ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00795</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;conjunto edições 31, 32 e 33- Senso (in)comum</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Iury Machado Leite (Universidade Federal de Uberlândia); Samantha Loren Santos Costa (Universidade Federal de Uberlândia); Thiago Crepaldi (Universidade Federal de Uberlândia); Gustavo Medrado (Universidade Federal de Uberlândia); Nasser Pena (Universidade Federal de Uberlândia); Pedro Henrique da Silva (Universidade Federal de Uberlândia); Jhyenne Yara Gomes Santana (Universidade Federal de Uberlândia); Elaíny Carmona Pereira (Universidade Federal de Uberlândia); Ana Luisa Nogueira (Universidade Federal de Uberlândia); Mirna Tonus (Universidade Federal de Uberlândia); Vinícius Guedes Pereira de Souza (Universidade Federal de Uberlândia); Felipe Gustavo Guimarães Saldanha (Universidade Federal de Uberlândia); Ivanise Hilbig de Andrade (Universidade Federal de Uberlândia); Vinícius Durval Dorne (Universidade Federal de Uberlândia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornal-laboratório, Jornalismo, Jornalismo Impresso, Interdisciplinaridade , Senso InComum</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho tem a proposta de evidenciar a importância da construção do jornal-laboratório Senso InComum e todo o processo envolvido para sua realização. O foco da descrição refere-se às edições 31, 32 e 33, desenvolvidas pelos estudantes do 4º período do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A fim de desenvolver a interdisciplinaridade proposta pelo projeto pedagógico do curso, o produto foi desenvolvido com contribuição das disciplinas Projeto Interdisciplinar em Comunicação IV, Jornalismo Impresso, Oficina de Fotografia, Edição em Jornalismo, Planejamento Gráfico e Técnicas de Reportagem, Entrevista e Redação Jornalística, sob a orientação das professoras Mirna Tonus, Ivanise Andrade e professores Vinícius Dorne, Vinícius Souza e Felipe Saldanha. Esta experiência possibilita aos alunos o aprendizado e o contato com a prática profissional no curso.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Jornal Senso InComum é um produto da disciplina de Projeto Interdisciplinar em Comunicação (PIC) IV, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Criado em 2010, o jornal-laboratório é produzido pelos alunos do 4º período e, atualmente, engloba também as disciplinas de Jornalismo Impresso, Planejamento Gráfico, Edição em Jornalismo, Oficinas de Fotografia e Técnicas de Reportagem, Entrevista e Redação Jornalística. A proposta da disciplina PIC IV é proporcionar aos alunos contato direto com os processos de criação de um jornal impresso, desde o planejamento de seus projetos editorial e gráfico, até a realização de pautas, entrevistas, edição e diagramação. As demais disciplinas fornecem o suporte necessário para a construção do produto. O projeto editorial propôs a construção de um jornal com pautas frias, que possibilitasse aos repórteres maior contato com o assunto tratado e a criação de matérias mais aprofundadas. Voltado à cobertura da UFU em toda a sua extensão, inclusive os campi fora de sede, o projeto sugeria que as pautas fossem construídas com caráter humanista, por meio da abordagem de temas pouco discutidos e da escolha de fontes alternativas, como apontam Floresta e Braslaukas (2009, p. 14): Nesse processo de construção da pauta, há os que defendem que os repórteres têm de ser criativos. Claro que a criatividade é uma grande aliada no jornalismo, como em todas as áreas de atuação, contudo, mais do que isso, o jornalista precisa ser observador. A proposta era desenvolver um produto com conteúdo mais aprofundado, que contemplasse melhor as questões que envolvem a universidade. Aqui será apresentada a descrição do projeto, aplicado nas edições 31, 32 e 33, produzidas no período entre setembro de 2016 e março de 2017, correspondente ao segundo semestre letivo de 2016</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo geral do Jornal-laboratório Senso InComum é proporcionar aos alunos maior contato com a produção jornalística, centralizado na mídia impressa. A construção do jornal busca ainda possibilitar uma vivência nos moldes de uma redação profissional, desde a construção dos projetos editorial e gráfico, até a finalização do produto. Os objetivos específicos do projeto editorial das edições aqui analisadas são viabilizar a produção de um informativo para a comunidade acadêmica da UFU e construir as reportagens de forma humanizada, com angulações e escolhas de fontes menos comuns, diferentemente dos projetos anteriormente desenvolvidos na disciplina.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Senso InComum, que teve sua primeira edição no segundo semestre de 2010, permite que os alunos do curso de Jornalismo tenham a experiência da elaboração e produção de um jornal impresso em toda sua integralidade (SPANNENBERG, 2013). A criação de um jornal-laboratório proporciona que o futuro profissional associe a teoria com a prática, aproveitando o ambiente acadêmico para realizar experimentações quanto à rotina jornalística. Nesse sentido, Dirceu Fernandes Lopes destaca em sua obra intitulada "Jornal Laboratório: do exercício escolar ao compromisso com o público leitor", o fato de que: O jornal-laboratório permite que o aprendiz de Jornalismo se exercite na capacitação e análise dos problemas de sua comunidade, de seu país e da civilização contemporânea, ao mesmo tempo em que desperta interesse pela especialização, fazendo-o descobrir quais dos aspectos e atividades da profissão o seduzem mais (LOPES, 1989, p. 49). O projeto editorial do Senso 2016 se alinha ao pensamento de Lopes ao construir um produto voltado a comunidade interna, mas sempre associando o impacto que reverbera na comunidade externa, direta ou indiretamente como afirma: O órgão laboratorial é um instrumento de reprodução da prática jornalística vigente ou um veículo para a criação de alternativas em relação ao que existe na sociedade? As duas opções são fundamentais: reproduzir a realidade, criar inovações. É importante manter as duas formas, combinando-as, intercalando-as e integrando-as (LOPES, 1989, p. 34). Esse projeto se baseou na pesquisa de público realizada pelos alunos, abordando temáticas que a comunidade interna e externa da universidade consideraram pertinentes. Assim, optou-se por trabalhar questões de importância para a cobertura dos espaços da UFU - como os campi avançados - priorizando pautas frias, para que o leitor possa se informar assim que entrar em contato com o produto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As edições 31, 32 e 33 do Senso InComum foram pensadas e produzidas a partir de uma visão que buscava contemplar os diferentes ambientes da universidade em que o jornal está inserido. A pesquisa realizada revelou que a maior parte do público do jornal é jovem e se sente atraído pelo uso de ilustrações e imagens. Com isso, a linguagem adotada pelo Senso Incomum é mais direta, objetiva e se utiliza de recursos gráficos como fotografias e boxes. A execução do jornal laboratório contou com o empenho dos alunos e docentes para realização de um trabalho em equipe eficiente e altamente produtivo. As divisões das funções desempenhadas foram fundamentais durante a construção dos textos, edição e diagramação, dando aos repórteres, editores e diagramadores a oportunidade de terem feeedbacks a respeito de seus trabalhos tanto por parte da turma quanto dos professores. A produção das edições foram precedidas por aulas expositivas sobre técnicas e programas que utilizaríamos para construção dos textos e diagramação das páginas do jornal. Após a apuração, os alunos produziam os textos na redação da universidade, acompanhados dos professores responsáveis. Por meio desse processo de aprendizagem e prática, os discentes envolvidos puderam aplicar as técnicas de escrita jornalística, reportagem, entrevista, edição e fotografia já ensinadas. Os textos, após escritos na plataforma Word, eram enviados por e-mail aos editores para realização de ajustes, cortes e acréscimos necessários. O diálogo entre os alunos foi de extrema validade no decorrer desse processo, na tentativa de prezar sempre pela ética e o valor da notícia. Ao fim das edições, os textos eram encaminhados para os professores para serem revisados e assim disponibilizados para diagramação. Para diagramação, foi utilizado o programa Scribus, no qual os alunos encarregados dessa função estruturavam as páginas do jornal após os textos serem editados. Posteriormente à diagramação, os professores revisaram todo o conteúdo do jornal para finalização e impressão dos exemplares.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornal Senso InComum produzido entre os anos de 2016 e 2017 foi composto de três edições bimestrais, tendo 12 páginas de conteúdo em cada edição. Cada número do impresso abordou com destaque um dos três campi fora de sede da UFU fixados nos municípios de Ituiutaba, Monte Carmelo e Patos de Minas, além de conteúdo variado sobre toda a universidade numa perspectiva mais ampla. A principal proposta do jornal foi pautar temas que farão sentido e serão considerados atuais para o leitor independentemente do momento em que este receber o jornal, ou seja, mesmo não sendo produções factuais, contemplam a dimensão social, política, econômica decorrentes dos acontecimentos, problematizando-os. Ainda, a construção das matérias foi equilibrada, sempre procurando fontes distintas, para que fosse possível ouvir todos os lados dos assuntos tratados, não se tornando, assim, um veículo tendencioso. A princípio, cada professor ministrou, em sua especificidade, pontos teóricos necessários para o período de produção. A sala foi dividida em grupos para que pudessem haver diferentes propostas e vertentes a partir da produção de projetos editoriais e gráficos, que foram escolhidos democraticamente pelos alunos e professores. Cada grupo apresentou sua proposta a partir de análises de edições passadas do próprio jornal-laboratório em questão, além do estudo e contato com outros jornais de diferentes universidades, com o intuito de discutir modificações necessárias, novas ideias e conceitos. Decididos os projetos gráfico e editorial, foram realizadas reuniões de pauta à cada edição, para apresentação, debate e distribuição de temas de reportagens para as editorias. A diagramação do jornal foi feita observando os aspectos de harmonia e em respeito ao projeto gráfico. Para a etapa da montagem, exigiu-se prática com o programa Scribus. Contamos com o auxílio do professor da disciplina, oficinas ofertadas por um técnico laboratorial do curso e monitorias. Para as visitas aos campi a fim de apurar pautas, foi disponibilizado um ônibus pela Faculdade de Educação (FACED), como previsto no projeto editorial. Durante as viagens foi possível não só concretizar as propostas programadas, mas também desenvolver novas temáticas a partir da demanda do público-alvo. Após saída a campo, os textos foram produzidos, editados e finalizados. Os alunos tiveram uma função diferente em cada edição do jornal. As funções estabelecidas foram: editores-chefes, editores de arte, diagramadores e editores de editorias. A presença de todos os professores manteve o processo totalmente orientado, o que fez com que cada passo dado fosse bem avaliado. Ao fim, o projeto editorial estabelecia critérios para distribuição dos exemplares, que foram seguidos metodicamente com base em um plano de entrega, que contou com a participação e empenho da turma. Os exemplares foram distribuídos presencialmente nos campi em Uberlândia e enviado por protocolo aos campi avançados. Para buscar consonância entre o conteúdo produzido pelo jornal e o esperado pelo público-alvo, foi desenvolvido um questionário aplicado digitalmente e, além disso, buscamos utilizar todo o conhecimento técnico e crítico adquirido ao longo do curso. Buscamos garantir que o Senso Incomum se tornasse uma alternativa aos veículos tradicionais presentes na UFU e na região de Uberlândia, tanto pelo formato quanto pelo conteúdo. Design gráfico: nosso braço direito Tendo em vista a necessidade de uma apresentação gráfica que complemente e seja coerente com a proposta de projeto editorial, a disposição dos textos, dos elementos gráficos, as escolhas da tipografia, o esquema de capa e os demais elementos gráficos dialogam com o conteúdo abordado no jornal, a fim de proporcionar a sensação de leveza e dinamismo no veículo. Editorias fixas Na busca por atender às expectativas do público, foram estipuladas cinco editorias permanentes nas três edições produzidas. A editoria  IN capa se refere à matéria principal da capa. A editoria  INtermitente está localizada na última página do jornal e tem relação direta com a manchete e com a matéria central. Nessa editoria, é veiculado um perfil ou entrevista e uma galeria de fotos colaborativa, denominada  Varal . A editoria  INsight é destinada às temáticas relacionadas a cultura, literatura, música e artes. A editoria  INflamada é dedicada à opinião no jornal, pode abrigar artigos, ensaios, crônicas e charges. Por fim,  INclusiva , editoria destinada a temas sobre diversidade e direitos humanos, reflete a importância da inclusão social ao abordar questões relacionadas a esses assuntos. Edições 31, 32 e 33 As edições de número 31, 32, 33 do Senso InComum abordaram com destaque os campi avançados Patos de Minas, Monte Carmelo e Ituiutaba, respectivamente. As edições foram sempre compostas por editorias fixas - presentes em todas as edições - e editorias móveis - presentes ou não de acordo com as matérias. Compostas de conteúdos dos mais variados gêneros, como notícias, reportagens, artigos de opinião, crônicas, entrevistas, perfis, editoriais e charges, as três edições do jornal utilizam-se do arcabouço teórico desenvolvido durante o curso, para uma execução prática ética, consciente, despojada e com responsabilidade social. Matérias que investigam esquemas de corrupção, que fazem divulgação científica, que dão espaço para fontes que talvez nunca seriam ouvidas pela mídia tradicional estão presentes no conteúdo do Senso Incomum.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Buscamos construir um jornal polifônico, com opiniões distintas e fontes que não costumam ser abordadas pelos meios de comunicação tradicionais. Acreditamos que a comunidade acadêmica da UFU precisa de um veículo jornalístico questionador e transformador da realidade, de forma a atender as demandas e anseios dos leitores. O processo de planejamento, construção e execução de um jornal impresso, nos quesitos editorial e gráfico, foi uma experiência extremamente rica para a formação profissional, possibilitando compreender a estrutura jornalística e desenvolver nossa criticidade a respeito do que já existe no mercado. Foi um momento de experimentar e ousar, de transformar o jornal-laboratório do curso de Jornalismo da UFU em uma verdadeira oficina de ideias e práticas jornalísticas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">FLORESTA, Cleide; BRASLAUSKAS, Ligia. Técnicas de reportagem e entrevista em jornalismo: roteiro para uma boa apuração. São Paulo: Ed. Saraiva, 2009. <br><br>LOPES, D. F. Jornal Laboratório: do exercício escolar ao compromisso com o público leitor. São Paulo: Summus, 1989.<br><br> SPANNENBERG, A. C.; BARROS, C. V. B.; JERÔNIMO, L. F. Construção colaborativa de um jornal-laboratório: relato de experiência do jornal Senso (in) comum. In: SOSTER, D.A; TONUS, M. Jornalismo-Laboratório: Impressos Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2013. p. 21-32.<br><br> </td></tr></table></body></html>