ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00711</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RP03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Direitos da pessoa com deficiência, acessibilidade e inclusão: eventos como estratégia para sensibilização de estudantes universitários</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Nayara Francine Felipe da Rosa (Universidade Estadual Paulista); Alana Nogueira Volpato (Universidade Estadual Paulista); Ednan Kevin de Faria (Universidade Estadual Paulista); Thaís Nogueira Antônio (Universidade Estadual Paulista); Emanuella Chiconini Carvalho (Universidade Estadual Paulista); Barbara Gonçalves de Oliveira Xavier (Universidade Estadual Paulista); Felipe Faustino Moratto (Universidade Estadual Paulista); Bruna Fioravanti Wackerha (Universidade Estadual Paulista); Jaqueline Souza de Camargo (Universidade Estadual Paulista); Laís Bellini Papa (Universidade Estadual Paulista)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Relações Públicas, eventos, acessibilidade, comunicação acessível, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os eventos  Sobre nós: Você já se pôs no lugar do outro? e  ComunicAÇÃO: acessibilidade em foco foram realizados pelos estudantes do primeiro ano de Relações Públicas da da Unesp Bauru, durante o segundo semestre letivo de 2016, a partir da disciplina Gestão de Eventos. A fim de discutir a acessibilidade, uma temática de extrema importância e que ainda é pouco abordada nas Universidades, os eventos trouxeram aos participantes um olhar sensível, voltado para a formação de empatia, e crítico, ao questionar sobre a formação dos comunicadores. Entendemos que acessibilidade não se concretiza apenas com estrutura física, mas também com a mudança de atitude sobre os direitos das pessoas com deficiência. Os resultados mostram que os eventos, em razão da aproximação da causa e do diálogo, podem proporcionar a oportunidade para uma formação mais humana, que promova acesso e inclusão para todos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Este artigo pretende demonstrar o potencial dos eventos para sensibilização da comunidade universitária com relação a acessibilidade e direitos da pessoa com deficiência, por meio da experiência dos estudantes do primeiro ano de Relações Públicas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp Bauru. Durante a disciplina de Gestão de Eventos, ministrada pela Professora Ms. Alana Volpato no segundo semestre letivo de 2016, planejamos, organizamos, executamos e avaliamos dois eventos com o intuito de trazer o tema da acessibilidade para a realidade dos estudantes de comunicação da Unesp de Bauru, assunto que ainda não recebe a devida atenção por parte da sociedade, da mídia, da política e, não diferente, da Universidade. O  Sobre nós: você já se pôs no lugar do outro? e o  ComunicAÇÃO: acessibilidade em foco são dois eventos que se complementam. O primeiro tinha como foco o público universitário, estudantes, servidores e docentes. Já o segundo foi voltado especificamente para estudantes de comunicação social, promovendo uma reflexão sobre comunicação acessível, além de discutir como fazer acessibilidade e inclusão na prática. Os dois eventos foram pensados para que, em sequência, sensibilizassem para os direitos da pessoa com deficiência, apresentassem o tema da acessibilidade no ambiente universitário e, então, discutissem como os futuros profissionais de RP podem fazer comunicação de forma acessível. O Sobre Nós contou com  oficinas de empatia , espaços com dinâmicas e exposições mostrando as dificuldades das pessoas com deficiência no cotidiano. Na sequência, uma mesa redonda abordou a importância da acessibilidade em diferentes âmbitos, como a política, o esporte, a educação e o ambiente universitário. Por sua vez, o ComunicAÇÃO contou com mesa-redonda e palestra sobre comunicação acessível, fundamental para futuros profissionais que desejam se comunicar com todas as pessoas, sem exceção. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste artigo é demonstrar o potencial dos eventos como uma estratégia de sensibilização para a mudança de atitude com relação a acessibilidade por meio do diálogo com especialistas e pessoas com deficiência que compartilham sua experiência. Objetivo Geral do Sobre Nós: Promover a consciência coletiva sobre a importância da exposição do tema acessibilidade, destacando que este é um assunto de interesse público, fundamental para uma formação humana e democrática. Objetivos Específicos " Desenvolver um evento que apresenta uma dinâmica de conscientização das pessoas quanto ao tema principal; " Dar visibilidade a projetos e a pessoas/grupos que têm a possibilidade de oferecer conhecimentos sobre o tema; " Promover oficinas de empatia que trouxessem a realidade das pessoas com deficiência; " Realizar uma mesa-redonda com convidados com diferentes visões e experiências diferentes sobre acessibilidade. Objetivo Geral do ComunicAÇÃO: Aproximar os estudantes de comunicação da Unesp com a realidade de um fazer comunicacional mais acessível. Foi criado para solucionar a falta dessa aproximação através de uma tarde com palestra e mesa redonda, mostrando na prática que a comunicação atual pode e deve ser acessível em seus mais variados âmbitos. Objetivos Específicos: " Trazer pessoas qualificadas e com devida propriedade para abordar a temática; " Trazer uma tarde reflexiva e interativa sobre a comunicação acessível; " Contextualizar e conscientizar futuros profissionais sobre a importância de um fazer comunicacional acessível; " Chamar atenção para o fato de que não temos matérias sobre comunicação acessível dentro de nossos cursos; " Minimizar o déficit da abordagem da temática para os estudantes da FAAC. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha do tema Acessibilidade se deu em razão da necessidade de se refletir e dialogar sobre o como e o porquê deve-se inserir a acessibilidade no dia a dia. Ao se diagnosticar que as pessoas com deficiência possuem muitos obstáculos, torna-se importante estudar e pesquisar formas de se minimizar as dificuldades que esse grupo de pessoas enfrenta, seja nas universidades, no trabalho ou nas diversas situações do cotidiano. Segundo Manzini (2006) é um processo de transformação do ambiente, levando em consideração a organização espacial, o atendimento, o atendimento das pessoas com deficiência, o comportamento e as atitudes. Um aspecto relevante que levou o grupo a trazer a acessibilidade em visibilidade na Universidade foi a questão da barreira atitudinal. Apesar de existirem normas para áreas como engenharia e arquitetura, levando em consideração a estruturação de espaços físicos, leis nacionais que primam pela inclusão e, mesmo, normas específicas para cada Universidade, a acessibilidade ainda está longe de se efetivar. Pesquisas mostram que uma parcela ínfima da população universitária brasileira é formada por pessoas com deficiência. Sobre isso, Branco (2011) explica que  Um dado do Ministério da Educação (MEC) de 2007, considerado bastante preocupante, aponta que 70,64% da população brasileira de 0 a 18 anos que está fora da escola são de crianças, adolescentes e jovens com deficiência. De acordo com o Censo do Ensino Superior  MEC/INEP observa-se que as matrículas passaram de 5.078 em 2003 para 23.250 em 2011, indicando crescimento de 358%, contudo, desse total, 16.719 estão no ensino privado e por volta de 1/3, ou seja, 6.531, no ensino público. Além de a presença de pessoas com deficiência na universidade ainda ser muito pequena e indicar a importância de tornar esses espaços acessíveis, Sassaki (2003) explica que a acessibilidade, que geralmente se imagina através da estrutura física, possui seis áreas: arquitetônica, relativa a barreiras ambientais; atitudinal, que envolve eliminação de preconceitos, discriminação e estereótipos; comunicacional, na adequação de códigos e linguagens; metodológica, relativa a técnicas e métodos; instrumental, na adaptação de aparelhos e materiais; e programática, que consiste na eliminação de barreiras sobre o tema na política, nas normas, nas leis. Portanto, quando idealizamos eventos que permitam que as pessoas vivam a realidade das pessoas com deficiência, que pensem sobre seus obstáculos, que reflitam sobre a Universidade na qual atuam, estamos criando uma oportunidade para desconstruir barreiras atitudinais. É fundamental que esse tema tenha visibilidade e que seja compreendido por todas as pessoas, já que leis e normas não podem ser apenas criadas, precisam ser incorporadas na cultura e reproduzidas no comportamento de toda a sociedade. Em razão dos membros do grupo deste artigo serem graduandos de Relações Públicas, foi diagnosticada a importância de se tratar, também, da acessibilidade na comunicação, tornando-a acessível para deficientes visuais, surdos e mudos. Assim, podemos refletir como a área da comunicação, que tem a responsabilidade de compartilhar informação com todas as pessoas, pode contribuir para um mundo mais justo. A realização do evento Sobre Nós com a presença de palestras e oficinas tratando sobre a acessibilidade, possibilita com que os alunos possam ter um debate enriquecedor sobro o tema, permitindo com que tenham uma experiência que vai além das teorias e dos assuntos tratados em sala. Ademais, ao se tratar especificamente em uma mesa redonda e palestra sobre acessibilidade em comunicação no ComunicAÇÃO, gera-se uma inquietação nos alunos dos cursos de comunicação, pois faz com que passem a dar mais foco nas pessoas com deficiências, buscando aprender técnicas e métodos inovadores. Destacamos que pessoas com deficiência participaram como palestrantes e de batedoras nos dois eventos, começando, desde então, a incorporar a acessibilidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para compreendermos efetivamente as técnicas utilizadas no evento como um todo precisamos pontuar teoricamente as bases que antecedem sua elaboração. Em suas visões sobre planejamento de eventos, Fortes e Benine (2011, p. 38) afirmam que:  É preciso compreender que o evento significa uma ação do profissional por meio de pesquisa, planejamento, organização, coordenação, controle e implantação de um projeto, visando atingir seu público de interesse com medidas concretas e alcançar os resultados projetados . Portanto, entende-se que a gestão de eventos é uma atividade complexa que deve ser realizada em algumas fases, sendo elas o planejamento, a organização, a execução e a avaliação. Cada uma dessas fases é fundamental para que o evento tenha resultados satisfatórios e, sobretudo, que possa ser utilizado como uma estratégia para alcançar um objetivo, como os descritos anteriormente, na discussão sobre acessibilidade para os estudantes da Unesp de Bauru. Cleusa Cesca explica que, para que o evento seja bem sucedido, é preciso realizar um planejamento que envolva diferentes aspectos.  Para ter os objetivos plenamente atingidos é fundamental que se faça um criterioso planejamento, que envolve: objetivos, públicos, estratégias, recursos, implantação, fatores condicionantes, acompanhamento e controle, avaliação e orçamento (CESCA, 1997, p. 49). Como os dois eventos foram idealizados, planejados, organizados e executados no prazo de um mês e meio, o planejamento detalhado foi fundamental. Dado a complexidade do tema acessibilidade ele apresenta-se em dois eventos separados estruturalmente  evento Sobre Nós e evento ComunicAÇÃO  , porém ambos apresentam visões críticas com o foco em sensibilização do público de interesse  no caso, estudantes universitários da UNESP Bauru  para uma mudança de atitude tanto na vida cotidiana, quanto na futura atuação profissional. Levando em consideração a necessidade de planejamento e organização para o sucesso do evento, a comissão organizadora do evento Sobre Nós dividiu-se em quatro comissões: &#9679; Comissão de Finanças: Responsável pela elaboração de ofícios, contato com os patrocinadores, recolhimento de dinheiro/produto com os patrocinadores, estabelecer fontes de recursos, preparar e acompanhar orçamentos, elaborar formulários para o acompanhamento financeiro do evento e fazer balancetes. &#9679; Comissão de Comunicação e Audiovisual: Responsável pelo contato com palestrantes, evento no facebook, criação da comunicação visual em geral (logo, facebook, cartazes e adesivos, placas de sinalização do evento), redação de textos para publicações, contato com parceiros, abordagens no campus. Responsável por organizar reuniões entre as comissões, propor a divulgação do evento em páginas influentes (tais como empresas juniores e projetos de extensão) e cobertura do mesmo pela ACI, divulgação de parceiros no evento, contato com a Comissão de Acessibilidade da UNESP, reunião com o diretor da FAAC - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP. &#9679; Comissão de logística: Responsável pela concessão dos locais utilizados no evento, por organizar a disposição dos stands, fornecimento e organização de mesas, cadeiras, direcionar os convidados pelo ambiente, implantar a sinalização até o evento, arrumar o local antes e após o evento. &#9679; Comissão de secretaria e cerimonial: Responsável pela revisão do briefing, cartas de apresentação, criação de formulários para o feedback, convites, atas, release, checklists, Anotar os nomes, entregar formulário de avaliação do evento, inscrever participantes, gerenciar checklist geral no dia do evento, mestre de cerimônias, cronometrar o tempo da mesa-redonda, organizar perguntas, organizar a mesa dos palestrantes, disposição de formulários de avaliação e direcionar os participantes das oficinas para a mesa-redonda e para o coffee-break. Por sua vez, a comissão do evento ComunicAÇÃO organizou-se em sete comissões, com as principais funções descritas a seguir. &#9679; Comunicação: Responsável por criar logo, perfil e capa do evento e criar o evento no facebook. Contatar locomotiva JR, ACI e TV UNESP. Passar nas salas de rádio e tv, relações públicas e jornalismo da UNESP fazendo a divulgação, movimentação do evento, recepcionar palestrantes, apresentar e iniciar o evento, atualizar o evento, agradecimento e encerramento. &#9679; Infraestrutura/materiais: Responsável por reservar as salas para a mesa redonda e o coffee-break. Checagem de materiais para o evento e transporte do coffee. &#9679; Inscrição: Responsável por emitir certificados, ficha de inscrição online e recepcionar os convidados. &#9679; Representante: Contatar todos os palestrantes necessários, prover alimentação e guiar os mesmos para transportes. &#9679; Patrocínio: Criação de um grupo da COE, pesquisa de potenciais patrocinadores, criação de cotas, montagem de plano de mídias, plano de ligação e padrão de emails, formulação de ofícios e contratos, relatório de patrocinadores e formas de receber o patrocínio, carta de agradecimento aos patrocinadores e divulgação de parcerias durante os evento. &#9679; Financeiro: Elaborar planilhas de receitas e despesas, contrato de patrocínios, cotar e cobrir gastos com palestrantes e coffee-break, estimativa com patrocínio e colaborativos, arrecadar valor das inscrições e doações. &#9679; Parceria: Alinhar os projetos de extensão e as entidades para que compareçam ao evento. É possível perceber que cada evento teve uma organização distinta, justamente porque cada um apresentava demandas diferentes em sua organização e execução. As comissões de organizaram por meio de um checklist online, que permitia o acesso de todos os membros do grupo a qualquer momento. O documento foi organizado por comissões e indicava a tarefa a ser desenvolvida, o responsável por realiza-la e o prazo limite, além de apresentar o status da tarefa: pendente, em andamento ou realizada. Os dois eventos foram compostos por três tipologias definidas por Fortes e Silva (2011). A primeira delas, que compôs os dois eventos, é a mesa redonda aberta, evento que reúne de 4 a 8 debatedores acerca de um tema. É importante que esses participantes tenham visões contrárias sobre um mesmo tema ou, então, perspectivas diferentes, que é o caso dos eventos realizados. As mesas foram consideradas abertas por permitir e incentivar o debate com os demais envolvidos no evento. O evento Sobre Nós contou com o que chamamos de  oficinas de empatia , que antecederam a mesa redonda. A proposta era possibilitar uma vivência para os participantes. A atividade foi chamada de oficina por apresentar um momento prático. Já o evento ComunicAÇÃO contou com uma palestra após a mesa redonda, que consiste em uma apresentação de aproximadamente 40 minutos sobre um tema, com a mediação de um moderador e a interação do palestrante com a plateia (FORTES; SILVA, 2001, p. 11).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Sobre Nós O evento começou às 14h no pátio do Hall da Graduação na Unesp Bauru, com as oficinas de empatia que contaram com a participação de um projeto interno da universidade, a Biblioteca Falada, que produz áudios descritivos para pessoas com deficiência. Os participantes vedavam os olhos e ouviam um vídeo sem audiodescrição e, na sequência, com a audiodescrição, possibilitando aos visitantes vendarem seus olhos e experimentarem uma nova realidade sensorial, se colocando no lugar das pessoas que utilizam esse recurso. Também participou o projeto Somos Todos Nós, que trouxe a acessibilidade para a moda, com roupas adaptadas sem etiquetas, zíperes, dobras que podem ser desconfortáveis para pessoas com dificuldades motoras. Além disso, houve uma dinâmica desenvolvida pela organização do evento, com consultoria de uma membra da comissão de acessibilidade da Unesp Bauru, em que os participantes tinham suas mãos imobilizadas e recebiam a tarefa de abrirem uma camisa que vestiam que possuía botões, com o propósito de demonstrar a vivência das dificuldades de acessibilidade vividas no cotidiano. Por fim, contamos com a presença do estudante de engenharia, Gustavo Santana, com seu protótipo de um carro adaptado para pessoas com deficiência. O evento contou com a visita dos moradores/estudantes do Lar Escola Santa Luzia para cegos, que conheceram parte do campus, apresentada com audiodescrição por uma integrante do Biblioteca Falada. Analisaram a falta de acessibilidade e participaram de todas as atividades. Com o encerramento das oficinas às 16h30, os participantes foram direcionados ao auditório da sala 1 para uma mesa-redonda aberta. Com o tema:  Acessibilidade: Diferentes Perspectivas ; a mesa trouxe três convidados relevantes ao assunto. Sendo eles: o vereador e atleta paraolímpico de Luta de Braço, Fabio Manfrinato, com sua visão pública de acessibilidade, projetos, uma perspectiva governamental do tema; a aluna da pós-graduação do curso de Psicologia da Unesp Bauru, Ana Paula Camilo Ciantelli, que pesquisa sobre o assunto em universidades do Brasil e retorna à Unesp para analisar acessibilidade a partir de atitudes; finalizando, com a presença da aluna de Psicologia, também da Unesp Bauru e membro da Comissão de Acessibilidade do campus, Paolla Vicentin, possibilitando uma perspectiva interna e cotidiana da acessibilidade, já que possui deficiência física. Após as falas, foi iniciada uma conversa com o propósito não apenas de trocar conhecimentos, mas também possibilitar uma conscientização e mobilizar possíveis mudanças de atitude. O evento foi finalizado com um coffee-break, fornecido por um dos patrocinadores, seguido da transmissão de um documentário produzido por Caio Gonçalves e Vinícius Soares chamado  Pablo , que conta a história de um menino cego que realizava suas atividades e descobria o mundo através de sua audição em meio ao silêncio, encerrando o evento às 19h. Os estudantes da universidade era o público principal esperado para o evento, que resultou na participação de aproximadamente 60 pessoas nas oficinas de empatia e de 50 pessoas durante a mesa-redonda (38 inscritos, os demais apenas preencheram o questionário de avaliação do evento). Como algumas pessoas só participaram de uma das etapas do evento, temos uma estimativa de 70 pessoas ao todo no Sobre Nós. Para tal participação, a divulgação foi baseada na criação de um evento (página temporária) no Facebook, com informações detalhadas, postagens diárias (planejadas), datas e a exposição de convidados, patrocinadores, apoios, etc. A imprensa local auxiliou na divulgação com documentos digitais noticiando o evento e suas principais informações no jornal local de Bauru, o Jornal da Cidade, e no jornal online de grande influência na região, a Social Bauru. A TV UNESP, emissora da TV aberta em Bauru, realizou uma entrevista com a equipe organizadora sobre o evento. Dentro do ambiente universitário a Assessoria de Comunicação da FAAC (ACI) também auxiliou a divulgação com uma matéria no site oficial do campus de Bauru. Além de parcerias com projetos de extensão da faculdade que divulgaram o evento em suas páginas: Empresa Júnior de Relações Públicas (RPjr), Empresa Júnior de Psicologia (Interage) e a Biblioteca Falada que também participou do evento. O evento contou o patrocínio de três empresas de Bauru, a Gráfica Palamin com o fornecimento de materiais gráficos para a divulgação, a lanchonete Flipper Lanches com auxílio financeiro e a Casa do Salgado com o fornecimento dos alimentos para o coffee-break. ComunicAÇÃO O ComunicAÇÃO ocorreu dia 22 de fevereiro de 2017 na central de salas da Unesp situada no campus de Bauru, das 14h às 18h. O local do evento foi pensado de maneira que pudesse oferecer maior conforto para os ingressantes, ouvintes e palestrantes. A ideia do evento surgiu a partir de um brainstorm entre os membros da organização, acerca da falta de alguma matéria na grade do curso de RP que tratasse da comunicação acessível. Através desta necessidade, decidimos que o tema do evento teria a acessibilidade como seu foco dentro da comunicação, com o intuito de chamar atenção dos alunos da FAAC e de mostrar esta demanda às instâncias da faculdade. A partir da formulação do tema do ComunicAÇÃO houve uma preocupação em relação a qualificação daqueles que palestrariam e também de uma diferenciação de papéis dos mesmos, pois a nossa intenção era trazer uma reflexão e discussão sobre o tema, demonstrando diversas visões sobre ele. Desta forma, nossa mesa redonda, primeira parte do evento, foi composta por 4 pessoas, são elas: " Wesley Becker: coordenador pedagógico da escola APAE sendo responsável, então, por acompanhar a evolução dos alunos na comunicação; " Flávia Piva Almeida Leite: Professora com grande experiência nos temas pessoa com deficiência, inclusão social, acessibilidade e convenção dos direitos das pessoas com deficiência; " Mariany Granato: Mestre em comunicação pública e os direitos da pessoa com deficiência na Unesp de Bauru; " Ana Raquel Périco Mangili: Estudante de Jornalismo da Unesp de Bauru e autora do blog  Dyskinesis . Possui distonia, uma doença que compromete alguns de seus movimentos e um pouco de sua audição e fala. A participação da estudante Ana Raquel necessitou de um power point para acompanhar sua fala devido a distonia e foi essencial para aproximar os ingressantes e ouvintes a se sensibilizarem e se aproximarem da causa e necessidade da comunicação acessível. Para a palestra, segunda parte do evento, foi convidada Fabíola Calixto, docente universitária na área de Interface Homem Máquina, usabilidade, acessibilidade e padrões da web. Ela já foi apresentadora do programa de rádio inclusão digital em foco, além de criadora e colunista do blog Acessibilidade Digital. Como optamos por trazer uma palestrante de Campinas, o evento foi possível em razão dos patrocínios organizados por cotas. Com relação ao patrocínio o evento pode contar com o investimento do Táxi Fininho com a cota bronze, de cem (100) reais; Personalize Universitários, uma empresa de malharia, contribuiu com a cota premium, de trezentos (300) reais; e, por fim, Praça Brasil Salgados que colaboraram com salgados para um Coffee Break de cinquenta (50) pessoas. Compareceram ao evento um total de 37 pessoas, algumas inscritas e outras como ouvintes. Para isso, a divulgação foi realizada pelo evento na mídia Facebook e também pelos grupos dos estudantes da FAAC, pelas salas durante as aulas com permissão dos respectivos professores, por cartazes colados em locais estratégicos dentro da Unesp e pelo site da faculdade. Pós-evento também conseguimos divulgações pela ACI, pelo site institucional da faculdade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Os dois eventos realizados tiveram pontos positivos. Como forças dos dois eventos, podemos destacar a qualidade técnica de todas as pessoas que participaram expondo sua experiência, suas pesquisas e sua atuação na área, além de uma organização no dia dos eventos que foi muito elogiada nas pesquisas realizadas. Outro ponto positivo foram os debates que surgiram nos dois eventos, com questionamentos sobretudo dos estudantes, sobre a falta do tema nas grades curriculares, e como eles poderiam, em diferentes formações, contribuir para a acessibilidade. A realização dos dois eventos, primeiro de forma mais abrangente sobre o tema e, depois, especificamente na comunicação, também foi positiva, pois possibilitou uma formação mais aprofundada. As críticas negativas demonstram que a divulgação do evento ComunicAÇÃO deveria ter sido mais eficaz e ampla, atingindo outras faculdades da cidade. Além disso, o tempo da palestra foi considerado curto por um dos participantes. Nos dois eventos, surgiram sugestões de realizar novos eventos, convidando pessoas com deficiência para contar sobre a sua realidade cotidiana. Consideramos que os eventos conseguiram colocar em pauta o tema da acessibilidade na Universidade e que as discussões foram fundamentais para tirar dúvidas e mostrar de que forma cada um pode contribuir com a acessibilidade, seja na atuação profissional ou no dia a dia. Por fim, defendemos que os eventos são uma estratégia para romper a barreira atitudinal, a fim de construir a acessibilidade. Por seu caráter dialógico, por colocar as pessoas em contato face a face e por unir pessoas com um mesmo objetivo, o evento se torna um espaço de discussão. É por meio da aproximação de pessoas, da construção de relacionamentos e do diálogo que preconceitos podem ser derrubados e uma nova cultura pautada no respeito à diferença, na empatia e na inclusão pode ser construída. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CESCA, Cleuza G. Gimenes. Organização de Eventos: Manual para Planejamento e execução. São Paulo: Summus, 1997.<br><br>BRANCO, Ana Paula Silva Cantareli. Representações sociais de alunos de pós-graduação na universidade estadual paulista  Unesp sobre o conceito de  acessibilidade . Simpósio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, Unesp, novembro/2011.<br><br>FORTES, Waldyr; SANTOS, Mariângela Benini. EVENTOS: Estratégias de planejamento e execução. Summus, 2011<br><br>SASSAKI, R. K. Inclusão no lazer e no turismo: em busca da qualidade de vida. São Paulo: Áurea, 2003.<br><br> </td></tr></table></body></html>