ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00959</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A rua ouVIDA: a melodia dos Artistas de Rua.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Priscilla Thereza da Silva (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Isabela de Sousa Alencar (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Isabella dos Santos Mendes (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Mariana Paula Barbosa Brito (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); José Cardoso Ferrão Neto (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Radiojornalismo, Radiodocumentário, Arte, Rádio, Cultura</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste projeto é mostrar  como radiodocumentário - a prática dos artistas de rua na cidade do Rio de Janeiro e a interferência positiva no cotidiano de cariocas e turistas que transitam no espaço urbano. A reportagem lembra que, durante a história, instrumentos, formas, sons, gestos, cores e palavras acompanharam a humanidade na busca por diversão, desenvolvimento de ideias e novas descobertas. Na tentativa de eternizar hábitos e trocar experiências, o homem saiu do espaço privado para ganhar as ruas. O trabalho dá voz a músicos, literários, pintores e atores que apresentam suas obras em áreas movimentadas, como Centro e Zona Oeste. Apesar do decreto da Câmara Municipal do Rio de Janeiro que regulamenta a manifestação de Artistas de Rua em locais públicos, conforme a Lei nº 5429, de 5 de Junho de 2012, ainda há represálias. Além disso, a reportagem valoriza o "ir a campo".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho surgiu da verdade de cada componente do grupo, do deslocamento caótico entre as cidades onde vivemos e estudamos, dos transportes públicos lotados, do som dos passos nas ruas apinhadas de gente heterogênea que se esbarra e não nota quem está ao lado, das pausas divertidas entre as matérias outsiders, isto é, aquelas em que saímos do ambiente acadêmico e ocupamos o "mundo lá fora", para experimentar a fonte real das notícias que lemos e produzimos. Em meio às práticas dos centros urbanos, a intervenção artística desperta os sentidos arrefecidos pela rotina, desenvolve o olhar, o ouvir e o pensar. O radiodocumentário é o gênero radiofônico mais conveniente para expressar e informar, ele aguça a sensibilidade de criação de cenários numa perspectiva lúdica e, ao mesmo tempo, relata os fatos com a técnica jornalística; há ideia de conversa entre amigos, em que ouvinte e locutor estão próximos pela voz, que evidencia situações universais e contemporâneas (McLEISH). A sonoridade e a sonoplastia permitem ao indivíduo a liberdade de criar e de se localizar, a partir do habitus, de prévias experiências de vida, bagagem cultural e do ethos, da moral cotidiana e partilhada, das atividades sociais (BOURDIEU). Com o intuito de estimular o público a "reaprender a ouvir" em tempos de "sociedade de fala", multimídia e frequentemente conectada pela internet, o modelo proposto é o da convergência digital: foi pensado para ser consumido a partir de mídias portáteis como celulares, notebooks e tablets, em múltiplas situações e momentos, pode ser repetido  o que expande os limites físicos de alcance do rádio  e reequilibra o lugar da escuta perante o da fala. A concretização do produto demandou um período de cinco meses entre elaboração de tema e projeto, pesquisa histórica, cultural e geográfica da relação entre sociedade e arte, produção, ida a campo, edição e apresentação ao corpo docente e discente de Jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivo Geral: "A rua ouVIDA: a melodia dos Artistas de Rua" tem o objetivo de tornar pública a realidade dos artistas que utilizam as ruas do Rio de Janeiro como palco principal, a fim de mostrar suas histórias, dificuldades e alegrias nessa profissão. Além disso, há intenção de motivar os ouvintes a perceberem o espaço onde circulam, atenuarem o árduo cotidiano que vivem e estimularem a imaginação através da arte. Objetivo Específico: Apresentar um breve histórico temporal e geográfico da arte e a evolução dela para chegar até o contexto da cidade do Rio de Janeiro, além de tocar em pontos como: &#61692; a não aceitação e preconceito que o ofício ainda sofre; &#61692; a vida das pessoas que fazem da arte seu modo de sobrevivência; &#61692; as diferentes atividades artísticas na metrópole; &#61692; encorajar o ouvinte a refletir sobre a importância do trabalho de um artista de rua, com o olhar mais humanizado e incentivar as atividades.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A profissão do artista de rua é regulamentada por lei desde 2012 na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o decreto sancionado, compreendem-se como atividades desses artistas o teatro, a dança, a capoeira, o circo, a música, o folclore, a literatura e a poesia. Segundo a lei, o artista é livre para vender a sua produção e apresentar-se em público e isso independe de prévia autorização dos órgãos municipais. Entretanto, os artistas sofrem constantes represálias em seu ambiente de trabalho por agentes públicos e a falta de atenção dos transeuntes. Baseado na lei descrita acima e no desejo do grupo em imergir e entender esse universo artístico "alternativo" - ao fazer valer o pensamento de que a ciência não deve ficar restrita ao meio acadêmico e que somos agentes mediadores entre o saber científico e o saber local, aquele que é extenso a toda comunidade e sociedade - e o produto mais conveniente, por ser estimulante, lúdico e prático seria o radiodocumentário. Pontos-chave como a busca pela valorização do trabalho artístico como entretenimento e profissão, a exposição das dificuldades e a humanização do tema nos ajudaram na escolha e no direcionamento do projeto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a construção da reportagem, a rua foi usada como campo, para dar autenticidade à fala dos artistas. Dois tipos de linguagens foram aplicadas na elaboração do programa: a radiofônica, respeitando a ordem direta com textos claros e objetivos para o roteiro; e a linguagem literária, com poesias e textos com carga de subjetividade, para dar leveza ao programa. O radiodocumentário foi interpretado por mais de um locutor para manter a dinâmica da narração. Todas as entrevistas foram gravadas com aplicativos de celular e editadas no programa Audacity, as sonoras utilizadas são trechos das entrevistas realizadas, as características e backgrounds contam com a sonoplastia gravada nas ruas e as trilhas sonoras fazem referência ao tema exposto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário tem duração de 20 minutos e é apresentado por duas locutoras. O programa é desencadeado a partir das diferentes temporalidades dos artistas de rua ao longo dos anos. A história inicia-se a partir dos aedos homéricos, na Grécia Antiga, entre os séculos sete e cinco e chega aos dias atuais, no qual intervenções artísticas na rua estão presentes em grandes cidades mundiais. Após o panorama histórico, o município do Rio de Janeiro é colocado em questão para demonstrar o quanto a cidade está rodeada de trabalhos feitos por artistas de rua, como os registros em azulejos de Jorge Selarón, a música de Ivan Brzezin e os grafites de Igor Moreno. O objetivo é salientar como o trabalho de artistas de rua está presente no cotidiano das pessoas. Dentre os entrevistados, encontram-se diferentes tipos de atividades artísticas presentes na metrópole - pintura, teatro, grafite, música e poesia - a fim de mostrar a pluralidade da arte e como ela pode ser expressada de diversas formas. O radiodocumentário também ressalta a falta de reconhecimento das pessoas pela arte feita nas ruas, apesar de o ofício ser regulamentado. Algumas músicas foram utilizadas para dar sonoridade ao programa - como a versão de "Stand by Me" performada pelo grupo "Playing for Change", um movimento mundial de músicos de rua; trilha de Marcelo D2, músico carioca que faz composições em referência à cultura urbana e um trecho da versão de "I'll Never Love this Way Again" interpretada por Jesuton, originalmente cantada por Dionne Warwick - além de uma poesia escrita por Rômulo Ferreira - um dos entrevistados - para encerrar a reportagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O presente trabalho foi feito com a intenção de descoberta. Tentamos ao máximo explorar aquilo que se esconde atrás da arte apresentada por cada intérprete. A dor, a motivação, a vida por trás da rua que serve de palco. Ouvimos indivíduos que nem sempre são tratados como tal, que tantas vezes são desprezados e se tornam invisíveis pra multidão que todos os dias passa por eles. Nós acreditamos que, ao tornar audível as vozes dessas pessoas, elas podem se apresentar como gente, como integrantes e motores da sociedade. Não como palhaços, poetas ou músicos, mas como indivíduos que existem e são importantes. Durante a execução do projeto, exercitamos o nosso local de escuta e, pela primeira vez, prestamos atenção de verdade à essas diferentes realidades que levaram todos eles ao mesmo lugar, e acreditamos que pudemos passar através dos relatos e da obra desses artistas, o que eles sentem fora da personagem. Vimos que nós somos, afinal, iguais, não importando se trabalhamos num prédio de vários andares ou numa esquina movimentada. Todos nós passamos por sofrimentos e alegrias, realizações e angústias, a única diferença é se o nosso poder e direito de voz está sendo ouvido e compreendido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">McLEISH, Robert. Produção de rádio: um guia abrangente da produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001, p. 191-198.<br><br>BOURDIEU, Pierre. O campo científico. In: ORTIZ, Renato (org.). Bourdieu  Sociologia. São Paulo: Ática. 1983.<br><br>BARBOSA Fº, André. Gêneros radiofônicos: os formatos e os programas em áudio. São Paulo: Paulinas, 2003.<br><br>JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo; Aleph, 2009.<br><br>Portal da Câmara Municipal da cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://mail.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/contlei.nsf/50ad008247b8f030032579ea0073d588/67120c4c1ae54a6603257a14006d2b1d?OpenDocument >. Acesso em 2 de setembro de 2016.<br><br>Portal Artistas na Rua. Disponível em: <http://www.artistasnarua.com.br/textos>. Acesso em 9 de setembro de 2016.<br><br>Portal do Metrô Rio. Disponível em: <https://www.metrorio.com.br/Novidades/PalcoCarioca>. Acesso em 3 de outubro de 2016.<br><br> </td></tr></table></body></html>