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INSCRIÇÃO: | 00666 |
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CATEGORIA: | JO |
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MODALIDADE: | JO04 |
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TÍTULO: | Revista Ciência Caipira |
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AUTORES: | Thiago Asheley Peres (Universidade Metodista de Piracicaba); João Turquiai Junior (Universidade Metodista de Piracicaba); Andressa Cristina Rosa (Universidade Metodista de Piracicaba); Joel Felipe Horácio (Universidade Metodista de Piracicaba) |
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PALAVRAS-CHAVE: | Ciência e Tecnologia, Jornalismo Científico, Revista de Ciências, , |
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RESUMO |
A revista Ciência Caipira, é um Projeto Experimental em Jornalismo que visa contribuir com a divulgação da produção científica regional do interior de São Paulo e levantar o questionamento sobre a importância de sua inserção numa ampla discussão acerca de educação e ciência. Considerando as obras de Fabíola Oliveira, autora que trata sobre o jornalismo científico produzido no Brasil, defendendo a necessidade de engrandecê-lo por meio da divulgação na mídia, entre outras propostas, visando ao aumento da participação popular e promoção de democracia nas escolhas inerentes a esse tema, e de Marília Scalzo, autora de livro que aborda o jornalismo de revista e aspectos fundamentais para que este seja executado de forma correta, são base para a fundamentação teórica deste documento. |
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INTRODUÇÃO |
Ciência Caipira é um projeto impresso na modalidade Revista, que consiste em abordar conteúdo científico brasileiro, divulgando pesquisas de forma a tornar a linguagem acadêmica mais acessível à população em geral, valorizando o poder da imagem para deixar a publicação mais atrativa e dinâmica para o público alvo (jovens entre 16 e 25 anos) e qualquer outro cidadão que demonstre interesse na revista – esta disponível no seguinte endereço eletrônico: https://issuu.com/thiagoblade/docs/ciencia_caipira_vers__o_final__capa Divulgar pesquisas produzidas no interior do estado de São Paulo é o principal objetivo da revista. Além deste, trazer à tona a produção nacional e incentivar o público a buscar o contato com o tema também são bandeiras importantes que a equipe levanta com relação à publicação. A produção científica brasileira, que está em processo de crescimento, atualmente é a 13ª no mundo, conforme ranking publicado pela agência Reuters em 2014. Para que o tema seja cada vez mais internalizado e constante no cotidiano do cidadão, o que contribui para o interesse cada vez maior de pessoas em ingressar na área – e consequentemente traz frutos, com novos talentos –, é importante que as matérias produzidas em território brasileiro sejam expostas a seu povo. Com mais mentes engajadas em ciência, o aumento na produção científica é diretamente proporcional, trazendo novas soluções para questões socioeconômicas. Trazer esse tipo de conteúdo por meio de uma revista, que é material de fácil acesso, tanto em formato físico quanto em plataforma digital, ajuda, mesmo que em pequenas proporções, a valorizar e transformar a realidade da ciência brasileira, que é pouco difundida em território nacional: a temática dificilmente é abordada por qualquer veículo de comunicação e, além disso, quando se fala sobre ciência, tem se em vista pesquisas desenvolvidas em polos tecnológicos como Estados Unidos, Alemanha e Japão. |
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OBJETIVO |
Abordar o tema ciência é de fato importante para a sociedade. Quando se fala em ciência e cientista há uma imagem muito caricata de um personagem com suas invenções mirabolantes, quando na verdade, coisas que simplificam nosso cotidiano, melhoram um processo de produção ou mesmo que refletem diretamente na economia do país são fruto de pesquisas, estudos e levantamentos de dados que são considerados ciência e que em sua maioria estão ocultas aos olhos da sociedade, muitas vezes pelo fato de não ter um meio de comunicação que leve a informação ao cidadão, trazendo à luz as importantes contribuições dadas por estes profissionais. A revista tem o objetivo de enfatizar a produção científica universitária regional, neste caso, partindo de Piracicaba, interior de São Paulo, até um raio de 80 km de distância, levando a informação de maneira clara, objetiva, com ilustrações e gráficos que tornem a leitura prazerosa e que colabore com o conhecimento e interesse pela ciência. |
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JUSTIFICATIVA |
O trabalho se justifica por sua essência de interesse público, embora o Brasil invista apenas 0,69% do PIB (Produto Interno Bruto) em pesquisa e desenvolvimento, os valores estão dentro da média mundial, porém, o Estado arca com metade dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, em comparação aos 25% do resto do mundo. Ou seja, o cidadão contribuinte tem o direito de ser informado sobre a situação da produção científica e tecnológica de seu país. É fato que é grande o desinteresse dos brasileiros pela leitura, mas independente desta questão, o jornalismo não pode estar interessado apenas no fator mercadológico da notícia, mas também no seu fator social, de contribuição ao conhecimento e aos valores educacionais. O trabalho em questão quer oferecer este direito de informação ao cidadão e também de fazer o seu papel de mediador entre a notícia e o público, construindo uma ponte entre ambos, explorando um nicho importante que é o científico. |
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MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS |
O trabalho inicialmente se deu por uma pesquisa da disciplina de Teorias do Jornalismo, no qual, em uma análise dos critérios de noticiabilidade das reportagens da Revista Superinteressante, foi constatado superficialmente a falta de pesquisas nacionais no conteúdo da revista. Assim sendo, como proposta de monografia, nos prontificamos ao desafio de levar essa percepção adiante, fazendo uma pesquisa minuciosa de mais edições da revista em questão, além da Revista Galileu e da Revista Fapesp, utilizada como contraponto para a análise. Comprovada nossa teoria, o próximo passo era o Projeto Experimental em Jornalismo, do qual nasceu a Revista Ciência Caipira. Durante o processo de criação da revista, foram definidos público alvo, características editoriais inspiradas em outras revistas do ramo, quantidade de páginas e pesquisa de pautas, considerando apenas as produções científica das universidades do interior do Estado de São Paulo a nível federal, estadual ou privada, seguindo o conceito temático que também leva o nome da revista "caipira". As pautas selecionadas para comporem o conteúdo da revista, após as pesquisas inicias, foram avaliadas nos aspectos que consideraram sua contribuição à sociedade e interesse que poderiam gerar no leitor. Foram seguidos também padrões comuns em revistas como o Editorial, Notas, Entrevista, Artigo de Opinião e foi criada uma seção especial denominada "Pra lá da porteira" com notas sobre produção científica que não compreendem o seu contexto de interior. As entrevistas foram feitas via e-mail e também presenciais, de acordo com a disponibilidade da equipe de produção e dos pesquisadores e diagramada pelos próprios editores da revista. |
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DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO |
A revista Ciência Caipira conta com um total de quarenta e duas (42) páginas. O nome é oriundo da ideia do grupo: dar notoriedade à ciência/pesquisa produzida em solo brasileiro, mais especificamente no interior do estado de São Paulo, após constatação de que, nos veículos de comunicação multimídia e impressos, a atenção dada a produções científicas nacionais e locais é extremamente baixa. Além disso, o tema Ciência é pouco retratado e, quando abordado, prioriza assuntos desenvolvidos no exterior, segundo resultado de pesquisa obtida na monografia realizada pelo grupo. O projeto editorial e gráfico, produzido em parceria com grupo de alunos do curso de Design Gráfico da Unimep, por meio de diversos elementos, busca dar fluidez à revista, de modo a valorizar ícones, infográficos e as imagens. Duas páginas são utilizadas para as aberturas de reportagem. Com isso, a importância dada à imagem é evidenciada, pois esta ocupa totalmente a página da direita e a cor de fundo reflete uma das cores predominantes da figura. Já a página da esquerda é preenchida com o título em destaque, também colorido, linha fina e um pequeno texto introdutório. A capa também denota a importância por nós dada à imagem: esta é posicionada de forma central, havendo três chamadas de matéria na parte inferior; o título fica na parte superior. A estética do nome da revista, em seu desenho, possui elementos que remetem às palavras "ciência" e "caipira": símbolo que se pode associar à geometria molecular, sobre a última letra "a", simbolizando um chapéu e uma cor em tons diferentes (claro e escuro ou vice-versa) para identificar a ideia de interior. A fonte escolhida para título, esta em negrito, e linha fina, Neue Haas Grotesk, causa impacto por sua densidade, altura e pouco espaçamento entre os caracteres. Para o texto, Adobe Carlson Pro: leitura fácil em texto corrido, por conta de a fonte possuir serifa – promovendo dinamismo. As seções presentes na Ciência Caipira são: saúde, tecnologia, nanotecnologia, inovação, educação, bem estar e artigo. Essas seções estão englobadas nas editorias de Ciência & Tecnologia, Inovação e Humanidades. A escolha dessas editorias está inerente ao tema pelo grupo escolhido. Cada pauta da revista foi fruto de um trabalho de pesquisa e investigação da produção científica publicadas nos sites das universidades: teses de mestrado, doutorado, iniciação científica, etc. Após a análise e escolha das pautas, foi feito o contato e entrevista com os pesquisadores para a produção da reportagem. A importância dos assuntos vem de encontro ao interesse público, que carece de informações voltadas para essas áreas, ainda que pesquisas desenvolvidas em universidades públicas sejam financiadas, majoritariamente, por verba pública. |
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CONSIDERAÇÕES |
Ter a oportunidade de produzir uma revista científica foi uma experiência enriquecedora a todos nós. Para tanto, passamos por dificuldades, contratempos e aprendizados que nos fizeram evoluir profissionalmente – prazos, ter o máximo de cuidado na escolha das palavras, além da necessária checagem de informações para não cometer erros e eventualmente promover desserviço à população.ऀ倀愀爀愀 挀栀攀最愀爀 愀 琀愀氀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀Ⰰ 昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 漀 挀漀渀琀愀琀漀 挀漀洀 甀洀愀 最爀愀渀搀攀 焀甀愀渀琀椀搀愀搀攀 搀攀 瀀攀猀猀漀愀猀 焀甀愀氀椀昀椀挀愀搀愀猀 瀀愀爀愀 愀戀漀爀搀愀爀 愀 琀攀洀琀椀挀愀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀 瀀攀氀漀 最爀甀瀀漀⸀ 䔀渀琀爀攀琀愀渀琀漀Ⰰ 甀洀 渀切洀攀爀漀 挀漀渀猀椀搀攀爀瘀攀氀 搀攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀瘀攀椀猀 渀漀 爀攀琀漀爀渀漀甀 漀 挀漀渀琀愀琀漀 ጀ†昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀 愀最椀氀椀搀愀搀攀 瀀愀爀愀 攀渀挀漀渀琀爀愀爀 漀甀琀爀漀猀 瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀椀猀 挀甀樀愀猀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 昀漀猀猀攀洀 愀琀爀愀琀椀瘀愀猀 攀 琀椀瘀攀猀猀攀洀 甀洀愀 昀漀爀琀攀 搀攀渀漀琀愀漀 搀攀 椀渀琀攀爀攀猀猀攀 瀀切戀氀椀挀漀⸀
A busca por pessoas qualificadas para abordar questões relacionadas às pesquisas foi tão importante quanto ouvir pesquisadores e cientistas, pois assim conseguimos contextualizar as pesquisas para além do mundo acadêmico e encurtar a distância deste para o “universo civil”. 儀甀愀渀琀漀 焀甀攀猀琀漀 瀀攀猀猀漀愀氀Ⰰ 挀漀渀猀琀愀琀愀洀漀猀 焀甀攀 琀攀洀漀猀 挀愀瀀愀挀椀搀愀搀攀 瀀愀爀愀 瀀爀漀搀甀稀椀爀 洀愀琀攀爀椀愀氀 搀椀猀瀀攀渀搀椀漀猀漀 挀漀洀漀 甀洀愀 爀攀瘀椀猀琀愀㨀 瀀漀椀猀 搀攀洀愀渀搀愀 愀琀攀渀漀Ⰰ 瀀氀愀渀攀樀愀洀攀渀琀漀 攀 挀甀椀搀愀搀漀猀 攀洀 搀椀瘀攀爀猀漀猀 愀猀瀀攀挀琀漀猀Ⰰ 琀攀渀搀漀 攀洀 瘀椀猀琀愀 漀 渀漀猀猀漀 椀渀琀甀椀琀漀 攀洀 瘀愀氀漀爀椀稀愀爀 愀 焀甀攀猀琀漀 攀猀琀琀椀挀愀⸀
A produção desta revista nos deu uma grande motivação, inclusive para continuar sua produção após o termino da graduação. Tivemos grande crescimento na questão de responsabilidade, bem como saímos com confiança elevada em nossas capacidades, contando um com o outro, valorizando o espírito de equipe – o que é indispensável para um profissional da comunicação. 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀
ALI, Fatima. A arte de editar revistas. São Paulo: Companhia Nacional, 2009.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀唀刀䬀䔀吀吀Ⰰ 圀愀爀爀攀渀⸀ 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 挀椀攀渀琀昀椀挀漀 ጀ†挀漀洀漀 攀猀挀爀攀瘀攀爀 猀漀戀爀攀 挀椀渀挀椀愀Ⰰ 洀攀搀椀挀椀渀愀 攀 愀 愀氀琀愀 琀攀挀渀漀氀漀最椀愀 瀀愀爀愀 漀猀 洀攀椀漀猀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀㬀 琀爀愀搀甀漀 䄀渀琀渀椀漀 吀爀渀猀椀琀漀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀 ጀ†䘀漀爀攀渀猀攀 唀渀椀瘀攀爀猀椀琀爀椀愀Ⰰ 㤀㤀 ⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀伀䰀䤀嘀䔀䤀刀䄀Ⰰ 䘀愀戀漀氀愀⸀ 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䌀椀攀渀琀昀椀挀漀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䌀漀渀琀攀砀琀漀Ⰰ ㈀ ㈀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀
SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2008.㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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