ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01398</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Bolsas Gandra</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Thayná Cristina Dias da Silva (Puc Minas Poços de Caldas); Danilo Lopes Silva (Puc Minas Poços de Caldas); Juliana Carolina Barbosa Gandra (Puc Minas Poços de Caldas); Laiene Belmonte da Costa (Puc Minas Poços de Caldas); Érico Fernando de Oliveira (Puc Minas Poços de Caldas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;arte egípcia, bolsas, coleção, design, unthaa</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho é a descrição do projeto de criação de bolsas femininas com a temática da arte egípcia. Para a realização do mesmo, foram necessárias pesquisas sobre a cultura egípcia, bem como sobre moda, modelos e designs de bolsas. Foram desenvolvidas e aprimoradas técnicas de edição e manipulação de imagens em 3D, bem como as de fotografia e criação de campanhas publicitárias. O trabalho tem como finalidade o desenvolvimento de uma coleção de bolsas que ilustrem a arte egípcia, porém não de forma explicita, mas a partir dos detalhes mostrar a cultura egípcia para o público alvo escolhido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A arte está presente desde o início da humanidade, quando o próprio conceito do que é arte ainda não existia. Desde então, surgiram movimentos artísticos resultantes do contexto histórico-social em que estavam inseridos, e que marcaram a história da arte mundial, influenciando novos movimentos, simpatizantes ou não. A estética de cada movimento ainda sobrevive na contemporaneidade e por isso é muito importante ter conhecimento sobre cada uma delas. Com o intuito de unirmos técnicas de edição de imagem, conhecimentos estéticos dos movimentos artísticos e criação de campanha publicitária, nos foi proposto criar cinco bolsas femininas que apresentem elementos referentes de um dos movimentos artísticos constituintes da história da arte, o qual escolhemos o movimento artístico egípcio. A arte egípcia é uma das mais antigas da história, e possui características transcendentais, ritualísticas e tradicionais que marcaram a história do Egito Antigo. Apesar de sua antiguidade, a arte egípcia ainda influencia o mundo contemporâneo e é muito referenciada pela indústria cinematográfica, fonográfica, pela literatura e principalmente pela moda; sendo assim, exploramos sua estética e elementos nesse trabalho. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O principal objetivo ao criarmos as bolsas, foi fazer com que a arte egípcia estivesse evidente nas mesmas, mas não de maneira descarada; por isso tivemos que ser criativos ao combinar elementos e empregar conceitos a elas. Além disso, procuramos fazer com que as bolsas pudessem ser usadas em diversas ocasiões, podendo assim agradar um maior número de possíveis consumidoras; o público alvo que optamos foi de mulheres de 25 a 35 anos, de classe média alta, a alta. O conforto e praticidade também foram considerados na criação do trabalho. Criamos uma coleção de bolsas com o mesmo tema da arte egípcia, mas com formatos e modelos completamente diferentes, com o objetivo de dar mais dinamicidade à coleção e fazer com que empregássemos diferentes conceitos estéticos da arte egípcia em cada bolsa. Ademais, com a constante objetificação feminina nas campanhas de moda, tivemos como objetivo mostrar a mulher em posição de empoderamento e dar mais representatividade para as mulheres que são ignoradas pela indústria fashion, como as negras. Em soma com a representatividade vem à questão da mídia que embranquece os egípcios ao escalarem atores e modelos brancos para representá-los. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A realização do trabalho proposto une habilidades e técnicas de extrema importância para a formação de um bom publicitário. Além disso, também existe a questão feminina na campanha. Queríamos mostrar a abundância que a arte egípcia e toda essa civilização em si possuíam, e quebrar os paradigmas que oprimem as mulheres de várias partes do país e até mesmo do mundo. Quisemos trazer o empoderamento e a não-objetificação às peças. Vale ressaltar que tivemos o cuidado, a todo o momento, de não ferir nenhum tipo de representatividade por quaisquer grupos sociais. A modelo que escolhemos é de pele negra e cabelo cacheado. Foi intencional para o sentido da quebra do paradigma de que toda mulher rica deveria ser branca, como a maioria das campanhas de marcas renomadas mostram. Além do mais, a Indústria Cultural se apropria de elementos de outras culturas para fazer a sua própria em visão ao lucro; filmes como "Cleópatra", dirigido por Joseph L. Mankiewicz mostra o principal símbolo egípcio (Cleópatra) como uma mulher branca, sendo que já foi provado que a rainha era negra. Visões como esta que tentamos desconstruir a todo o momento ao longo deste trabalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Logo que optamos por utilizar a arte egípcia como tema da coleção das bolsas, pesquisamos assiduamente sobre o tema, procuramos imagens de obras egípcias e de campanhas de marcas conceituadas a fim de escolher uma marca para a nossa coleção. Ao recebermos a proposta dos professores orientadores do trabalho, ficou aberta a opção de criar uma marca ou então escolher uma e encaixar a campanha da nossa coleção aos padrões da mesma. Por não nos identificarmos com nenhuma marca e pela vontade de fazer algo a mais, criamos uma marca, com nome, conceitos e valores embutidos. O processo de criação do trabalho se iniciou com a produção de desenhos e rascunhos em papel, a escolha e criação de modelos com formatos condizentes e que conceituassem o tema, bem como a escolha dos elementos a serem usados. Após todas essas escolhas, partimos para a criação em 3D das bolsas, que foi feita através do software Cinema 4D. As bolsas foram transportadas do papel para o Cinema 4D, considerando a textura, maleabilidade, proporção, materiais, etc. Juntamente com a criação das bolsas, foi planejada toda a campanha da coleção. Criamos um logotipo para a marca e outro para a coleção inspirada na arte egípcia. A campanha girou em torno de peças publicitárias a serem veiculadas em revistas, redes sociais e catálogos, e para isso produzimos uma sessão de fotos para a mesma. Depois que encontramos uma modelo que se encaixou ao perfil adequado com os objetivos já mencionados anteriormente, instruímos ela para que se posicionasse de acordo com o conceito implícito nas peças da campanha, que é o empoderamento feminino. Após a produção das fotos e das bolsas, unimos a imagem das bolsas em 3D com as da modelo de forma com que ela parecesse realmente estar as usando, e adicionamos os logotipos da marca e da coleção. Empenhamo-nos em fazer com que o resultado fosse visualmente agradável e o mais realista possível. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quando escolhemos criar uma marca para a coleção das bolsas, já tínhamos em mente que teríamos que escolher um nome para a mesma, e depois criar um logotipo. Após pesquisar sobre marcas similares a que queríamos para as bolsas, vimos que um nome curto e de fácil pronunciação seria mais adequado; sendo assim, nomeamos a marca de "Gandra", sobrenome de um dos integrantes do grupo. Criamos um logotipo com a fonte "Futura SC t ot" que possui boa legibilidade; com a intenção de trazer mais singularidade e refinamento ao o logotipo, retiramos o traço das letras "A", modificando a fonte original para torna-la única para o trabalho em questão. Tivemos o mesmo trabalho com a criação do nome e logotipo da coleção, e após algumas pesquisas, escolhemos o nome "'Unthaa", que significa "feminina" na pronúncia em árabe egípcio; além do significado da palavra, ela tem uma boa sonoridade e sua morfologia foi muito importante para a criação do logotipo. Usamos a fonte "Assassin" como base, por ser uma fonte de fácil leiturabilidade e também por usar Serifa, tendo em vista que a cultura egípcia é antiga e o usa da serifa remete a essa antiguidade. Modificamos alguns traços da fonte para torna-la mais agradável, além disso, abaixamos o traço das letras "A" a fim de que ela adquirisse uma forma triangular, e adicionamos um triângulo atrás das mesmas, fazendo uma referência às Pirâmides de Gizé. Como já dito, pesquisamos elementos que poderíamos usar nas bolsas e as esboçamos em papel antes de trabalharmos no Cinema 4D. A fim de trazer unicidade à coleção, decidimos que mesmo com modelos distintos, todas as bolsas seriam feitas de couro sintético, tendo em vista a questão de responsabilidade social empregada na coleção; além disso, o dourado e preo também é muito presente na coleção, pois são cores que remetem altamente a cultura egípcia. Todos os modelos possuem a assinatura da marca em alto relevo sobre um broche preto. A primeira bolsa que criamos foi a clutch, que é um modelo de bolsa de mão. O elemento escolhido para a composição dessa bolsa foi o globo alado egípcio, que em síntese representa a peregrinação da alma para os egípcios. Nós modificamos as cores originais do elemento para obter uma composição mais harmoniosa, e multifacetamos a pedra do centro. Em relação à textura, o que a diferencia dos outros modelos é o acabamento acolchoado. A segunda bolsa criada foi a tote, que é um modelo de bolsa grande de ombro. Modificamos a estrutura convencional desse modelo a deixando com o formato da cabeça de uma esfinge. Além disso, escolhemos como elemento principal os obeliscos egípcios, que são elementos muito importantes para a arquitetura egípcia, eram construídos para fins religiosos e ritualísticos. Os obeliscos são decorados com hieróglifos e possuem uma pequena pirâmide em seu topo. Colocamos dois obeliscos em cada lado da bolsa, na mesma posição das alças. A bolsa possui um pequeno pingente de uma águia, que faz parte dos hieróglifos e representa para os egípcios a sabedoria. A alça possui uma textura que lembra a pele de cobra, pelo motivo de que as serpentes eram muito representadas pelos egípcios. A terceira bolsa foi a sela, que é um modelo de bolsa de ombro com alça comprida. O elemento escolhido para essa bolsa foi o escaravelho, que é muito relevante para a arte egípcia e possui valores simbólicos e religiosos que em síntese representam a transformação do homem. O colocamos no feixe na bolsa, e optamos por tirar as assas do escaravelho, pois a bolsa se assemelharia a clutch. Assim como na clutch a pedra vermelha do elemento é multifacetada; acrescentamos pequenas pedras pretas na bolsa e duas pequenas serpentes nas laterais da mesma, perto da alça. A quarta bolsa que criamos foi a balde, que é um modelo de bolsa com alça comprida e fechamento frisado. Os elementos escolhidos para a composição desse modelo foram os pequenos enfeites usados nos cabelos das mulheres egípcias que são retratadas nas pinturas. Colocamos esse detalhe na corda que fecha a bolsa. Além disso, utilizamos um pequeno broche com um olho de hórus e um pingente na parte superior da alça da bolsa, inspirado nos detalhes das coroas egípcias. A alça da bolsa balde é mais grossa e cilíndrica, para sustentar o peso da mesma. A bolsa é de couro sintético preto, mas apresenta visualmente uma textura de papiro, que era muito utilizado no Egito Antigo. A quinta e última bolsa é a mochila, modelo que pode ser carregado nas costas. Usamos detalhes em dourado e azul para a composição da bolsa, cores muito presentes nas obras egípcias. Além disso, há a figura do olho de hórus em destaque, já que este é um dos mais importantes símbolos do Egito. A mochila tem formato triangular em suas arestas e possui pequenas pedras azuis sobre a faixa azul abaixo de seu fechamento. A campanha da coleção também foi desenvolvida, e por motivos já citados ao decorrer do trabalho, convidamos uma modelo negra para posar paras as fotos. Fotografamos a modelo em um ambiente árido com bastante mato seco, com o objetivo de captar o amarelo-dourado do mato em contraste com o céu azul, já que essas eram cores muito presentes na arte egípcia e também no próprio ambiente desértico. O plano de divulgação da campanha seria feito através de anúncios em revistas de moda como a Vogue Brasil, Elle Magazine e Marie Clarie. Esses anúncios seriam diferentes dos comuns, para chamar a atenção das pessoas, tendo em vista que esta é uma coleção diferenciada das outras da marca; como por exemplo, um anúncio de página dupla na capa e contra capa da revista Vogue Brasil, e um anúncio com faca especial para a revista Elle Magazine. Outra forma de divulgação seria através de posts patrocinados de blogueiras do ramo, tendo em vista que elas possuem grande influência na mídia digital e posts na página no facebook da marca com vinculo para o site da marca também, onde é possível encontrar todos os modelos da coleção. Pensamos também em produzir um pequeno catálogo, para exposição direta das bolsas na mídia impressa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Com este trabalho pudemos aprender um pouco mais sobre como a relação da arte e da comunicação é constante na sociedade pós-moderna; é algo inevitável e não tão pessimista como Adorno e Horkheimer afirmaram (o conceito sobre Indústria Cultural e seu poder de alienar as pessoas). Muitas vezes a arte está presente no cotidiano, mas não a percebemos. A criação destas bolsas não foi somente salientar este fato de que a arte está em todo lugar, mas de quebrar padrões e trazer uma ideia mais democrática de cultura e sociedade, assim como mostrar para pessoas de classe alta (nosso público alvo escolhido) que mulheres negras têm tanto poder quanto as brancas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ESPAÑOL, Francesca. Saber ver a arte egípcia. São Paulo: Martins Fontes, 1992.<br><br>CRUZ, Rosa. Simbolismos. Disponível em: <www.rosacruz.cl/simbolismos.html&prev=search> Acesso em: 2 Jun. 2016 às 22:45h.<br><br>ADORNO E HORKHEIMER, Dialética do Esclarecimento. São Paulo: Ed. Zahar, 1947.<br><br> </td></tr></table></body></html>