ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00709</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RP06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Plano de Relações Públicas para a Casa Abrigo Amorada: desafio da formação de parcerias e visibilidade em uma organização sigilosa</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ednan Kevin de Faria (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"); Alana Nogueira Volpato (Universidade Estadual Paulista ); Lillian Prado Gutierres (Universidade Estadual Paulista ); Natália de Proença Fernandes Lemes (Universidade Estadual Paulista ); Barbara Gonçalves de Oliveira Xavier (Universidade Estadual Paulista ); Bruna Fioravanti Wackerha (Universidade Estadual Paulista )</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Casa Abrigo Amorada, Doações, Relações Públicas, Serviço de Acolhimento Institucional, Terceiro Setor</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo apresenta um plano de relações públicas desenvolvido na Casa Abrigo Amorada, um serviço de acolhimento institucional para crianças na cidade de Lençóis Paulista. Por meio de entrevistas com a gestora da ONG, foi possível avaliar o contexto de atuação e identificar pontos fortes e fracos a serem trabalhados. A necessidade de sigilo da organização e das crianças acolhidas, combinada com a demanda por recursos financeiros que possam manter a organização, representam os principais desafios. Apresentamos algumas ações de comunicação que possam facilitar a comunicação com os doadores da Casa Abrigo, bem como com a comunidade de Lençóis Paulista utilizando, entre outras ferramentas, as redes sociais, por seu amplo alcance e baixo custo. Assim, espera-se conquistar reconhecimento da instituição, gerando mais doações, engajamento de voluntários e interessados na causa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As instituições do Terceiro Setor, segundo Passanezi (1999) são aquelas que não apresentam as características de apropriação privada de lucros e não prestam um serviço público, portanto sobrevivem basicamente da transferência de recursos de terceiros, podendo ser estes famílias, governo ou empresas privadas. Essas instituições representam mais que 5% do número total de instituições públicas e privadas no país, segundo dados do IBGE. Nosso objeto de estudo, a Casa Abrigo Amorada, se enquadra no Terceiro Setor por ser um projeto criado e mantido pela Organização Cristã de Ação Social  OCAS, organização não governamental sem fins lucrativos existente na cidade de Lençóis Paulista. A Casa oferece serviço de acolhimento institucional à crianças e adolescentes de 0 à 17 anos, vítimas de violência doméstica, lembrando que esta é dividida em cinco tipos: física, psicológica, patrimonial, por abuso sexual e por negligência. Quando uma vítima é identificada em situação de risco por órgãos de Assistência Social e não há outra alternativa de proteção aos direitos da criança e do adolescente é então necessário o encaminhamento destes para o serviço oferecido pela Casa. Ao analisar sua origem, percebe-se que a criação parte da perseverança de uma ou mais pessoas em lutar por um ideal. Porém, alguns autores alegam que além de perseverança nessa  luta é necessário a utilização de ações estratégicas na administração de entidades sem fins lucrativos. Segundo Menezes (2005), entidades como essa podem ter seu poder de ação limitado, e podem até deixar de existir, caso não atentem-se a necessidade da existência de uma comunicação estratégica bem desenvolvida. Neste cenário, instituição apresenta mais um desafio: o caráter sigiloso que esse serviço requer. A partir deste entrave, o presente trabalho foi desenvolvido por alunos do primeiro ano de Relações Públicas para a disciplina de Laboratório de Relações Públicas, do segundo semestre do ano letivo de 2016.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivo Geral: Desenvolver um Plano de Comunicação que auxilie o serviço de Acolhimento Institucional oferecido pela Casa Abrigo Amorada na comunidade de Lençóis Paulista - SP. Objetivos Específicos: Compreender o contexto de atuação da Casa Abrigo Amorada, explorando sua história, missão, processos, cultura, entre outros aspectos; Identificar os públicos da ONG, bem como os tipos de relação, objetivos e expectativas; Analisar a comunicação da Casa Abrigo com seus diversos públicos; Levantar os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças por meio de análise SWOT; Elaborar propostas de comunicação que satisfaçam as demandas encontradas por meio do diagnóstico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A comunicação estratégica é essencial na vitalidade de qualquer instituição o que não é diferente para a Casa Abrigo Amorada que devido a obstáculos como sigilo e baixo orçamento para contratar profissionais de comunicação tem sua visibilidade e desenvolvimento comprometidos, fato que identificamos na fase de diagnóstico. Através do diagnóstico foi possível identificar que a instituição, apesar de ter grande engajamento de seu público interno, ainda não consegue atingir de forma eficiente os públicos externos que são vitais para a manutenção e existência da Casa, uma vez que esta depende de doações tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Uma das principais dificuldades identificadas no momento das entrevistas diz respeito ao caráter sigiloso da organização; como os acolhidos foram afastados de suas famílias por terem sofrido violência de um dos tipos mencionados anteriormente, o distanciamento pode gerar revolta em alguns casos e por esse motivo, os pais ou responsáveis não podem saber onde seus filhos estão temporariamente pois isso seria um risco tanto para os acolhidos quanto para os que participam do processo judicial. Deste modo, vê-se como é importante que a Casa Abrigo Amorada seja reconhecida pela serviço de excelência que oferece em meio a um cenário conturbado e relacionamento delicado entre os envolvidos na instituição. Além da Comunicação no Terceiro Setor ter pouca produção bibliográfica quando comparada ao fluxo de produção em Comunicação no Primeiro e Segundo Setor, é preciso atentar-se para a necessidade de cautela no estabelecimento das técnicas de comunicação neste setor, respeitando as exigências específicas de cada instituição. Sobre isso, Cicilia Peruzzo cita: (...) os princípios, as técnicas e os objetivos que orientam as comunicações na área de relações públicas, publicidade e jornalismo e da produção audiovisual, entre outras necessitam de reordenamento quando aplicados no âmbito das organizações da sociedade civil, sejam elas beneméritas, ONGs, associações comunitárias ou movimento sociais populares. Dizendo de outra maneira, os fundamentos e técnicas das áreas da comunicação voltadas para o mercado, governo e grandes setores de mídia não podem ser simplesmente transplantados para a esfera pública popular. (PERUZZO, 2009, p. 165). Deste modo, pretende-se atingir com este plano uma melhoria na comunicação que auxiliaria a Casa Abrigo Amorada não só na obtenção de subsídios, apoio financeiro e investimentos duradouros, como também reconhecimento social para a instituição, regional e até nacional, e a criação de vínculos duradouros com seus públicos, bem como com a sociedade. Como mencionado por Breno Augusto Souto Maior Fontes e Klaus Eichner:  Em primeiro lugar, a capacidade de uma ONG em mobilizar recursos para o seu funcionamento não é função exclusiva da relevância de sua missão. O sucesso de seu empreendimento depende da disponibilização dos recursos junto a diversos campos institucionais (governo, igreja, sociedade civil, cooperação internacional, etc.) e sua capacidade relativa pode ser medida comparativamente a outras ONGS a partir do desenho de suas redes sociais, que possibilita confrontar o montante de capital social disponível. (FONTES; EICHNER, 2001) Além disso, acredita-se que com a realização deste Plano seria possível delinear técnicas mais adequadas que se encaixem nos parâmetros de uma organização de Terceiro Setor com as especificidades da Casa Abrigo Amorada, atendendo assim às exigências de sigilo que esse serviço requer. Desta maneira, abriremos caminhos para a demanda citada por Peruzzo ser solucionada, através do aprofundamento de estudos na área de serviço de acolhimento institucional, que é uma política relativamente atual e com pouca literatura na área da comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Através da realização de briefings, entrevistas, visita a Casa Abrigo Amorada monitorada pela coordenadora do projeto e acompanhamento da página do Facebook para obter informações sobre como é a divulgação, obtivemos dados essenciais para a realização do presente trabalho. Estas ferramentas utilizadas geraram conteúdo capaz de relatar a história, os dados gerais, estrutura, dinâmica de contratação, organograma, cultura organizacional, análise das ações de comunicação interna e externa, e públicos que estão presentes no cotidiano da instituição. Foi proposto um estudo acerca de todo o conteúdo abordado que fizesse com que pontos da comunicação da empresa fossem questionados, e que sugestões fossem dadas para que houvesse melhorias. Além disso para que de fato ocorresse um bom planejamento a ser direcionado ao abrigo foi elaborada uma análise SWOT, a partir do livro  Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada de Margarida Kunsch e  Administração de Marketing de Philip Kotler, a fim de enxergar forças e fraquezas a partir do conteúdo teórico fornecido pelas obras utilizadas, tanto dentro do ambiente interno como externo, favorecendo assim ações mais pontuais. Depois de divididas as ações realizadas dentro de comunicação interna e externa foi possível enxergar os públicos que possuem ligação com a Casa Abrigo Amorada de uma forma mais clara, assim podendo pensar e planejar propostas que fossem cabíveis e tivessem um retorno positivo para o abrigo. A comunicação interna não possui problemas de grande extensão como a comunicação externa, ao contrário, ela é muito elogiada pelos funcionários e pela administração. As ferramentas utilizadas parecem gerar grande retorno e harmonia no ambiente interno, garantindo uma comunicação bidirecional, ou seja, os funcionários têm abertura para falar sobre os problemas internos. A comunicação externa diferente da interna, possui diversos déficits, principalmente na prospecção de novos doadores para auxiliar na manutenção do projeto, e de voluntários que são como  padrinhos para as crianças e adolescentes. Já foram realizadas algumas ações, mas não houve retorno contínuo e sim pontual. Como é um projeto muito restrito, em que o próprio abrigo não pode ter uma placa para identificação na sede por motivos de segurança, e as crianças e adolescentes são menores de 18 anos, tudo tem de ser estudado antes de ser veiculado em meios de comunicação. 2)Análise SWOT: Para identificarmos os problemas presentes na comunicação da organização, escolhemos a ferramenta conhecida como análise SWOT (ou análise FOFA) que é considerada umas das ferramentas mais utilizadas em Gestão Estratégica, pois através da análise do ambiente interno e externo, servirá de base para a criação de planejamentos estratégicos e para a gestão da organização, bem como define Margarida Kunsch (2003, p. 234):  [...] uma das técnicas adotadas para fazer a análise ambiental externa e interna [é a chamada swot]. As organizações a empregam no processo do planejamento estratégico para analisar e avaliar suas condições competitivas em relação ao ambiente. Deste modo, essa ferramenta analisa os ambientes externo e interno, apontando seus pontos negativos e positivos; no primeiro, os pontos positivos são as Forças (strengths) e os negativos as Fraquezas (weakness) da organização, ou seja, duas variáveis que dependem da estrutura e dinâmica interna da mesma e são passíveis de mudança. Enquanto no segundo, os pontos positivos são as Oportunidades (opportunities) e os negativos as Ameaças (threats) que a organização está suscetível a encontrar no meio externo, portanto são mais difíceis de serem modificadas pela organização, porém a mesma pode e deve adaptar-se a elas, tendo como referência Philip Kotler (2000). Assim, percebe-se que as iniciais de cada variável são responsáveis pelo nome da ferramenta. Por tratarmos de uma instituição de Terceiro Setor, ela é um modelo de instituição que é bastante frágil e com variáveis bastante acentuadas tanto positiva como negativamente. Considerando que tal ferramenta avalia  as competências de marketing, financeiras, de fabricação e organizacionais, e classifica cada variável como: uma grande força, uma força, uma característica neutra, uma fraqueza e uma grande fraqueza. (KOTLER, 2000) encontra-se a justificativa na escolha de tal ferramenta para a análise do problemas comunicacionais deste caso; pois além de detectar os empecilhos enfrentados pela organização nos dois ambientes, a análise SWOT caracteriza as variáveis com certa relevância, ou seja, cria um espectro de relevância para cada ambiente e mostra que algumas podem ser mais urgentes que outras, permitindo que fossem elencadas prioridades na solução dos problemas. Portanto, elencamos as principais variáveis que configuram o panorama atual da Casa Abrigo Amorada seguindo os parâmetros da análise SWOT, que podem ser divididos como : Pontos positivos INTERNOS (Forças): Comprometimento e dedicação da Equipe Técnica e Administrativa; Promovem o bem-estar aos acolhidos; Engajamento em novos projetos; Desenvolvimento de projetos psicopedagógicos; Orientação e auxílio para a reestruturação da família e do acolhido. Pontos negativos INTERNOS (Fraquezas) Desconhecimento de seus públicos externos; Postagens em mídias sociais não direcionadas ao público de interesse e sem periodicidade. Pontos positivos EXTERNOS (Oportunidades) Sensibilização pela causa atrai doadores e voluntários; Ser um dos únicos abrigos da região a trabalharem com esse tipo de acolhimento. Pontos negativos EXTERNOS (Ameaças) Falta de conhecimento da população das questões sociais e burocráticas que envolvem o serviço de acolhimento; Dependência de doações para auxílio nos gastos mensais; Localização sigilosa. Para o desenvolvimento do Plano, também levamos em consideração o mapeamento de públicos. As crianças e adolescentes abrigados pela instituição são a razão de existir da Casa Abrigo. Além disso, são prioridade absoluta, sendo a ONG responsável por promover o bem estar inserindo os acolhidos na sociedade e preparando-os para a vida adulta, dando a chance de um futuro melhor e promissor. Esse público espera boa hospedagem, cuidado e segurança enquanto estão afastados da família por processo judicial. Os funcionários, equipe técnica e operacional, devem ser capacitados para lidar com cada caso particular. É fundamental que estejam motivados e cativados pela causa social, criando maior vínculo. A organização também depende da atuação dos voluntários, que auxiliam no serviço prestado e atividades desenvolvidas durante o dia. Os doadores são um público fundamental que requerem estratégias de relacionamento específicas, devido a necessidade de obterem recursos financeiros que auxiliem nos gastos fixos mensais, já que a subvenção concedida pela Prefeitura não é suficiente. Criar vínculos harmoniosos e duradouros com os atuais doadores e visar novos doadores através do conhecimento de seu trabalho, dão a garantia ao abrigo que não passarão por dificuldades que afetariam seus objetivos e a realização de seus serviços, que são de grande relevância à comunidade e a sociedade como um todo. Em contrapartida, para os doadores é importante estarem envolvidos à uma causa de responsabilidade social dentro da comunidade de Lençóis Paulista, sendo reconhecidos como apoiadores da causa prestando ajuda e o apoio necessário para o desenvolvimento da vida futura dos abrigados. A relação com a comunidade é importante tanto para engajar na causa e conquistar novos voluntários, como para conseguir apoio a campanhas específicas, assim como novos apoiadores. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Foram desenvolvidos cinco projetos de comunicação para a Casa Abrigo Amorada que pudessem sanar os problemas levantados após a análise dos dados coletados nas reuniões de briefing. São eles: o vídeo institucional, o presskit, a criação de um planejamento de eventos, a ajuda na procura de parceiros estratégicos, a cartilha e o plano de mídias. O Vídeo mostraria as instalações do abrigo, as atividades pedagógicas e recreativas realizadas pelos acolhidos, o serviço dos cuidadores e funcionários, e de modo geral seu ambiente de convívio. Também contaria com depoimentos de acolhidos que já passaram pelo abrigo falando sobre a sua estadia na instituição, e de alguns que ainda estão acolhidos na instituição detalhando como é o convívio diário, contaria também com o depoimento de funcionários e voluntários que colaboram com a entidade expondo a experiência em trabalhar no abrigo, e de acordo com as postagens do Facebook que seguiriam uma abordagem mais descontraída ao colocar a imagem do cachorro do abrigo em diversas postagens, haverá também vídeos em que o narrador será o próprio animal trazendo mais proximidade a causa e atingindo um maior público. Esse vídeo seria gravado de forma cautelosa, sem mostrar o rosto dos que estão acolhidos atualmente, pois uma vez que a identidade deles é sigilosa, eles não podem ser reconhecidos no vídeo. 2) O presskit é uma forma de trazer a identidade da empresa por meio de um conjunto de materiais de divulgação que seria enviado para mídias locais, influenciadores, e nesse caso para doadores. Essa proposta seria concretizada pelas próprias crianças e adolescentes do abrigo, garantindo uma personalização do material e aproximando os doadores ao projeto, logo, isso é uma forma de fidelizar os doadores que dão um maior auxílio a Casa Abrigo Amorada, seja com mantimentos ou financeiramente. É válido ressaltar que essa ação é estratégica, pois ela cria um laço entre os doadores e a Casa Abrigo Amorada, fazendo com que esse relacionamento seja mais duradouro e o vínculo de doação não se perca. 3) O planejamento de eventos ajudaria com as atividades a fim de angariar fundos para a entidade, e na prospecção de possíveis patrocínios e, ou parcerias que poderiam ser alcançadas conforme instruções dadas no planejamento, como o plano de cotas, dessa forma, iremos esclarecer como se planeja um evento, criando um passo a passo para facilitar a realização do mesmo, ensinando como realizar um eventos com maestria e gerando visibilidade dentro da comunidade de Lençóis Paulistas. Essa ação traz consigo uma carga importante no sentido de tornar os eventos da instituição reconhecidos, e uma vez reconhecidos, gerar mais doações. 4) A ação de procurar por parceiros que atendam a causas sociais se dá pelo motivo de o abrigo atuar com crianças e adolescentes, então seria interessante se as parcerias trouxessem experiências positivas para as crianças. Que por exemplo, podem ser o Mc Donalds (Mc Dia Feliz - doação de Big Mac), e a Hamburgada do Bem (Fazem hambúrgueres e promovem atividades recreativas). Nesse sentido é possibilitado mais visibilidade dentro do meio de parcerias, porém mantendo o sigilo das crianças e adolescentes, que é essencial para o abrigo. E, além disso, faz com que as crianças e adolescentes se sintam especiais e participem de atividades que tragam motivação e alegria no meio em que vivem. 5) O abrigo por não possuir uma equipe de marketing, necessita da ajuda da equipe técnica para gerir as mídias sociais e realizar todas as ações comunicacionais. Dessa forma, a cartilha permitirá a melhor divulgação da instituição, adaptando-as de acordo com seus interesses e públicos, podendo ser feita por qualquer membro, dessa forma, ela contaria com instruções para o Plano de Mídias Sociais, Planejamento e Organização de Evento, Mailing, Criação de um PressKit e de um Vídeo Institucional, sendo uma ferramenta de capacitação com fácil entendendimento para a equipe técnica no auxílio de ações comunicacionais do Abrigo, com a estratégia de instruir de forma acessível e didática a equipe técnica do abrigo sobre ferramentas comunicacionais. O plano de mídias é feito a partir da análise do Facebook, e assim é realizado um modelo de postagem conforme uma pesquisa em relação aos horários de maior visualização, o engajamento da página conforme certo conteúdo produzido, assim como a estruturação da página de acordo com o padrão de arte e cores, realizando assim um plano estruturado que mantém a identidade das crianças preservada e obtendo maiores visualizações na página. E para atingir todos os itens previstos no plano de mídias, o Facebook terá suas postagens relacionadas ao cachorro que vive com as crianças e adolescentes, o qual será o narrador dos momentos que eles vivem dentro do abrigo, tornando as postagens mais descontraídas. Em reuniões de briefing e análise prévia detectou-se que através do Facebook o Abrigo conseguiria diversas doações, contudo, a página possui um déficit em se relacionar com seu público estratégico e em atingir seu objetivo que é maximizar as doações, e ao fazer a análise, pensar nas postagens e criar a padronização, estaremos viabilizando a aproximação da instituição com o público que ela quer atingir e com a reestruturação da página para a questão da doação e a determinação de público e horários, pretende-se fazer com que os ganhos da Casa Abrigo Amorada sejam maiores do que em meses anteriores, e partir dessa análise enxergou-se como uma estratégia realizar postagens do cachorro do abrigo como narrador, impulsionando a página. Portanto de forma mais sucinta, essa ação visa reestruturar a página do Facebook, analisar o Facebook, através da ferramenta Facebook Analytics, determinar os públicos que se relacionam com a página, determinar os melhores horários de postagem, bem como o tipo de postagem que gera mais engajamento, fazer um mapa de persona, criar padrão de arte, cores e postagem, alimentar o conteúdo para o público estratégico localizado, criar espaço para doações no Facebook, e, principalmente, proteger a identidade da organização e das crianças vítimas de violência doméstica, pois trata de forma sigilosa e com maior segurança, quando utiliza o cachorro Marley como narrador oficial da página.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Realizar um trabalho no terceiro setor nos trouxe inúmeras experiências, ainda mais se tratando de um setor em que há poucos estudos na área de comunicação, porém nos mostrou o quanto os funcionários estão engajados em melhorar a situação em que estão e principalmente a comunicação e o bom convívio entre todos. O principal desafio foi lidar com a exigência de sigilo das crianças e adolescentes acolhidos e, ao mesmo tempo, dar visibilidade ao trabalho da organização para, assim, engajar mais pessoas na causa, conquistar o reconhecimento da cidade e garantir as doações, necessárias para a manutenção das atividades da instituição. A partir de todos os conteúdos abordados e estudados ao longo deste trabalho obteve-se um retorno capaz de realizar propostas que auxiliam a comunicação externa, a qual possui mais problemas atualmente e que precisa de ajustes, respeitando o sigilo exigido pelo Serviço de Acolhimento Institucional e criando uma comunicação não apelativa e que não exponha as situações vividas pelos acolhidos. Assim, é possível alcançar reconhecimento para a entidade gerando mais doações, voluntários e interessados na causa, o que demonstra há um bom relacionamento com seu público. Nesse sentido, acreditamos que as ações propostas contribuem para os objetivos da organização e apresentam um caminho para futuros profissionais que encontrarem os mesmos desafios em organizações do terceiro setor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">FONTES, Breno Augusto Souto Maior; EICHNER, Klaus. Sobre a estruturação de redes sociais em associações voluntárias: estudo empírico de organizações não-governamentais da cidade do Recife. Soc. estado., Brasília , v. 16, n. 1-2, p. 187-221, Dec. 2001 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922001000100009&lng=en&nrm=iso>. access on 07 Mar. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922001000100009.<br><br>IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. FASFIL 2010: associações sem fins lucrativos têm percentual maior de empregados com nível superior que a média nacional. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2278&id_pagina=1. Acesso 15 de dezembro de 2012.<br><br>KOTLER, P. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2000.<br><br>KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003.<br><br>MENEZES, Dinah. Comunicação nas ONGs: luxo ou necessidade? São Paulo, 2005. Disponível em: http://www.comtexto.com.br/2convicomcctsDinahMenezes.htm. Acesso em 15 de outubro de 2012.<br><br>PASSANEZI, Paula Meyer et all. O papel do 3º setor na estrutura de uma nova sociedade. Artigo publicado em material didático do curso Administração para Organizações Não Lucrativas, GVpec, da EAESP-FGV. São Paulo, 2º semestre de 1999. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2010/anais/arquivos/0794_0892_01.pdf. Acesso em 13 de outubro de 2012.<br><br>PERUZZO, Cicilia M. Krohling. Comunicação e Terceiro Setor. In: Duarte Jorge (Org). Comunicação Pública: Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público. São Paulo: Atlas, 2009<br><br> </td></tr></table></body></html>