ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01010</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Tálamo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Caio Henrique Spaolonzi (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Camila Almeida da Silva (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Taís Carrion do Nascimento (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Anna Paula Nelly Frossa (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Jennifer de Oliveira (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Renata Boutin Becate (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Experimental, Websérie, Linguagem, Comunicação, Audiovisual</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tálamo é um projeto experimental de ficção de websérie, utilizando de linguagem cinematográfica para atingir tal plataforma, tendo em vista que a ficção, na web, tem linguagem, ainda, solta. A websérie conta com começo, meio e fim, não deixando gancho para posteriores temporadas, já que essa é uma das poucas características que se concretizam nas webséries. A história é contada através dos olhos de Giulia, uma garota que mostra uma realidade paralela e solitária a que vive. Para metaforizar sua solidão, o roteiro apresenta, durante toda a série, a presença apenas de Giulia  suas interações são sempre ou com a câmera, ou com o celular. Apesar das interações com a câmera, a intencionalidade não é da quebra da quarta parede, mas, ainda assim, intenciona-se que o espectador tenha a percepção que a interação pode ser com ele.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tálamo é uma websérie realizada na AECA  Agência Experimental de Comunicação e Artes  do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio no ano de 2016. Tal agência visa a experimentação de projetos de diversos cursos. Nesta, tivemos a presença de alunos dos cursos de Rádio e TV, Cinema, Fotografia, Publicidade e Propaganda e Jornalismo, ampliando a comunicação além da sala de aula. O projeto foi orientado pelo professor Marcelo Marques, professor líder do curso de Rádio e TV, com reuniões semanais, objetivando a verificação do andamento das gravações, reuniões com a equipe, produção, dentre outras várias etapas. O projeto aconteceu em duas cidades do interior paulista: Salto e Itu. A ficção para a web é, ainda, um formato novo, tendo, assim, poucas referências para traçar o certo e o errado quando se fala de linguagem e forma. Tálamo, através de motivação experimental, de inovação e pessoal, pretende discutir esses dois pontos, trazendo uma linguagem mais cinematográfica, tanto no roteiro, como na fotografia, sem se distanciar do espectador e, também, sem se distanciar da ficção televisiva, que já faz uso da linguagem cinematográfica. "O que é escrever uma narrativa de ficção televisiva? É selecionar e combinar elementos da realidade para que o espectador possa se identificar, de alguma forma, com a trama. Essa identificação do que é conhecido abre caminho para uma surpresa com o que é desconhecido: a maneira como o autor conta a história." (RODRIGUES, 2014, p.113). Entender o espectador é fundamental para, também, contar a história e entender todos esses pontos. Por isso, delimitou-se um público alvo predominantemente feminino, das classes B-D, de 17 a 35 anos, com interesse em política e sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Pretende-se explorar a metáfora na narrativa da web, partindo, assim, para a linguagem cinematográfica. As maiores webséries, hoje, no Brasil, que fazem sucesso, são de cunho cômico, deixando uma grande brecha para produções dramáticas feitas exclusivamente para essa plataforma  como grandes exemplos, temos as produções feitas pelo canal Porta dos Fundos que, apesar de ter esquetes como principal produto, já possui webséries em seu portfólio. No caso de Tálamo, explora-se a solidão de uma garota de 25 anos: ela trabalha, tem seus tempos sozinha e, também, uma vida sexual ativa com pessoas aparentemente desconhecidas. Giulia descobre-se prisioneira do seu próprio eu, caindo em armadilhas de sua própria cabeça, dando margem a duas interpretações ao espectador: loucura ou depressão. A temática é abordada mostrando Giulia sozinha o tempo todo, interagindo apenas com a câmera, com pequenas mudanças na fotografia para dar nuances suficientes para que o expectador consiga interpretar e diferenciar as loucuras ou sobriedades da personagem principal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A internet é um grande espaço onde milhões de horas de vídeos são exportados todos os dias. Delimitar uma linguagem, mesmo que para um produto específico, não parece óbvio nem certo. Mas é necessário entender quais são as linguagens possíveis e passíveis de uso. Com isso, é possível entender quais passos podem ser dados dentro do espaço dramático exclusivo da web, de curta direção, mas seriada, entendendo o quanto de qualidade tal formato pode ganhar, como já conseguira antes, como explica Abruzzese (2006):  O desempenho da linguagem audiovisual surgiu numa época de extrema crise cultural dos modelos originais do processo de modernização: revoluções, guerras, desastres econômicos de grandes dimensões já haviam atingido a imagem coletiva do progresso. (...) A inovação audiovisual colocou em ação  e conseguiu ainda explicitar na publicidade  o salto qualitativo dado pelos modelos de organização da produção para retomar a posse do jogo entre realidade e imaginação, voltar a considerar a complexidade do desenvolvimento, satisfazer melhor a relação entre indivíduo e sociedade, dar mais brilho aos objetos de consumo, fazê-los funcionar melhor. (ABRUZZESE, 2006, p.68). Portanto, a delimitação de uma linguagem se mostra importante, mesmo que exploratória. A ânsia por essa busca é um dos motivadores do trabalho, considerando a lacuna provocada pela facilidade no lançamento de novos conteúdos por qualquer pessoa  todos podem ser produtores de conteúdo a partir do momento que têm acesso à internet  basta uma chave de acesso em qualquer plataforma Google para ter acesso ao maior canal de vídeos do mundo: o YouTube. Essa busca também se torna importante a partir do momento e que temos uma nova parcela migrando à internet e buscam produtos similares à televisão na própria internet. A própria Globo já mantém um canal paralelo na internet, o Globo Play, entendendo que o público, hoje, tem a necessidade de ter seu produto em qualquer lugar e a expressão on demand acaba virando lei.  Trata-se de um serviço ou produto ofertado por uma empresa de tecnologia, visando suprir de imediato a demanda do consumidor. Pode parecer confuso, mas é provável que você já tenha feito uso deste tipo de ferramenta mesmo sem saber da sua importância para uma nova organização econômica do mercado. (LEME, 2015). Assim, ao procurar uma linguagem que satisfaça às necessidades do público encontra o Cinema, que já está no mercado on demand há mais tempo e acabou puxando a televisão para o seu lado. Grandes séries como Game of Thrones (2011) já se baseiam na linguagem cinematográfica para contar sua história. Ao não ser explorado câmera e planos fixos, tendo movimentações mais ousadas  como um plano sequência longo e sem falas  e mostrando apenas uma personagem durante a trama inteira (mesmo outros sendo citados e até interagindo com ela), Tálamo propõe uma linguagem para o drama na internet com embasamento no cinema. Socialmente falando, a série busca tratar temáticas da solidão e da loucura de forma objetiva, sem caricaturas, objetivando que o espectador reflita sobre o que pode ser real e o que pode estar no imaginário  tanto seu como da própria (e única) personagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tálamo pode significar, segundo o dicionário Michaelis, leito conjugal ou nupcial ou, também:  Região média do diencéfalo que forma a parede lateral do terceiro ventrículo e se localiza entre o epitálamo e o hipotálamo. É um importante centro de integração de impulsos nervosos, permitindo o reconhecimento de sensações, como dor, calor, frio, tato etc. (Em: < http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=Tálamo>. Acesso em: 10 maio 2016). Tal significado foi essencial para a concepção de todas as áreas do projeto, que precisava ligar as relações da personagem à cama e, também, aos seus pensamentos  o que de fato acontece em sua cabeça. a. Roteiro O roteiro de Tálamo foi concebido a partir do conto homônimo, escrito em 2007 pelo diretor do projeto.  Adaptação é uma estratégia narrativa bastante estimulante para um roteirista. Alguns diriam que é mais uma decisão narrativa ou um conjunto de estratégias. Penso que adaptação é, no fundo, no fundo, uma estratégia que showrunners e roteiristas de maneira geral usam para contar histórias que consideram importantes. (RODRIGUES, 2014, p.130). A estratégia, ao escreve-lo, era contar a história com verba restrita, por se tratar de um projeto audiovisual experimental universitário, utilizando-se apenas de uma personagem ao longo de todos os episódios.  Podemos saber muitas coisas sobre um personagem pela maneira como ele fala, e com quem fala  como ele lida com o mundo. As pessoas, disse Edith Wharton, são como a casa dos outros: só conhecemos delas aquilo que se limita com a nossa. (WOOD, 2012, p.89). The Babadook (Austrália, 2014, dirigido por Jennifer Kent) foi a grande referência para o roteiro, já que em tal obra vemos a metáfora da depressão ser trabalhada de forma sublime, sutil e inteligente. b. Direção A criação de uma websérie requer cautela, tendo em vista o frescor do formato e a falta de identidade geral. As produções podem flertar fortemente com a linguagem cinematográfica, bem como com a linguagem televisiva  e, aqui, falamos da linguagem de ficção de séries, novelas e outros formatos ficcionais. Tálamo cria sua identidade ao flertar mais com a linguagem cinematográfica. A intenção é que o espectador não receba tudo de graça: é necessário fazer com que ele pense, descolando de grande parte das webséries (no Brasil, fortemente representadas pelo gênero comédia). A trama terá começo, meio e fim, contando com a metáfora para se aproximar da linguagem cinematográfica. Para tanto, a grande referência da obra vem de The Babadook (Austrália, 2014, dirigido por Jennifer Kent), que conta densamente com a metáfora da depressão para contar sua história. Enquanto em The Babadook usa-se um monstro para mostrar a tal depressão, em Tálamo a opção é mostrar o nada, usando apenas uma atriz e o espectador não verá com quem ela está interagindo  ou, ao menos, nunca terá certeza. Ao criar-se a dúvida, atinge-se o objetivo de fazer com que esse espectador pense e, consequentemente, atinge-se o objetivo da metáfora. A arte foi direcionada a transformar esses locais de modo que trouxessem características à personagem e, ao mesmo tempo, criasse empatia com um público genérico e plural: qualquer um poderia ser Giulia, qualquer um poderia se envolver com Giulia. A fotografia foi direcionada a trabalhar com luz prática e natural (para uma iluminação mais naturalista), indo mais em direção ao amarelo e verde e fugindo do azul  este, só podendo ser utilizado quando for mais puxado para o cinza. A intenção é mostrar a naturalidade da situação e, ao mesmo tempo, intensidade. Quando falamos de montagem, temos ritmos diferentes para diferentes momentos, usando REC (Argentina, 2007, dirigido por Jaume Balagueró e Paco Plaza) como referência (que também é referência de arte/foto). Trabalhou-se com cortes mais rápidos nas cenas em que Giulia interage com aqueles que não são vistos, e com planos mais longos quando ela está sozinha  objetivando sempre a solidão que ela vive e se enxerga. Sua vida é mais dinâmica quando está com alguém  ou quando pensa que está com alguém. A escolha da atriz foi de suma importância para que toda essa ideia pudesse ser alcançada. Já com experiência atuando em websérie, quem dá vida à Giulia está sendo dirigida para fugir da teatralidade em suas falas, mas nem tanto em sua expressão corporal: Giulia fala muito com o corpo, já que tem longas cenas sem falas. A ideia é nunca exagerar para chegar próximo do real (linguagem audiovisual, de fato, e não teatral), sendo direcionada para que se comunique bem com seu rosto e corpo, amarrando todo o conceito de Tálamo. c. Fotografia A fotografia é uma arte essencial para a websérie. É nela que será possível transmitir certas sensações que apenas a imagem, crua, talvez não conseguisse e o roteiro, sozinho, também talvez não seja capaz. Foram usadas como referências C.R.A.Z.Y., para as cenas mais coloridas (quando houverem) as obras de chiaroscuro (para momentos de reflexão da personagem), REC (para as tomadas escuras) e Short Term 12 (para a obra num geral). A proposta é fazer um tipo de iluminação diferenciado, misturando luzes frias com quentes, em que se pode brincar com o emocional da personagem de acordo com as cores, mas também trabalhando com luz prática e natural em cenas comuns (quando ela não estiver alucinando, por exemplo). Já em relação ao trabalho de câmera, buscou-se usar ângulos mais diferenciados, baseados nos filmes de referência, dando mais naturalidade para as cenas e para os movimentos da atriz. Foram usados dois leds, dois softboxes, dois spots (um deles com snoot), um rebatedor, três Canons, sendo duas T5i e uma T3i. Também foi usado um terceiro spot para luz pontual. Utilizou-se, também, papel celofane para filtrar a cor da luz. d. Som Em um produto audiovisual, o áudio tem uma das mais importantes funções para a obra. É por ele um dos meios para se conectar o vídeo e o telespectador, fazer com que as emoções, as sensações sejam transmitidas ao público, é de grande importância sua composição com as imagens dentro da história.  O poder da música é pouco compreendido até por grandes diretores. Em seu brilhante livro Fazendo Filmes, o diretor Sidney Lumet diz que  Depois do roteirista, eu acho que os compositores são os mais desrespeitados. . Lumet conta que vê produtores editando e picotando música a ponto do trabalho do compositor ficar irreconhecível. Ele acredita no clichê de que  vai parecer melhor quando nós colocarmos a música , pois defende que  quase todo filme é melhorado por uma boa trilha musical. Pra começar, a música é um rápido modo de atingir as pessoas emocionalmente . (Berchmans, 2008, p.21) . Para Tálamo, o áudio será algo indispensável, uma série que transmite o que poderia ser uma ilusão de uma personagem precisa deste apoio, elementos que podem oferecer uma suposta sensação do real ou o não real podem ser transmitidos através do áudio. Para tanto, a captação dos ambientes isolados com a personagem fora limpa, apenas percebendo a sonorização do ambiente em que se encontra, até mesmo o silencio absoluto pode ser essencial para fazer com que o telespectador sinta e interaja com a personagem. Um grande reforço para esta estrutura audiovisual, a pós-produção do áudio também tem importância fundamental, com sonorizações fora do espaço diegético da história adicionados para melhor transmissão de sensações reais ou não reais da personagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto fora gravado na cidade de Itu, no Estado de São Paulo, em 2016. Contou com a participação, no primeiro episódio, de Caio Spaolonzi como diretor, Thiago Bisquolo como diretor de áudio, Camila Almeida como roteirista, Luan Leal como assistente de direção, Isabela Freitas de Camargo Ferraz como assistente de arte, Gislaine Delconte como assistente de produção, Gabriela Braga como assistente de fotografia, Caroline Souza como roteirista, Paula Letícia como diretora de arte, Matheus Beccari como assistente de edição, Camila Forti como assistente de fotografia, Bruna Bandoni como diretora de fotografia, Stephanie Moraes como produtora executiva, Yasmin Picinin como assistente de som, Anna Paula Frossa como assistente de produção, Jennifer Oliveira, assistente de arte, Taís Carrion como assistente de produção e Marcella Muniz como diretora de produção. Para os outros três episódios, a equipe contou com Caio Spaolonzi como diretor, Thiago Bisquolo como diretor de áudio, Camila Almeida como roteirista, Luan Leal como assistente de direção, Isabela Freitas de Camargo Ferraz como assistente de arte, Gabriela Braga como assistente de fotografia, Caroline Souza como roteirista, Paula Letícia como diretora de arte, Matheus Beccari como assistente de edição, Camila Forti como assistente de fotografia, Bruna Bandoni como diretora de fotografia, Patrícia de Oliveira como produtora executiva, Yasmin Picinin como assistente de som, Anna Paula Frossa como assistente de produção, Jennifer Oliveira, assistente de arte, Taís Carrion como assistente de produção e Marcella Muniz como diretora de produção. As gravações aconteceram aos domingos, sendo necessárias duas diárias completas para gravar o primeiro episódio (mais um terceiro dia para testes), e três diárias completas para a gravação dos outros três episódios. Após a escolha e contratação de todas as equipes, as tarefas foram delegadas e foi listado todos os equipamentos disponíveis. Com isso, percebeu-se que não seria necessário locar equipamento: - Dois leds; - Dois softboxes; - Três spots; - Um snoot; - Um rebatedor; - Três câmeras (Canon, duas T5i e uma T3i); - Filtros - Gravador Zoom H1 - Vara-boom - Microfone shotgun - Cabo mono XLR/P10 - Dez cartões de memória. Então, foi decidido a atriz (Camila Almeida). Considerando o perfil da personagem, Camila foi uma escolha natural, já que já havia trabalhado com grande parte da equipe. O convite foi feito e aceito. Listou-se o que seria necessário para a produção e a arte (como objetos de cena e a tábua  peça fundamental para a gravação). A alimentação da equipe foi, em todas as gravações, de lanches e sucos, diminuindo drasticamente o valor das diárias. Depois de duas diárias completas, o primeiro episódio foi para a edição e finalização, processo que demorou duas semanas. Os outros três episódios foram para a edição depois de três diárias completas, processo que demorou quatro semanas. a. Produção Com base no roteiro, a necessidade de locações eram uma suíte, um bar e uma sala de escritório. Para a cena da casa e da suíte, inicialmente, uma gravação teste na residência de uma das pessoas da equipe foi feita, o que foi fundamental para ensaiar com a atriz e definir algumas ordens de gravação. Após, uma locação que atendia melhor os requisitos básicos foi encontrada, localizada na cidade de Itu, no endereço: Rua João Batista de Souza, 94, Jd. Faculdade. A locação foi cedida gratuitamente para as gravações. O bar, que aparece no primeiro episódio, foi montado pela equipe de produção e de arte na mesma locação da suíte, a residência em Itu. O escritório foi montado em um dos cômodos da casa, pela equipe de produção e de arte. Para os cenários, a equipe de arte pediu coisas básicas e simples, especificaram as cores dos locais e os objetos foram aos poucos pedindo para a equipe de produção. A tábua foi comprada e levemente desgastada, para dar mais veracidade. Para escrever nela, foi utilizado giz de taco de bilhar. Os nomes foram escritos pela atriz e, as datas, completadas posteriormente pela equipe de produção. O cenário da suíte foi montado a partir da perspectiva do roteiro, utilizando objetos como livros, pertences pessoais, abajur, colcha de cama clara e travesseiros. O banheiro foi decorado pela equipe de arte, para atender os requisitos da filmagem. Para a cena no escritório, foram utilizados utensílios para escritório, uma escrivaninha, um computador e um relógio de parede. Já na cena do bar, que foi montada inteiramente pela produção e equipe de arte, foram utilizadas garrafas de bebida, mesa, e uma cômoda encapada com jornal. A decoração da parede foi feita por recorte de jornais, que tinham em sua composição formas e figuras propostas pela arte. As gravações ocorreram aos finais de semana, especificamente aos domingos. Estavam sempre presentes o diretor geral, o diretor de cada área e a atriz. Quanto aos assistentes, cabia ao diretor especifico de cada área decidir se precisaria deles na gravação, ou não. O episódio piloto foi gravado em sequência de três domingos. Os outros três episódios, com a equipe mais integrada, pontos de luz definidos e objetos de arte já dispostos, foram gravados em outros três domingos. Quanto à alimentação, a produção comprou os alimentos a partir da mensalidade feita pelos membros da equipe. A condução para locação era de carro e os custos divididos entre a equipe. b. Pós-produção Para a edição, cortes mais lentos para quando a protagonista está sozinha, para representar com mais eficácia sua solidão, e cortes mais rápidos quando está interagindo com alguém. Para isso, usou-se de alguns referenciais, como Gravidade (EUA, 2013, de Alfonso Cuarón) e O Iluminado (EUA, 1980, de Stanley Kubrick), que contam com longas cenas, com poucos ou nenhum corte. Outra referência foi o videoclipe Chandelier, da cantora australiana Sia. Para os cortes mais rápidas, usou-se apenas referências de videoclipes, sendo eles Overprotected (Darkchild Remix), interpretada pela cantora estadunidense Britney Spears, e B.Y.O.B., interpretada pela banda System Of A Down, também estadunidense, utilizando-se da regra de que  mais curto é melhor. Se estiver em dúvida, corte. (WATTS, 1999, p. 65). Para a finalização de imagens, fora usado os exemplos já mencionados em fotografia, principalmente o filme Short Term 12. c. Exibição Os episódios foram lançados na internet na segunda quinzena de novembro de 2016. O primeiro episódio foi exibido, também, na festa de lançamento da TV CEUNSP, agência responsável pelos produtos de Rádio, Televisão e Internet do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio  CEUNSP. Os episódios 2 e 3 foram exibidos no corredor do Bloco K do CEUNSP, durante o intervalo da aula do dia 16 de novembro. O quarto episódio só foi exibido na web.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Fora compreendido, já com o primeiro episódio, que a linguagem cinematográfica, além de funcionar, traz brilho e mais qualidade para produções feitas para a web. Quando temos uma linguagem solta, pouco determinada e pouco específica, a produção cai em uma linguagem amadora, sem sentido e com pouco caráter emocional. A linguagem, principalmente aqui, abrange toda a mensagem que a série quer que quem assista capte, utilizando-se de artifícios poucos usuais (principalmente para a web) para traduzir os pensamentos de uma jovem protagonista que, mesmo sem contar seu passado, faz com que o espectador entenda sua dor, sua solidão e suas fraquezas  tudo isso por contar com apenas uma única atriz o tempo todo. Tálamo consegue despertar a curiosidade de quem assiste com uma trama simples de ser entendida, mas que leva tempo para ser digerida e analisada. A atuação e os cenários, todos pensados para que a realidade de Giulia, a personagem, fosse verdadeira para quem assiste, mesmo quando, por vezes, não era.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ABRUZZESE, Alberto. O esplendor da TV  Origem e Destino da Linguagem Audiovisual. São Paulo: Studio Nobel, 2006.<br><br>BERCHMANS, Tony. A Música do Filme  Tudo o que Você Gostaria de Saber Sobre a Música de Cinema. São Paulo: Escrituras, 2008.<br><br>Dicionário Michaelis  Tálamo. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=Tálamo>. Acesso em: 10 de maio de 2016.<br><br>LEME, Arthur. On Demand, o novo conceito de consumo através da tecnologia. Disponível em: <http://www.onoffre.com/artigos/2015/9/24/on-demand-o-novo-conceito-de-consumo-atravs-da-tecnologia>. Acesso em: 29 de setembro de 2016.<br><br>RODRIGUES, Sonia. Como Escrever Séries. São Paulo: Aleph, 2014 <br><br>WATTS, Harris. Direção de Câmera. São Paulo: Summus, 1999.<br><br>WOOD, James. Como Funciona a Ficção. São Paulo: Cosac Naify, 2012.<br><br> </td></tr></table></body></html>