ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01417</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Shopping Trem</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Raíssa Santos Vila (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Larissa Alves dos Santos (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Matheus Macedo Fernandes da Silva (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Larissa Costa Mendes (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Melissa Durães Bernardo (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Wagner Barge Belmonte (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;radiojornalismo, narrativas, economia informal, transporte ferroviário, documentário</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário radiofônico "Shopping Trem" narra histórias de vendedores ambulantes (ou marreteiros, como se diz popularmente) no transporte ferroviário. Em função do desemprego e de outras questões sociais, eles encontraram na informalidade o caminho para obter alguma renda que lhes assegurem um meio de sobrevivência. Buscando lançar uma visão diferente e menos sentenciada de um problema social, o documentário mostra pessoas de diferentes idades no ofício. Nos casos observados para a construção narrativa, de 14 a 74 anos, gente que vive de vendas nos trens com o objetivo de realizar o sonho de construir uma vida melhor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário  Shopping Trem procura trazer um pouco da realidade de diversos vendedores ambulantes que trabalham ilegalmente nos trens da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) e no Metrô da Grande São Paulo. Mais de 13 milhões de brasileiros estão desempregados, segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e muitos encontram no trabalho informal uma alternativa e, mais que isso, de representação social do direito à cidadania. Segundo dados do Metrô, em 2016 foram transportadas diariamente cerca de 3,7 milhões de pessoas. Já na CPTM, são, em média, 2,7 milhões de usuários/dia. O contingente de pessoas que circula no sistema ferroviário paulista chama a atenção e vira oportunidade: esses trabalhadores encontram ali uma chance de empreender, mesmo correndo riscos que são conhecidos e, na maioria das vezes, abordados de forma pejorativa pela grande imprensa. Para dar voz a essas histórias, foi preciso observação e persistência no sentido de acompanhar a rotina desses marreteiros, pois o fato de ser um trabalho ilegal gera medo e incerteza. Visando investigar e mapear algumas das causas desse problema, o documentário apresenta as diversas realidades, histórias de desempregados, ex-presidiários e de pessoas com olhar empreendedor que fizeram da atividade uma opção de vida. A crise foi um dos fatores cruciais para o aumento do comércio ilegal, gerando um aumento no número de denúncias: até junho de 2016, o número de itens apreendidos foi de 45 mil - para cada seis apreensões na CPTM acontece uma no metrô. O que se percebe é que, apesar da fiscalização, os ambulantes seguem nesse trabalho, pois o risco faz parte do ofício. O  Shopping Trem busca levar ao ouvinte todos os lados da situação: os vendedores ambulantes, os usuários do transporte e especialistas no assunto. Aprofundamos no documentário o lado humano, suas histórias, estratégias de vendas e técnicas de persuasão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário  Shopping Trem tem como objetivo narrar, por meio de preceitos do radiojornalismo, a economia informal movimentada no transporte ferroviário como uma alternativa ao desemprego, e mostrar o dia a dia dessa categoria profissional. O rádio é desde o seu início e ainda hoje, mesmo com os avanços tecnológicos e democratização dos meios de comunicação, um veículo popular e mantém uma relação estreita com o ouvinte, que em suma é um público simples.  Entre os meios de comunicação de massa, a rádio é o mais popular e o de maior alcance público, constituindo-se, muitas vezes, no único a levar a informação para populações de vastas regiões que ainda hoje não têm acesso a outros meios, seja por motivos geográficos, econômicos ou culturais. (BELTRÃO, 1968) Esse é um dos motivos que influenciaram na escolha deste veículo para realização do documentário radiofônico, para que desta maneira os perfis retratados e o público interessado sintam-se mais próximos do tema abordado. É comum ver, nas idas e vindas do cotidiano paulista, ambulantes em trens e metrôs vendendo e satisfazendo passageiros com seus produtos. Essa prática se tornou muito mais frequente nos últimos anos e, junto com ela, a curiosidade também aumentou. A ideia foi contar quem são, de onde vêm, para onde vão, suas técnicas de vendas, dificuldades e vantagens desse meio de sobrevivência. O intuito é que esse documentário alcance a sociedade de maneira clara, que gere compreensão por parte de quem o ouve sobre o que é comércio em trens e metrôs e a motivação desse negócio habitual na vida dos paulistas. Busca também desconstruir o pré-conceito que se tem da categoria e trazer a reflexão sobre o comércio informal e as vidas mantidas por ele. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Devido aos problemas econômicos e políticos que o Brasil tem enfrentado, o desemprego vem tomando grandes proporções e afetando diretamente o trabalhador. São nessas lacunas deixadas pelo Estado que surgem e progridem práticas alternativas de sobrevivência, e elas nem sempre são formais. Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego só no primeiro trimestre de 2016 já ultrapassava 11%. Em São Paulo, nesse mesmo período, cerca de 10% da população estava à procura de emprego. São números altos, tendo em vista a quantidade de famílias que têm sido afetadas pelas dificuldades econômicas do País, que acabam gerando mais problemas sociais. Diante desse quadro em que o Brasil se encontra, é importante falar sobre maneiras diferentes que a população tem encontrado para manter-se bem. O  Shopping Trem aborda exatamente o modo diferente, mesmo que irregular, com que algumas famílias encontraram para não alcançar a extrema pobreza  que voltou a crescer. Essas famílias também buscam a realização de sonhos, muitos deles que estagnados em virtude da falta de dinheiro. Além da motivação dessa prática mercantil, que sempre existiu na história da sociedade de forma distinta, é importante trazer para a sociedade o debate sobre como trabalham os ambulantes, os perigos e desafios que enfrentam, e o quanto a alternativa informal tem ajudado a movimentar a economia em tempos de crise. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a produção do documentário radiofônico, o grupo optou por uma abordagem qualitativa, pois trata-se de uma pesquisa subjetiva ao representar histórias e experiências individuais dos comerciantes ambulantes. O modelo de pesquisa seguido pelo grupo foi a pesquisa exploratória, onde pode ser caracterizado um estudo de caso sobre o funcionamento do trabalho irregular e sua forma de manutenção, por meio de entrevistas com comerciantes ambulantes, passageiros e especialistas. O estudo teve como amostra 18 pessoas, entre elas, homens e mulheres, sendo estes comerciantes ambulantes, usuários do metrô e trem, antropólogos, psicólogos e economistas. O grau de escolaridade e idade foram considerados critérios irrelevantes para a coleta. A técnica utilizada foi a entrevista aberta, sem uma estrutura pré-determinada, como forma de um diálogo informal. Todas as entrevistas foram registradas por gravadores eletrônicos de celulares. A equipe entrevistou os personagens principais, os vendedores ambulantes, em seus locais de trabalho, trens e metrôs de São Paulo, geralmente em movimento, representando o cotidiano enfrentado por eles. Os especialistas foram entrevistados pessoalmente e por telefone e, nestes casos, as entrevistas seguiram um modelo mais formal e técnico. Todos os entrevistados foram convidados e informados sobre a finalidade da pesquisa e do projeto. As gravações de áudio foram partes essenciais do projeto e todos os registros foram transcritos e decupados para dar forma ao roteiro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para investigar quem são os vendedores ambulantes nos trens e metrôs de São Paulo, seu modo de trabalhar e motivações, o grupo foi subdividido. Em duplas, trios ou individualmente, os integrantes viajaram em dias distintos pelas linhas ferroviárias Coral, Diamante, Azul, Safira, Verde, Vermelha, Esmeralda, Lilás e Rubi em busca de histórias dos vendedores e opiniões dos compradores. Após coletados os depoimentos, a equipe deu início ao direcionamento do trabalho. Nesta etapa foi decidido o viés econômico para nortear o documentário. Em seguida especialistas de diferentes áreas como antropologia, economia e psicologia foram entrevistados para explicar o problema tratado na pesquisa. Foram reunidos também dados que justificassem a motivação dos vendedores ambulantes a praticarem a atividade ilegal. Por fim, foram escritas as laudas para revisão e aprovação, gravação das locuções e edição do conteúdo que resultou em três blocos. O primeiro com um panorama sobre desemprego, o segundo sobre a criatividade para vender mais e o terceiro que aborda as vantagens, desvantagens e expectativas sobre a venda nos transportes.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> O trabalho informal, muitas vezes, é tratado pela imprensa brasileira e, consequentemente pela sociedade, com preconceito. Julgar essa atividade como outras do cunho não colabora para que o problema seja resolvido. É necessário entender os problemas que circundam as atividades ilegais e a partir daí, iniciar um processo de transformação. O documentário radiofônico  Shopping Trem não tem por objetivo resolver o problema da informalidade das vendas nos trens e metrôs, mas, como dever jornalístico ampliar o conhecimento sobre o contexto do problema para gerar discussões que posteriormente tornem-se planos de mudança, almejando soluções. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">SAKAMOTO, Cleusa Kazue; SILVEIRA, Isabel Orestes. Como fazer projetos de Iniciação Científica. São Paulo: Paulus, 2014.<br><br>BELTRÃO, Luiz - Jornalismo pela televisão e pelo rádio: perspectivas. In: Revista da escola de comunicações culturais, USP, vol.1, nº1, 1968<br><br>IBGE. PNAD Contínua: taxa de desocupação chega a 13,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2017. Disponível em: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias.html?view=noticia&id=1&idnoticia=3401&busca=1&t=pnad-continua-taxa-desocupacao-chega-13-2-trimestre-encerrado-fevereiro-2017. Acesso em 26 de abril de 2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>