ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00595</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Expedição Morro do Diabo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Jéssica Dayane Nunes Pessoa (Universidade do Oeste Paulista); Dayane Silva de Freitas (Universidade do Oeste Paulista); Jusciê de Jesus Gutierres Felipe (Universidade do Oeste Paulista); Karla Bianca dos Santos Carneiro (Universidade do Oeste Paulista); Thiago Morello de Olievira (Universidade do Oeste Paulista); Thaisa Sallum Bacco (Universidade do Oeste Paulista)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Webdocumentário, Linguagem Audiovisual, Parque Estadual Morro do Diabo, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O webdocumentário  Expedição Morro do Diabo teve como objetivo documentar, por meio da linguagem audiovisual, a biodiversidade da maior área de Mata Atlântica de Interior do Estado de São Paulo, o Parque Estadual Morro do Diabo. Através de uma imersão de 20 dias dentro do objeto de estudo, os dados coletados sobre a biodiversidade da maior reserva florestal da região são apresentados em um site com episódios: história, flora, fauna, educação ambiental e ecoturismo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Baseado nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, (IBGE, 2010), a extensão territorial do Brasil é de 8.515.767,049 km². Dentro dessa dimensão, 7% é composta de Mata Atlântica, num domínio de 131 unidades de conservação federais, 443 estaduais, 14 municipais e 124 privadas, distribuídas por 17 estados. Dentro do Estado de São Paulo, área que mais possui parques estaduais com o tipo de bioma de Mata Atlântica, a 687 km da capital paulistana, está localizado o Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD). Situado no Pontal do Paranapanema, no município de Teodoro Sampaio, a reserva está a 11 km do centro da cidade e a 120 km de Presidente Prudente, capital do Oeste Paulista. Constituído por aproximadamente 34 mil hectares de Mata Atlântica de Interior, a unidade dispõe de relevantes espécies de fauna e flora, dentre elas, algumas ameaçadas de extinção como, por exemplo, a onça-pintada, queixada, tatu-galinha, a anta e o mico-leão-preto. (SÃO PAULO, 2016) O Parque possui a maior concentração do mico-leão-preto do mundo, um dos primatas mais ameaçados de extinção. Estima-se que no PEMD tenha 1200 indivíduos dessa espécie em vida livre, distribuídos em suas extensões territoriais. (SÃO PAULO, 2016). Ainda sobre a fauna, a sede conta com 426 tipos de borboletas já catalogadas, que andam sempre em bandos nos horários mais quentes do dia. O Parque também é um local que abriga a anta brasileira (PARQUE..., 2006). Em relação à flora, o território comporta uma das maiores reserva de peroba-rosa do sudeste brasileiro, espécie marcante para o restabelecimento de áreas degradadas. (PARQUE..., 2006) O grande valor que é confiado ao PEMD não é apenas caracterizado pela variedade de espécie de animais e plantas. O Parque é rodeado por dois grandes cursos d água, os rios Paranapanema e Paraná, que ligam o estado do Paraná ao interior de São Paulo. Em 1986, a unidade passou a ser Parque Estadual, a partir do Decreto de nº 25.342/86, completando 30 anos em 2016.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O projeto intitulado  Expediçao Morro do Diabo teve como objetivo geral documentar, por meio da linguagem audiovisual, a biodiversidade do Parque Estadual Morro do Diabo, maior reserva de Mata Atlântica de Interior do Estado de São Paulo. Em relação aos objetivos específicos que nortearam a produçao do webdocumentário, tem-se: &#9679; Traçar um panorama histórico do Parque Estadual Morro do Diabo; &#9679; Conhecer sobre fauna, flora, ecoturismo, educação ambiental e o trabalho de preservação e conservação do Parque; &#9679; Aplicar as teorias e ferramentas do Jornalismo audiovisual estudadas ao longo do curso; &#9679; Identificar e analisar formatos e conteúdos de webdocumentários; &#9679; Produzir um webdocumentário sobre o Parque Estadual Morro do Diabo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quando tratamos de questões socioambientais, a maior preocupação está ligada ao homem em relação à sua conduta na degradação da natureza. A partir do crescimento e a industrialização dos grandes centros urbanos desde o século XIX, a inquietação em relação aos problemas ambientais agravou-se. Com isso, a discussão sobre a preservação de reservas florestais tem sido pautada cada vez mais em meio à sociedade e às políticas públicas. Criado em 1941, foi tratado como reserva florestal até o ano de 1986. A datar do Decreto nº 25.342/86, 45 anos após sua fundação, passou a ser considerado o Parque Estadual Morro do Diabo, isto é, começou a ser de domínio público, de forma governamental. A partir disso, houve um controle maior da instituição, conservação, preservação, pesquisa e turismo. (PARQUE..., 2006) Este projeto ingressou na ideia de documentar, por meio da criação de um webdocumentário, a biodiversidade do Parque, em comemoração aos seus 30 anos, datado no dia 04 de junho de 2016. Os motivos que desencadearam esse projeto estão relacionados à relevância social do trabalho de preservação que é desenvolvido na unidade. Além de que um dos papéis do jornalista em exercício da sua profissão é informar à população sobre a situação ambiental dos ecossistemas regionais e destacar a importância da conservação ambiental, a fim de proporcionar a conscientização de todos. Destarte, a sociedade terá acesso a um material audiovisual sobre o Morro do Diabo, que poderá compartilhar com os grupos sociais coexistentes. Este ato de disseminar o conteúdo entre todas as pessoas é de relevância social, pois, atualmente, discute-se a preservação ambiental, não só dessa reserva florestal, mas também de todas as áreas ambientais do planeta. Ademais ao fato de poder trabalhar a linguagem audiovisual estudada ao longo do curso, no âmbito acadêmico, a pesquisa proporcionou aos autores a oportunidade de aplicar a teoria jornalística adquirida durante o período de graduação e o desafio de trabalhar na produção de um webdocumentário. O webdocumentário foi designado como peça prática deste trabalho, pois se trata de um gênero audiovisual recente, que, segundo Emerim e Cavenaghi (2012), vem  [...] ganhando espaço nos últimos anos graças ao avanço da Internet banda larga (que facilita o acesso aos produtos) e ao desenvolvimento de plataformas cada vez mais complexas para elaboração deste tipo de produto . Essa perspectiva consiste em utilizar as técnicas tradicionais do documentário, que retrata a realidade para contar uma história sobre uma pessoa ou evento, baseado em depoimentos e testemunhos de fontes ligadas ao objeto de pesquisa, além de uma reprodução mais interativa, multimidiática e hipertextual. Além disso, o estudo possibilitou engrandecer a bagagem cultural e conhecer sobre a história, rotina, biodiversidade e características de uma unidade de conservação que é importante e única na região do Pontal do Paranapanema. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Todo estudo necessita de uma metodologia científica para ser executada. Neste projeto, a  Expedição Morro do Diabo optou pela pesquisa qualitativa do tipo exploratória, por ser uma abordagem que mais se adequa à proposta apresentada, porque não se atém a números, mas sim na profundidade do assunto estudado. A pesquisa qualitativa dá liberdade ao pesquisador para planejar o estudo da forma que deseja, assim  Utilizamos a pesquisa qualitativa quando queremos descrever nosso objeto de estudo com mais profundidade. Por isso, ela é muito comum em estudos sobre o comportamento de um indivíduo ou de um grupo social. (MASCARENHAS, 2012, p. 46) Dentro da abordagem da pesquisa escolhida, os mesmos compreendem que o tipo exploratório é o mais adequado, pois permite criar vínculo com o objeto de estudo, o que possibilita o conhecimento de novos assuntos e descobertas sobre o Parque. Em relação à pesquisa exploratória, Mascarenhas (2012, p. 46) fala que  [...] é recomendada para quem pretende criar mais familiaridade do problema para, depois, criar hipóteses sobre ele. Após definir a abordagem e a natureza da pesquisa, foi necessário compreender os métodos fundamentais para a execução. Desta forma, Lakatos e Marconi (2010, p. 65) definem que método  [...] é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo  conhecimentos válidos e verdadeiros  traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. Os pesquisadores entendem que o método utilizado para formular a pesquisa será o estudo de caso. Apesar de ser colocado como um estilo de pesquisa e não um método a ser executado, Mascarenhas (2012, p. 50) define-o como  [...] uma pesquisa bem detalhada sobre um ou poucos objetos. A ideia é refletir sobre um conjunto de dados para descrever com profundidade o objeto de estudo  seja ele uma pessoa, uma família, uma empresa ou uma comunidade. Em sequência sobre o pensamento acima, Yin (2001, p. 19) vai além e propõe que: [...] os estudos de caso representam a estratégia preferida quando se colocam questões do tipo  como e  por que , quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. Pode-se complementar esses estudos de casos  explanatórios com dois outros tipos - estudos  exploratórios e  descritivos [...]. Assim como explicado pelos autores acima, o estudo de caso é o ato de trabalhar e se aprofundar em um tema específico. Desta forma, aplica-se o seguinte método, pois, dentro do objeto de estudo da presente pesquisa, foi explorado o Parque Estadual Morro do Diabo como unidade de caso. Com o objetivo de sua elaboração, algumas técnicas deverão ser aplicadas para coletar dados. Uma delas é a pesquisa e análise documental, explanada por Moreira (2015) como a técnica de identificar, verificar e apreciar documentos para chegar a um propósito. Para tal análise, os pesquisadores optaram pelo uso de documentos que ajudaram a explorar as informações necessárias para o projeto, como por exemplo: escrituras, para aferir datas históricas e nomes relacionados à fundação do Parque; mapas, a fim de facilitar a locomoção dos pesquisadores, bem como para conhecer a extensão territorial e situar o telespectador à planta geográfica. Também dentro da pesquisa e análise documental foram explorados webdocumentários. Neste processo, foram identificados e analisados formatos, conteúdos, fotografia, usabilidade, interatividade, multimidialidade, estética, layout e linguagem de webdocumentários disponíveis na internet. No total, foram vistos 15 audiovisuais, que serviram de base exemplar para a produção e ideias para desenvolvimento da peça prática deste estudo. Em continuidade das técnicas que serão abordadas neste trabalho, também se opera a pesquisa bibliográfica, ponto de partida dos pesquisadores, que, de acordo os autores Cervo, Bervian e da Silva (2007, p. 60)  [...] procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses . Neste estudo, foram utilizados livros, artigos, dissertações, teses e monografias, que enfatizam a fundamentação teórica sobre a história do Parque Estadual Morro do Diabo, linguagem audiovisual, documentário e webdocumentário. É valido afirmar, que, para tal forma de pesquisa descrita acima, os pesquisadores contaram com as publicações disponíveis nos acervos das bibliotecas da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Estadual Paulista  Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), da cidade de Presidente Prudente. Além disso, foram consultados arquivos pessoais dos integrantes e materiais disponibilizados pelo Instituto de Pesquisas Ecológica (IPÊ). Todo referencial teorico veio da bibliografia da pesquisa, viso qeue o tema webdocumentário é algo novo e carecia de um respaldo científico para sua produção. Outra técnica para coleta de dados que os pesquisadores desenvolveram ao mesmo tempo em que as demais citadas, é a entrevista em profundidade do tipo semiaberta. A entrevista de profundidade é um recurso metodológico que busca, com base em teorias e pressupostos, definidos pelo investigador, recolher respostas a partir de experiências subjetivas de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja conhecer. (DUARTE, 2015, p. 62) Para Duarte (2015, p. 66), a entrevista do tipo semiaberta exige um roteiro de perguntas, porém, não se prende totalmente a ele, sendo mais flexível. Exemplo: O pesquisador faz a primeira pergunta e explora ao máximo cada resposta até esgotar a questão. Somente então passa para a segunda pergunta. Cada questão é aprofundada a partir da resposta do entrevistado, como um funil, no qual perguntas gerais vão dando origem a específica. (DUARTE, 2015, p. 66) Diante da necessidade em ouvir e coletar depoimentos e testemunhos na técnica de entrevista, compreendida pelos pesquisadores como ponto principal do jornalismo, 26 fontes foram entrevistadas. Dentre eles, podemos destacar o atual gestor do PEMD, Eriqui Marqueti Inazaki; o morador de Teodoro Sampaio João Gatti, que, juntamente ao biólogo Aldemar Coimbra Filho, redescobriu a então extinta espécie do primata mico-leão-preto, em 1989; pesquisadores do Instituto de Pesquisas Ecológicas, com estudos ativos na unidade florestal; o professor de Geografia João Maria de Souza, que também é morador da cidade e autor do filme  Memorial Teodoro Sampaio (2009); biólogos, que puderam explanar sobre a fauna e a flora; além de funcionários do Parque, vizinhos, turismólogos, visitantes e a Polícia Militar Ambiental de Teodoro Sampaio, para relatar sobre o trabalho de fiscalização que é desenvolvido em torno da instituição e na rodovia Arlindo Béttio (SP-613), estrada que corta o Parque Estadual Morro do Diabo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objeto de estudo Parque Estadual Morro do Diabo é um nicho de histórias e de grande importância para a população regional. Além disso, diversos pesquisadores de várias localidades do país estão em contato com a unidade. Primeiramente os pesquisadores buscaram por fontes primárias, que indicavam novos nomes, com os quais os alunos faziam o contato e iam surgindo as ramificações do trabalho. Para o inicio da pré-produção, a primeira fonte foi o gestor do Parque, Eriqui Marqueti Inazaki, que no primeiro momento já indicou outras pessoas que poderiam vir a tornar-se fonte oficial para o webdocumentário. Foi nessa ocasião em que os alunos Dayane, Jéssica e Thiago se dividiram para fazer os contatos. Nessas tentativas, foram contatados mais de 20 entrevistados. Assim, cada um deles foi submetido a pré-entrevistas, durante as quais os pesquisadores apuraram dados sobre o Parque, programas, pesquisas, rotina, lendas, fauna, flora, rios e história. Foi como um quebra-cabeça. Feito isso, os pesquisadores decidiram quais os macrotemas iam abordar: história, fauna, flora, educação ambiental e ecoturismo. Depois da apuração e realização de pré-entrevistas, com agendamentos das fontes, chegou a hora de construir o cronograma de externas. Essa etapa demandou muito tempo, pois as datas tiveram que ser agendadas entre os dias 16 de julho a 31 do mesmo mês, período em que os pesquisadores estariam locados no Parque para fazer as gravações. Assim foi sendo construído o roteiro de perguntas para cada um dos entrevistados e assim elaboradas as 24 pautas, número menor que o total de entrevistados, pois para os visitantes do Parque foi desenvolvido o mesmo modelo. Gravações: As gravações se iniciaram. Todas as entrevistas gravadas foram pensadas, em questões de planos, enquadramentos, ângulo e iluminação. Os planos se deram de acordo com os cenários onde foram realizadas as gravações. Já os enquadramentos variaram de acordo com a fonte e o local em que ela estava. Os ângulos foram feitos de forma linear. Já a iluminação ficou por conta da luz ambiente natural, pois foram todas durante o período matutino e vespertino. Quanto aos áudios, foram captados de forma ambiente, pois em nenhum deles os pesquisadores usaram de alguma ferramenta para modificá-los esteticamente. Dentre as dificuldades que o grupo enfrentou em gravar algumas imagens, a mais expressiva foi gravar a fauna do Parque. Fazer imagens de onça, anta, aves e principalmente o mico-leão-preto, pois nos dias em que os pesquisadores ficaram a campo, conseguiram ver o primata apenas uma vez. Outro desafio foi conseguir gravar a anta e a onça, as pegadas dos mamíferos foram vistas pelo grupo, mas não foi possível registra-los. As imagens que o grupo utilizam foram cedidas. Os pesquisadores almejavam por imagens aéreas, mas não tinham o equipamento para a realização do mesmo. Entretanto, conseguiram um parceiro que fez as imagens e as vendeu para o grupo. Os dias de gravações se resumiram em rotinas de acordar, sair para gravar sem hora para voltar. Chegar ao alojamento do Morro do Diabo, decupar todo o material gravado do dia e transcrever todas as sonoras. Dentre esses dias em que o os pesquisadores ficaram a campo, também foram feitos relatórios diários. Foi uma espécie de diário de bordo. Ele era enviado diariamente para a orientadora, como uma forma de checar as atividades desenvolvidas e assim apontar para o grupo o que estava faltando. As externas no Parque iniciaram-se no dia 17 de julho e só foram encerradas no dia 31 do mesmo mês. As outras duas foram realizadas posteriormente no dia 20/08 e 19/09. No total, foram 22 dias de gravação. Depois desse processo, os pesquisadores chegaram à conclusão que se eles não tivessem convivido todos esses dias diretamente com as fontes e explorado o objeto de estudo o Parque, não teriam conseguido coletar todos os conteúdos e imagens necessárias para o webdocumnetário. Permanecer na realidade do Morro facilitou no momento em que chegaram as dúvidas e também fez com que os pesquisadores vivessem, de fato, toda a rotina da unidade, convivessem com os funcionários e conhecessem as espécies ali existentes. Roteirização: Para que fosse possível montar o webdocumentário, foi necessário fazer um roteiro de tudo que iria entrar, cada take do vídeo. No total, foram 170 horas brutas de gravação. A atividade foi juntar os relatórios de imagens e as transcrições das sonoras para ir construindo o roteiro. Para a construção do roteiro, foi necessário escutar segundo por segundo de cada entrevista, para ver se o trecho em que o entrevistado iria aparecer estava com um bom áudio, se o ponto de corte estava adequado, se o entrevistado estava bem enquadrado, se o cenário estava conveniente, porque de nada adiantaria colocar o personagem falando com esses itens comprometidos. E mais uma vez o roteiro foi atualizado. Uma vez que os roteiros dos cinco episódios estavam prontos, chegou a hora de validar take por take para ver se estava tudo ideal. Edição e pós-produção: A cada término de edição do episódio, houve a necessidade de ajustes, em que os alunos tiveram que acrescentar ou tirar imagem, checar novamente algumas informações e dados importantes para não correrem o risco de deixar passar alguma coisa de forma errônea. O processo para editar se deu, a princípio, pela construção dos esqueletos, com a sequência de sonoras roteirizadas. E assim foi feito em todos os episódios. Em seguida, foram validados por todos os integrantes do grupo e corrigido pela orientadora. Entre esses ajustes dos episódios, o grupo teve que correr atrás do material que faltava para melhoria: imagens de arquivo, fotografias de arquivo, dados, mapas e vídeos da internet. Além de ter que produzir os textos explicativos que teriam ao decorrer dos episódios, para que informações técnicas e mais difíceis, que aparecessem ao longo dos vídeos, pudessem ser explicadas para os internautas e compreendidas pelos mesmos. Depois que os episódios foram cobertos por imagens, foi feita a inserção dos elementos videográficos: tarjas, bases, vinheta, animações e ficha técnica. Depois dessa atividade finalizada, foi a hora de passar para a sonorização, que foi feita pelo doutor em artes e professor de música André Luiz Correia Gonçalves de Oliveira. No mês do julho em que o grupo ficou no Parque, o professor André foi até o local duas vezes para captar o som da mata, animais e rios que depois serviram para sonorizar os episódios. O site. No mês de agosto foi construído o rafe do site. Foi a partir de várias referências de outros webdocumentários que o grupo optou em ter uma tela conceito em movimento, no qual tem uma imagem área do Morro do Diabo acompanhada de sonorização. Para conhecimento mais aprofundado dos animais, aves e flora que os autores registraram no Parque e algumas imagens cedidas por parceiros, foi elaborada uma catalogação com 12 tipos de aves pelo biólogo, especialista em aves, Johnny Michael Santos da Silva, sete espécies de mamíferos, pelo professor doutor Olavo Nardy e 13 variedade de flora pelo professor mestre Silvério Takao Hosomi e o biólogo e monitor ambiental, Wilton Felipe Teixeira. Todas as catalogações contêm: nome popular, nome científico, reino, filo, classe, ordem, família, tamanho, habitat, comprimento e lista de ameaça. Nessa ocasião que os pesquisadores perceberam a necessidade de criar um vídeo de apresentação. Ele serve para explicar ao internauta sobre a estrutura do webdocumentário e também o que de conteúdo ele abriga. Os episódios do webdocumentário finalizados resultaram em durações diferentes: episódio de história com 10 55 minutos, episódio de flora com 07 33 minutos, episódio de fauna com 10 50 minutos, episódio de educação ambiental com 08 27 minutos, episódio de ecoturismo com 08 27 minutos, episódio Marcas do Parque com 07 18 minutos, making of com 05 43 e teaser com 03 40. Total de 1 hora 1 minuto e seis segundos de produção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Durante a produçao do webdocumentário  Expedição Morro do Diabo , foi perceptível que, mesmo com a chegada dos 75 anos da unidade florestal, ainda existiam pessoas, morando próximas ou não ao PEMD, que não conheciam a maior reserva de Mata Atlântica de Interior do Estado de São Paulo. Percebendo isso, os pesquisadores confirmaram a necessidade de realizar algo que fosse capaz de expor a biodiversidade do objeto de estudo, a fim de promover, indiretamente, o interesse da sociedade em relação à sua visitação. Documentar, por meio da linguagem audiovisual, a biodiversidade do Parque Estadual Morro do Diabo, maior reserva de Mata Atlântica de Interior do Estado de São Paulo, foi o objetivo geral que norteou essa pesquisa. Tal tarefa, só foi possível, a partir da conclusão de todos os objetivos específicos listados. Os pesquisadores ressaltam que foi possível executar o propósito informado no começo deste trabalho. Porém, ele não é uma representação real de tudo o que se passa e acontece dentro desta unidade de conservação. De forma parcial, o webdocumentário  Expedição Morro do Diabo conseguiu abordar os pontos mais importantes e trazê-los na apresentação dos cinco episódios disponíveis no site www.expedicaomorrododiabo.com. Nesta pesquisa o webdocumentário foi o gênero audiovisual escolhido como ferramenta para a documentação da biodiversidade do Parque Estadual Morro do Diabo. Os alunos, autores deste projeto, acreditam que o filme  dividido em cinco episódios  cumpre com o seu dever e objetivo proposto inicialmente. Entretanto, mais que isso, ele servirá para promover a unidade florestal, principalmente destacar seu importante papel de preservação e conservação ambiental.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. <br><br>DUARTE, Jorge. Entrevista em profundidade. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (Orgs.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.<br><br>EMERIM, Cárlida; CAVENAGHI, Beatriz. Contribuições da linguagem dos webdocumentários para o webjornalismo audiovisual. In: Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul. 13. 2012. Chapecó. Chapecó. 2012. Intercom  Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2012/resumos/R30-1661-1.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2016.<br><br>IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/default_territ_area.shtm>. Acesso em: 15 mar. 2016.<br><br>LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.<br><br>MASCARENHAS, Sidnei A.. Metodologia científica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.<br><br>MOREIRA, Sonia Virgínia. Análise documental como método e como técnica. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (Orgs.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. p. 269-279. <br><br>PARQUE Estadual Morro do Diabo: Plano de Manejo. São Paulo: Viena, 2006.<br><br>SÃO PAULO. Sistema Ambiental Paulista. Parque Estadual Morro do Diabo. São Paulo. 2016a. Disponível em: < http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-morro-do-diabo/sobre-o-parque/>. Acesso em: 20 set. 2016.<br><br>SÃO PAULO. Sistema Ambiental Paulista. Parque Estadual Morro do Diabo. São Paulo. 2016b. Disponível em: <http://fflorestal.sp.gov.br/institucional/missao/>. Acesso em: 04 set. 2016.<br><br>YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.<br><br> </td></tr></table></body></html>