar a realidade de duas camelôs femininos que buscam em uma das mais tradicionais rodovias do estado do Rio de Janeiro uma fonte de renda. Além disso, propomos levar para a internet um conteúdo multimídia que provoque nos usuários uma reflexão humanizada sobre a coragem e a força de mulheres que recusam o lugar de fragilidade fixado como traço identitário feminino, ideia contestável observada em suas raízes a partir de investigações focalizadas no "pensamento maternal" e na "política do desvelo" (ELSHTAIN, 1981). Nossa ideia, nesse sentido, se alinha com o intuito da complexificação de valores associados aos universos masculino e feminino a partir da introdução de um olhar in loco sobre a luta de mulheres periféricas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo de colonização da sociedade brasileira foi marcado pela influência da cultura europeia no que diz respeito ao papel da mulher como uma figura subordinada ao homem e responsável pelo lar. No entanto, esta situação é praticamente intacta até o século XIX, quando o surgiram os primeiros movimentos feministas no Brasil que contribuíram para a construção de pensamento sobre os direitos e a liberdade da mulher. O estudo Estatística de Gênero, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), concluiu que, em 2000, as mulheres chefiavam 24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares. No último estudo realizado no censo demográfico de 2010, a porcentagem saltou para 38% dos 57,3 milhões de domicílios comandados por mulheres no Brasil, segundo dados do IBGE. A pesquisa Estatística de Gênero  Uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010 do IBGE apontou ainda que a proporção cresce para 39,3% quando considerados os domicílios das áreas urbanas contra 24,8% nos das rurais. Além disso, as mulheres que têm filhos, mas não vivem com o conjugue, chefiam 87,4% dos lares. Contudo, o sociólogo Darcy Ribeiro no capítulo Urbanização Caótica da obra  O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil afirma que as favelas e periferias são, quase sempre, compostas por um retrato social em que as famílias são matricêntricas. A vida se assenta numa unidade matricêntrica de mulheres que parem filhos de vários homens. Apesar de toda a miséria, essa heroica mãe defende seus filhos e, ainda que com fome, arranja alguma coisa para pôr em suas bocas. Não tendo outro recurso, se junta a eles na exploração do lixo e na mendicância nas ruas das cidades. É incrível que o Brasil, que gosta tanto de falar da sua família cristã, não tenha olhos para ver e admirar essa mulher extraordinária em que se assenta toda a vida de gente pobre. (RIBEIRO, 2015, p. 156). O registro em audiovisual para as mídias digitais sobre a história das mulheres, inclusive daquelas que são vítimas da desigualdade social, significa expor fatos pertinentes para que as pessoas possam refletir sobre o mundo contemporâneo no que diz respeito ao papel e o espaço do gênero feminino. Compartilhar informações, dados e relatos se faz necessário para a compreensão das contradições que se estabelecem em diferentes épocas, tempos e sociedades. Assim, apresentar ao mundo que as relações entre as mulheres e o grupo ultrapassam a ideia de subordinação, mas que elas, como atores sociais, são também transformadoras da sociedade, principalmente aquelas que lutam diariamente para manter e garantir o futuro de seus filhos. Considerando os números e a realidade das mulheres de periferia, o webdocumentário tem como missão dar maior visibilidade a esse grupo que estatisticamente é um pilar para a sustentação da estrutura social brasileira, dando ênfase à história de vendedoras ambulantes que trabalham nas margens da BR 465, antiga Estrada Rio-São Paulo, considerada uma das rodovias mais movimentadas da região metropolitana do Rio de Janeiro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O webdocumentário Guerreiras do Cotidiano é um produto audiovisual para as mídias digitais e produzido pelo estudante do curso de Jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rômulo Conceição Mendonça dos Santos, que utiliza o codinome Rômulo Norback em suas produções jornalísticas. O trabalho experimental foi desenvolvido na disciplina Comunicação e Cidadania, ministrada pela docente, Flora Daemon, no segundo semestre de 2016, como um projeto resultado da disciplina e recebeu nota máxima (10) na primeira e segunda avaliação do curso. Para a elaboração do projeto foi realizado uma ampla pesquisa bibliográfica e na internet para a melhor compreensão sobre os temas  favelas e periferias e  a participação das mulheres na sociedade . O formato escolhido como principal método de narrativa para aproximar os diferentes público das mulheres de periferia foi o vídeo digital, pois esta é uma ferramenta que possibilita a edição não-linear e é considerada uma produção de baixo custo. Assim, O vídeo digital abriu um mundo de possibilidades para a realização de filmes, antes restritos aos estúdios profissionais de cinema. A chave dessa explosão iminente é a parceria entre o vídeo digital relativamente barato e a ampla difusão de poderosos computadores pessoais (ANG, 2007, p.10) Dessa forma, o projeto se amplia como uma produção multimídia, multidimensional e interativa para alcançar diversos grupos fragmentados pelas mudanças culturais e tecnológicas dos meios de comunicação. Sendo assim, o webdocumentário é o núcleo do projeto conectado com links que direcionam o público-internauta ao site oficial e às redes sociais do projeto. O documentário produzido para a Web oferece ao usuário uma estrutura multidimensional de informações interconectadas. Texto, fotografia, áudio, imagem estática e em movimento, fazem parte de diversas micronarrativas conectadas por links, permitindo ao receptor fazer escolhas, optar por diferentes caminhos, dando liberdade para a compreensão sobre o tema. Através do hipertexto, o autor constrói as micronarrativas, fazendo associações entre dados e permitindo que o usuário trace o caminho que for mais conveniente a seus interesses. A estrutura associativa do autor apenas indica trajetos, e não determina uma ordem a ser seguida. O usuário tem liberdade para fazer suas próprias associações. (RIBAS, 2003, p. 5). Segundo Carvalho (2006), o documentário jornalístico busca apresentar o máximo das informações expressas nos ângulos da apuração, na produção das imagens, entrevista, montagem de material de arquivos e a edição formadora de opinião. Para Bernardes (2015), o documentário desenvolvido para os grandes e tradicionais veículos de comunicação, como a televisão e o cinema, contam com um sofisticado sistema de divulgação e distribuição, enquanto o webdocumentário experimenta diferentes métodos e o potencial das formas disponíveis para difusão do gênero. No entanto, o webdocumentário tem parte de sua estrutura ligada ao documentário, porém, o novo formato permitiu que os usuários não se limitassem no vídeo, transitasse entre imagens, textos, áudios e vídeos apresentados pelo autor do trabalho. Assim, o público/internauta tem a liberdade de escolher diferentes caminhos para ter acesso aos conteúdos oferecidos nas mídias digitais. A partir deste entendimento e da orientação da docente, construiu-se, então, o produto. Foi realizada uma apuração jornalística no contexto para buscar as fontes e analisar o ambiente para as gravações na BR 465 na altura da favela Dilma Rousseff. Após definir e combinar com as fontes, foi elaborado um roteiro para a captação das sonoras e as imagens de apoio. As gravações duraram dois dias e totalizaram, ao todo, quatro horas de imagens. A entrevista foi o principal método utilizado para apuração e gravação dos depoimentos acerca do contexto social e da atuação das mulheres enquanto camelôs femininos. Segundo Lage (2011), este é um procedimento clássico do jornalismo para obter informações, cujo objetivo é a coleta de interpretações para reconstrução dos fatos. Para Caputo (2006), a entrevista aproxima o jornalista de uma dada realidade, a partir de um determinado assunto e do próprio olhar do profissional, utilizando como instrumento perguntas direcionadas a uma ou mais pessoas. O conteúdo audiovisual foi editado nos programas Adobe Premiere CS5, After Effects CS5 5 e Sony Vegas Pró 12 com alternância entre as sonoras e a inserção de imagens de apoio. A intenção era construir uma narrativa a partir do relado das vendedoras ambulantes e, assim, valorizá-las enquanto mulheres e apresentar o contexto social na voz dessas mulheres. Para a captação das imagens foi usada uma câmera DSLR 60D com a Lente Canon Ef-s 17-55mm F/2.8 IS USM. O áudio foi gravado diretamente na câmera com o Microfone Profissional Sony Uwp-d16 Lapela sem fio.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto de webdocumentário Guerreiras do Cotidiano é uma produção experimental e independente que tem como proposta apresentar a realidade de resistência das mulheres de periferia e, assim, tentar desvelar e desconstruir o machismo enraizado no Brasil, um país ainda social e culturalmente desigual. Neste sentido, o trabalho oferece o espaço de fala a essas mulheres através da linguagem audiovisual nas mídias digitais, uma vez que os veículos de comunicação hegemônicos oferecem pouco ou quase nenhum espaço para o grupo feminino expressar suas experiências de mulher, mãe, chefe de família, representante política e feminista. O vídeo de 14min e 5seg retrata a história de duas vendedoras ambulantes que trabalham, há 10 anos, informalmente nas margens de uma das rodovias mais importantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, a BR 465, onde elas vendem sucos, água, biscoito e amendoim. Maria Orlandete, 53 anos, e Lilian da Silva, 39 anos, relatam suas experiências de luta e coragem para enfrentar o preconceito, o machismo e a intolerância de alguns motoristas que passam pela estrada. Mulheres que buscam todos os dias o sustento de seus dependentes em meio ao trânsito pesado e em dias tipicamente quentes da capital fluminense. O produto audiovisual Guerreiras do Cotidiano começa com imagem em preto e banco para representar o olhar limitado e o pensamento do senso comum sobre mulher. Após este momento, o filme ganha cor e insere o público/internauta no ambiente de trabalho das vendedoras com a narração da Lílian e da Maria Orlandete para, então, as histórias serem contadas por elas de forma alternada. Foram ouvidas também outras duas mulheres que trabalham no local: a Gêisela Francisca da Silva Moraes, filha da Maria Orlandete, e Marilene Silva de Souza, moradora do bairro Dilma Rousseff localizado em frente ao local de gravação. O homossexual João Henrique Ferreira de Araújo, mais conhecido como Nick, também falou sobre dificuldade de trabalhar na BR pelo fato de os motoqueiros chutarem as latas de amendoim e ofenderem os camelôs, principalmente, as mulheres. Além disso, o filme ainda tem um videoclipe montado com texto, imagens de apoio e a paródia de autoria do camelô Rubem Lopes da Silva Junior. A inclusão deste formato de vídeo foi uma forma valorizar a criatividade do vendedor ambulante e aproximar o público/internauta de uma expressão cultural que é o funk A música é usada todos os dias pelo vendedor ambulante para atrair clientes que passam na rodovia. Foram selecionadas cinco músicas para compor a trilha sonora do vídeo, sendo duas relacionadas ao tema do filme como  Mulher Guerreira do grupo Atitude feminina e  Camelô de Edson Gomes; as outras três são instrumentais. Em meio à crise na segurança pública do Rio de Janeiro, o webdocumentário revela com o depoimento das protagonistas o pertinente conflito social entre os grupos marginalizados e a polícia militar do Rio. Maria Orlandete afirma ter sido intimidada por um policial civil enquanto trabalhava na estrada. Porém, o caso da Lílian é ainda mais delicado. A irmã dela, Simone, foi vítima de bala perdida disparada por um policial militar e morreu deixando seis filhos e dois netos. Cinco deles foram morar com a Lílian e ela tendo cinco filhos. Hoje, esta mulher sustenta 10 dependentes com o dinheiro que ganha com o trabalho informal na BR 465. Essas são as Guerreiras do Cotidiano. O Webdocumentário possui um canal no Youtube e tem um site oficial com textos, fotografias e infográficos com números da participação da mulher na sociedade. Além disso, o produto audiovisual conta com uma fanpage no Facebook e um perfil no Instagram.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A participação das mulheres nas esferas decisórias de um grupo social ou do país se faz necessário para a construção da igualdade de condições entre os gêneros e a manutenção dos direitos já conquistados. O gênero feminino precisa ter os seus espaços respeitados por todos os setores da sociedade e, inclusive, pelas próximas gerações de indivíduos. Neste sentido, a prática jornalística em prol dessa corrente tem uma contribuição singular que ultrapassa o domínio das técnicas de produção de notícias, reportagens e documentários; assumindo a responsabilidade de construir uma comunicação em favor da cidadania, tendo em vista os avanços tecnológicos e hipermidiáticos que possibilitam a uma produção de conteúdo de todos para todos através da internet. Assim, o webdocumentário Guerreiras do Cotidiano cumpriu seu objetivo levando para as mídias digitais a humanidade de mulheres da periferia e garantindo à elas o espaço de fala, uma vez que, diariamente, são invisibilizadas em suas lutas e potências nas margens da BR 465. Trata-se, finalmente, de um produto audiovisual independente e que propõe um olhar humano sobre a dignidade de todo e qualquer cidadão com igualdade de direitos dos diferentes gêneros realizado no âmbito de uma universidade federal que deseja e precisa ultrapassar seus muros concretos e políticos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ANG, Tom. Vídeo digital: uma introdução. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. Traduzido por Assef Nagib Kfouri e Silvana Vieira.<br><br>BERNARDES, Fernanda. Webdocumentário e as funções para a interação no gênero emergente: análise de Fort McMoney e Bear, 2015. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/7569. Acesso em: 19 de abril de 2017.<br><br>CAPUTO. Stela Guedes. Sobre entrevistas: teoria, prática e experiências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.<br><br>CARVALHO, Márcia. Documentário e a prática jornalística. Revista PJ:Br - Jornalismo Brasileiro. Núcleo de Jornalismo Comparado da ECA-USP, edição 7, IV, 2006. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/pjbr/arquivos/ensaios7_d.htm. Acesso em: 20 de abril de 2017.<br><br>ELSHTAIN, Jean Benthke. Public Man, Private Woman: Woman in Social and Political Thought. Princeton: Princeton University Press, 1981.<br><br>Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estatística de Gênero, 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/snig/v1/?loc=0&cat=-15,-16,-17,-18,128&ind=4704 . Acesso em 18 de abril de 2017.<br><br>Inter-Parliamentary Union. Word and Regional Averages  Women in National Parliaments. Disponível em: http://www.ipu.org/wmn-e/world.htm. Acesso em: 18 de abril de 2017.<br><br>LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2011.<br><br>Miguel, Luis Felipe e BIROLI, Flávia. Feminismo e Política: uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.<br><br>NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2005.<br><br>CANNITO, Newton Guimarães. A Televisão na era digital: interatividade, convergência e novos modelos de negócios. São Paulo: Summus, 2010.<br><br>PRIORE, M. D. (org.) História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2006.<br><br>RIBAS, Beatriz. Contribuições para uma definição do conceito de Web Documentário. 2003. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2003_ribas_webdocumentario.pdf. Acesso em: 20 abril de 2017.<br><br>RIBAS, Beatriz. Contribuições para uma definição do conceito de Web Documentário. 2003. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2003_ribas_webdocumentario.pdf. Acesso em: 20 abril de 2017.<br><br>RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Global, 2015.<br><br>VILLELA, Regina. Profissão Telejornalista de TV  Telejornalismo aplicado na Era Digital. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltd, 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>