ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01011</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vida no Campo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;PAULO ROBERTO RIBEIRO (Universidade do Oeste Paulista); Lucas Fernandes Silva Alves (Universidade do Oeste Paulista); Stephanee Melo Becegato (Universidade do Oeste Paulista); Renato Fernandes Campanari (Universidade do Oeste Paulista); Jaqueline Rodrigues Galdino (Universidade do Oeste Paulista); Matheus Felizardo Gomes (Universidade do Oeste Paulista); Thais Fernanda da Silva Luz (Universidade do Oeste Paulista); Michele dos Santos (Universidade do Oeste Paulista); Leandro Gimenes da Silva (Universidade do Oeste Paulista); Thalita Cortez Oliveira Trindade (Universidade do Oeste Paulista); Thaisa Sallum Bacco (Universidade do Oeste Paulista)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Videojornalístico, programa rural, jornalismo rural, TV aberta, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Vida no Campo é um programa jornalístico semanal que possui uma abordagem voltada à temática rural. Sua intenção é mostrar de que maneira o que acontece na zona rural reflete na sociedade, com a proposta de ser veiculado na TV aberta. Como público-alvo, definiu-se a população de Presidente Prudente (SP) e região, de uma maneira geral, sem distinção de gênero, faixa etária, grau de escolaridade ou classe social. Atualmente, apesar de o Oeste do Estado de São Paulo ter como principal atividade econômica a agricultura e agropecuária, não existe um programa televisivo regional com o tema rural. O programa foi postado no canal da Facopp (Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente) no site Youtube. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ideia de se produzir o programa Vida no Campo surgiu a partir de discussões em grupo dos alunos do 6º termo do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), na disciplina de Telejornalismo III. Para que a produção do programa fosse possível, no decorrer do semestre trabalhou-se a linguagem televisual que  [...] é conceituada como sendo a soma de determinados elementos que, articulados, compõem a sintaxe que forma a mensagem específica e característica da televisão (AMARAL, 1997). O nome para o produto jornalístico temático foi definido de maneira que se fizesse referência à importância das atividades desenvolvidas na zona rural, bem como aos aspectos que caracterizam a dinâmica desse espaço. Daí a associação entre os termos  vida e  campo . Foi proposto aos alunos que fosse definida a maneira de veiculação do jornalístico, sendo escolhida a TV aberta. Tal opção se deu por conta da influência que ela exerce na sociedade, tanto em termos de abrangência de um público diversificado quanto pelo fácil acesso à maioria da população. Para Paternostro (2006, p.17): Basta apertar um botão para se perceber como o universo da TV vive em constante (r)evolução. São novelas, filmes, notícias, desenhos, música, culinária, shows, aulas, esporte, brincadeiras, debates: informação e entretenimento ao alcance de todos. Segundo dados do IBGE (2014), os aparelhos estão presentes em 97,1% dos 67 milhões de domicílios brasileiros. Sendo assim, o videojornalístico busca difundir conteúdos noticiosos voltados às questões que compreendem o cenário rural, como agricultura, pecuária, tecnologia e mecanização, relações de trabalho, costumes, tradições e alimentação. A abordagem da produção jornalística tem valor informativo e interpretativo, vislumbrando atingir o público-alvo por meio de uma linguagem coloquial, de modo que seja atrativa e próxima ao estilo empregado no dia a dia </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa Vida no Campo objetiva noticiar assuntos referentes à vida no campo, levando em conta as atividades realizadas na zona rural, bem como o desenvolvimento desse espaço. Para isso irá abordar temas relacionados à zona rural, informar sobre os aspectos econômicos, sociais e culturais que dizem respeito a esse espaço, como agronegócio, relações de trabalho, tratamento de espécies vegetais e animais, costumes e tradições, educação escolar e relações familiares e vivenciar o processo de produção de um gênero televisivo bem como a prática de um programa temático. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Presidente Prudente (SP) encontra-se em uma região em que a zona rural e as atividades realizadas nesse espaço são importantes, tanto nos aspectos econômicos, quanto no desenvolvimento da própria cidade. O município é também um dos principais polos industriais, culturais e de serviços do oeste de São Paulo, sendo conhecida como a "Capital do Oeste Paulista". Situada em uma região de solo classificado como arenito Bauru, com características agrícolas, as condições geográficas permitiram o desenvolvimento de diversas culturas. Durante a colonização das terras, a produção cafeeira para exportação era a atividade econômica mais importante da cidade. Passados doze anos de sua fundação, a decadência da cafeicultura ocorreu pela concorrência de outros países e pela crise de 1929, que afetou os municípios brasileiros potenciais nesse tipo de plantação. Com a crise do café, o município deu início ao cultivo do algodão. A nova cultura trouxe à região empresas estrangeiras que comercializavam e financiavam pequenos plantadores, incentivados pelo aumento do consumo nacional e internacional da fibra. Na década de 1930, a produção teve aumento significativo, à medida que as áreas plantadas de café diminuíam. Nesse período, outros produtos como arroz, milho, feijão e batata se tornavam parte da economia local. Observou-se também que boa parte das terras aproveitáveis da região era constituída de pastagens. Não demorou muito, e a pecuária na Alta Sorocabana se efetivou a partir do desmatamento de áreas ainda não exploradas, para a criação de gado. Atualmente, a região tem uma economia diversificada, entre as atividades destacam-se a prestação de serviços, comércio, agricultura e pecuária. Do PIB total, 28.691 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária, correspondente ao setor primário. Segundo o IBGE (2014), o município possuía um rebanho de 52.265 bovinos, 3.000 equinos, 1.100 suínos, 170 caprinos, 81 bufalinos, 960 ovinos e 13.080 aves. A cidade produziu 1.670 litros de leite de 1.140 vacas, 55 mil dúzias de ovos de galinha e 110 quilos de mel-de-abelha. Na lavoura temporária foram produzidos principalmente cana-de-açúcar (337.790 toneladas), batata-doce (15.680 toneladas), mandioca (1.150 toneladas) e milho (1.187 toneladas). O valor da produção das quatro culturas totalizou R$1.043.306. Já na lavoura permanente, os produtos em destaque foram a borracha (25 toneladas), caqui (52 toneladas), coco-da-baía (239 mil frutos), limão (502 toneladas) e manga (528 toneladas), resultando em R$1.465.000. A partir disso, o grupo identificou a relevância em abordar a temática rural e trazer informações que dizem respeito à dinâmica do campo, a fim de proporcionar conhecimento aprofundado ao público-alvo e mostrar diferentes perspectivas sobre o assunto em questão. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho foi produzido na disciplina de Telejornalismo III, ministrada pela professora Doutora Thaisa Sallum Bacco, no segundo semestre de 2016. O programa foi destinado à produção de conteúdos audiovisuais informativos, voltado à população de Presidente Prudente e região, a fim de esclarecer e noticiar assuntos e curiosidades que dizem respeito à dinâmica da vida no campo. A identidade visual foi desenvolvida de modo a trazer identificação do público com os assuntos tratados durante o programa. Foi criada um logo, tarjas para identificação, base para informações adicionais, uma vinheta de abertura e uma de interblocos. Os gêneros de abordagem desse produto jornalístico são de caráter informativo e interpretativo. O informativo leva em conta o princípio básico do jornalismo: a informação, elemento essencial para a produção do conteúdo e elaboração das pautas. Já o gênero interpretativo, permite a contextualização dos fatos noticiados, bem como reflexões e análises acerca do assunto, por meio de explicações feitas por especialistas. As pautas apresentaram os seguintes itens: retranca, proposta, roteiro e dados, para que fossem executadas pelo repórter e cinegrafista. O conteúdo produzido continha as informações necessárias para que a equipe de externa tivesse compreensão do assunto e, posteriormente, conseguisse transmiti-lo ao público. As fontes consultadas possuíam capacidade para discursar e argumentar sobre a temática, utilizando um vocabulário de fácil entendimento e não prolixo, de forma que cada tema fosse exposto de maneira direta e concisa. Em relação às reportagens, as mesmas não seguiram necessariamente uma ordem cronológica, mas apresentaram uma sequência coerente de informação. Durante a gravação das sonoras, os alunos que exerciam a função de repórter não induziram os entrevistados a dizer ou distorcer algo, seguindo os princípios éticos do jornalismo. Cabe destacar que o repórter é  [...] o líder de uma equipe de externa. Dá o ritmo ao time, discute as necessidades do trabalho em campo, reúne as informações, faz as entrevistas e apronta o texto da reportagem (CURADO, 2002, p.46). Como o programa foi produzido em período eleitoral, os entrevistados foram questionados se eram candidatos, pré-candidatos ou se possuíam familiares com candidaturas lançadas. Caso as respostas fossem afirmativas, tais personagens eram excluídos para que se evitasse qualquer tipo de propaganda político-partidária. A intenção foi aproximar o público ao produto jornalístico temático e despertar seu interesse pelos assuntos tratados. Assim, foi adotada a linguagem coloquial, haja vista que a mesma oferece mais fluidez na comunicação oral e interação com o telespectador, e isso sem comprometer a credibilidade. É de extrema importância o cuidado com o texto verbal na televisão, pois: [...] mais que no jornal escrito, exerce funções orientação e síntese daquilo que é apresentado pela imagem. A palavra precisa ao mesmo tempo ser compreensível para um público bastante amplo e manter as indicações de neutralidade e objetividade. Os expedientes narrativos e de registro linguístico são, mais acentuadamente, os principais elementos para se chegar a tal configuração. (ZANCHETTA JÚNIOR, 2004, p.110) Expressões populares e regionais, sem caráter depreciativo ou insultuoso, foram consideradas, pois fazem parte da linguagem característica da zona rural, universo delimitado para discussão no programa. Na cinegrafia, o enquadramento de meio close, que é  [...] é uma tomada enquadrando o indivíduo do busto para cima , foi priorizada. Além deste, foi utilizado também o plano americano que trata-se de: [...] uma tomada enquadrando o indivíduo da cintura para cima. Tem outras variações como: dos quadris, das coxas, dependendo da significação da tomada. Alguns autores preferem chamar apenas o enquadramento dos joelhos (ou da canela) para cima de Plano Americano (PA). (AMARAL, 1997) Na edição de texto, o editor realizou seu trabalho a partir do que foi estabelecido no relatório de reportagem. No entanto alterações eram livres, caso fossem consideradas ideais e necessárias para a estrutura da matéria, pois: Editar é uma arte. No sentido de lapidar a reportagem usando seus ingredientes básicos  imagem, informação e emoção  para contar uma história no tempo certo. O tempo certo de cada reportagem depende da importância jornalística do assunto e da força das imagens. O ritmo e o estilo de cada telejornal são fatores que também influenciam a edição de uma matéria. (PATERNOSTRO, 2006, p.162) A edição de imagens foi realizada por meio do software Adobe Première, de forma não linear, após o descarregamento do material bruto das gravações na ilha de edição do laboratório da TV Facopp Online. Nessa etapa houve a colaboração do técnico do laboratório Carlos Hideki Shirosawa. Durante as matérias foram creditados todos os entrevistados, com exceção daqueles em que a fala foi inferior a três segundos, além de toda a equipe do programa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa tem a duração de quinze minutos e foi dividido em dois blocos, sendo o primeiro com apresentação e duas reportagens, e o segundo com apresentação, uma reportagem e uma receita. Quanto ao conteúdo jornalístico, as matérias abordaram a cultura da batata doce. A primeira matéria, com retranca  batata produz , mostrou a produção da batata na região de Presidente Prudente; a segunda matéria com retranca  tecnologia produção abordou as técnicas e tecnologias que vem sendo utilizadas para que se melhore o cultivo, desde o melhoramento genético de mudas, até a colheita, com uso de equipamentos para facilitar o trabalho dos catadores; e a terceira matéria, com retranca  batata nutrição , apresentou os benefícios de se utilizar a batata doce na alimentação e foi seguida por uma receita, fechando assim o programa. Durante a produção do videojornalístico, os alunos foram divididos em duas equipes que ficaram responsáveis pela execução das reportagens, sendo que uma aluna foi designada para apresentação do programa. A gravação das cabeças foi realizada em locação externa, sem o uso de teleprompter (TP). O figurino dos repórteres e do apresentador foi voltado ao estilo casual, como camisa e jeans, caracterizado como versátil e menos informal. Dessa forma, o vestuário adotado buscou se aproximar dos trajes habituais do público-alvo e reforça a identificação da categoria com o produto jornalístico apresentado. Nesse programa, foram apresentadas três reportagens independentes, as quais tratam de assuntos diversificados, mas que dizem respeito à mesma temática abordada pelo programa. Desataca-se que todas as matérias, sobretudo, possuíam como gancho informações relacionadas aos aspectos do espaço rural, sejam eles econômicos, tecnológicos, sociais ou culturais. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A experiência de se produzir o Vida no Campo foi desafiadora, já que mesmo as questões rurais serem comuns aos alunos por residirem no interior do estado, os mesmos não possuíam um contato tão próximo com o campo. Foi preciso um trabalho intenso de pesquisa sobre as culturas da região, entidades do setor que possuíssem informações relevantes e que seriam utilizadas no programa, além de uma seleção de entrevistados que pudessem trazer algo novo sobre a batata doce, que foi o tema principal do programa. Ao se realizar uma atividade em que é necessário sair da zona de conforto do ambiente da sala de aula e do prédio da Universidade, os alunos tiveram contato com as especificidades do trabalho jornalístico prático. Foi possível colocar a teoria aprendida em sala para funcionar, e isto além das quatro paredes, ou seja, no local onde a informação está e as notícias acontecem de fato. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AMARAL, Neusa Maria. Apostila telejornalismo. Londrina: UEL, 1997<br><br>BRASIL. Secretaria de Comunicação Social. Pesquisa brasileira de mídia 2015: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. Brasília: Secom, 2015.<br><br>CURADO, Olga. A notícia na TV: o dia a dia de quem faz telejornalismo. São Paulo: Alegro, 2002.<br><br>IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Presidente Prudente. 2016. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=354140>. Acesso em: 25 mar. 2017. <br><br>PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV. Manuel de Telejornalismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.<br><br>ZANCHETTA JÚNIOR, Juvenal. Imprensa escrita e telejornal. São Paulo: Unesp, 2004.<br><br> </td></tr></table></body></html>