ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00718</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Caminhos da Loucura - Saúde Mental e Reforma Psiquiátrica no Brasil</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Letícia de Jesus Dias (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Thiago Silva dos Santos (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Guilherme Costa das Neves (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Cecília Gonçalves Damasceno (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Simone de Mattos Guimarães Orlando (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;saúde mental, transtornos psicológicos, reforma psiquiátrica, reportagem multimídia, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A webreportagem  Caminhos da Loucura  Saúde Mental e Reforma Psiquiátrica no Brasil , produzida em 2016 como um trabalho prático da disciplina Webjornalismo II, do curso de Jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, põe em discussão o estigma das patologias mentais. Além da busca pela origem dessa discriminação no processo histórico das instituições psiquiátricas, são levantadas questões como a importância de se discutir transtornos psicológicos, o esclarecimento sobre doenças mais comuns, a arte como tratamento complementar, entre outros pontos. Para isso, foram visitadas instituições importantes na área de saúde mental no Rio de Janeiro: a Casa das Palmeiras, o Museu de Imagens do Inconsciente, o Hotel e Spa da Loucura e a sede da Associação Brasileira de Psiquiatria. Todos os registros contribuíram para que o assunto fosse abordado por meio de recursos multimídia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O campo de discussão sobre os transtornos mentais é delicado. Por se tratar de uma questão bastante presente na esfera social, principalmente nos dias atuais, vê-se a necessidade de que os meios de comunicação informem e esclareçam muitos dilemas acerca do tema. Afinal, por muitos, o assunto ainda é visto como tabu, e pensar a doença mental fora do senso comum pode ser tarefa difícil. Por trás do estigma da loucura, porém, existe um passado marcado pela exclusão social, pela tortura e pela violência no próprio âmbito psiquiátrico. No entanto, é frequente a abordagem equivocada sobre as patologias psíquicas. Há situações em que, inclusive, alguns distúrbios entram em debate como um traço comum da rotina de qualquer pessoa. Nos casos dos transtornos de ansiedade e depressão, essa associação fica ainda mais evidente, justamente pela facilidade com que esses dois termos podem, linguisticamente (e especialmente na oralidade), ser associados a sentimentos corriqueiros. Apesar da falta de profundidade com que a maioria dos veículos midiáticos tradicionais se dirigem ao tema, é preciso pensar nas oportunidades cada vez mais abrangentes proporcionadas pelas novas plataformas virtuais e pelos recursos tecnológicos. A inserção do jornalismo nessa estrutura multimídia levanta uma nova perspectiva ao tratar de assuntos polêmicos enraizados de maneira torta no convívio social. É considerando os artifícios desse espaço digital e a possibilidade de desenvolver um conteúdo diferenciado que Caminhos da Loucura disponibiliza uma ampla visão sobre o tema saúde mental no Brasil. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O propósito geral da webreportagem  Caminhos da Loucura é questionar o estigma social do transtorno psicológico é provocar o diálogo e a reflexão sobre a questão da saúde mental no Brasil em suas políticas assistenciais e formas de tratamento. Como objetivos específicos, o trabalho se destina ao esclarecimento de que as doenças mentais podem atingir a qualquer pessoa, assim como ao fato de que o tema deve ser tratado de forma natural. Além disso, procura-se demonstrar que o tratamento adequado pode se dar por meio de atividades agradáveis ao paciente, trabalhando não só o desenvolvimento psíquico, mas também melhorando a autoestima e a interação social. Acredita-se, também, que trazer à tona a história da violência nas instituições psiquiátricas ajude o mais leigo a compreender o quanto o assunto foi negligenciado por décadas e a importância do tema. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 30% dos brasileiros irão desenvolver algum transtorno mental ao longo da vida. Hoje, 10% da população mundial, aproximadamente 700 milhões de pessoas, possui algum tipo de doença mental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Mesmo com esses números alarmantes, a mídia trata as patologias mentais de maneira generalizada e pouco aprofundada. Há diversos estigmas que precisam ser descontruídos para que sejam garantidos a cidadania, o respeito e a individualidade do paciente. Alguns  ganchos jornalísticos convergiram no ano de 2016 e contribuíram para a necessidade da abordagem. A Lei da Reforma Psiquiátrica no Brasil (Lei nº 10.216/2001) completou 15 anos desde sua criação. Essa lei garante a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Em comemoração à essa data, a Câmara dos Deputados lançou, em Brasília, no dia 6 de abril, a Frente Parlamentar em Defesa da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial. No mesmo ano, em 21 de abril, foi lançado o filme  Nise  O Coração da Loucura , premiado pelo Festival de Tóquio antes mesmo de estrear no Brasil. O longa conta a história de Nise da Silveira, médica psiquiátrica brasileira que militava contra o uso de eletrochoques e lobotomia no tratamento de esquizofrênicos, além de ser a precursora dos tratamentos humanizados, como oficinas de arte e terapia ocupacional. O tema sempre está em discussão. No entanto, precisa ser debatido com uma ótica mais humana e menos estigmatizada. Observa-se também que, em 2017, essa necessidade continua em pauta na mídia. Isso pode ser percebido pelas abordagens em programas e seriados que retratam os transtornos mentais e as altas taxas de suicídio. Além disso, a campanha lançada esse ano pela Organização Mundial da Saúde é contra a depressão, a maior causa de incapacitação no mundo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A preparação do produto final se deu por um extenso levantamento de dados sobre a temática, usando como tripé de apuração: os bancos de dados e as análises produzidas pela Associação Brasileira de Psiquiatria, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Americana de Psiquiatria; além da pesquisa documental fundamentada em jornais e livros; e, completando o processo, entrevistas com 14 fontes, classificadas, segundo Lage (2001), em oficiais, testemunhais e experts. Tendo em vista a característica multimídia da reportagem, foram registrados, durante as entrevistas, fotos, vídeos e áudios, de modo a complementar, contextualizar e possibilitar a  flexibilidade nas relações entre os conteúdos que passam a assumir uma estrutura em redes, em que 'nós' (texto, imagens, vídeos, sons) do discurso se conectam com outros 'nós' das associações estéticas e cognitivas (BIEGING et al., 2014, p. 105-106). Durante dois meses, a captura dos recursos multimídia foi realizada, usando os equipamentos disponibilizados pela Universidade: gravador de voz digital mono Sony e câmera DSLR Nikon D3100. Também foi utilizado o programa Adobe Photoshop Lightroom CC 6.3 para tratamento das fotografias; o Adobe Premiere CC 2014 para edição dos arquivos audiovisuais; e o programa gratuito Audacity 2.1.0 para a edição das sonoras. A plataforma gratuita de criação de sites WIX foi escolhida para hospedar a webreportagem por possibilitar a fácil utilização de recursos multimídia, sem que seja necessário o domínio da linguagem de programação, além de disponibilizar recursos que aumentam a sensibilidade imersiva do usuário. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Caminhos da Loucura é uma webreportagem desenvolvida para a disciplina Webjornalismo II do curso de Jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A ideia é discutir sobre a questão da saúde mental no Brasil na inserção de um ambiente multimídia, criando um espaço de interação que rompe com a linearidade, mas mantém a contextualização dos acontecimentos. A reportagem foi dividida em cinco capítulos, o que permite o aprofundamento do tema e oferece a possibilidade de leitura não linear e segmentada ao mesmo tempo. Os capítulos são: " Início  Introdução do tema, apresentando os principais acontecimentos sobre a saúde mental no mundo e no Brasil em 2016; canção de fundo: Balada do Louco, de Ney Matogrosso, interpretada por André Prando. " Transtornos da Mente  Contextualização do tema e menção ao passado de tortura nas instituições psiquiátricas, oferecendo informações e conceitos importantes sobre o subconsciente e as doenças que afetam a mente; destaque em vídeo e galerias de imagens para a questão da esquizofrenia, depressão, ansiedade e síndrome do pânico. " A Reforma Psiquiátrica - Panorama histórico sobre o começo das mudanças no modo de estudar e tratar as doenças mentais, primeiro no mundo e, posteriormente, no Brasil. Destaque para galeria de imagens e áudios-síntese sobre a Reforma Psiquiátrica; Box especial relatando a história de Nise da Silveira, importante figura do processo de humanização do tratamento psiquiátrico. " Espaços de Arte e Loucura  Contém uma entrevista em áudio com a atriz Glória Pires, que interpreta a psiquiatra Nise da Silveira, expoente na criação do modelo de Terapia Ocupacional usado, até hoje, como tratamento para as pessoas com doença mental. Apresentação dos espaços, no Rio de Janeiro, onde esse modelo de terapia é fortemente difundido, como o Museu de Imagens do Inconsciente, o Hotel e Spa da Loucura e a Casa das Palmeiras; galeria de imagens, entrevistas em audiovisual e o minidocumentário  InsanidArte  a cultura no tratamento do transtorno mental . " Saúde Mental e Psicofobia  Discussão sobre o conceito de saúde mental, abordando a importância de cuidar da mente; questionamento acerca do preconceito contra a pessoa com transtorno mental; entrevistas em áudio com psicólogas. Com layout original, Caminhos da Loucura foi diagramada pretendendo garantir um conforto ao leitor em dispositivos com telas maiores, como o notebook. A usabilidade em dispositivos móveis é possível, mas, ainda, um desafio. Portanto, para melhor desempenho, recomenda-se a experiência em desktop. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Acredita-se que a relevância do trabalho está no encaminhamento de um tema polêmico do senso comum para o contexto crítico do espaço acadêmico, resultando em um produto de cunho social direcionado à informação e ao esclarecimento público. Com uma busca significativa pelo didatismo na fala dos especialistas consultados, Caminhos da Loucura aponta, também, para a postura que se exerce no jornalismo que tem a área de saúde como gênero. Para além disso, o melhor aproveitamento da informação é pensado na dinâmica do jornalismo digital, tornando possível a experiência imersiva e a usabilidade eficiente do usuário. De todo modo, os recursos e a linguagem utilizada se dispõem a fortalecer o objetivo da reportagem e sua função informativa. A intenção é contribuir para tirar o tema do lugar de constrangimento e inibição, já que a maioria das pessoas possui alguma ligação com ele e, por isso, o estigma da anormalidade é equivocado e prejudicial. O momento é propício à discussão e Caminhos da Loucura procura, justamente, desenvolver esse ambiente de reflexão. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARROSO, Sabrina. SILVA, Mônica. Reforma Psiquiátrica Brasileira: o caminho da desinstitucionalização pelo olhar da historiografia. Revista da Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo. São Paulo, v. 12, n.1, p.66-78, jan./jun. 2011.<br><br>BENTO, Mariana. O estigma da doença mental e os meios de comunicação social. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2014. Dissertação (Mestrado em Antropologia Médica) - Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2014. <br><br>BIEGING et al. Tecnologia e novas mídias: da educação às práticas culturais e de consumo. São Paulo: Pimenta Cultural, 2014.<br><br>BRISCHILIARI et al. Dificuldades encontradas no atendimento à pessoa com transtorno mental. In: Anais do VII Encontro Internacional de Produção Científica. Paraná, 2011.<br><br>GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. São Paulo: LTC, 1988.<br><br>GONSALVES, Elisa Pereira. Escolhendo o percurso metodológico. In: Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001. Cap. 4, p. 61-73.<br><br>JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. Tradução Susana Alexandria. Editora Aleph: 2006. <br><br>JORGE-MONTEIRO, Fátima. Prevenção do Estigma Social da Doença Mental. In: Saúde Mental e Reabilitação. Folhetos SNR, n. 56, p.16-23, 2006. <br><br>LAGE, Nilson. A Reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.<br><br>TENÓRIO, Fernando. A reforma psiquiátrica brasileira, da década de 1980 aos dias atuais: história e conceito. História, Ciências, Saúde, Rio de Janeiro, v. 9, n.1, p. 25-59, jan./abr. 2002.<br><br> </td></tr></table></body></html>