ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01271</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Livro de crônicas: tempo e temporalidade na produção da notícia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Natália Garcia Lucas de Jesus (FACULDADES INTEGRADAS SÃO PEDRO); Mirella Bravo Souza Bonella (FACULDADES INTEGRADAS SÃO PEDRO)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Crônica;, Jornalismo;, Tempo;, temporalidade., </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho discute os aspectos que norteiam a produção de notícia sobre a ótica do tempo e suas diversas apreensões, que é a temporalidade. Destacam-se as percepções do tempo dos profissionais e como o produto final jornalístico propõe narrativamente a presentificação do tempo. Após o aprofundamento teórico, sendo o conceito básico de tempo entendido a partir dos estudos de Santo Agostinho e apoiado em Aristóteles, iniciou-se o processo de produção do produto proposto neste trabalho: um livro de bolso contendo crônicas jornalísticas sobre as diversas formas de apreensão do tempo pelos profissionais envolvidos na produção cotidiana do programa jornalístico televisivo Bom Dia ES.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho trata do tema o tempo e a temporalidade na produção da notícia. Busca-se compreender a temporalidade de cada profissional em todo processo de construção da informação que é chamada notícia. Os profissionais envolvidos desempenham funções distintas. Como será que cada um em sua função lida com esse processo de apreensão do tempo? Será que é possível descrever em crônicas as trocas das temporalidades dessa profissão? São essas perguntas que esse projeto tem o intuito de investigar e responder, registrando em um livro de crônicas de bolso, o acontecer desse processo de produção usando como ponto principal, a ótica subjetiva dos profissionais que atuam na frente e por trás das câmeras. A chegada do profissional à redação, a rotina de tarefas que ele desempenha a partir das demandas que surgem, a troca das temporalidades entre os profissionais, a reconfiguração do tempo dentro do processo de produção do telejornal matinal até a transmissão para os telespectadores que assistem ao noticiário. O que interessa aqui é essa série de relações interligadas pelo tempo, que perpassa os indivíduos até o processo final, transparecendo as múltiplas formas de apreensão do tempo dos diversos profissionais envolvidos. Tempos diversos narrados por um olhar de fora, que propõe na produção de crônicas a reflexão sobre a complexa relação humana com o presente, o passado e o futuro durante a prática das atividades profissionais rotineiras. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desde o início da definição das primeiras pautas até a entrada no ar do programa jornalístico Bom Dia ES e sua efetivação ao vivo durante 1 hora e 30 minutos, às mudanças de temporalidades individuais e coletivas se criam e recriam em ações que sustentam o presenteísmo, alimento do jornalismo televisivo. Apenas o tempo presente parece real e esse presente vivido só faz sentido quando comparado ao tempo passado e futuro, o que nos dá uma consciência da apreensão do tempo que é a temporalidade. Barbosa (2009, p. 9), afirma que o tempo psicológico e a experiência do tempo humano são subjetivos e temporais. A interpretação de tempo para o indivíduo está diretamente relacionada às atividades psicológicas levando em consideração toda a especificidade do ser, individualidades e estrutura de formação de caráter e personalidade. Para entendimento do processo de presentificação do cotidiano, presente no discurso jornalístico, recorre-se aqui aos estudos de Franciscato (2005). Para o autor, existem cinco fenômenos por meio dos quais se alcança a objetividade social: instantaneidade; simultaneidade; periodicidade; novidade; revelação pública. A partir disso, surge a pergunta que move esse trabalho é: De que forma os profissionais lidam com o tempo para se produzir notícias? Partindo desse princípio inicia-se a busca, a saber, do que é notícia. Notícia é a informação transformada em mercadoria com todos os seus apelos estéticos, emocionais e sensacionais; para isso a informação sofre um tratamento que a adapta às normas mercadológicas de generalização, padronização, simplificação e negação do subjetivismo. (FILHO, 1986, p.13). A notícia é, portanto, um produto construído através das atividades dos profissionais tomando um formato adequado ao mercado tendo como base a neutralidade e a ética e o tempo que compõe essa percepção, a saber: o presente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha desse tema se deu pelo fato de não ser claro e popular a forma com que se produzem as notícias, menos ainda a complexidade que o elemento tempo traz para a compreensão do "fazer jornalismo". É fato que o público em geral não possui contato com processo de produção de matérias, o que gera uma forma particular de interpretar e valorizar as informações recebidas pelos meios jornalísticos. E na busca de materiais teóricos neste viés, não foram encontrados quantidades grandiosas de estudos sobre o tema: produção de notícias, especificamente no que tange esse olhar sobre o tempo e a temporalidade desses profissionais, o que impulsionou ainda mais a realização desse projeto. outra coisa que durante as pesquisas de campo foram incorporadas aos objetivos dessa produção foi saber que ao profissionais pouco notavam essas interligações tão próximas e intensas com o tempo e a temporalidade. No que diz respeito às relações sociais a linguagem que estão fisicamente ausentes no momento, mas indivíduos no passado relembrando ou reconstituindo, assim como outros projetados no como figuras imaginárias no futuro. Todas essas "presenças" podem ser altamente dotadas de sentido, evidentemente, na contínua realidade da vida cotidiana (PERTER, 2000, p.60). Não se nota nos profissionais uma atenção relevante ou de importância a questão proposta neste trabalho, tão pouco como isso parece a eles no coletivo durante o exercício da profissão. E a surpresa de ser tão comum esse comportamento no meio de comunicação. Esse projeto vem para levantar questões que realmente provoque esses comportamentos. O conceito principal deste trabalho é o tempo. Especificamente, após conceitualização ampla, será apresentada a relação deste com a prática da produção da notícia de um telejornal local do Espírito Santo, o Bom dia ES. O autor principal do conceito de tempo será em Santo Agostinho (354-430 d.C.), que definiu como o tempo sendo humano, que é temporal; e o de Deus, que é eterno. Entender-se-á que, para o autor, o tempo do homem está condicionado a temporalidade subjetiva individual, sendo esta impossível na eternidade. Já o tempo de Deus não existe na duração, por ser o agora. Também serão realizadas algumas reflexões em Aristóteles, filósofo que Santo Agostinho buscou explicações sobre o tempo, sendo este o movimento dos corpos enumerado pela alma. Mais do que o tempo do relógio, nosso interesse recai sobre as diversas apropriações do tempo entendido como temporalidades. Especificamente, a reflexão chega ao tempo do jornalismo, ligada ao tempo do homem de Santo Agostinho (354-430 d.C.). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha de produzir esse produto em formato de texto impresso, livro, é para que houvesse maior facilidade de manuseio e ser literalmente algo que pudesse ser tocado, sentido, cheirado, carregado para todos os lugares. A maior intenção era ser palpável, se opondo ao abstracionismo do tema que é o tempo. Não queríamos que fosse apenas virtual, e também fazendo a menção de notícias de jornal impresso que são as principais características físicas que o livro carrega. Em relação à pesquisadora, a escolha do tema passa pelo interesse em conhecer e registrar as temporalidades individuais dentro de um único processo: a produção das notícias. A curiosidade em saber as mudanças em relação à forma de sentir e perceber o tempo desde quando a pauta surge até o fechamento e a transmissão da notícia. E o livro de crônicas de bolso foi a forma de passar todas essas informações. Foi escolhido principalmente pelas características de sensibilidade, pela possibilidade de produção de imagens mentais e a proximidade com o leitor, alcançando o objetivo de passar as impressões vividas na redação e o dia a dia do profissional de jornalismo em atividade. Entre os diversos elementos envolvidos nesse processo, nos interessou o tempo e a temporalidade da produção jornalística, especificamente como esse tempo - conceito que recebe múltiplas interpretações - é vivido, sentido e percebido pelos profissionais em um dia de trabalho dentro de uma redação de telejornalismo. Uma interpretação que é estendida ao telespectador. Usou-se fielmente a sequência cronológica das etapas desse processo, o olhar da pesquisadora esteve atento na temporalidade, e na apreensão de vários tempos que surgiram à medida que as funções foram sendo trocadas, registrando o reflexo disso no comportamento do profissional no decorrer da construção do produto. A intenção é valorizar e fazer conhecida a forma da produção da notícia e sua chega ao telespectador, que produz um sentido de passado presenteado, presente vivido. E como o telespectador é sensível a essas trocas de temporalidades com os profissionais. E como esse presente vivido ou presentismo que trata o jornalismo, modifica as temporalidades dos telespectadores e os faz voltar um passado recente como um presente "agora" algo que já passou, mas disso não se dão conta. Em um livro de crônicas de bolso, todas essas diversas formas de apreensão do tempo foram contadas. Reproduzindo as temporalidades relacionadas a função do profissional que cobria o assunto no dia. A principal e mais intrigante observação foi exatamente essa registrada acima, o presente do pauteiro logo se tornou passado para ele ao liberar a pauta para o repórter, que a recebe como presente e a entrega com passado ao editor, e futuro do apresentador. E, assim sucessivamente, o tempo foi ganhando temporalidades até se reconfigurar no presente do apresentador e do telespectador na transmissão do noticiário ao vivo. E quando assistem o noticiário na transmissão ainda que fazendo o trabalho dele envolvido na sua própria temporalidade, mesmo assim são influenciados a reviver ou voltar no tempo passado e se projetar no presentismo do telejornal algo que foi notado ao ver um profissional comentando uma notícia na transmissão ao vivo, que ele mesmo acabara de produzir. Para se coletar os dados necessários para esse livro de bolso, a pesquisadora foi a campo acompanhar o telejornal o Bom Dia ES, que vai ar ao vivo pela Tv Gazeta. E testemunhou a produção das notícias e permaneceu em campo até a mesma ser exibida. Um dos instrumentos utilizados foi um diário de campo onde registrou tudo que viu e presenciou respeitando sempre a temporalidade e rotina dos profissionais. A intenção era ver todo o processo e registrar cada detalhe da produção das notícias. A pesquisadora fez perguntas em momentos estratégicos para se compreender a temporalidade dos profissionais no momento exato de cada fase da produção. Busca-se sempre interferir menos possível na rotina dos mesmos. O acompanhamento foi individual um profissional por vez, para não ocorrer qualquer dúvidas ou engano acerca de como tudo ocorre rotineiramente. Em horários específicos os profissionais que trabalham na redação e na rua, tem a certeza que fazer o mesmo trabalho que é a produção das notícias, mas vivem com certeza em tempos e mundos distintos. E essas percepções não são sequer percebidas ou cogitadas por ambas as partes. Para a realização deste trabalho foram escolhidas quatro tipos de pesquisas: qualitativa, exploratória, etnográfica e bibliográficas. Gonsalves (2003) conceitua os tipos de pesquisa qualitativa; sendo a que compreende e interpreta o fenômeno, considerando que os outros dão às suas práticas, o que impõe ao pesquisador uma abordagem hermenêutica. Também foi selecionada a pesquisa exploratória, que se utiliza de dados que são coletados principalmente por meio da observação participante. A exploratória é adequada para o desenvolvimento e esclarecimento das ideias por oferecer uma visão ampla, de um fenômeno pouco estudado. Essa pesquisa também é denominada "pesquisa de base", por alcançar resultados satisfatórios e possibilitar o aprofundamento do tema a partir dos mesmos. O campo é abandonado quando o pesquisador acredita ter coletados dados suficientes para descrever a cultura ou problema específico estudado. A pesquisa etnográfica que foi a principal e mais usada para descrever o grupo social de forma mais ampla possível. Ela parte do princípio de descrição e compreensão do significado de um evento social. Neste tipo de metodologia, acredita-se que, quando o pesquisador tem uma experiência direta e intensa com a situação ou caso em estudo, essas impressões podem ser usadas para se compreender a realidade dos fatos. Levam-se Sempre em consideração as regras, costumes e convenções que orientam a vida do grupo. E por fim para este projeto também foram feitas pesquisas bibliográficas, para fundamentar teoricamente o tema, foram coletadas as informações nas seguintes fontes: artigos, teses, livros, dicionários e bibliografias especializadas e dissertações de mestrado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto fruto deste trabalho de conclusão de curso (TCC) foi um livro de bolso com crônicas jornalísticas que tratam das formas de apreensão do tempo pelos jornalistas de televisão no exercício da atividade de produção de notícias. Para tanto, foi o escolhido o jornal matinal Bom Dia ES para observação da prática da profissão em suas diversas funções. A escolha do suporte se dá pela facilidade de ser transportado e manuseado. Tendo sua encadernação manual que pode ser endereçado como uma opção de presente. Faz-se um bom momento de lazer para se parar e olhar a vida cotidiana com outros olhos dar um pouco de atenção para algo que às vezes não tem esse momento propício pela pressão da produção continuada. Desenvolveu-se essa proposta de produção com o intuito de atrair a atenção daqueles interessados em conhecer o processo de produção de notícia para televisão. E de pessoas que gostam de leituras que tratam de temas complexos e de complexidades da vida humana, da vida em sociedade, das múltiplas formas de ligações de relações humanas e como esses emaranhados muitas vezes são deixados de lado, por vários motivos principalmente por causas das infinidades de tarefas que levam as pessoas a ter uma vida estressante, chegam a ter uma percepção que o tempo passa cada dia mais rápido, isso tudo através da vida e visão de quem projeta essa vida cotidiana para a sociedade, os jornalistas. As crônicas foram escritas a partir da perspectiva de um olhar de fora e construídas a partir da observação das temporalidades dos profissionais durante 5 dias, entre 5h30 e 8 horas, incluindo o antes, o durante e o depois do jornal ser veiculado ao vivo. Sem interferência significativas do observador. Relatar esse fenômeno em crônicas foi o que se pretendeu, mas o que se atingiu com a produção ultrapassa em muito o livro pronto. Em especial, foi preciso pensar em um texto simples para ser compreensível para o leitor, mesmo quando conceito era complexo; e escrever crônicas requer talento. Não aquele que vem do céu, mas aquele que se atinge pela persistência, reescrita e muita apuração. Os primeiros cronistas também registravam suas experiências impressões pessoais sobre culturas desconhecidas, e lugares distantes que tivessem contato. Como foi à carta Pêro Vaz de Caminhas o descobrimento de um novo mundo, onde ele reconstruiu cronologicamente os acontecimentos sequenciais. Usando os dias da semana e horários bem especificados, sempre repleta de subjetividade e impressões do narrador. (CAMINHA, 1975), além de conhecimento das técnicas da literatura e do jornalismo, já que a crônica se situa exatamente nesta fronteira. A crônica tem suas especificidades em cada país, em alguns, mais informativa, outros mais opinativa. Sobre o projeto gráfico, optou-se por aquele que reunisse as características pretendidas pelo suporte, especialmente de fácil manuseio e transporte. Sobre o tema, encontra-se que  [...] A escolha correta do tipo, do sistema de composição em que se devem gravar os caracteres, no papel onde se imprimirá essa composição e, finalmente, o cálculo de quantas páginas deverá ter o livro, constituem o âmbito do projeto gráfico . (ARAÚJO, 1986, p. 299). A escolha do papel reciclável foi para trazer a vista a passagem do tempo através das páginas envelhecidas na cor pastel, contando ainda com gravuras de relógios antigos e engrenagens fazendo menção de que o tempo pode ser de alguma forma moldável ou pelo menos entender que não ocorre de igual para todos. Escolhemos como tipo de letra o tal, com tamanho tal; como papel o tal e o número de páginas que bem acomodasse todas as crônicas produzidas. O projeto visual do livro foi pensado para dar a noção de tempo se remetendo as notícias do cotidiano para o leitor, que foi o objetivo primordial da autora. A imagem que compõe a capa remete à diagramação dos jornais impressos, que independe do tempo de sua existência, estiveram sempre objetivadas e com linhas gráficas que incluem a hierarquização das matérias por ordem de importância. Desse modo, incluem o título e subtítulo de forma a criar uma legibilidade e incorporação equilibrada. Escolhemos colocar o nome do programa jornalístico que deu vida ao projeto Bom dia ES, uma forma de representar todos os jornais televisivos e também foram usados nomes dos jornalistas com a mesma intenção.  O projeto gráfico e projeto visual do livro constituem, na prática, uma unidade, visto que a perspectiva e o fim de ambos residem justamente na busca da harmonia entre forma e conteúdo . (ARAÚJO, 1986, p. 401). O Autor reforça que a forma sob a qual se agrupam e organizam os diferentes elementos nas páginas e as páginas em determinada unidade, forma o livro. Parte textual é aquela em que se estabelece o texto padrão a ser seguido.  Ao contrário da parte pré-textual, aqui o diagramador estabelece um padrão único e regular a ser obedecido em toda a extensão daquilo que se denomina corpo principal do texto (ARAÚJO, 1986, p. 449). Isso é observável na tipografia escolhida para o corpo de texto do livro é a Times New Roman. As serifas presentes nesta fonte ajudam a agrupar as letras de uma palavra, de forma que mostram um efeito de coagulação óptica, para que o leitor possa não lê um texto letra por letra. Ele lê, sim, palavra por palavra, e muitas vezes, até várias palavras de uma só vez. Esse fator junto à familiarização com a fonte, presente em diversos impressos, ajudam o olho humano a perceber uma palavra como um bloco óptico e melhoram a legibilidade. De maneira geral, as serifas facilitam a leitura, pois fazem o texto parecer contínuo aos olhos do leitor. E para que o leitor tenha percepção da mudança dos títulos de início de cada novo capítulo, foi escolhido à tipografia Calibri, que não possui serifa. Diferente da outra tipografia escolhida para corpo de texto, o objetivo é estabelecer a hierarquia do título. Além disso, a fonte escolhida para o mesmo encontra-se em negrito, para que apresente destaque no início de cada capítulo ao leitor. Iniciando com letra minúscula remetendo a ideia de não haver ponto final antes, numa ideia de não ter um início, uma vez que não se pode explicar o passar do tempo menos ainda seu início assim também se inicia sem ideia de começo e final que na verdade, o tempo é um eterno que passa sem explicações compreensível, apenas aceitáveis. Também ocorreu a etapa de revisão da arte-final. É a última disposição do projeto da página finalizada, que aparecerá para o diagramador da mesma forma que será disponibilizada para o leitor  montagem ou arte-final constitui a derradeira matriz do diagrama. Assim, a arte-final contém todos os elementos e mais que isso, a disposição última do projeto gráfico visual de modo que tudo que se distribua na forma sob a qual a página será lida . (ARAÚJO, 1986, p. 472). O acabamento consiste em assegurar que todas as páginas estão corrigidas e prontas para serem impressas de acordo com o que foi pré-visualizado como produto final  Nunca é demais lembrar que quanto melhor a condição da arte-final como um todo, melhor será a aparência do impresso . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O proveito que se pode extrair deste projeto é algo que de alguma forma é peculiar. Apesar de ser algo tão natural a todos nós e inadiável, não é comum. O olhar sobre o tempo e a temporalidade cotidiana. Olha-se o cotidiano e suas variadas formas e fatos, mas, na maioria das vezes, não se observa o tempo que cobre todo esse acontecer e menos ainda suas formas de apreensão, mas o tempo está em todos os lugares e em todas as coisas, o que prova que o tempo não é o movimento, mas que depende dele para tornar possível sua existência (REIS, 2006, p. 29). Mas conforme Castro (2005, p.144)  todos concordam que é um relato interpretados dos acontecimentos no tempo . O significado de tempo ficou assim: só existe no presente, o passado já passou e o futuro ainda não existe. E o jornalismo produz esse sentido de presente continuado, transportando o telespectador sempre para um presentismo que é produzido através de estratégias e técnicas de produção de notícia. Na observação de campo isso ficou bastante evidente. Por fim, fica como aprendizado que tudo pode ser feito e que o jornalista pode ser produtor de conteúdo, para além dos suportes convencionais e esperados. Pode-se narrar o cotidiano também por meio de crônicas. E se, por um lado, o jornalismo quase sempre busca fora de si as informações para escrever; desta vez as crônicas brotaram de dentro dele, por meio da observação feita pela autora. Por fim, acompanhar um telejornal sendo posto no ar por tantos dias foi uma experiência gratificante e formadora. Se ganha ainda mais motivos para olhar com respeito à profissão escolhida</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AGOSTINHO, Santo. As confissões. São Paulo: Edameris, 1964.<br><br>ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Ars Poética, 1993.<br><br>BARBOSA, Marialva Carlos. Comunicação e história: presente e passado em atos narrativos. Comunicação, Mídia e Consumo. São Paulo, v. 6, n.16, p. 11-27 jul. 2009. <br><br>CAMINHA, Pero Vaz de As culturas e o tempo: estudos reunidos pela Unesco. Petrópolis: Vozes, 1975.<br><br>CASTRO de Gustavo; GALENO Alex (org.). Jornalismo e literatura: A sedução da palavra. ed..2°. São Paulo: Escrituras, 2005. <br><br>FILHO, Ciro Marcondes. Capital da notícia: Jornalismo como produção social da segunda natureza. 2. ed. São Paulo: Ática, 1986. <br><br>FRANCISCATO, Carlos Eduardo. A fabricação do presente: como o jornalismo reformulou a experiência do tempo nas sociedades ocidentais. São Cristóvão: UFS, 2005. <br><br>GONSALVES, Pereira Elisa. Iniciação à Pesquisa Científica. São Paulo: Alínea, 2003<br><br>PERTER, L Berger; LUCKMANN, Thomas. Construção Social da realidade: Tratado de Sociologia do Conhecimento. 19.ed. São Paulo: Vozes, 2000. <br><br>REIS, José Carlos. Tempo, História e Compreensão Narrativa em Paul Ricoeur. Locus, vol.12, n°1, jan/jul 2006.<br><br> </td></tr></table></body></html>