ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00710</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;"Uma chance fora do xadrez"</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Nathalia Souza Leite (Universidade Presbiteriana Mackenzie); André Cioli Taborda Santoro (Universidade Presbiteriana Mackenzie)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;jornalismo on-line, santuários de animais, transmídia, zoológicos, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Nos últimos anos, casos polêmicos envolvendo animais em zoológicos e outros locais de entretenimento têm gerado uma mobilização crescente de diversas organizações e ativistas, que lutam para tentar promover uma vida livre e saudável a eles. Uma alternativa ainda pouco conhecida são os mantenedores de fauna  conhecidos como santuários de animais  , que não são abertos ao público e possuem uma missão que prioriza o tratamento físico e psicológico desses seres. Esta reportagem transmídia, inspirada em modelos renomados como Snowfall e UOL TAB, que ganham espaço no cenário jornalístico, conta com a participação de pessoas engajadas e outras que apoiam a causa, fornecendo uma visão aprofundada sobre o lado que defende o fim de atrações envolvendo animais, além de compreender os objetivos de um santuário, unindo uma variedade de recursos - vídeo, áudio, foto, infográficos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Neste trabalho, foi produzida uma reportagem multimídia que explorou a questão do uso de animais para entretenimento humano, com foco nos zoológicos, e como os mantenedores de fauna, conhecidos como santuários de animais, se apresentam como uma possível alternativa mais favorável e benéfica neste cenário. Segundo referências utilizadas para esta pesquisa, o modelo dos zoológicos e aquários são considerados ultrapassados e prejudiciais para os que vivem neles. Ativistas e ONGs lutam há vários anos para suspender o funcionamento de lugares onde animais presos são expostos para o divertimento e lazer da população, e transferi-los para seu habitat natural  se viável  ou para um local seguro e confortável, onde possam ser cuidados com uma vida mais próxima do natural possível, como os santuários. Esse conceito, ainda que recente, vem ganhando cada vez mais força, conforme relatos de zoológicos sendo fechados pelo mundo por más condições ou redução de bilheteria ganham visibilidade, e também matérias sobre animais que acabam mortos por atacarem seus tratadores ou visitantes  como foi o caso do gorila Harambe, que foi abatido com um rifle no zoológico de Cincinnati, em Ohio (EUA), após uma criança de quatro anos cair dentro de seu recinto, em maio de 2016. A divulgação de fatos como este colaboram para a criação de uma consciência da sociedade que questiona os motivos e os propósitos de se manter um animal em cativeiro. No que diz respeito ao produto, buscou-se desenvolver uma narrativa transmídia, onde uma grande quantidade de hiperlinks, material visual e vídeos, pudessem tornar o conteúdo mais atrativo e chamar a atenção do leitor. Modelos renomados como o Snowfall, reportagem multimídia de 2012 premiada do New York Times, e o UOL TAB, projeto de conteúdo multimídia do site UOL, que explora uma forma de conteúdo interativo e hipermidiático mesclando texto, fotos, vídeos e infográficos, surgiram como grandes inspirações para o desenvolvimento da reportagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante o processo de embasamento do trabalho, pretendeu-se alcançar um panorama diferenciado acerca da existência dos zoológicos e aquários, gerando uma reflexão sobre as possíveis consequências na saúde dos animais que vivem em cativeiro e constantemente expostos, além da falta de vida social, em alguns casos, com seres da mesma espécie. E, junto a isso, mostrar exemplos de santuários que funcionam e se dedicam para resgatar o maior número de animais possível, oferecendo-lhes uma alternativa menos conturbada. Para ajudar a entender o pensamento das pessoas acerca do assunto, também foi realizada uma pesquisa on-line, utilizando a plataforma Typeform, com nove perguntas, onde 100 pessoas  da faixa etária entre 13 e 17 anos, 18 a 25, 26 a 40, e acima de 41 anos  assinalaram as alternativas que mais se aproximavam da sua relação com os zoológicos e sobre a existência dos santuários  apresentada na forma de gráficos na reportagem. Com isso, o objetivo foi tentar montar um panorama das convicções de cada um sobre uma questão cultural que divide opiniões, ajudando na construção da reportagem e influenciando sua relevância. Assim, a intenção foi tornar o trabalho significativo na medida em que a percepção da sociedade em relação ao bem-estar dos animais tem mudado vagarosamente e, consequentemente, gerado perguntas e incertezas sobre um tema considerado complexo e com diversas vertentes.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No ano de 2016, muitas notícias de zoológicos sendo fechados e animais que foram sacrificados pelas mais diversas razões ganharam repercussão no Brasil e mundo afora. E, junto com essa maior visibilidade, um questionamento da mídia e de parte da sociedade a respeito da autenticidade dessas atrações. Em janeiro de 2016, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) fechou o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em São Cristóvão, devido às más condições de funcionamento do local. Grades enferrujadas e pequenas, sem um "ponto de fuga", onde os animais pudessem se esconder da exposição, e má alimentação foram os motivos revelados para o fechamento do lugar. Segundo a instituição, o zoológico não cumpria as funções básicas de educação ambiental e de reprodução das espécies, visto que o setor responsável pela sua perpetuação se encontrava fechado desde 2012, também por condições precárias. Ainda assim, em março, dois meses após ser desativado, o Jardim Zoológico do Rio foi reaberto parcialmente, após uma reestruturação do espaço. Outro acontecimento similar aconteceu na Argentina. O Zoológico de Buenos Aires fechou as portas, em junho de 2016, após 142 anos de funcionamento. A ideia era transformar o local em um ecoparque interativo  um lugar de recreação para que as crianças pudessem aprender sobre o meio ambiente e animais silvestres, com uma redução no número de animais expostos, que podem ser destinados à reservas naturais, santuários ou zoos particulares do país, dependendo de sua saúde. Assim como no Rio de Janeiro, declarações de maus tratos foram motivo para que organizações de defesa dos animais argentinas se empenhassem para lutar por este desfecho. Localizado na cidade argentina Mendoza, o Zoológico de Mendoza também sofre duras rejeições. No início de julho do mesmo ano, Arturo, o último urso polar do país, morreu, após passar toda a sua vida longe da região polar do Ártico, no hemisfério norte, onde é seu habitat natural. A ausência de neve e gelo combinada com as altas temperaturas do verão argentino, deteriorou a saúde de Arturo, que era considerado um animal emblemático no local, mas também apelidado de "o urso polar mais triste do mundo", após fotos que transmitiam expressões de sofrimento e cansaço. Desde 2015, o Brasil também oferece a oportunidade de ver um urso polar de perto. O Aquário de São Paulo possui um casal da espécie, que veio de um zoológico russo, mas também é alvo de críticas de ativistas que sustentam que o lugar não possui as condições mínimas para manter animais dessa espécie cativos. Deste modo, cada caso apurado para este trabalho inspirou a elaboração da reportagem, além de ajudar a moldar sua estrutura e objetivo principal. Em relação a escolha por um produto digital, vale ressaltar que a abertura do jornalismo para formatos como o Snowfall, que acabou sendo caracterizada como uma nova modalidade jornalística, batizada com o nome da matéria, e o UOL TAB, que oferece um material interativo, dinâmico e criativo para o público, permitiu o nascimento de um interesse maior dos jovens pelo conteúdo jornalístico, visto que são mais adeptos às redes sociais, aplicativos, e possuem, em sua maioria, uma preferência por materiais inovadores, que prendam sua atenção e despertem seu interesse.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante a escolha do tema, percebi que a melhor forma de contar a história do movimento anti-zoológicos e possíveis alternativas para o local seria através de uma grande reportagem publicada em uma plataforma on-line, na qual eu pudesse mesclar o texto com fotos e vídeos produzidos nos locais debatidos: os zoológicos, aquários e santuários. Visto que o processo de apuração envolvia uma grande dedicação às visitações, as pesquisas de campo foram essenciais para complementar a reportagem com informações e provas do funcionamento dos lugares e da rotina dos animais. O Wix foi o site escolhido para montar a peça, pois já tinha sido utilizado outras vezes durante o curso, facilitando o desenvolvimento do produto. Além de essenciais para a produção do material visual, a apuração forneceu uma base de entendimento do assunto antes da reportagem ser escrita, e também foi importante para determinar, mais especificamente, em qual direção eu seguiria no texto. As experiências foram as seguintes: Visita ao Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, em Sorocaba; ao Mantenedor de Fauna Silvestre Pedro Ynterian, santuário também localizado em Sorocaba; ao Parque Zoológico de São Paulo e ao Aquário de São Paulo. Para moldar a pesquisa, a análise dos direitos dos animais foi um dos três eixos utilizados, passando por uma descrição histórica dos zoológicos como forma de recreação e do uso de animais para entretenimento humano. Em seguida, foram levantados os diversos e variados elementos do jornalismo on-line, citando exemplos de reportagens bem-sucedidas no formato digital. Por fim, obras de autores que fizeram a diferença no jornalismo e artigos colaboraram para levantar a base teórica necessária para a produção de uma grande reportagem multimídia. Tendo sido construída como uma narrativa vertical  no formato longform, que caracteriza uma narrativa longa e detalhada  , a reportagem foi estruturada com trechos de entrevistas em vídeo das fontes como uma  quebra no texto, que foi montado com rolagem contínua, inspirado no modelo UOL TAB  projeto de conteúdo multimídia do site UOL, que explora uma forma de conteúdo interativo e hipermidiático mesclando texto, fotos, vídeos e infográficos, resultando em um material mais dinâmico e criativo para o público, e do Snowfall, reportagem multimídia premiada do New York Times, caracterizada como uma nova modalidade do jornalismo, batizada com o nome da matéria. Desde o princípio, também foi resolvido que escreveria a reportagem em 3ª pessoa, pois se aplicava melhor ao assunto. E a ideia, durante o processo de escrita do texto, era manter uma linguagem mais leve, assim como o design do site, e que tivesse bastante explicação e um contexto bem amarrado para facilitar o entendimento do leitor e proporcionar um aprendizado do assunto que, em si, já é considerado bastante complexo. Durante as minhas primeiras buscas, descobri algumas ONGs relacionadas ao movimento de defesa dos animais que me ajudaram a compreender melhor o tema e a definir o rumo do meu projeto. Muitas reportagens da National Geographic também colaboraram para esse processo, como a notícia de elefantes sendo exportados da Suazilândia, na África, para zoológicos nos Estados Unidos, relatando como e em quais circunstâncias essas decisões são tomadas. Além disso, o documentário Blackfish (2013) colaborou para um entendimento geral sobre a problemática de se manter animais em cativeiro, já que os parques aquáticos do SeaWorld, em várias cidades dos Estados Unidos, sofrem duras críticas envolvendo as atrações e treinamentos com as orcas. Como o trabalho é focado no movimento anti-zoológicos e exalta outra alternativa de habitação e de vida para os animais  os santuários  , decidi não entrar em contato com zoos ou seus defensores, buscando oferecer uma análise parcial, mais específica, dando atenção para um único ângulo do assunto. A quantidade de sites e outros materiais utilizados foi grande. A página Sociedade Vegana  que foi fundada em 2010 pelo entrevistado deste trabalho Sérgio Greif e parceiros  , foi essencial para entender a diferença entre veganismo e vegetarianismo, além de outros tipos de dieta mais específicos. Essa definição foi usada na reportagem, juntamente com uma arte mais resumida com as diferenças principais de cada estilo de vida. Matérias aprofundadas do Nexo e da Época também foram utilizadas e incluídas na forma de hiperlink no texto, caso a curiosidade do leitor seja despertada. Felizmente, durante o desenvolvimento do trabalho, me deparei com a revista Galileu  ed. 302 de setembro de 2016  realizando uma reportagem de capa sobre denúncias envolvendo animais em cativeiro, e problematizando locais como zoológicos, circos e outros parques temáticos, como o SeaWorld, mais conhecido por apresentar espetáculos com orcas. Na matéria, a jornalista entrevistou, assim como eu, a presidente do Santuário de Elefantes Brasil Junia Machado, coletando dados sobre as novidades da abertura do local. Além disso, também falou sobre o santuário de Sorocaba e suas atividades. A publicação serviu de grande apoio para confirmar os dados obtidos anteriormente, além de terem realizado uma linha do tempo com diversos casos de animais que foram mortos por atacarem visitantes ou tratadores. No que diz respeito às leis citadas no trabalho, informações do site do Palácio do Planalto com detalhes sobre a Lei dos Crimes Ambientais  que protege os direitos dos animais na legislação brasileira  , e sobre a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada pela UNESCO, complementam o material com dados oficiais. No processo de seleção das fontes, sete pessoas foram escolhidas, que demonstraram grande interesse em ajudar prontamente, facilitando a marcação de entrevistas e não censurando nenhum tipo de informação. As personagens Paula Carolina Polakoski e Danielle Rodrigues demonstraram grande interesse em colaborar e oferecer suas vivências e opiniões bastante formadas sobre o tema. O biólogo Sérgio Greif, a presidente do Projeto GAP Brasil Selma Mandruca e a presidente do Santuário de Elefantes Brasil Junia Machado, foram selecionados por serem especialistas na área, com projetos relacionados ao assunto. A médica veterinária do Mantenedor de Fauna Silvestre Pedro Ynterian Camila Gentile e a bióloga Larissa Calis, bióloga residente do Alturas Wildlife Sanctuary, na Costa Rica, complementaram o conteúdo com informações vitais sobre a saúde dos animais e suas necessidades. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com a apuração finalizada e quase todas as entrevistas realizadas, comecei a montar estrutura do texto e a criar ideias mais elaboradas de como gostaria de fazer o site. Nessa fase, criei a página no Wix, onde comecei a pensar onde se encaixaria cada recurso. O objetivo, porém, era finalizar a edição da reportagem e fazer uma revisão final cuidadosa antes de colocá-la no site, para, assim, poder focar no design e nos conteúdos multimídia que seriam incluídos. Começando a escrever, percebi que pelo fato do tema ser complexo e buscando evitar confusões durante a leitura, seria melhor seguir uma ordem de abordagem dos assuntos, começando por uma apresentação do tema, passando brevemente por alguns pontos importantes para contextualizar o assunto, como a menção do documentário Blackfish e as definições de veganismo e vegetarianismo. Em seguida, teve início o assunto central do trabalho, os zoológicos, que se desenrolou por grande parte da matéria, com explicações detalhadas de pessoas que se opõem a este tipo de atração e também citando exemplos de zoos pelo mundo que foram desativados ou que enfrentaram alguma polêmica nos últimos anos. Por fim, uma explicação sobre os santuários, seus objetivos, e exemplos bem-sucedidos deste modelo que ainda é recente no Brasil, fechando com uma reflexão sobre como a consciência da população tem se modificado nos últimos anos, e o que se espera do futuro em relação a este tema. A seleção do conteúdo multimídia encaixada entre os blocos foi pensada durante todo o processo de escrita do texto, já imaginando como ficaria o resultado final publicado no site, na plataforma Wix. Fotos tiradas nos zoológico de São Paulo e Sorocaba, no Aquário de São Paulo, e no santuário de Sorocaba foram distribuídas pelo site, de acordo com a ordem em que cada assunto foi abordado, assim como os vídeos com trechos das entrevistas e as artes, que serviram para esclarecer coisas básicas e mais específicas, porém importantes para assimilar o conteúdo  como o desenho dos grandes primatas mostrando a diferença entre os chimpanzés, gorilas, orangotangos e bonobos, e outro ressaltando as características que distinguem um elefante asiático e africano. A pesquisa on-line, realizada com 100 pessoas, foi incluída na forma de gráficos ao longo da página, complementando a variedade de recursos no site. Visto que a reportagem ficou bastante extensa, resolvi incluir intertítulos para dividir o texto da melhor forma possível, quando passava a explicar uma outra parte do tema. O primeiro   As críticas mais frequentes  , abrange boa parte do texto, que inclui os relatos sobre comportamento estereotipado, a segurança dos parques e diversos problemas que acometem os animais em cativeiro. Em seguida, no trecho  Os santuários de animais , expliquei a definição do termo e suas características principais, passando por modelos como o Projeto GAP, o Alturas Wildlife Sanctuary, na Costa Rica, e o Santuário de Elefantes Brasil, além de um contexto sobre o papel deles na vida dos animais. Por fim, em  O surgimento de uma consciência , os relatos dos entrevistados a respeito de uma desconstrução no pensamento da população foram essenciais para finalizar o texto com uma projeção positiva do futuro dos animais, que possuem uma tendência de proteção importante para o bem-estar das espécies. Sobre o processo de escolha do título, eu buscava uma frase que representasse a possibilidade de os animais serem livres e levarem uma vida mais saudável. Assim, busquei conciliar a palavra  prisão  muito mencionada pelos entrevistados, mas que considerei muito forte para usar no trabalho  com algum sinônimo, com um tom menos pesado. Cheguei à palavra  xadrez , e então nasceu  Uma chance fora do xadrez , que foi bastante satisfatório. Sendo assim, acredito que o resultado da reportagem foi além do esperado. Concluída com 54 mil toques, foi possível expor todos os dados planejados previamente, junto a uma contextualização essencial para o assunto. Ainda assim, o tema escolhido possui muita complexidade e informações para serem exploradas, por isso foi preciso escolher um caminho mais específico e estipular cuidadosamente quais tópicos seriam discutidos, tentando não fugir do objetivo principal ou deixar pontas soltas. A questão dos santuários, por exemplo, é um tema muito discutido entre os que estão engajados na causa, pois, apesar de ser um local onde os animais podem ficar livres do estresse da exposição constante, não deixa de ser um tipo de cativeiro. Por isso, ainda que esse fato tenha sido mencionado no texto, escolhi não prolongá-lo. Concluindo, apenas, que os santuários são encarados como uma opção mais favorável aos animais, visando única e exclusivamente o seu bem-estar, da forma mais natural possível. Desde o início, considerava muito interessante a ideia de usar uma imagem animada para abrir o site, pois acredito que é um recuso criativo que estimula o interesse do leitor, além de ser visualmente atrativo  nas matérias do TAB sempre me chamou muito a atenção. Neste caso, resolvi utilizar uma imagem que pude realizar no Parque Zoológico de São Paulo, que coincidiu perfeitamente com um trecho específico da reportagem. Durante a entrevista com a presidente do Santuário de Elefantes Brasil Junia Machado, ela me descreveu exatamente o comportamento de um elefante no zoológico, que consistia em movimentar a cabeça de um lado para o outro, e de cima para baixo, assim como a tromba, sem parar, por muitos minutos, o que indica transtornos psicológicos, pois a espécie não possui esses movimentos na natureza. Quando parei para observar o animal, pude perceber que os relatos de Junia estavam certos, e filmei por muito tempo esse balançar do elefante. Por isso, imaginei que seria ideal para começar a reportagem. Além de uma grande quantidade de material fotográfico  que era o recurso que mais poderia ser utilizado no meu tema - incluí seis vídeos curtos, entre 1 e 3 minutos, com trechos de entrevistas com as fontes do trabalho, além de apenas um áudio, de uma entrevista realizada por mensagem de voz. Também concluí que incluir algumas aspas dos entrevistados seriam importantes e impactantes para serem adicionadas no meio do texto, dando destaque para algumas palavras-chave mencionadas. O site todo contou com diversos hiperlinks durante ao longo do texto, oferecendo ao leitor a possibilidade de entender melhor aquela questão, se for de sua vontade, e complementar o assunto com materiais externos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Ao mergulhar em um assunto muitas vezes surpreendente e incomum para os que perguntavam, as entrevistas realizadas juntamente com as pesquisas e informações obtidas durante todo o percurso foram enriquecedoras para o projeto, que conseguiu destrinchar um caminho além do esperado. O movimento de defesa dos animais tem sido um tópico crescente na mídia, que aborda e questiona cada vez mais o modelo de zoológicos como conhecemos hoje, oferecendo para a sociedade um material que ajude na tomada de consciência gradualmente. Apesar de desafiador, focar exclusivamente em um discurso considerado de pouco conhecimento público foi intrigante e, sem dúvidas, gerou muito conhecimento e consciência para mim, pessoalmente, pois sempre tive o hábito de frequentar zoológicos quando criança, e sempre foi um programa familiar muito válido que eu nunca questionei ou problematizei. Como jornalista, durante as entrevistas e visitações, pude compreender e repassar na reportagem o sofrimento dos animais em cativeiro, e como seus hábitos considerados anormais passam despercebidos pelos visitantes de zoológicos. Além disso, as informações sobre o veganismo e outros modelos de educação alimentar, ainda que apresentados brevemente para contextualizar o conteúdo, também contribuíram entender até onde o movimento a favor dos direitos dos animais pode chegar. Assim, pelo que pude notar, as novas gerações já possuem uma consciência diferente em relação a este tema, e acredito que este projeto pode acrescentar novas percepções ao repertório de quem o ler. Ainda que fosse uma grande responsabilidade, a inclinação pela parcialidade veio naturalmente. Tinha em mente que assumir um único ângulo e esgotar as explicações possíveis sobre ele seria o melhor caminho a seguir. Dessa forma, considero que um papel importante do trabalho jornalístico foi bem executado: reunir dados e explicações detalhadas sobre um assunto que divide opiniões, possibilitando ao leitor tirar suas próprias conclusões.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVES, Larissa; BORGES, Pamela; CUENCAS, Camila; LIMA, Rodrigo. Comportamento de Macaco Prego (Cebus Apella) mantido em cativeiro no zoológico de Presidente Prudente. Artigo realizado por meio da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Dracena. São Paulo. 2008.<br><br>BRITO, Alberto Gomes de. O Jardim Zoológico enquanto espaço não formal para promoção do desenvolvimento de etapas do raciocínio científico. 2012. Brasília. Disponível em: http://ppgec.unb.br/images/sampledata/dissertacoes/2012/versaocompleta/alberto_gomes_brito.pdf. Acesso em: 13 nov. 2016.<br><br>CRIADO, Alex. 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