ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00851</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Reféns: quando o preconceito vence a medicina</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Fábio Duran dos Santos (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Joana Maria da Silva (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Drogas, Jornalismo, Livro-reportagem, Maconha, Medicina</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo tem por objetivo retratar os benefícios da maconha medicinal e de como esse assunto é reportado pela imprensa, para isso foram pesquisados além de livros, outros meios de comunicação. Como nada tem um só lado e cabe ao jornalismo apresentar os diversos ângulos de um fato, foi ponderado o lado medicinal da maconha, que muitas vezes é aplicada como a única ou mais eficiente fórmula para tratar várias doenças. O resultado da pesquisa é o livro-reportagem "Reféns: quando o preconceito vence a medicina", fruto do Trabalho de Conclusão de Curso.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo traz o resultado das pesquisas feitas sobre o uso medicinal da maconha para produção de um livro-reportagem sobre o tema, que tiveram como base matérias publicadas em revistas, jornais, portais de notícias, palestras, filmes, livros, estudos e entrevistas. Foi possível analisar os mais variados mitos que envolvem a maconha além de suas diversas aplicações, que vão desde o uso de suas fibras para a confecção de objetos, roupas e cosméticos, até o uso medicinal de suas mais de quatrocentas substâncias. O presente artigo tem a finalidade de esclarecer e conscientizar os benefícios que são oferecidos pelos diversos componentes da maconha. Um trabalho delicado, pois falar de maconha é espalhar um rastro de discórdia, como afirma Fernando Gabeira (2002). Os assuntos polêmicos devem ser colocados em debate, os benefícios não podem ser ignorados ou ocultados por medo ou falta de conhecimento. Muitas pessoas que já enfrentam problemas sérios de saúde enfrentam também a burocracia, o medo e a ilegalidade em busca de um alívio para os males que afligem sua saúde e colocam em risco sua vida. Para o professor doutor Sidarta Ribeiro para falar em maconha é preciso pensar historicamente "de onde ela vem?". Da Sibéria à Índia, do Afeganistão à China usa-se maconha há pelo menos cinco mil anos. Seja para fazer corda, papel, roupa ou uso medicinal. "A maconha está para as plantas como o cachorro está para os animais. Uma invenção humana para servir às necessidades humanas". Ainda na mesma palestra (2014) Sirdarta afirma que quem começou com as pesquisas do ponto de vista da ciência foi o químico israelense Raphael Mecchoulam, "Israel é o país líder nesse assunto há cinquenta anos". Vale informar que cânhamo, cannabis e maconha se referem à mesma planta.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro-reportagem traz o aprofundamento sobre o medicinal da maconha, que "até o início do século XX, em muitos países, inclusive no Brasil, [...] era considerada um medicamento para vários males[...]" (MACFARLANE, 2003, p. 64). "Apesar de seus efeitos medicinais como analgésico, anticonvulsivo, sonífero, estimulante de apetite, o uso da maconha foi declarado ilegal, em praticamente todo o mundo ocidental, em 1928. Discussões sobre a legalidade ou ilegalidade de seu uso continuam a acontecer desde então." (MACFARLANE, 2003, p. 64) Diferente da Europa e EUA, "uma parcela importante do livro-reportagem, a que trata de temas contemporâneos, ocupa basicamente o espaço deixado pela cobertura superficial dos periódicos" (BELO, 2013, p. 40). Ou seja, os assuntos atuais se destacam na categoria justamente pela fraqueza da imprensa em publicações que exigem mais aprofundamento. Na visão do médico psiquiatra Doutor José Carlos Fernandes Galduróz, com base em um estudo de 1998 que analisou cerca de 500 artigos publicados na imprensa sobre a cannabis, "a mídia parece contribuir para a distorção do pensamento da sociedade de que as drogas que mais causam problemas são a cocaína e a maconha, quando na verdade as lícitas (o álcool e o tabaco) são os verdadeiros problemas na saúde pública no país" (ZUARDI, 2008, p. 221). Entretanto, o psiquiatra José Alexandre de Souza Crippa, autor do mesmo livro, salienta em entrevista para o Gazeta do Povo, que "as pessoas só vão chegar no nível do debate terapêutico da maconha quando souberem que é o consumo diário de maconha que causa dependência [...] é que poderemos ampliar o debate para o uso terapêutico". A intenção do livro é, além de provocar o debate sobre o tema, proporcionar às pessoas a imersão no assunto. "O trabalho do autor torna-se um instrumento que permite ao leitor aprofundar-se nas questões, amplificar a visão dos fatos e interpretá-los a partir desses subsídios, por intermédio de sua própria ótica" (BELO, 2013, p. 48)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O intuito é esclarecer e conscientizar sobre os diversos usos medicinais da maconha, propondo debate e reflexão. A descriminalização das drogas é um assunto atual que deve ir além da superficialidade e, explorando no âmbito da saúde, se conhece também os benefícios e exclui mitos que a envolvem, retratando em livro-reportagem a luta constante pela regulamentação do uso medicinal e pelas pesquisas na área da saúde. Há ainda o paradoxo das drogas legais. Enquanto a maconha é severamente combatida o cigarro e o álcool são facilmente encontrados em qualquer mercado. O efeito da legalidade dessas drogas é devastador. Segundo dados do Ministério da Saúde uma das doenças causadas pelo tabagismo é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que atinge cerca de sete milhões de pessoas no país e é a quarta causa de morte no mundo (ClicFolha, 2016). Quanto ao álcool o problema maior é quando vinculado à direção; e no Brasil o problema levou o então ministro da Saúde (2013), Alexandre Padilha, a classifica-lo como epidemia. A publicação do livro-reportagem tem o intuito de explorar estudos e histórias em que a planta, atualmente restrita, auxiliou no tratamento de doenças, muitas sem cura. Tema que demanda coragem, por enfrentar questões legais, morais e de comportamento. "O problema é que a maconha entra no campo ideológico. Existe uma série de pessoas que considera a maconha a droga do demônio e que se a pessoa usar uma única vez vai ter problemas gravíssimos. E há uma série de pessoas que acha que a maconha tem que ser liberada, que isso vai reduzir os índices de criminalidade e o consumo de outras drogas. As pessoas se posicionam de um lado ou de outro. Mas as pessoas só vão chegar no nível do debate terapêutico da maconha quando souberem que é o consumo diário de maconha que causa dependência, que leva a quadros de psicose, a crises de pânico e a outros problemas graves. Na hora que as pessoas souberem disso  e a maioria não sabe  é que poderemos ampliar o debate para o uso terapêutico" (VICENTE, 2008). A relação do homem com a cannabis é antiga, há três histórias que narram. "É da China que vêm os rastros mais antigos do seu uso como fibra, rastros que remontam o neolítico [...] e passam a ser bastante comum a partir de 4000 a.C." (FRANÇA, 2015, p. 7). Séculos depois se utiliza para a confecção de papel, cordas e roupas. A segunda história narra justamente o uso medicinal da maconha no combate a inúmeras doenças. A terceira é o próprio canabismo - o hábito de se beber, comer e fumar a maconha. (FRANÇA, 2015, p. 19) "[...] os indianos utilizavam o cânhamo no combate a uma verdadeira miríade de doenças: nevralgia, dor de cabeça, dor de dentes, reumatismos, inflamações diversas, raiva, nervosismo, problemas respiratórios, diarreia, cólicas, falta de apetite, retenção de urina, infecções de pele e, recorrendo aos poderes supostamente afrodisíacos da planta, problemas reprodutivos" (FRANÇA, 2015, p. 13). A maconha começou a ser duramente criticada no início do século XX pelo governo egípcio e brasileiro, depois pelos EUA. E na I Convenção Única sobre Narcóticos da ONU, 1961, a planta foi colocada na lista I e IV por ser considerada uma droga com propriedades particularmente perigosas, passando assim a ser controlada - narra o médico e professor Elisaldo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas, durante o Congresso Internacional sobre Drogas, Lei, Saúde e Sociedade de 2013 (CID2013). Carlini, que estuda a maconha desde a década de 1950, foi eleito duas vezes para participar do INCB da ONU, órgão que controla as drogas no mundo. Ele, que encerrou o mandato em 2007, relata que os dez anos em que participou foi decepcionante, pois "é mais fácil mudar um texto da bíblia do que mudar um texto dessa convenção". Em entrevista à Revista Pesquisa FAPESP, ele afirma que "colocar a maconha numa lista com a heroína como uma droga particularmente perigosa é algo que não tem razão cientificas nos dias de hoje".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O desenvolvimento do projeto se baseou no passo-a-passo sugerido por Eduardo Belo. A publicação de um livro-reportagem pode ser antecedida por meio de cinco processos: pauta, projeto (que inclui o planejamento e custos), apuração (pesquisas, entrevistas e estatísticas), texto e edição. A pauta é o primeiro processo que define o destino de uma reportagem e o começo do projeto, no qual irá definir um cronograma e custos para a produção. Logo se esbarra em um aspecto importante: se o produto é vendável. "Por mais romântica que ainda possa ser a visão da profissão e de sua importância social, não é possível conceber um projeto sem pensar em sua viabilidade comercial". (BELO, 2013, p.79). Com base nesta premissa foi realizado uma enquete durante os dias 3 e 6 de abril de 2016 que buscou entender a percepção e aceitação das pessoas quanto à maconha medicinal. Através de formulário online, a enquete recebeu 120 respostas e mostrou que 98,3% sabiam que a maconha pode ser utilizada medicinalmente. Sobre o tema, mostrou que apenas 20% não tem interesse sobre o assunto contra 60,8% que se interessa e 19,2% que garantiu ter muito interesse. Despontou que 28,3% comprariam um livro que traga histórias de vida de pessoas que lutam pela causa contra 20% que não compraria, e que 51,7% dos participantes da enquete talvez comprariam. A enquete mostrou o potencial de consumo e interesse no tema, motivando a utilização de Crowdfunding, financiamento coletivo, como forma de arrecadação de verba para sua produção. Uma alternativa menos burocrática, pois não é necessário "provar por A+B a um banco, patrocinador, filantropistas, distribuidores ou investidor anjo que o seu projeto é viável e pode sim fazer sucesso", pois "os trâmites são outros e quem deve ser convencido é o seu público-alvo, que virá a se tornar a sua própria fonte de recursos para implantação do projeto" (ANDRADE, 2015), tornando-se democrático, pois são os interessados no assunto que irão financiar o projeto. Para realizar a campanha de financiamento e também estimar qual o investimento para execução do TCC, foi realizado uma projeção que estimou o gasto com impressão, pesquisa, livros, transporte, hospedagem, brindes, divulgação, taxa da plataforma Catarse e mais 20% no orçamento total, seguindo sugestões de Eduardo BELO (2013, p. 82). O valor total estimado ficou em cerca de R$12 mil. A impressão dos livros representa quase metade da projeção, 47%, seguido pelo transporte e hospedagem, 30%, e a própria taxa do Catarse, 13%. Durante a campanha, de 10 de agosto a 14 de outubro de 2016, foram realizadas diversas formas de divulgação, entre elas o release. A propaganda boca a boca, mídias sociais, e-mails e impulsionamento no Facebook também foram adotados. Porém a campanha atingiu 5% da meta de R$12 mil. Com isso a publicação terá menor tiragem, mas irá atender todos que apoiaram o projeto e aguardam um exemplar como recompensa. Já durante a apuração é perceptível o andamento que a pauta se dará e quais serão seus rumos, pois é o momento de se familiarizar com o tema, fator importante para uma boa entrevista. Contudo isso não significa que seja necessário demonstrar domínio no assunto para com o entrevistado, pois a fonte sabe que esta não é a função do jornalista. "Portanto, pesquise, mas apresente o conhecimento adquirido com humildade e tire as dúvidas todas durante a entrevista", sugere Leandro FORTES (2008, p. 55). Após intenso trabalho de apuração, com pesquisas e entrevistas realizadas, iniciou-se a produção textual. A narrativa não precisa seguir as premissas do jornal diário, curto e sem sentimento. Mas também não é recomendado se afastar do caráter informativo do jornalismo, evitando a utilização de adjetivos como meio de comover e situar o leitor na história. "O que passa emoção é o modo de contar, não os adjetivos que o escritor emprega" (BELO, 2013, p. 120). Existe em torno da maconha mitos, preconceito e falta de conhecimento. É preciso explorar o tema e colocá-lo em discussão. Quem discrimina pode um dia estar do lutando e enfrentando a justiça para também ter qualidade de vida. É preciso mostrar as histórias, as lutas, o alívio que muitos só encontram nos derivados da maconha, para compreender que aqueles que lutam não buscam somente o próprio bem, que existe atrás das reivindicações um bem comum. Como toda e qualquer luta social. Datafolha aponta que 56% da população brasileira é contra a venda de maconha para uso medicinal "Segundo a pesquisa, a discordância é maior em municípios do interior, nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste e entre os mais velhos" (COLLUCI, 2014). A maconha é vista pela sociedade como um transtorno social, uma droga que faz mal, destrói famílias e fomenta o crime. A intenção de abordar um assunto polêmico como a maconha, é justamente mostrar que nem toda droga é de toda ruim. É quase impossível encontrar um membro da sociedade que não recorra a uma drogaria ora ou outra. O objetivo do trabalho não é fazer apologia ao uso indiscriminado de drogas, mas sim chamar a atenção para os benefícios que a planta pode oferecer. Em 1º de agosto de 2000 o caderno de Ciência da Folha de S. Paulo traz uma matéria que conta o resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Kennedy de Reumatologia da Inglaterra e pela Universidade Hebraica de Jerusalém. A publicação conta que camundongos foram tratados eficazmente com o Canabidiol, um dos compostos da maconha que, além de tratar, não causa os efeitos colaterais das drogas usadas até aquele momento. "'Seria possível transformar o canabidiol em cápsulas ou pastilhas', disse à Folha, por telefone, Marc Feldmann, um dos autores. Ele destacou como uma de suas principais vantagens a ausência dos efeitos colaterais. 'Os remédios existentes são tóxicos, não são agradáveis para o paciente'" (SANDLER, São Paulo, pg. A16). Anos depois a Agência Nacional de Vigilância Sanitária enfrenta sanções legais por se opor à liberação dos derivados da maconha. A Anvisa publicou no Diário Oficial em 21 de março de 2016 resolução que autoriza a prescrição de medicamentos que contenham derivados da maconha. O texto ainda inclui a liberação para exportação de outros derivados, como bolos e biscoitos; desde que haja prescrição médica. A publicação ocorreu em resposta a ação movida pelo Ministério Público Federal, que visava assegurar o direito à saúde de pessoas que sofrem doenças graves, incapacitantes e degenerativas. O filme brasileiro Quebrando Tabu - dirigido por Fernando Grostein Andrade, tem participações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do escritor Paulo Coelho e do médico Dráuzio Varela, e também depoimentos dos ex-presidente americanos Bill Clinton e Jimmy Carter - busca mostrar que a guerra contra as drogas, no modelo atual, é uma batalha perdida e que é necessário rever as políticas vigentes. O filme sai ao encontro de soluções encontradas por outros países que adotaram políticas sociais e não simplesmente à repressão, além de trazer depoimentos de pessoas comuns que tiveram a vida prejudicada por causa de políticas aplicadas na guerra contra as drogas. Katrin Honer, farmacologista de um laboratório de maconha medicinal, explica os benefícios da maconha em algumas enfermidades: "A maconha ajuda quem tem esclerose múltipla, câimbras e ajuda nos espasmos dolorosos. Além disso auxilia pessoas com tiques nervosos. Aumenta o apetite e o bem-estar de quem tem câncer" (Quebrando Tabu, 2011). A eficácia nos tratamentos, como o caso da menina Anny Ficher e outras pessoas as quais a maconha trouxe alívio e esperança, esbarra na burocracia nos processos de prescrição, liberação e importação. Em novembro de 2014, Leandro Ramirez, pai de Benício, de seis anos e portador da síndrome de Dravet, declarou à Agência Brasil: "Essa burocracia é cúmplice da morte de crianças, que morrem aguardando a autorização. O risco de morte para nossos filhos é eminente, e a missão do Estado, dos governos, é facilitar nossa vida, nos garantindo o acesso".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em fevereiro de 2016, com o início das aulas e da orientação, produto e tema foram definidos. Vale destacar o quanto tema é atual. 'Tratamento ilegal: quando a medicina perde para o preconceito' seria o nome do livro, mas durante a produção uma importante mudança ocorreu no país. Embora a legislação previsse o uso medicinal desde 2006, com a lei 11.343/2006, a prescrição não era regulamentada e o medicamento ainda estava na lista de proibidos. Foi em 21 de março de 2016 que a Anvisa autorizou prescrição de remédios com canabidiol e THC no país (O Globo). Com isso, e observando os depoimentos dos entrevistados que além da burocracia enfrentavam a discriminação, o livro passou a ser 'Reféns: quando o preconceito vence a medicina', que traz o aprofundamento do uso medicinal da maconha, pois mesmo que a mídia produza reportagens sobre o assunto a publicação em livro "consegue avançar e lançar sobre a história um olhar mais aprofundado" (BELO, 2013, p. 61-62). O programa Fantástico da TV Globo exibiu em 2014 uma reportagem que mostrava o drama dos pais de Anny, que apelaram pela ilegalidade para tratar a filha de cinco anos que possuí uma doença rara que provoca crises convulsivas. Há o caso de Gabriel Amaral, que após dois anos lutando pelo acesso ao Canabidiol, tem a medicação suspensa pelo Estado de São Paulo. O adolescente tem uma doença rara desde que nasceu, Síndrome de West, uma forma grave de epilepsia. Valdileia, a mãe, conta que o medicamento controla as 40 convulsões que filho chegava a ter por dia. Ela recorreu à população para tentar juntar o valor do medicamento através de rifas e bazares (ASSENCIO, 2016). Um aspecto que dificulta o avanço e o debate sobre o uso medicinal da maconha é o preconceito. Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, o psiquiatra Alexandre Crippa, pesquisador e professor do Departamento de Neuropsiquiatria da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto diz que acredita que o preconceito vem da relação da maconha com as classes mais baixas, pois ela chegou por meio dos escravos. Ele também pondera que "as pessoas só vão chegar ao nível do debate terapêutico da maconha quando souberem que é o consumo diário de maconha que causa dependência", e que "na hora que as pessoas souberem disso  e a maioria não sabe  é que poderemos ampliar o debate para o uso terapêutico". É neste aspecto que um livro-reportagem se destaca no caráter da imersão para compreender sobre o tema e a problemática, e traduzir através dos recursos jornalísticos as informações com mais clareza. "Mais do que simplesmente narrar histórias, a vocação do bom repórter é dimensionar os fatos que conta. Nenhum outro meio se compara ao livro, neste aspecto. Nele o autor encontra condições de se expressar com clareza e profundidade, utilizando-se de todo o seu arcabouço de recursos profissionais, sem as limitações de tempo e espaço que caracterizam o trabalho nas redações" (BELO, 2013, p. 48). Foram pesquisados portais de notícias, jornais, revistas e blogs que, de forma geral, buscam apenas revelar pesquisas e novas descobertas, tanto no uso medicinal, quanto no recreativo. A ciência vem avançando nas pesquisas, porém os resultados são controversos. Em 17 de novembro de 2006 o portal G1 trouxe a reportagem "Maconha é uma das substâncias mais seguras", na qual entrevistou o neurologista e farmacologista Danielle Piomelli, que defendia o uso medicinal da maconha para pacientes com câncer e outras doenças para as quais segundo ele não existem medicamentos mais eficientes que a erva, "Seria imoral, antiético e desumano não fornecer esse alívio para pessoas que estão sofrendo [...]", e afirmou: "Mantenho a afirmação: a maconha é uma das substâncias mais seguras que existem. Foi com essa convicção que o neurocientista e farmacologista Danielle Piomelli, considerado um dos maiores especialistas no mundo do assunto, defendeu o uso medicinal da polêmica erva" (JUSTE, 2006. G1). Já em 25 de outubro de 2007 o portal G1 trouxe a matéria intitulada "Consumo de maconha aumenta risco de surto psicótico, segundo especialistas". O texto traz o resultado de pesquisas feitas por médicos espanhóis discutidas em encontro organizado pela Agência Antidrogas de Madri; que resultaram no livro 'Aspectos psiquiátricos do consumo de cannabis'. Os médicos afirmam que o uso continuado pode causar transtornos psiquiátricos e efetivos, como depressão, ansiedade e apatia. Na matéria o professor José Antonio Ramos nega que a maconha seja uma droga leve. "A maconha não é uma droga nem pesada nem leve, pois depende da vulnerabilidade genética do consumidor" (EFE, 2007). A polêmica é tanta que as matérias acabam se contrapondo. Para o pesquisador as informações são ricas e variadas, mas para o leitor que busca bases para orientar um dependente vai ficar difícil chegar a uma conclusão. Se o mesmo leitor busca ter uma posição sobre a legalização ficará difícil tomar uma posição com base apenas no que diz a mídia, mesmo que busque informações em um mesmo canal. O mesmo G1 noticiara dois dias antes, em 23 de outubro de 2007, a matéria "Componente da maconha combate depressão em pequenas doses". Essa matéria divulgava publicação da revista The Journal of Neuroscience do mesmo dia. Gabriella Gobbi, membro da equipe de pesquisadores, alertou que doses baixas tiveram bons resultados, porém quando as doses foram aumentadas o efeito mudou totalmente. Ao final da matéria ficamos diante do que dita o senso comum, tudo depende da dose, e voltamos à matéria anteriormente mencionada. "O uso excessivo da maconha por pessoas com depressão cria um alto risco de psicose" (EFE, 2007). Durante as pesquisas verificou-se que a imprensa também reporta os contras e a falta de confiança com o uso medicinal da maconha. A revista Veja publicou em 04/08/2010 uma matéria que trazia o título "A erva que leva à psicose", baseada em uma pesquisa realizada na Holanda, pela psiquiatra Cécile Henquet (ROMANINI, 2010. p. 125). Também publicou na edição 2293 uma matéria que trazia em seu conteúdo os males causados pelo uso da maconha. O texto critica o liberalismo que se vem criando em torno do uso da maconha, e afirma em seu título que a "Maconha faz mal, sim". "Aqueles cartazes das marchas que afirmam que 'maconha faz menos mal do que álcool e cigarro' são frutos de percepções disseminadas por usuários e não de pesquisas científicas incontrastáveis. Maconha não faz menos mal que álcool e cigarro. Cada um desses vícios agride o organismo a sua maneira, mas, ao contrário do que acontece com a maconha, ninguém sai em passeata defendendo o alcoolismo ou o tabagismo" (LOPES, 2012, p. 92). Vale salientar que o TCC não tem por base o uso recreativo da erva, mas sim seus benefícios medicinais, entretanto compete ao jornalismo abordar os lados de uma notícia. A revista Superinteressante de outubro de 2014 trouxe a história de Anny. "Katiele Bortoli e Norberto Ficher, mãe e pai dela, ouviram falar do caso de uma menina americana, portadora da mesma síndrome [CDKL5], que estava controlando as convulsões com CBD. Apesar de nunca terem imaginado que maconha poderia ser remédio, decidiram arriscar. Compraram a substância em um laboratório dos Estados Unidos, enviada ilegalmente para o Brasil. Em apenas nove semanas de tratamento, o diário onde os pais anotavam a crise ficou limpo" (ALMEIDA, 2014). A maconha pode ser usada para o alívio de dores, doenças e mal-estar causado por outros tratamentos, como a náusea dos pacientes que fazem tratamento contra o câncer e o estímulo no apetite em portadores do vírus HIV. Morgan Freeman, ator americano, disse em maio de 2015 que a única coisa que fornece algum alívio às dores causadas pelas sequelas de um acidente sofrido em 2008 e também da fibromialgia é a maconha. "Como eu uso? Como vier! Eu como, bebo, fumo, cheiro - brincou dizendo que foi a mulher quem o colocou em contato com a maconha há dois anos" (BERGAMASCO, 2015).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A maconha é um assunto polêmico e amplo. Seriam meses apenas pesquisando, e não conseguiríamos dar conta de tudo que foi escrito sobre o tema e seus desdobramentos. Para a elaboração desse artigo filtramos alguns temas que julgamos relevantes. O livro reportagem em si, será de grande proveito não só para nosso crescimento profissional, mas também como objeto de conscientização da sociedade que nutre o preconceito por falta de conhecimento. Embora o Brasil seja considerando "um dos líderes em pesquisa sobre o uso terapêutico da maconha", segundo reportagem de Marcos Xavier Vicente do jornal paranaense Gazeta do Povo, o preconceito é um dos principais empecilhos para o avanço nas pesquisas e debates sobre o assunto, e ainda mais, na legalização do uso medicinal. O livro-reportagem tem este aspecto importante de trazer à população mais detalhadamente o assunto. Da análise que fizemos de como o jornalismo aborda a questão, consideramos que todos procuram apenas mostrar os resultados das pesquisas científicas e as políticas que envolvem o assunto. Como o assunto é muito controverso até do ponto médico e científico, a mídia jornalística busca simplesmente mostrar e abordar a questão do momento. Podemos claro dizer que alguns veículos dão mais enfoque a essa ou aquela questão. Mas tudo que tem valor notícia, ou que o jornalismo filtra como notícia, tende a ser mostrado por todos os canais. Se um fato é notícia, mesmo que vá contra a filosofia do veículo; se não for noticiado seu leitor poderá migrar para outro canal que publique o assunto de seu interesse. O desígnio da publicação não é apoiar a legalização da drogas, tampouco o uso recreativo, mas a regulamentação para o uso terapêutico e o estímulo aos estudos e medicamentos no Brasil, com base nos benefícios que o tratamento por meio da cannabis pode trazer a população brasileira. Pois o excesso de burocracia e a importação torna o tratamento quase inviável para muitos doentes que podem necessitar da medicação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AFFONSO, Victor. O que é a religião rastafári?. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/religiao/o-que-e-a-religiao-rastafari>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>ALMEIDA, Camila. Maconha: Remédio proibido. Disponível em <http://super.abril.com.br/ciencia/maconha-remedio-proibido>. Acesso em 21 de maio de 2016.<br><br>ANDRADE, Fernando. Quebrando Tabu, Espaço Filmes, 2011. Disponível em <https://youtu.be/tKxk61ycAvs>. Acesso em 22 de maio de 2016<br><br>ANDRADE, Lisane. O que é Financiamento Coletivo?. Disponível em: <http://meufinanciamentocoletivo.com.br/aprenda/o-que-e-financiamento-coletivo>. Acesso em: 22 de maio de 2016.<br><br>ARAGÃO, ALEXANDRE. Abuse e use (e tenha uma overdose): As estratégias dos cartéis de droga estão cada vez mais parecidas com as das grandes empresas. Galileu: São Paulo, Ed. 298, p. 50-55, maio. 2016. <br><br>ASSENCIO, Claudia. Estado suspende canabidiol a garoto com doença rara; multa é R$ 500/dia. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2016/05/estado-suspende-canabidiol-garoto-de-piracicaba-multa-e-de-r-500dia.html>. Acesso em: 22 de maio de 2016.<br><br>BELO, Eduardo. Livro-reportagem. São Paulo: Contexto, 2006. (Coleção Comunicação)<br><br>BERGAMASCO, Daniel.  É a única coisa que alivia minha dor , diz Morgan Freeman sobre o uso da maconha¬. Disponível em: <http://vejasp.abril.com.br/blogs/pop/2015/05/09/morgan-freeman-maconha/>. Acesso em 21 de maio de 2016<br><br>BIOMANIA. Terpenos. Disponível em:<http://www.biomania.com.br/bio/?pg=artigo&cod=3060>. Acesso em: 06 de novembro de 2016.<br><br>BURGIERMAN, Denis Russo; NUNES, Alceu. A verdade sobre a maconha. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/a-verdade-sobre-a-maconha/>. Acesso em: 16 de novembro de 2016.<br><br>CALLEGARI, Jeanne. DROGAS: EUA PERDERAM MAIS UMA GUERRA. Disponível em: <http://institutoavantebrasil.com.br/drogas-eua-perderam-mais-uma-guerra/>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.<br><br>CANCIAN, Natália. Anvisa autoriza prescrição de remédio com THC, princípio ativo da maconha. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/03/1752336-anvisa-autoriza-prescricao-de-remedio-com-thc-principio-ativo-da-maconha.shtml>. Acesso em: 20 de novembro de 2016.<br><br>CBDD. Rick Simpson (re)descobriu a cura do câncer através do Óleo de Maconha. Disponível em:<http://www.cbdd.org.br/blog/2014/02/10/rick-simpson-redescobriu-a-cura-do-cancer-atraves-do-oleo-de-maconha/>. Acesso em: 05 de novembro de 2016.<br><br>CID2013. ELISALDO CARLINI: O Uso Medicinal da Cannabis - CID2013 - 4Maio - 2(Pt1). Disponível em: <https://youtu.be/UipaGROdb2U>. Acesso em: 25 de maio de 2016<br><br>CLICFOLHA, Cigarro, a saúde vocal e respiratória. Disponível em: <http://www.clicfolha.com.br/noticia/56117/cigarro-a-saude-vocal-e-respiratoria>. Acesso em 23 de maio de 2016<br><br>COHEN, Marina. Carioca vira plantador de maconha no Uruguai. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/saude/anvisa-libera-medicamentos-com-canabidiol-e-thc/>. Acesso em: 17 de novembro de 2016<br><br>COLLUCI, Cláudia, Maioria dos brasileiros é contra maconha medicinal. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/11/1555145-maioria-dos-brasileiros-e-contra-maconha-medicinal.shtml>. Acesso em 18 de maio de 2016<br><br>CONRAD, Chris. Hemp - O Uso Medicinal e Nutricional da Maconha. São Paulo: Record, 2001.<br><br>COTRIM, Felipe. Dentro da cadeia, THCProcê manda recado aos ativistas do Brasil. Disponível em: <https://www.growroom.net/2016/10/07/thcproce-carta-cadeia/>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>COTRIM, Felipe. Dentro da cadeia, THCProcê manda recado aos ativistas do Brasil. Disponível em: <https://www.growroom.net/2016/10/07/thcproce-carta-cadeia/>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>COTRIM, Felipe. Juiz nega liberdade provisória ao ativista THCProcê. Disponível em: < https://www.growroom.net/2016/06/21/juiz-nega-liberdade-provisoria-para-thcproce/>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>D ALAMA, Luna. Estudo diz que 1,5 milhão de pessoas usam maconha diariamente no país. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/estudo-diz-que-15-milhao-de-pessoas-usam-maconha-diariamente-no-pais.html>. Acesso em: 14 de novembro de 2016.<br><br>EFE. Componente da maconha combate a depressão em pequenas doses. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL156181-5602,00-COMPONENTE+DA+MACONHA+COMBATE+A+DEPRESSAO+EM+PEQUENAS+DOSES.html>. Acesso em: 21 de maio de 2016<br><br>EL PAÍS. STF vota descriminalização do porte de drogas e consumo da maconha. Disponível em: <http://eskup.elpais.com/*ep_stf_votacao_descriminalizacao_drogas_maconha?p=2&p=3&p=4&p=5&p=6&p=1>. Acesso em: 05 de junho de 2016.<br><br>Faculdade Cásper Líbero. Renato Rovai. Disponível em: <http://casperlibero.edu.br/renato-rovai-2/>. Acesso em: 14 de novembro de 2016.<br><br>Fantástico. Pais lutam na Justiça por liberação de remédio derivado da maconha. Disponível em: <http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/03/pais-lutam-na-justica-por-liberacao-de-remedio-derivado-da-maconha.html>. Acesso em: 22 de maio de 2016.<br><br>Fantástico. Fantástico mostra realidade do primeiro país a legalizar a maconha. Disponível em: <http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/09/fantastico-mostra-realidade-do-primeiro-pais-legalizar-maconha.html>. Acesso em: 17 de novembro de 2016<br><br>FORTES, Leandro. Os segredos das redações: o que os jornalistas só descobrem no dia-a-dia. São Paulo: Contexto, 2008.<br><br>FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. História da maconha no Brasil. São Paulo: Três Estrelas, 2015.<br><br>G1 PIRACICABA E REGIÃO. Anvisa libera medicamento à base de maconha para menino de Piracicaba. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2014/12/anvisa-libera-medicamento-base-de-maconha-para-menino-de-piracicaba.html>. Acesso em 22 de maio de 2016<br><br>G1. Califórnia, Massachusetts e Nevada legalizam uso recreativo da maconha. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/noticia/2016/11/california-aprova-legalizacao-do-uso-recreativo-de-maconha.html>. Acesso em: 22 de novembro de 2016.<br><br>GABEIRA, Fernando. A maconha. São Paulo: Publifolha, 2000. Trânsito Web, 2013. Disponível em < http://www.transitoweb.com.br/news_stories/1405-bebida-e-dire-o-uma-combina-o-fatal>. Acesso em 23 de maio de 2016<br><br>GOMES, Luiz Flávio. Guerra as drogas. Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/guerra-as-drogas/> Acesso em: 18 de novembro de 2016.<br><br>IVERSEN, Leslie. A maconha e o cérebro. Disponível em: <http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/atualizacoes/as_144.htm>. Acesso em: 02 de novembro de 2016.<br><br>JOKURA, Tiago. Que doença mata mais: aids ou câncer?. Disponível em:<http://mundoestranho.abril.com.br/saude/que-doenca-mata-mais-aids-ou-cancer/>. Acesso em: 02 de novembro de 2016.<br><br>JUSBRASIL. Andamento do Processo n. 2016/0245085-6 - Rcd / Recurso / Habeas Corpus - 27/09/2016 do STJ. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/diarios/documentos/388537454/andamento-do-processo-n-2016-0245085-6-rcd-recurso-habeas-corpus-27-09-2016-do-stj>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>JUSTE, Marília. Maconha é uma das substâncias mais seguras, diz especialista. Disponível em < http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,AA1353657-5603,00-MACONHA+E+UMA+DAS+SUBSTANCIAS+MAIS+SEGURAS+DIZ+ESPECIALISTA.html>. Acesso em 21 de maio de 2016<br><br>LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2014.<br><br>LANDIM, Wikerson. Empresa canadense apresenta carro feito de cânhamo. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/carro/5367-empresa-canadense-apresenta-carro-feito-de-canhamo.htm>. Acesso em: 12 de novembro de 2016.<br><br>LELLIS, Gabriel. Empresário quer baratear no Brasil medicamentos feito à base de maconha. Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/Noticias/noticia/2016/09/empresario-quer-baratear-no-brasil-medicamentos-feito-base-de-maconha.html>. Acesso em: 17 de novembro de 2016.<br><br>LELLIS, Gabriel. Revolução verde: como a China quer usar a maconha para plantar mais alimentos. Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Empresas-e-Negocios/noticia/2016/04/revolucao-verde-como-china-quer-usar-maconha-para-plantar-mais-alimentos.html>. Acesso em: 17 de novembro de 2016.<br><br>LEONARDI, Ana Carolina. Idosos tomam menos remédios onde a maconha é legalizada. Disponível em: <http://super.abril.com.br/saude/idosos-tomam-menos-remedios-onde-a-maconha-e-legalizada/>. Acesso em: 02 de novembro de 2016.<br><br>LIMA, Edvaldo Pereira. Páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Barueri: Manole, 2009.<br><br>LOPES, Adriana Dias. Maconha faz mal, sim. Disponível em: <https://acervo.veja.abril.com.br/#/edition/2293?page=96&section=1&word=maconha%20medicinal>. Acesso em: 22 de maio de 2016<br><br>MACFARLANE, Magnus; ROBSON, Philip; CHAIB, Lidia. Que droga é essa?. São Paulo: 34, 2003. (Adaptação brasileira)<br><br>MACHADO, Daniel. Bebida e direção, uma combinação fatal. Disponível em: <http://destrave.cancaonova.com/bebida-e-direcao-uma-combinacao-fatal>. Acesso em: 22 de maio de 2016<br><br>MARCOLIN, Nelson; ZORZETTO, Ricardo. Elisaldo Carlini: O uso medicinal da maconha. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2010/02/28/elisaldo-carlini-o-uso-medicinal-da-maconha/>. Acesso em: 25 de maio de 2016<br><br>MONTEIRO, André; SANT ANNA, Emílio. Criador da 1ª igreja rastafári é condenado por plantar maconha. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/05/1285951-criador-da-1-igreja-rastafari-do-pais-e-condenado-a-prisao-por-plantar-maconha.shtml>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>MOTOMURA, Marina. Consumir drogas deixou de ser crime?. Disponível em:<http://mundoestranho.abril.com.br/materia/consumir-drogas-deixou-de-ser-crime>. Acesso em: 25 de maio de 2016<br><br>Mundo Estranho. Que drogas já foram consideradas remédio pela medicina?. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/que-drogas-ja-foram-consideradas-remedio-pela-medicina>. Acesso em: 01 de junho de 2016.<br><br>O Estado de S. Paulo. Chile permite venda de medicamento à base de maconha. Disponível em: <http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,chile-permite-venda-de-medicamento-a-base-de-maconha,10000082032>. Acesso em: 02 de novembro de 2016.<br><br>O Estado de S. Paulo. Uruguai quer produzir maconha que possa ser 'bem identificada'. Disponível em: <http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,uruguai-quer-produzir-maconha-que-possa-ser-bem-identificada,1735821>. Acesso em: 17 de novembro de 2016<br><br>PÁDUA, João Pedro. Política de guerra às drogas gera apenas violência e exclusão social. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/06/09/politica-de-guerra-as-drogas-gera-apenas-violencia-e-exclusao-social.htm>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.<br><br>PRADO, Magaly; FLORESTA, Cleide; BRASLAUKAS, Ligia. Técnicas de reportagem e entrevista em Jornalismo. Roteiro para uma boa apuração. São Paulo: Saraiva, 2009. (Introdução ao Jornalismo; v.3).<br><br>Rádio Jornal. A situação da saúde pública do Brasil no debate da Supermanhã. Disponível em: <http://radiojornal.ne10.uol.com.br/audioteca/2016/09/29/a-situacao-da-saude-publica-do-brasil-no-debate-da-supermanha-49603>. Acesso em: 02 de novembro de 2016.<br><br>REUTERS. Alemanha afrouxa regras para uso de maconha com fins medicinais. Disponível em: <http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKCN0XV1DS>. Acesso em: 24 de maio de 2016.<br><br>REVISTA VEJA. São Paulo: Abril. Edição 2293, 31 de outubro de 2012.<br><br>RODRIGUES, Alex. Preconceito e burocracia impede pesquisa científica e uso da maconha medicinal. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-11/preconceito-e-burocracia-impedem-pesquisa-cientifica-e-uso-da-maconha>. Acesso em 22 de maio de 2016<br><br>ROMANINI, Carolina. A erva que leva a psicose. Disponível em: <https://acervo.veja.abril.com.br/index.html#/edition/32299?page=124&section=1&word=erva>. Acesso em 13 de maio de 2016<br><br>ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo. São Paulo: Brasiliense, 1980.<br><br>ROVAI, Renato. A legalização da maconha pode mudar o Brasil. Disponível em:<http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2016/01/18/legalizacao-da-maconha-pode-mudar-o-brasil/>. Acesso em: 14 de novembro de 2016.<br><br>Sensi Seeds. Las Propiedades Medicinales de los Terpenos y Terpenoides. Disponível em: <https://sensiseeds.com/es/blog/las-propiedades-medicinales-de-los-terpenos-y-de-los-terpenoides/>. Acesso em: 06 de novembro de 2016.<br><br>SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2002.<br><br>SIRDATA, Ribeiro. Três questões polêmicas sobre a maconha. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=zel3lRhlxhI>. Acesso em 20 de maio de 2016<br><br>Site Álcool e Drogas sem Distorção. Existem registros de alguém que morreu por fumar maconha?. Disponível em: <http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/atualizacoes/ps_057.htm>. Acesso em: 02 de novembro de 2016.<br><br>SmokeBud. Na vanguarda da maconha legal  Papo cabeça com Fabio Bastos. Disponível em: <https://smkbd.com/na-vanguarda-da-maconha-legal-papo-cabeca-com-fabio-bastos/>. Acesso em: 17 de novembro de 2016<br><br>SOUZA, Felipe. Como um canal do YouTube levou a polícia a investigar 1,2 mil brasileiros por tráfico de maconha. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/salasocial-36779463l>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. São Paulo: São Paulo, 2006.<br><br>VEJA. Anvisa libera medicamentos com canabidiol e THC. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/saude/anvisa-libera-medicamentos-com-canabidiol-e-thc/>. Acesso em: 24 de maio de 2016.<br><br>VERGARA, Rodrigo. Drogas o que fazer a respeito? Revista Super Interessante, edição 172, 2002. Disponível em <http://super.abril.com.br/ciencia/drogas-o-que-fazer-a-respeito>. Acesso em 20 de maio de 2016<br><br>VICENTE, Marcos Xavier. Brasil é um dos líderes em pesquisa sobre o uso terapêutico da maconha. Disponível em:<http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/brasil-e-um-dos-lideres-em-pesquisa-sobre-o-uso-terapeutico-da-maconha-b5n58psext0enw3tqaz9658b2>. Acesso em: 22 de maio de 2016.<br><br>VIDIGAL, Mateus. Homem é preso no DF com cem pés de maconha; ele vendia as sementes. Disponível em: <http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/06/homem-e-preso-no-df-com-cem-pes-de-maconha-ele-vendia-sementes.html>. Acesso em: 15 de novembro de 2016.<br><br>ZUARDI, Antonio Waldo; CRIPPA, José Alexandre de S.; GUIMARÃES, Francisco Silveira Guimarães. Cannabis e Saúde Mental - Uma Revisão Sobre a Droga de Abuso e o Medicamento. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>