ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01203</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Mazzaropi - Um Homem, um artista, o mito.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;ricardo avila nunes de araujo (faculdade cancão nova); Mariana Pacheco (faculdade cancão nova); Mirian Pacheco (faculdade cancão nova); Daniel Adão da silva (faculdade cancão nova); Celso Pinheiro (faculdade cancão nova); Mirian Kelen (faculdade cancão nova); Marcos Jobert (faculdade cancão nova)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Mazzaropi, Cinema Nacional, Documentário, Cultura, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Amácio Mazzaropi iniciou sua carreira no circo, passou pelo teatro, pelo rádio e pela TV; tornou-se o mito do Cinema Nacional, por relatar diversos temas sociais e por produzir e distribuir os seus próprios filmes. Este presente trabalho tem como objetivo apresentar um documentário audiovisual sobre Amácio Mazzaropi. Buscou-se através de entrevistas, elementos que contribuíram para a construção de seus personagens que o tornaram tão famoso e aceito pela população. O documentário visa mostrar o homem, o artista, o mito que assumiu a pele de caipira. O caipira de Mazzaropi esteve frente a frente com o processo de transformações econômicas, sociais, políticas e culturais sofridas pelo Brasil. O artista tornou-se um importante produtor do cinema nacional durante os anos 60 e 70, influenciando a história do cinema e cultura nacionais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Amácio Mazzaropi nasceu na cidade de São Paulo em 1912 e faleceu em Taubaté em 1981, na região conhecida como Vale do Paraíba. O presente trabalho tem por objetivo construir um documentário audiovisual que retrata a vida de Amácio Mazzaropi  um brasileiro sonhador, que marcou décadas com seus filmes e influenciando muitos outros artistas. Mazzaropi é um dos nomes mais importantes do cenário cultural brasileiro. Para elaboração deste trabalho foram realizadas pesquisas em sites e plataformas especializados em cinema, bem como entrevistas com pessoas do meio artístico e ou que conviveram com Mazzaropi. Este trabalho está estruturado da seguinte forma: Primeira seção de caráter introdutório, que mostra a vida e breve trajetória profissional. Na segunda seção apresenta diferentes perspectivas sobre o Mazzaropi, isto é, o artista e o empresário que soube lidar com a crítica da elite e buscou sempre a linguagem do povo. Na terceira seção são apresentadas as conclusões finais, que traduzem a importância do resgate e da valorização do nome e memória desse artista de gigantesca proporção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este documentário tem como intuito mostrar a importância de Amacio Mazzaropi na cultura e cinema nacional, através de depoimentos dos entrevistados, imagens dos filmes do próprio Mazzaropi, além de pesquisas bibliográficas e sites dedicados a preservação da cultura nacional. E também mostrar como Mazzaropi conseguiu conquistar o publico ao longo da sua carreira, e se firmar na industria cinematográfica com meios próprios, e ainda assim, conseguir se manter como número um em bilheterias ao longo da sua trajetória.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A realização desse documentário audiovisual tem por justificativa a relevância de Amacio Mazzaropi, no cinema e cultura nacional, e em manter viva a memória desse grande artista. Os filmes realizados por ele, bateram records de bilheteria não batidos até hoje, salvo pelo filme Tropa de Elite de José Padilha. E ainda assim, ao considerarmos o censo demográfico da época de Mazzaropi, números de salas de cinemas e força de distribuição, os filmes de Mazzaropi continuam em primeiro lugar. e é essa deferência que queremos mostrar ao falar de Amacio Mazzaropi nesse documentário. O homem que criou e interpretou o caipira mais assistido de todos os tempos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A metodologia utilizada para a realização desse documentário audiovisual foi a de levantamento bibliográfico a fim de buscar dados e informações sobre a vida e trajetória de Amacio Mazzaropi. Trajetória essa que percorreu um caminho do circo ao cinema. E também a realização de entrevistas e coletados depoimentos de pessoas que conviveram e trabalharam com ele durante a produção e realização de filmes. A entrevistas contaram com pessoas de área técnica de produção audiovisual e também com amigos de Amacio Mazzaropi. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Amácio Mazzaropi, a história Mazzaropi teve seu primeiro contato com o mundo artístico na capital paulista, através de participações em espetáculos circenses. Mais tarde inicia sua carreira no teatro, para posteriormente se consolidar como um sucesso também no rádio, TV e cinema. A história de Amácio Mazzaropi, um homem, um artista, o mito, merece ser contada e recontada até que a memória o tenha como referência primeira em cinema. Artista sem igual, que com seus filmes retratava temas sociais como preconceito, racismo, política, a simplicidade do trabalhador rural e a exploração de latifundiário. A diferença do Mazzaropi em relação a outros artistas da época é que ele se preocupava em falar de um jeito que o público, a grande massa, entendesse, ele se diferenciava porque se importava em fazer filmes sobre o Brasil, para o Brasil, relata em entrevista o curador do museu Mazzaropi, Cláudio Marques (2016) e essa fórmula funcionou no cinema, levando milhões de brasileiros aos cinemas, num Brasil de 70 milhões, conforme Censo da época, apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  IBGE (2016). As entrevistas proporcionaram elementos fiéis utilizados por Mazzaropi para construção de seus personagens e histórias. O Grupo Paranga (2016),composto por Lia Marques, Renata Marques, Negão dos Santos, filho de Elpídio dos Santos, relata em entrevista que Mazzaropi não era um simples diretor ou ator, ele amava o que fazia. E assumiu mais de uma função nas produções de seus filmes. Conforme, Negão dos Santos (2016), vale registrar a grande parceria feita com Elpídio dos Santos, compositor, nascido em 14 de janeiro de 1909, em São Luiz do Paraitinga - SP, numa família cheia de habilidades. Complementa Negão dos Santos (2016), que Elpídio dos Santos escolheu a música como sua preferida. Casado com Cinira dos Santos. A história desse compositor é feita de inspiração e diversidade. Sem se limitar ao universo caipira, ele compôs choros, dobrados, marchinhas, sambas, valsas, foxes, entre outros. Foi o principal parceiro de Mazzaropi para trilhas sonoras dos filmes, afirma Grupo Paranga (2016). Teve suas músicas em trilhas de novelas, suas canções foram gravadas por muitos nomes da música brasileira. Foram 26 canções de Elpídio em 19 filmes de Mazzaropi, e que Mazzaropi fazia questão de interpretar, conforme Grupo Paranga (2016). Os entrevistados têm diferentes olhares sobre Mazzaropi, ora um traz uma perspectiva mais humana e pessoal, ora um olhar mais técnico e impessoal, permeado de valor sobre a história do Mazzaropi. A coordenadora do Museu Mazzaropi, Pâmela Botelho (2016), relata em entrevista, a história de Amácio Mazzaropi e suas conquistas profissionais, assim tornando-se um ícone do cinema nacional. Um outro entrevistado, que foi um dos responsáveis pela criação do Museu do Mazzaropi em Taubaté  SP, é Cláudio Marques, que fala com propriedade sobre a vida e obra de Mazzaropi. A curadora da Mostra Itinerante Mazzaropi, Maria do Carmo Teixeira, mora em Roseira e conheceu Mazzaropi em set de filmagens, já que seu esposo, Francisco Santiago Neto, trabalhara com ele muito tempo, e depois da morte de Mazzaropi, passou a interpretar o caipira Jeca Tatu em cidades do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. Teixeira (2016), relata que os críticos, as críticas, as políticas, modas, moedas passaram, mas Mazzaropi ficará para sempre na lembrança por sua história de sucesso e realizações. A partir desses testemunhos sobre Amácio Mazzaropi fica fácil perceber o real valor desse artista para cultura e cinema nacionais. É ímpar, único e inconfundível para o meio artístico. Mesmo em meio às adversidades, como crítica da elite, Mazzaropi persistiu e fez nascer a PAM Filmes - Produções Amácio Mazzaropi. Com recursos próprios, inicia as filmagens de CHOFER DE PRAÇA. Para produzir o filme, Mazzaropi vende a casa, carro e tudo que podia para alugar os estúdios e equipamentos da Companhia Vera Cruz. Além de produzir, Mazzaropi passa a cuidar do lançamento e distribuição de seus filmes por todo o Brasil controlando na bilheteria o resultado dos filmes. Para Fressato (2011), o contexto apresentado principalmente pela série de Filmes Jeca e Jeca Tatu, demonstra um conflito entre um Brasil desenvolvimentista e urbano com o universo caipira retratado nas telas de Mazzaropi. A autora explica que para muitos intelectuais da época o caipira preguiçoso era um sinal de retrocesso e ignorância, frente ao Brasil nacionalista e urbanista defendido tanto pelo governo quanto pela imprensa da época. O caipira representado por Mazzaropi, característico do interior do estado de São Paulo, diferente do almejado pela ideologia desenvolvimentista, utiliza-se de práticas conservadoras para enfrentar as adversidades. Inserido num contexto socioeconômico de avanço das práticas capitalistas e das injustiças sociais que compunham as relações no campo, inclusive a luta pela terra, o caipira não abandona, nem deixa corromper seus valores tradicionais baseados na honestidade, na solidariedade e nos laços familiares. (FRESSATO, 2008, p. 1). Usufruindo de maneira brilhante da sátira e ironia, Jeca Tatu debochava de forma quase provocativa do modelo desenvolvimentista pregado pelas classes dominantes. Mazzaropi é um artista que mudou a realidade do cinema nacional, pois suas obras transcendiam as telas, para levantar debates e questões polêmicas. Para muitos atores, apesar da aparentemente simples, os filmes de Mazzaropi retratavam de forma singular o universo caipira, apresentando as dificuldades cotidianas e os conflitos enfrentados por essa parcela da população naquela época. Esta foi fórmula do sucesso de Mazzaropi, um homem, um artista o mito que eternizou a sua história por ser um instrumento do povo, nos meios de comunicação, que falou e mostrou o Brasil para brasileiros.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Este trabalho permitiu desenvolver conhecimentos acadêmicos, profissionais e pessoais. Ao executarmos este trabalho proposto pelo professor mestre Marcos Jolbert pudemos compreender a importância de Mazzaropi na cultura e cinema nacional. Diante das gravações realizadas com pessoas do meio artístico e de área técnica de cultura e cinema, pudemos perceber o quanto é valorizado o caipira Jeca Tatu, principal personagem de Mazzaropi. E isso por uma profunda identificação entre público e artista. Manter vivo o nome, a imagem a mensagem de Mazzaropi, faz com que muita gente tenha inspiração. E que esse Museu, inspire outros brasileiros a valorizarem o que é nosso. Nosso artista, nossa gente e nossa cultura, afirmou Marques (2016). Mazzaropi, um homem, um artista, o mito, não é apenas título deste documentário, é o nome AMÁCIO MAZZAROPI escrito de outra forma.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BOTELHO, P. Pâmela Botelho: depoimento [set. 2016]. Entrevistador: Ricardo Ávila. Taubaté: Museu Mazzaropi, 2016. 1 arquivo .mov (7 min.). Entrevista concedida ao Projeto de Documentário Audiovisual da Disciplina Projeto em TV da Faculdade Canção Nova.<br><br>CRUZ, N. Elpídio Dos Santos  O Nosso Grande Maestro/Poeta/Compositor. Disponível em: http://aartedomeupovo.blogspot.com.br/2011/03/elpidio-dos-santos-o-nosso-grande.html. Acesso em: 16 nov. 2016.<br><br>FRESSATO, S. B. Caipira Jeca Tatu: uma negação da sociedade capitalista? Representações no cinema de Mazzaropi  IV ENECULT - Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura: UFBA, Salvador. 2008.<br><br>IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/68/cd_1960_v1_t9_mg.pdf. Acesso em: 23 nov. 2016.<br><br>MARQUES, C. Cláudio Marques: depoimento [set. 2016]. Entrevistador: Ricardo Ávila. Taubaté: Museu Mazzaropi, 2016. 1 arquivo .mov (20 min.). Entrevista concedida ao Projeto de Documentário Audiovisual da Disciplina Projeto em TV da Faculdade Canção Nova.<br><br>SANTOS, N. Negão dos Santos: depoimento [set. 2016]. Entrevistador: Ricardo Ávila.São Luiz do Paraitinga: Instituto Elpídio dos Santos, 2016. 1 arquivo .mov (30 min.). Entrevista concedida ao Projeto de Documentário Audiovisual da Disciplina Projeto em TV da Faculdade Canção Nova.<br><br>PARANGA, G. Grupo Paranga: depoimento [nov. 2016]. Entrevistador: Ricardo Ávila. São Luiz do Paraitinga: Instituto Elpídio dos Santos, 2016. 1 arquivo .mov (30 min.). Entrevista concedida ao Projeto de Documentário Audiovisual da Disciplina Projeto em TV da Faculdade Canção Nova.<br><br>TEIXEIRA, M. C. Maria do Carmo Teixeira: depoimento [set. 2016]. Entrevistador: Daniel Adão da Silva e Mariana Pacheco. Roseira: Mostra Itinerante Mazzaropi, 2016. 1 arquivo .mov (17 min.). Entrevista concedida ao Projeto de Documentário Audiovisual da Disciplina Projeto em TV da Faculdade Canção Nova.<br><br> </td></tr></table></body></html>