ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00808</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Outdoor: Se ela disse NÃO é NÃO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;PEDRO PAULO MOREIRA RANGEL (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Rebeca Moreira Serrazine da Silva (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Sara Lopes da Silveira (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Gabriel da Silva Lourenço (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Rhariany Mitrof Alves da Silva (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Matheus Pereira Matos dos Santos (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Rhanica Evelise Toledo Coutinho (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Douglas Baltazar Gonçalves (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Alexis Aragão Couto (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Publicidade, Midia Externa, Outdoor, Assédio, Mulher</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A campanha ''Não é Não  Quando Ela Disser Não, Significa Que Não'' evidencia questões como o assédio e violência contra a mulher e o valor da igualdade, pois atualmente muitas mulheres sofrem diferentes abusos, e as mesmas não podem ficar caladas diante dessa situação. O outdoor (mídia out of home) pode constituir uma mídia de grande auxilio para estimular as denúncias contra agressores e assediadores, ajudando as mulheres se livrarem dessa forma de tortura. Neste trabalho o outdoor visa à promoção de um protesto sobre a violência contra a mulher, evidenciando que não estão sozinhas, causando acolhimento e respeito a elas, e mostrando a todos que a mulher não deve ser violentada.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Publicidade tem importantíssima função enquanto instrumento para conscientização, sendo ao mesmo tempo um processo difícil, pois exige uma mudança de pensamento da sociedade. Uma ferramenta que pode e vem sendo utilizada em seu auxílio é a publicidade, e de uma forma bem interessante. A publicidade consegue causar as mais diversas emoções, como a gentileza, a gratidão, a felicidade e até a compaixão, que está associada à conscientização. As campanhas que, muitas vezes, são consideradas chocantes têm um grande sucesso e geram um grande retorno. Apresentar em campanhas temas polêmicos, consiste em uma abordagem forte, chamativa e de grande eficácia. Um tema forte a ser discutido em sociedade ao ser usado em campanhas na mídia externa outdoor faz com que o publico sinta a informação de uma forma mais impactante, pois o assédio sofrido pelas mulheres nos espaços públicos acontece com frequência. Pode se considerar assédio sexual a mulher gestos como: olhares invasivos, assovios, comentários e gestos agressivos. Já o assédio moral se dá através de gritos, xingamentos e humilhação. O que para alguns pode parecer um elogio às vezes ofende e incomoda muito uma mulher. Indivíduos insistem no fato de que a mulher é violentada por conta do seu jeito de se vestir, falar ou andar. Fato que incomoda e que não deve ser aceito em sociedade, devido à mesma ter direito a sua liberdade para se expressar da forma como desejar. O Fórum Econômico Mundial elaborou e divulgou um ranking anual onde o Brasil mudou de 82º para 62º lugar quando se trata de redução de desigualdade de gêneros. Atualmente legislações brasileiras trazem várias formas de proteção à mulher (BRASIL, 2012). Nesse sentido, a peça buscar mostrar a tristeza da mulher e seu sofrimento e angústia perante a sujeição de qualquer tipo de assédio e agressão. Tendo em vista que por diversas vezes algumas não conseguem se defender, tornando-se uma vítima de atos covardes dentro da sociedade da qual faz parte.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolvida por alunos do 1º Ano do curso de Publicidade e Propaganda do UniFOA, na disciplina de Comunicação, Imagem, Linguagem e Áudio Visual, a campanha "Não é Não - Quando Ela Disser Não, Significa Que Não", foi desenvolvida com o objetivo de combater o assédio sexual e moral contra a mulher, que ainda existente no país, transformado a comunicação das mídias externas, também chamadas de mídias out of home, em algo que representasse a sociedade feminina que sofre diversos tipos de assédios e agressões. Para cumprir com a proposta da campanha, foi elaborado um outdoor que evidencia o assédio contra a mulher e o valor da igualdade, demonstrando que nesses casos deve-se denunciar o agressor, para qual tal ação não mais ocorra, que a mulheres tem o poder de escolha, por isso a frase ''Não é Não''; o fundo preto para mostrar dureza na imagem e direcionar nosso olhar ao rosto triste da modelo. Neste outdoor fica implícito também o respeito que devemos ter às mulheres.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No Brasil em média 500 mulheres são violadas por hora, muito embora existam algumas legislações acerca desse assunto, a população não tem entendimento de até que ponto uma ação verbal ou não, se torna o assédio e invade os valores do próximo. Além disso, o tema tem se tornado um assunto muito comentado nos últimos anos, porém ele ainda é algo censurado, que precisa de mais visibilidade. A violência é determinada pela ação de força, designada ao social e interpessoal, um modo de tratamento visado como objeto ou coisa, desvinculando a visão de sujeito, e que impede sua pronuncia, o colocando em modo de silêncio. (CHAUI, 2002) Um levantamento realizado pela agência Énois (Inteligência Jovem) situada em SP, através de uma pesquisa ouviu 2.285 mulheres de idade entre 14 e 24 anos, de periferias brasileiras de 370 municípios nacionais, e apontou que 90% delas deixaram de frequentar espaços públicos e de usar algumas peças de roupas, por conta da violência a mulher. Segundo o anuário brasileiro de segurança pública (BRASIL, 2015), ocorre no Brasil um estupro a cada onze minutos e muitos os casos não são denunciados, pois apesar da violência implícita na ação, ainda existem inúmeros fatores que desafiam as vítimas. Aproximadamente 67,1% da população brasileira residente nas grandes cidades brasileiras tem medo de ser agredida sexualmente. De acordo com a OMS, violência sexual é "qualquer ato sexual ou tentativa de obter ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção" (BRASIL, 2010). As consequências do ato prejudicam a saúde mental e física, podendo desencadear diversos problemas relacionados ao sofrimento, tentativas de suicido e também vulnerabilidade a doenças sexualmente transmissíveis. É preciso, portanto, ampliar a comunicação de modo a contribuir para uma mudança efetiva dessa triste realidade, fazendo com que seja estendida a mão para as vítimas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A propaganda é uma mensagem paga veiculada na mídia que tem por objetivo a venda de um produto ou serviço para um público-alvo. Entretanto, para que uma ação publicitária se destaque de outros milhares presentes no mesmo espaço ela necessita utilizar recursos linguísticos e estilísticos de ordenação, persuasão e sedução através de apelos racionais e emocionais (SAMPAIO, 2013). Através da utilização apropriada desses recursos, a propaganda passa a ter um forte poder sobre a sociedade, em especial, sobre suas emoções. O Termo outdoor tecnicamente significa a publicidade do "lado de fora da porta", ou qualquer tipo de propaganda ao ar livre. No Brasil, o outdoor possui "especificamente nove metros de altura por 3 metros de comprimento, instalados na horizontal em locais de grande fluxo de pessoas e veículos, são na sua maioria afixados em chapas galvanizadas, pregadas em estruturas de madeira" (PINTO; OLIVEIRA, 2007).Tendo em as etapas previstas em um processo de criação, ocorreu a elaboração de um briefing para a confecção das peças, um brainstorming (tempestade de ideias) com a equipe envolvida no processo e uma pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias (MARCONI; LAKATOS , 2007, p. 166) sobre o tema abordado. Foram realizados levantamentos de dados para que o conceito fosse expresso da melhor forma, fazendo com que o público-alvo compreendesse a peça. Dessa forma, pensou-se em uma composição de cores mais escura, e sombras. As utilizações das cores preta e branca visaram dar o intuito de medo, silêncio, morte, tristeza, pureza, dignidade e paz. A modelo fotográfica expressa em seu semblante a tristeza diante as tais violência. A tipologia em negrito e caixa alta, busca dar ênfase as palavras e ao direito da mulher de pronunciar o "não". Para dar conforto visual a diagramação das frases e ícones da peça se deu do canto superior esquerdo ao inferior direito para total percepção. A câmera fotográfica usada foi uma Cannon t3i e o programa de edição de imagens Photoshop cs3 e de edição Corel Draw x7 a modelo é discentes da turma do 2º ano de publicidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo de produção foi divididos em etapas, primeiramente ocorreu a elaboração de um briefing fictício, com a solicitação uma peça para conscientização do assédio a mulher realizada pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (cliente fictício). Tendo em vista o fato de a peça ser um outdoor a escolha do cliente se deu por conta da visibilidade e do fluxo no local onde o mesmo seria instalado. Em seguida realizou-se a elaboração de um rafe (esboço da ideia ou rascunho), para se unificar as ideias e mensurar o alcance do objetivo almejado, o mesmo se fez importante pois auxiliou na demonstração de como ficaria o processo de criação e produção. Determinou-se nesse momento que no outdoor a fotografia de uma mulher com semblante triste retrataria os atos de violência, e que o clímax da peça seria que a mesma apresenta-se o rompimento do silencio e o acolhimento. A etapa seguinte foi constituída pela produção fotográfica, realizada no estúdio do Centro Universítário de Volta Redonda (UniFOA) com as técnicas de composição estudadas na disciplina de Fotografia Publicitária. A modelo e aluna do 2º ano foi selecionada para fazer as fotos pela expressividade e detalhes faciais, finalizando, câmera fotográfica usada foi uma Cannon t3i e o programa de edição de imagens Photoshop cs3 e de edição Corel Draw x7 a. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O trabalho desenvolvido de conscientização da violência à mulher teve seu objetivo alcançado onde a linguagem verbal e não verbal, pudesse sensibilizar, acolher e encorajar a mulher, visto que o tema é algo relevante e está presente no cotidiano de muitas mulheres. Os estudantes de graduação e criadores da peça publicitária puderam adquirir o conhecimento de como proceder diante de um ato de violência, não somente da mulher, mas de qualquer ato que possa tirar ou ferir algum direito do indivíduo, ou então causar um dano moral ou material. A visão de que peças publicitárias podem auxiliar em diversos temas polêmicos foi constatada nesse processo de criação. As mesmas não precisam ter apenas a função de venda, mas podem ajudar na melhoria da convivência social e do mundo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BRASIL. Anuário brasileiro de segurança pública. 2015. Disponível em <http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/dossie/wp-content/uploads/2015/10/9-Anuario-Brasileiro-de-Seguranca-Publica-FSB_2015.pdf>. Acesso em 19 de março de 2017.<br><br>BRASIL. Organização Mundial de Saúde. Prevenção da violência sexual e da violência pelo parceiro íntimo contra a mulher. 2010. Disponível em <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44350/3/9789275716359_por.pdf>. Acesso em 17 de março de 2017.<br><br>CHAUÍ, M. Participando do debate sobre mulher e violência. IN: Cardoso, R. et al., Perspectivas antropológicas da mulher. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 2002.<br><br>FIGUEIREDO, Celso. Redação publicitária: sedução pela palavra. São Paulo, SP:Cengage Learning, 2005. 138 p.<br><br>HOFF, Tânia; GABRIELLI, Lourdes. Redação publicitária: para cursos de comunicação, publicidade e propaganda. Rio de Janeiro: Elsevier, c2004. Campus, 123 p.<br><br>FRASER, Tom; BORGES, Luis Carlos (Trad.). O essencial da cor no design. São Paulo, SP: SENAC, c2012.<br><br>SALTZ, Ina; CARDINALI, Luciano (Trad.). Design e tipografia: 100 fundamentos do design com tipos. São Paulo, SP: E. Blucher, c2010. 208 p.<br><br>GRANJEIA, Julianna. Jornal O GLOBO. Mulheres nas periferias do país deixam de ir a espaços públicos por medo de violência. 2016. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/sociedade/mulheres-nas-periferias-do-pais-deixam-de-ir-espacos-publicos-por-medo-de-violencia-16216026> Acesso em: 14 de abril de 2017.<br><br>MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.<br><br>PINTO, Evelyn Xavier. OLIVEIRA, Nathália Pucci. A Importância do Outdoor como Meio de Comunicação de Massa e como Mídia Exterior. 2007. Disponível em < http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1572-1.pdf>. Acesso em 12 de abril de 2017.<br><br>SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z. São Paulo. 2013<br><br> </td></tr></table></body></html>