ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00987</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Drogas - Há vida por trás do Vício</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Thaís Passos da Cruz (Universidade Metodista de Piracicaba); Luiz Antônio Veloso Siqueira (Universidade Metodista de Piracicaba); Fernanda Juliano da Silva (Universidade Metodista de Piracicaba); Fernanda Camillo Falcade (Universidade Metodista de Piracicaba); Letícia de Almeida Ortolani (Universidade Metodista de Piracicaba); Jacqueline Savio Passos (Universidade Metodista de Piracicaba)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;drogas, radiojornalismo, reabilitação, vício, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Partindo de uma abordagem crítica do uso constante e abusivo das drogas em nossa contemporaneidade, evidenciamos nesse trabalho o processo desde o envolvimento até a reabilitação na vida de um dependente químico. Drogas  A Vida Por Trás do Vício é uma reportagem de radiojornalismo que aborda histórias de pessoas que enfrentaram e ainda enfrentam essa barreira, além de retratar cada processo desde o primeiro contato com as drogas até a reabilitação e reinserção do cidadão na sociedade. Para a produção da reportagem foi necessário aprofundamento em pesquisas estatísticas de indivíduos que fazem uso de drogas, conhecimentos das etapas e funcionamento de clínicas de reabilitação especializadas, conversando com profissionais especializados, e uma maior aproximação com a vida de dependentes que passam por esse dilema.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A grande-reportagem  Drogas - A vida por trás do vício foi desenvolvida para a disciplina de Radiojornalismo II, do 4º semestre, do curso de Jornalismo, da Unimep. O tema aqui abordado é o uso desenfreado de drogas ilícitas no cenário atual brasileiro, com o intuito de compreender esta realidade. O relatório do escritório das Nações Unidas sobre drogas e crime calcula que cerca de 5% da população brasileira, entre 15 e 64 anos, usou algum tipo droga em 2014. Através de pesquisas aprofundadas, estima-se que 29 milhões de usuários de qualquer tipo de droga ilícita sofrem de algum tipo de transtorno relacionado ao uso. Os depoimentos de pessoas que enfrentam ou já enfrentaram este problema, a opinião e orientação de especialistas no assunto e também daqueles que desenvolvem trabalhos em clínicas de reabilitação, têm como objetivo mostrar a realidade dos dependentes químicos. Nesta reportagem é possível compreender a dificuldade dos que sofrem, desde o primeiro contato com determinadas substâncias, à dependência ao processo de reabilitação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho tem como principal objetivo expor informações a respeito do processo de envolvimento, vício e os tratamentos enfrentados por dependentes químicos, além de chamar atenção ao panorama do uso de drogas ilícitas no Brasil da atualidade. Trabalhando com fontes que passaram por essas experiências e especialistas no assunto, objetivamos mostrar essas dificuldades para a população no geral, mostrando que a realidade do mundo dos vícios pode ser muito fácil de entrar, mas bem difícil de sair. Em relação ao processo de produção da reportagem, o respectivo trabalho também tem a finalidade de proporcionar a vivência com os meios de elaboração de uma reportagem de radiojornalismo, colocando em prática os ensinamentos adquiridos em sala sobre apuração, entrevistas, captação, locução e edição, essenciais para esse gênero jornalístico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O uso de drogas ilícitas por uma maioria jovem é alta e muito comum no Brasil, ilustrando um número cada vez mais crescente nas recentes pesquisas e estatísticas sobre esse problema social. Encontrado facilmente nas cidades e fazendo parte da vida de milhões de usuários. O uso de muitas substâncias já é banal para jovens que não conseguem fugir desse vício. O envolvimento com substâncias químicas atinge milhões de pessoas que correm o risco de prejudicar sua vida profissional e pessoal, além da própria saúde. Muitos familiares sofrem junto com os dependentes numa tentativa de salvá-los desse mal, passando por diversas dificuldades e atritos. Partindo deste factual, resolvemos mergulhar na vida desses usuários e explicar porque o uso de drogas um problema social tão sério entre a população. Por ser a realidade de muitos indivíduos próximos a nós, acreditamos que o tema é de boa escolha porque traz atualidade, identificação com um grande número de pessoas e informação a respeitos dos malefícios do uso de drogas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A tarefa era construir uma grande-reportagem, o que Ferraretto (2000) define como  um meio-termo entre a reportagem comum, aquela do dia-a-dia, e o documentário . Para isso, definimos cinco subtemas para serem tratadas ao decorrer dela, sendo todos ligados ao tema principal  drogas . Após decidirmos cada um, respeitando uma ordem que facilite a compreensão do assunto, planejamos o conteúdo dos capítulos, abordagens e sugestões de entrevistados para produzirmos a pauta. Para isso, foi preciso que o grupo fizesse uma ampla pesquisa para um aprofundamento informativo sobre o assunto, a fim de nos auxiliar na produção de uma reportagem completa e equilibrada, segundo recomendada por Barbeiro & Lima (2001). A pesquisa nos possibilitou conhecer mais fontes, entender que existem diferentes métodos utilizados para o tratamento dos dependentes nas clínicas de reabilitação, conhecer o trabalho de instituições que buscam amenizar esses problemas e aprender como as drogas ilícitas fazem efeito no corpo humano. Outro âmbito noticioso são os dados. Os novos campos da estatística e da informática oferecem-nos cifras e relações para elaborar notícias [...] Assim como as declarações, os dados referem-se ao que acontece. Matéria-prima de qualquer notícia, a realidade está sempre presente, os fatos são inevitáveis para o trabalho informativo. (LÓPEZ VIGIL, 2003, p.214) Como estudado em sala de aula, o gênero reportagem tem a função de oferecer uma visão mais ampla do tema, tendo assim espaço para a opinião de especialistas. Portanto buscamos entrevistar profissionais que pudessem falar sobre cada aspecto abordado nos capítulos. Eyn Ribeiro, Coordenador do Centro de Reabilitação da cidade de Americana, tratou sobre os processos de reabilitação dos usuários, a Psicóloga Suelen Moraes, que abordou os aspectos psicológicos dos dependentes químicos, o neurologista doutor Paulo Perassa falou a respeito da dependência e dos efeitos causado pela droga, e Apolo, Coordenador do grupo Amor Exigente que trabalha com co-dependentes, falou sobre o sofrimento dos familiares. Para trazer relatos de vivências com drogas ilícitas, entrevistamos usuários e ex-usuários, fontes que conhecemos frequentando os centros de reabilitação e através de pesquisas. Sem entrevistas, perderíamos a espontaneidade da conversa, a força do testemunho vivo, cortariam-nos as próprias raízes do conhecimento, que se alimentam de perguntas [...] Entrevista: busca de luz, olhar compartilhado. (LÓPEZ VIGIL, 2003, p.268) Visitamos a clínica de reabilitação  Casa Dia situada em Americana três vezes para coletarmos informações e entrevistarmos algumas fontes e fomos a reuniões do G.A.N. (Grupo Anônimos) e do grupo Amor Exigente, o que contribuiu na percepção dos problemas enfrentados tanto pelos usuários quanto pelos profissionais que auxiliam no tratamento. As entrevistas foram gravadas pessoalmente com todos os entrevistados através da visita a esses centros ou nas clínicas escritório de cada especialista. Como o material de apoio para dados e estatísticas, utilizamos informações do Observatório Brasileiro de Informação sobre Drogas, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Relatórios das Nações Unidas (ONU). A partir desses dados, juntamente com as entrevistas, começamos a construir o texto radiofônico de cada subtema da reportagem. As entrevistas foram ouvidas, cortadas e editadas de acordo com o que era necessário de encaixar em cada capítulo. Com os textos prontos e devidamente revisados, iniciamos a gravação das locuções. Também escolhemos um BG característico com o assunto abordado para usar ao longo da reportagem. Três estudantes ficaram responsáveis pelas locuções. Buscamos intercalar texto e sonoras para que houvesse um melhor entendimento sobre o assunto. Durante as gravações ficamos atentas à performance do repórter e no tom de voz apropriado. As gravações foram realizadas nos estúdios de rádio Hope Sound e nos estúdios da Unimep. Para realizar a edição, foi utilizado os softwares ProTools, Audacity e o Adobe Audition CC. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem  Drogas  A Vida Por Trás do Vício está organizada em subtemáticas que discorrem sobre a vida de usuários de drogas ilícitas, do envolvimento até a reabilitação. Portanto, a escolha foi designada de acordo com cada fase vivida pelos dependentes, de uma maneira que explanasse todas essas situações sendo  uma narrativa que engloba ao máximo as diversas variáveis do acontecimento (...) uma noção mais aprofundada a respeito do fato (BARBOSA FILHO, 2003, p. 89). Esses subtemas também foram organizados de forma linear ao longo da grande-reportagem, para que seja de fácil entendimento ao ouvinte. Iniciamos com uma introdução ao tema e contextualização do problema discutido, que tem a função de instigar o interesse do público sobre a importância do assunto, fazendo com que ele continue acompanhando a reportagem. A repórter inicia com uma introdução de telão de fundo, que descreve a situação geográfica na qual se encontra a ação, a partir de dados estatísticos do panorama do uso de drogas no Brasil, conforme as pesquisas realizadas. Ao longo do texto colocamos várias sonoras de entrevistados. Para isso escolhemos as frases mais impactantes sobre o problema tratado. Anteriormente ao vício, vem o primeiro contato. Como a maioria dos jovens tem acesso às drogas e o que os leva a seguir essa prática, mesmo sabendo sobre os riscos à saúde. Foram colocados depoimentos de dois ex-usuários que relatam como foi o primeiro contato com as substâncias. Complementando o assunto com dados de pesquisa do IBGE sobre o envolvimento dos jovens brasileiros com drogas ilícitas, a psicóloga Suelen Moraes explica o motivo desses resultados e como isto está diretamente ligado ao grupo social e às mudanças de comportamento que passam os adolescentes. Entrando no vício, iniciamos com foco sobre a Dopamina, a neurotransmissora da dependência, responsável por causar a sensação de prazer no corpo humano. Dessa maneira introduzimos para o próximo especialista entrevistado, o neurologista Paulo Perassa, que explicou como cada indivíduo lida com o vício. Optamos por dar uma maior atenção aos sofrimentos de dependentes quando presos ao vício e aos co-dependentes, que acabam afligindo muito e deixando de viver suas vidas para cuidar do ente querido. A psicóloga Suelen Moraes falou sobre a necessidade do auxílio aos usuários nessa fase e o Apolo, coordenador do Grupo Amor Exigente, trata sobre a atenção dos familiares no combate ao vício dos dependentes, pois é um processo difícil e que demanda foco e determinação. Inserimos também o relato de um ex-usuário que está se reabilitando para relatar a luta para fugir das tentações e euforias causadas pela dopamina. A reabilitação é uma fase que não é vivida por todos os usuários de drogas, seja por falta de interesse ou oportunidades. A reabilitação é o próximo foco, as dificuldades enfrentadas pelos usuários que pretendem se recuperar, desde a luta por uma vaga até o fim da caminhada, passando pela tentação da desistência. Para isso, Apolo do grupo Amor Exigente ressaltou a relevância de manter o foco e ter paciência. Entrando nos processos de reabilitação, Apolo também mostra as principais regras a serem respeitadas sobre o acolhimento aos grupos e Eyn Ribeiro, presidente da clínica Casa Dia, de Americana, conta sobre os métodos utilizados por eles na recuperação. Para encerrar esse assunto utilizamos mais dados obtidos em pesquisas sobre usuários que buscam se recuperar das drogas. A seguir é retratada a vida pós-drogas e os novos desafios enfrentados pelos usuários após a reabilitação, como a reinserção no mercado de trabalho e a falta de humanização deste indivíduo pela sociedade. Foram utilizadas as sonoras de Eyn Ribeiro e da Psicóloga Suelen Moraes para ressaltar essas dificuldades encontradas e a importância do apoio dos familiares, amigos e empresas que ofereçam ajudas a essas pessoas para manter a sua estabilidade e não entrar no mundo das drogas novamente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O desenvolvimento da reportagem produziu muito conhecimento a respeito desta realidade no contexto atual brasileiro, aguçando nosso olhar crítico sobre o problema social do vício em drogas ilícitas enfrentado pela sociedade brasileira contemporânea. Pudemos compreender a facilidade que existe para conhecer e entrar no mundo das drogas e a dificuldade para sair dele e, ainda mais, para se recuperar de possíveis danos consequentes do uso. Com os depoimentos ouvidos para a reportagem, foi possível entender o lado de quem sofre ou já sofreu com o vício em algum tipo de substância química. As entrevistas com especialistas também contribuíram para o aprofundamento no assunto. Outro ponto que é interessante ressaltar é a existência das clínicas de reabilitação que não só desenvolvem projetos que visam retirar os usuários do vício, mas que também buscam apoiar e orientar as famílias de quem tem um parente usuário. O processo de produção, desde a apuração, as entrevistas, gravações, edições e locuções, proporcionou experiências que contribuíram para nosso aprimoramento na área de radiojornalismo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARBOSA FILHO, André. Gêneros radiofônicos: os formatos e os programas em áudio. São Paulo: Paulinas, 2003. <br><br>LÓPEZ VIGIL, José Ignácio. Manual Urgente para radialistas apaixonados. São Paulo: Paulinas, 2003. <br><br>BARBEIRO, Heródoto & LIMA, Paulo R. de. Manual de Radiojornalismo, Produção, Ética e Internet. Rio de Janeiro: Campus, 2001. <br><br>FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2000. <br><br>PRADO, Emílio. Estrutura da informação radiofônica. São Paulo: Summus, 1989. <br><br>MCLEISH, Robert. Produção de Rádio  um guia abrangente de produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001.<br><br>ORTRIWANO, G. A informação no rádio. São Paulo: Summus, 1985.<br><br>JUNG, Milton. Jornalismo de rádio. São Paulo: Contexto, 2004.<br><br> </td></tr></table></body></html>