ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01207</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Edição do livro desenvolvido para o livro-reportagem sobre a história da Casa Cabana </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;ARIANE KESIA LOPES BATISTA (CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Diagramação, Design Editorial, Edição de Livro, Livro-reportagem, Projeto Gráfico</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O presente trabalho tem como objetivo apresentar o projeto gráfico do livro reportagem que conta a trajetória do imigrante libanês Elias Joukhadar, fundador da tradicional loja belorizontina de chapéus Casa Cabana. Este livro, segundo o autor Carlos Benevides, tem como objetivo trazer um recorte na história de Belo Horizonte, por meio da investigação do processo de construção de um dos traços mais marcantes da capital mineira: o comércio varejista, com o foco nas contribuições dos imigrantes libaneses e seus descendentes. A metodologia de criação do projeto gráfico seguiu os princípios do discurso gráfico característico do livro-reportagem. A relevância desta obra se dá ao demonstrar a contribuição dos imigrantes na construção de Belo Horizonte por meio da fundação de um dos comércios mais icônicos da antiga região boêmia de Belo Horizonte. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> No quarto período do Curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo é oferecida a disciplina de Planejamento Gráfico Editorial, onde nos foram apresentados os princípios básicos do discurso gráfico, tipografias, harmonia de cores e finalização de arquivos, além de noções do planejamento gráfico na área do Jornalismo. Atividades práticas também foram desenvolvidas, como a criação de projetos gráficos de jornais e revistas digitais e manuais. Simultaneamente, tive a oportunidade de iniciar um estágio no Núcleo de Publicações Acadêmicas (NPA) do Centro Universitário Newton Paiva. Neste setor são desenvolvidos projetos gráficos com a supervisão da Editora de Arte e Projeto Gráfico Helo Costa e diagramados os mais variados tipos de produtos gráficos; desde periódicos científicos eletrônicos e impressos, até livros da autoria de professores. Após a permanência de um ano no Núcleo, que tem como característica ser um laboratório de aprendizagem, foi possível desenvolver e aprimorar noções, tanto em ferramentas de edição gráfica, quanto de "estética aplicada". <br>No ano de 2016, o aluno Carlos Benevides estava elaborando o produto editorial livro- reportagem como parte do trabalho de conclusão de curso. Sua orientadora, Christiane Rocha, que tinha o conhecimento do período de estagiei no NPA, sugeriu que assumisse a elaboração do projeto gráfico e diagramação. O livro é então o produto da primeira experiência de elaboração e execução autônoma de um projeto gráfico.<br>No projeto procurei utilizar os conhecimentos apreendidos em sala de aula e durante a experiência de estágio supervisionado no Núcleo de Publicações Acadêmicas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Desenvolver, a partir dos métodos e técnicas apreendidos durante a disciplina de Planejamento Gráfico Editorial e a experiência adquirida durante o estágio no Núcleo de Publicações Acadêmicas, um livro reportagem sobre a história do imigrante libanês Elias Joukhadar. Como objetivos do livro, pode-se citar:<br><ul><li>Definir um recorte na história de Belo Horizonte, por meio da investigação do processo de construção e consolidação de um dos traços mais marcantes na vida da capital mineira: o comércio varejista impulsionado, principalmente, pela presença dos imigrantes libaneses.</li></ul><ul><li>Ilustrar traços importantes no desenvolvimento de Belo Horizonte, a partir dos anos de 1950, quando se consolida na cidade a influência da comunidade libanesa.</li></ul><ul><li>Contextualizar a história e memória desses acontecimentos de encontro ao momento atual de rápida transformação da paisagem urbana na área central da cidade de Belo Horizonte, sem preocupação no resguardo de sua memória.</li></ul><ul><li>Relatar a trajetória do imigrante libanês Elias Joukhadar com destaque para três pontos temporais; sua chegada à cidade de Belo horizonte, a fundação da Casa Cubana a maior chapelaria de Minas Gerais - que se tornaria Casa Cabana durante o período da ditadura - e a recente revitalização da chapelaria. </li></ul> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%" align="justify"><font face="Times New Roman, serif"><font style="font-size: 11pt" size="3"><span style="text-decoration: none"><span style="font-weight: normal">&nbsp;A escolha do tema, segundo Carlos Benevides, se justifica pela necessidade de apurar um registro mais nítido da comunidade libanesa em Belo Horizonte, em particular, de sua atividade mais específica  o comércio-, tomando como exemplo um dos estabelecimentos comerciais mais antigos da cidade: a Casa Cabana. Este estabelecimento durante muitos anos figurou como a única na capital dedicada ao comércio de chapéus, tendo entre seus clientes o Ex-presidente da Republica Tancredo Neves, e o seu neto, o Senador Aécio Neves. Há a relevância da trajetória de seu fundador, o libanês Elias Ishac Joukhadar, falecido em 2012,&nbsp; na construção da imagem da chapelaria desde a pequena loja chamada Casa Cubana na avenida Amazonas, até os dias atuais, quando passou para as mãos de seus descendentes. Essa história retrata simbolicamente a saga dos imigrantes libaneses em Belo Horizonte e sua contribuição para o desenvolvimento da capital, economicamente, culturalmente e patrimonialmente. </span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-weight: normal"></span></span></font></font></p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Sarres (2007), caracteriza o livro-reportagem como  um veículo de comunicação jornalística não-periódica que amplia o trabalho feito pela imprensa nos temas tratados cotidianamente . Assim, foram utilizadas técnicas comuns aos jornais impressos, a fim de estabelecer um discurso gráfico coerente, criando um diálogo entre a comunicação pragmática (textual) e a abstrata (desing). <br><br>Um dos elemento que podemos ressaltar é a priorização do equilíbrio simétrico cujas premissas estéticas se inspiram no design clássico e continuam a servir de padrão a uma ampla parcela do design contemporâneo, principalmente pela simplicidade de alcançar o equilíbrio (SILVA, 1985).<br><br>Na escolha das tipologias, no título da capa, foi utilizada a Capone Light, que é tipo clássico, não tão relacionado as tipologias dos jornais, mas que remete aos anos 50  período ressaltado no livro pela criação da Casa Cabana-, de formas arredondadas, onde as letras "U" e "A"&nbsp; possuem um formato semelhante -diferenciadas apenas por um traço. Esse formato foi escolhido para que a capa pudesse contribuir com a contação da história do inicio da chapelaria. A Casa Cabana, à princípio, se chamava "Casa Cubana" e, devido a ditadura, o  u da placa da loja foi transformado em  a , formando o nome atual: Casa Cabana.<br><br>A tipografia do texto, tanto do título do capítulo quanto do corpo, foi a Georgia. É uma fonte é serifada, o que remete ao jornal impresso, fazendo referência ao gênero do livro. No entanto, as serifas são curvadas  e não quadradas como normalmente utilizado nos jornais- o que trouxe leveza e aproximou o visual jornalístico e o literário. Já para o "expediente" foi utilizada a fonte HP springfiel,&nbsp; uma tipologia sem serifa, para diferenciar visualmente dos elementos textuais.<br>Foi utilizado no princípio de todos os capítulos uma letra capitular como mais um indicativo do texto jornalístico. Além de ser um recurso gótico que referencia visualmente o conteúdo do livro como sendo relacionado à contação de uma história.<br><br>As cores foram limitadas aos tons pasteis  na imagem do chapéu da capa e na contracapa - que fazem referência tanto ao logotipo da Casa Cabana, quanto ao seu carro-chefe: o chapéu panamá. O Preto e o branco também compõe a capa remetendo ao logotipo da loja. No corpo do livro os tipos são em P&amp;B (Preto e Branco) e as imagens são tanto preto e brancas, quanto coloridas. A escolha em não padronizar as imagens (transformando as coloridas em preto e branco) faz parte da estratégia de demonstrar, por meio das cores, a passagem de tempo e as mudanças da chapelaria.<br>As Imagens são de fotos cedidas pela família Joukhadar e fotos tiradas pelo autor, Carlos Benevides. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como resultado do projeto, o livro Casa Cabana, de dimensão A5 (21,0 x 14,8 cm), em formato impresso - entregue aos integrantes da banca de avaliação do trabalho de conclusão de curso do autor Carlos Benevides- e em formato digital para acesso gratuito. O Livro foi disponibilizado no Issuu, site de compartilhamento onde pessoas e editoras podem compartilhar vários tipos de conteúdos digitais. O objetivo de disponibilizar gratuitamente o livro parte do princípio de que a sua produção foi pensada com a finalidade de dar visibilidade a um recorte da história da cidade de Belo Horizonte que é de relevância para a sociedade e do interesse público. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> <p style="margin-bottom: 0cm; line-height: 100%" align="left"><font color="#000000"><font face="Times New Roman, serif"><font style="font-size: 11pt" size="3"><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">A história de um lugar é um patrimônio </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">imaterial </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">que, </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">junto a</span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">os lugares históricos </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">- patrimônios materiais-</span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">, constrói a identidade de uma população ou de um local. Privar as pessoas do acesso a </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">está história é</span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal"> transformar </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">aquele lugar </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">em um lugar sem passado, onde não se é possível entender o presente, muito menos enxergar o futuro. </span></span></span></font></font></font> </p><font color="#000000"><font face="Times New Roman, serif"><font style="font-size: 11pt" size="3"><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal"></span></span></span></font></font></font><p style="margin-bottom: 0cm; line-height: 100%" align="left"><font color="#000000"><font face="Times New Roman, serif"><font style="font-size: 11pt" size="3"><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">A visão da importância da história do comércio </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">de imigrantes </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">libaneses</span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">, principalmente a Casa Cabana, para Belo horizonte, está diretamente ligada à </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">preservação da história da cidade e dos  locais de </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">memória - ou lugares históricos - representativos</span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal"> </span></span></span><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">desta história.</span></span></span></font></font></font></p> <p style="margin-bottom: 0cm; line-height: 100%" align="left"><font color="#000000"><font face="Times New Roman, serif"><font style="font-size: 11pt" size="3"><span style="text-decoration: none"><span style="font-style: normal"><span style="font-weight: normal">Tendo consciência desta importância, nada mais apropriado do que o seu registro permanente e divulgação. E não há forma melhor que um livro para se registrar uma história.</span></span></span></font></font></font></p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">SARRES, Ana Carolina Dias. Nova História e jornalismo literário: a contribuição de Lawrence Wright. 2007. Disponível em: <http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/1597/2/20412620.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2017. <br><br>SILVA, Rafael Souza. Diagramação o planejamento visual gráfico na comunicação impressa. Summus Editorial, 1985, p.13-23. <br><br> </td></tr></table></body></html>