ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01005</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Sabiá e Canarinho</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Mateus Augusto Silva Ferreira (Universidade Federal de Uberlândia); Paola Buiatti (Universidade Federal de Uberlândia); Rafael Duarte Oliveira Venâncio (Universidade Federal de Uberlândia); Vanessa Matos dos Santos (Universidade Federal de Uberlândia); Ana Cristina Menegotto Spannenberg (Universidade Federal de Uberlândia); Felipe Gustavo Guimarães Saldanha (Universidade Federal de Uberlândia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Documentário, Futebol, Parque do Sabiá, Seleção Brasileira, Uberlândia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Sabiá e Canarinho é um produto audiovisual, no formato mini documentário, que trata do resgate histórico da inauguração do estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, quando a histórica seleção brasileira de 82 disputou um amistoso contra a seleção do Eire, vencendo por 7 a 0. A partida também marcou o último jogo da seleção antes da Copa do Mundo de 1982, na Espanha. O documentário foi produzido por Gabrieli Mazzola, Mateus Ferreira, Paola Buiatti e Rodrigo Castro, todos estudantes de jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Documentário Sabiá e Canarinho foi produzido para a disciplina de Projeto Interdisciplinar V, do curso de Comunicação Social  Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia. O produto audiovisual, em formato de mini documentário, trata da inauguração do estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, em 27 de maio de 1982, quando a seleção brasileira jogou no estádio, o seu último jogo amistoso antes da Copa do Mundo de 1982, na Espanha. A intenção do projeto é fazer um resgate histórico-cultural dos acontecimentos que envolveram o jogo, tal qual a situação sócio-econômica da cidade. O documentário é dividido em 3 pilares. O primeiro trata da construção do estádio do Parque do Sabiá, que inicialmente foi chamado de  João Havelange , em homenagem ao brasileiro, na época, presidente da Fifa, assim como o jogo político no qual a construção do estádio estava envolvida. Os outros dois pilares tratam do jogo em si e da seleção brasileira de 82. Os fatos mais importantes que marcaram o dia do jogo, do ponto de vista de quem assistiu e de profissionais que trabalharam na transmissão e as características daquele elenco de jogadores que ficou conhecido como uma das maiores formações que a seleção brasileira já teve mas mesmo assim não conseguiu ser campeã da Copa do Mundo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo do trabalho produzido é, antes de mais nada, resgatar episódios históricos que foram perdidos no imaginário popular pela falta de abordagem midiática necessária. Dois nuances são necessários de abordagem, o primeiro dele, histórico e político, no que diz respeito também ao resgate da identidade do povo Uberlandense. O segundo diz respeito ao resgate de um episódio esportivo e, principalmente, futebolístico. A grande decepção causada pela derrota na Copa do Mundo de 1982 muitas vezes causa o esquecimento do futebol jogado por aquele elenco que, apesar de não ter sido campeão mundial, foi um dos melhores times da história da seleção. Resgatar características próprias deste time também é necessário para a valorização do futebol brasileiro e de sua identidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por se tratar de uma época marcada pela ditadura militar e, consequentemente, pela censura, uma cobertura rasa dos meios de comunicação e por vezes puramente enaltecedora de eventos como esses, muitos fatos sobre este acontecimento se perderam no tempo e encontram-se registrados somente pela oralidade popular daqueles que o presenciaram. Portanto, é essencial que este registro passe para uma plataforma audiovisual jornalística como forma de registro histórico dos fatos que marcaram uma época. Além disso, conhecer o passado de um povo, no caso, o povo Uberlandense e brasileiro, é uma forma de entender e questionar o próprio presente. A razão desse registro ser em forma de documentário está na própria funcionalidade estética deste estilo fílmico que permite, através da relação áudio-imagem, criar narrativas que completas e que se aproximem da  realidade social vivida no espaço-tempo tratado no filme em questão. Sobre este tipo de documentário Bill Nichols afirma: "Esses filmes representam de forma tangível aspectos do mundo que já ocupamos e compartilhamos. Tornam visível e audível, de maneira distinta, a matéria de que é feita a realidade social, de acordo com a seleção e organização realizadas pelo cineasta. Expressam nossa compreensão sobre o que a realidade foi, é e o que poderá vir a ser." (Nichols, 2005, p. 23) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A base do documentário é uma montagem a partir de imagens de entrevistas gravadas no período de produção e imagens de arquivos históricos. Todos os equipamentos utilizados eram de posse própria dos integrantes do grupo. Foram utilizadas 3 modelos de câmera para as filmagens: uma handcam Canon/VIXIA-HF R400, uma Gopro hero4 silver e uma Sony/DSC-HX100V. O equipamento de áudio utilizado foi um Microfone Smart MUD  515me. As imagens de acervo histórico foram obtidas através da Close  Agência de Comunicação, que detinha o direito sobre as imagens. O material bruto foi decupado e selecionado a partir da demanda que a narrativa apresentava. Os entrevistados foram encontrados a partir de indicações no período de pré-entrevistas por especialistas do esporte e pessoas envolvidas de alguma forma no episódio da inauguração do estádio. O período de pré-entrevistas e gravação durou cerca de um mês, até que a equipe pudesse ter todo o material necessário para o período de pós-produção. Todos os contatos com fontes e locações foram feitas por meio de telefone, sendo que a única locação que demandou de marcação prévia foi o interior do estádio, por meio da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), onde foram feitas as imagens da entrevista com o professor Carlos Henrique e imagens de apoio do interior do local. O restante das entrevistas e imagens de apoio foram feitas em locais públicos do exterior do estádio e na residência dos entrevistados. Parte das informações obtidas para formulação do roteiro de entrevista, assim como para o roteiro de pós-produção, foi obtida em consulta a notícias vinculadas pelo Jornal Correio de Uberlândia nos meses que ocorreram a construção do estádio e o próprio jogo, no ano de 1982. O material para consulta foi disponibilizado pelo acervo público do Município de Uberlândia. O período de pós-produção foi iniciado com a decupagem do material bruto das filmagens e imagens de acervos. A partir da proposta de produção e das informações coletadas nas entrevistas, foi montado um roteiro a partir de  cenas chave e, através desse roteiro, foi criado uma espécie de manual de montagem a ser utilizado pelo montador contratado pela equipe.  Da passagem da sinopse ao roteiro, o roteirista realiza uma primeira montagem representada pela decupagem das cenas dramáticas: quais e quantas cenas dramáticas serão necessárias para se contar a história relatada pelo texto literário da sinopse? Escolhidas as cenas, o roteirista define a ordenação destas, que pode ou não respeitar a cronologia dos fatos da história. Essa ordenação determina a estrutura narrativa do filme. (PUCCINI, 2007, p. 183) O Software utilizado para a montagem final do produto foi o Adobe Premiere Pro CC. A montagem do produto durou menos de um dia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quatro entrevistas compuseram o produto final. Entre os entrevistados, Odival Ferreira, ex-radialista uberlandense, que narrou a partida de inauguração do estádio pela extinta Rádio Uberlândia, além de pesquisador da história do futebol na cidade, em específico do Uberlândia Esporte Clube e de tudo que marca sua história; Carlos Henrique, professor acadêmico uberlandense que assistiu ao jogo quando, na época, tinha apenas 17 anos. Cadeirante, Carlos relata sua visão peculiar do jogo e curiosidades sobre o dia em questão; Mauro Eli da Silva, conhecido por Maurinho, ídolo do Uberlândia Esporte Clube e participante da famosa conquista do título brasileiro da série B em 1984. Por estar em atividade como jogador na época, acompanhou de perto as movimentações em torno da construção do estádio; Divino Rubens, figura conhecida por quem frequenta o estádio. Há muitos anos é vendedor de bala nos jogos e coleciona inúmeras histórias sobre o Parque do Sabiá. As entrevistas foram conduzidas para que os personagens pudessem apresentar sua visão sobre acontecimentos que marcaram a inauguração do estádio. Na edição, foi utilizado uma forma de cortes de cenas rápido e sobreposição de falas para dar a impressão de que os entrevistas  conversavam entre si sobre os fatos abordados. Este estilo foi adotado para criar uma narrativa prosada, numa espécie de  conversa informal . A participação dos produtores do documentário é mínima, atentando-se mais à exposição dos fatos. Tal estilo é classificado por Bill Nichols como  modo expositivo , onde existe a predominância da defesa de argumentos acima da estética e subjetividade. São, por natureza, objetivos e tentam não deixar margem para quem assiste buscar outras interpretações senão aquelas que fazem parte da linha de argumentação do autor. Para isso, um dos recursos utilizados é o casamento perfeito entre o dito e o mostrado (NICHOLS, 2005). A primeira metade do produto é marcada basicamente pelas entrevistas junto com imagens de apoio, intercalando com entrevistas dadas na época da inauguração, entre elas, João Havelange, Galvão Bueno e Tino Marcos. Os cortes rápidos e a voz em off dos entrevistados em alguns trechos foram escolhas utilizadas não só para o estilo do documentário, como já abordado, mas também para deixar a narrativa dinâmica e não cansar o espectador. Já a parte final do documentário é baseada nas imagens dos lances de gol da partida, onde a seleção Brasileira vence o Eire pelo placar de 7 a 0, coberto pela voz em off da narração dos gols. As escolhas de corte de cena nesta parte do documentário foram feitas no sentido de preservar a clareza dos lances e cenas do gol. O documentário encerra com falas de Odival Ferreira e Carlos Henrique sobre a expectativa positiva causada pela vitória da seleção brasileira no amistoso, vislumbrando a partida do time para a Copa do Mundo da Espanha. As últimas cenas tratam-se de imagens da Copa e do jogo de estreia da seleção brasileira na competição. O produto final tem duração de 12 minutos e 33 segundos. As plataformas utilizadas para divulgação foram o Youtube, assim como um site criado na plataforma Wix onde, além do documentário, é possível acessar informações em texto sobre o jogo, sobre a seleção brasileira de 82 e também detalhes sobre a situação política do país e de Uberlândia, assim como sua interferência no episódio retratado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> O estádio Parque do Sabiá passou por várias transformações depois de sua emblemática inauguração. Seu nome foi alterado, abandonando a homenagem ao ex-presidente da FIFA, João Havelange, e adotando para si o nome do parque que o cerca. Sua estrutura também foi modificada por reformas de gestões posteriores e hoje muita gente o considera uma espécie de  elefante branco . Resgatar um pouco de sua história foi também importante para entender o impacto que exerce na cidade. Assim como o porquê de um estádio de tal magnitude ser construído no interior do país. O futebol não é mais o mesmo, o sentimento nacionalista também não o é. Porém a história nos deixa monumentos espalhados pela cidade para que a possamos entender. E refletir, acima de tudo, se um dia ainda veremos o Parque do Sabiá lotado em adoração a um fenômeno em comum, o futebol.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2005.<br><br>RAMOS, Fernão Pessoa. "O que é documentário." Estudos de, 2000.<br><br>SOARES, Sérgio J. Puccini. Documentário e Roteiro de Cinema: da pré-produção à pós-produção. Diss. Programa de Pós-Graduação em Multimeios do Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, 2007. <br><br> </td></tr></table></body></html>