ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00182</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;"Poesia Marginal Paulista no Século XXI"</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Caroline Maciel Pereira (Universidade Anhembi Morumbi); Beatriz Pinheiro de Lima (Universidade Anhembi Morumbi); Daiara Aparecida Moreira Coelho (Universidade Anhembi Morumbi); Fernanda Paula da Silva (Universidade Anhembi Morumbi); Vitória da Silva Pires Bitencourt (Universidade Anhembi Morumbi); Claudia Cruz de Souza (Universidade Anhembi Morumbi); Alexandre José Possendoro (Universidade Anhembi Morumbi)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;ARTE, COMUNICAÇÃO, LITERATURA, POESIA, TRANSFORMAÇÃO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esta grande reportagem multimídia sobre o cenário poético marginal contemporâneo em São Paulo deu enfoque aos saraus periféricos, que são encontros para ouvir e declamar poesias; ao slam, redução de poetry slam, que são batalhas de poesia falada, e à poesia visual, que une criação plástica e design gráfico. Essa poesia marginal atual é produzida por pessoas que são, principalmente, da periferia e buscam seu lugar de fala, identificação e representatividade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A poesia reflete as inquietações do ser humano, seu contexto social, histórico, econômico e político, e é um ramo da literatura que provoca reflexões. Nota-se, historicamente, que a produção poética sempre teve o papel de agente social: foi assim em 1868, na denúncia da escravidão feita em Navio Negreiro de Castro Alves, e continua sendo hoje. Diante desse potencial transformador da poesia, optou-se por ter como objeto de estudo deste projeto a poesia marginal paulista do século XXI, que é expressa de diversas formas, como na escrita, na oralidade, nos espaços públicos e nas redes sociais. Essa poesia marginal tem influências do movimento concretista do século XX, que abandonou o verso tradicional e trouxe novidades artísticas; e também possui raízes musicais do rap e do hip-hop. Um movimento de poesia marginal foi a  geração mimeógrafo , iniciada em 1970 no Rio de Janeiro e produzida por autores de classe média que estavam à margem do mercado editorial, ou seja, eram independentes. Porém, a produção poética de hoje engloba o meio editorial oficial e caminhos alternativos e retrata os anseios de pessoas que estão à margem da sociedade. Portanto, a poesia marginal atual não é uma continuação daquele período, mas uma nova forma de expressão artística, com poetas de outro perfil. Um desafio para os artistas contemporâneos é a resistência por parte da Academia Brasileira de Letras, em relação à validação artística do seu trabalho, mas ainda assim as suas vozes marginais ressoam como ato político. Dessa forma, o novo panorama literário não é mais tão elitizado e abre espaço para novos personagens. Portanto, há uma democratização do acesso à cultura e empoderamento por meio da arte. Os versos ultrapassam as barreiras econômicas e sociais, e impactam quem está ao seu redor. Essa poesia envolve principalmente a juventude e ganha espaço na cena literária paulista. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O objetivo principal foi produzir uma grande reportagem multimídia, baseada na linguagem visual e escrita utilizada no portal TAB UOL, sobre o cenário da produção de poesia marginal paulista no século XXI. Buscou-se destrinchar o tema, identificar as características dessa produção atual e os personagens que a compõem. Dentre os objetivos específicos, foi discutido o caráter marginal da poesia paulista enquanto gênero literário e os mecanismos utilizados para classificar a poesia como tal. Foi apresentado o perfil das pessoas que produzem e consomem poesia, levando em consideração o contexto social, econômico e cultural e a influência que esse cenário exerce sobre o conteúdo produzido e consumido. Além dessas questões, buscou-se também compreender a diferença do mercado editorial da poesia contemporânea e a marginal, as novas plataformas e os meios utilizados para divulgação e consumo desse gênero. E, principalmente, avaliou-se o alcance da poesia marginal enquanto agente social e seu caráter como ferramenta de comunicação e inclusão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O tema escolhido é relevante pela atual desvalorização da arte e a ausência de espaço para os artistas. A época da ditadura militar em que vivia a geração mimeógrafo e a realidade de hoje apresentam diferentes graus de censura artística, mas as duas afrontam a mesma liberdade de expressão. A poesia marginal constrói uma rede de senso crítico, criatividade, união e formação de repertório. Luta-se por avanços na mentalidade das pessoas em considerar esse tipo de arte como algo de valor, haja vista que muitos a enxergam como uma expressão inferior ou temporária. Há uma grande importância nos temas debatidos pelos saraus, slams e poesia visual, como machismo, truculência policial, encarceramento da população negra, direitos humanos, engajamento político e inclusão. Já a poesia que é apresentada no ensino escolar, costuma ser de autores já mortos, que parecem distantes da realidade dos alunos, o que pode dificultar a relação entre os jovens e o gênero poético. Em contrapartida, o jornalista Carlos de Oliveira da Carta Capital, em sua reportagem  Um verso a partir da dor , aponta que o projeto Interescolar do Slam da Guilhermina, que promove competições de poesia nas escolas de São Paulo, contribui para uma nova construção da imagem poética atual, como algo interessante e próximo. Destaca-se também o alcance internacional que o slam ganhou recentemente. Como aponta a reportagem do jornalista Eduardo Pereira, publicada no portal G1, da Rede Globo, a pioneira do slam no Brasil, Roberta Estrela D Alva, conquistou o terceiro lugar na Copa Mundial de Poesia, em 2011. E a poetisa Luz Ribeiro, vencedora do Campeonato Nacional do Slam em 2016, representou o Brasil na França em maio de 2017, conforme reportagem do jornalista Juca Guimarães, no portal de notícias da Record, R7. Apesar do espaço que a poesia marginal ganha no cenário paulista, as produções jornalísticas a respeito do assunto ainda são limitadas, o que despertou o interesse do grupo para lançar um olhar apurado sobre tais projetos e chamar a atenção do público para o tema. Quanto à plataforma escolhida para servir de base para a produção da reportagem multimídia na web, o site TAB UOL, tem como principal motivador a transformação da maneira de consumir conteúdo atualmente. O público deixou de ser apenas um receptor passivo e passou a ser ativo. Uma vantagem do formato escolhido em relação ao documentário audiovisual e a reportagem impressa é o uso de diferentes linguagens para explorar o tema e apresentá-lo de forma mais interativa ao leitor. Dessa forma, houve a possibilidade de utilizar os recursos aprendidos no decorrer do curso de Jornalismo, como o conhecimento das mídias, edição de áudio e vídeo, fotografia, diferentes abordagens para redigir o texto, destrinchar o tema de forma plural e potencializar a comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A pesquisa foi realizada com o amparo de livros que conceituam e contextualizam a literatura brasileira, a produção poética nas periferias e o surgimento e consolidação da poesia visual, além das competições de poesia falada. Quanto ao formato escolhido, foram adotadas obras que abordam as mudanças que a internet trouxe para o consumo de conteúdos. O livro História Concisa da Literatura Brasileira (43º - 2006), de Alfredo Bosi, auxiliou na contextualização de como foi concebida a produção literária brasileira. Para entender a relação com os aspectos sociais, foi escolhido o livro Literatura e Sociedade, (9º- 2006) do professor universitário e sociólogo Antonio Candido. O ex-docente da Universidade de São Paulo (USP) Massaud Moisés, com o livro Guia Prático de Análise Literária (2007), contribuiu com as técnicas para analisar produtos literários. Já a respeito do percurso histórico da poesia, o volume adotado foi Poesia Brasileira e Estilos de Época (2º - 2004) de Alcmeno Bastos. Para conceituar a poesia marginal e entender a inserção de autores no contexto literário, foi utilizado o livro Escritos à Margem - a presença de autores de periferia na cena literária brasileira (2013), de Paulo Roberto do Patrocínio. Outro autor que contribuiu para a discussão foi Ferréz, nome artístico de Reginaldo Ferreira da Silva, que, em Literatura Marginal - talentos da escrita periférica (2005), trata das narrativas que surgem nas periferias. O livro O Clarim do Marginalizados - temas sobre a literatura marginal/periférica (2015), escrito por Aline Deyques, contribuiu com a análise sobre como a periferia criou uma literatura que se tornou plataforma para elevar a sua própria voz. Para compreender os saraus paulistanos, foi escolhido o livro 5 Saraus - cada qual com sua poesia, cada qual com sua fúria (2015), de Fabiano Calixto, Ruth Barros e Teté Martinha. Por fim, para entender como o movimento americano de competição de poesia foi incorporado à realidade paulista, foi escolhido o livro Teatro Hip Hop - a performance poética do ator/MC,(1º- 2014) de Roberta Estrela D Alva. Fez-se necessário, também, consultar materiais referentes ao formato de grande reportagem em multimídia para web. O livro Cultura da Convergência (2008), de Henry Jenkins, foi utilizado para entender a mudança da maneira de produzir e consumir conteúdo no ambiente digital, assim como a obra Modelos do Jornalismo Digital (2003), de Marcos Palácios e Elias Machado. O livro Introdução ao documentário (2005), de Bill Nichols, serviu como referência de conceitos e técnicas sobre a linguagem audiovisual. Quanto à construção da reportagem, foram escolhidas as obras A Reportagem - teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística (2008), de Nilson Lage, e A Apuração da Notícia (2006), de Luiz Costa Pereira Junior. Durante a realização das pesquisas, foi visto que grande parte do conteúdo produzido pelos poetas marginais está na internet, em especial no Facebook. Destacaram-se as páginas do Slam das Minas, Slam Resistência e Sarau da Cooperifa, que contam com fotos, vídeos dos eventos e depoimentos. Dentre os sites da grande mídia, aponta-se a entrevista  Glauco Mattoso: os 60 anos do poeta maldito , do jornal O Estado de S. Paulo, conduzida pelo Ubiratan Brasil em junho de 2011, e a reportagem  Competições de poesia crescem em SP e dão voz a artistas da periferia produzida em março de 2016 pelo repórter do portal de notícias da Rede Globo (G1), Eduardo Pereira. Matérias veiculadas em sites independentes como a da Ponte Jornalismo,  Realidades das periferias são contadas em poesias na final do Slam Resistência em SP de Kaique Dalapola (2016), também complementaram a pesquisa sobre o tema. Já no campo da poesia visual, uma grande referência foi a oitava edição da revista Artéria, idealizada pelo Omar Khouri, que conta com grandes nomes do gênero, como Arnaldo Antunes e Lenora de Barros. Os documentários Poeta de Sete Faces (2002), de Paulo Thiago, que apresenta a vida e obra de Carlos Drummond de Andrade e o filme Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, em que o papel da violência, desigualdade social e falta de políticas públicas são expostos como agentes de desenvolvimento de parte da juventude brasileira foram algumas das referências de filmografia. Foram realizadas pesquisas em periódicos que ajudaram na produção do multimídia, mas o grupo deparou-se com a escassez em questão de material específico sobre poesia marginal. Produzido pela Revista Cult, o dossiê  Poemas para o nosso tempo de Heleine Fernandes de Souza e Alberto Pucheu (2016), trouxe autores importantes para a discussão sobre a nova geração de poetas no país. Já no cenário da poesia marginal, destacou-se a revista Caros Amigos, que cedeu espaço e abriu o debate, em 2001, para um especial chamado  Literatura marginal: a cultura da periferia , escrito por autores que consideram-se em condição marginalizada. Para construir um panorama geral sobre poesia contemporânea, foi adotado o artigo Lugar da Poesia Brasileira Contemporânea: um mapa da produção (2008), escrito por Sylvia Helena Cyntrão. Para discursar sobre a junção da literatura e marginalidade, e a relação entre criação e realidade social, foi escolhido o livro Vozes Marginais na Literatura, 2009 de Érica Peçanha do Nascimento. Lúcia Tennina, no artigo Saraus das Periferias de São Paulo - poesia entre tragos, silêncios e aplausos (2013), publicado em Scielo, contribuiu com a percepção do espaço da periferia através do viés cultural. Para entender como o slam foi consolidado em São Paulo e o impacto que a reivindicação de espaço feita pela periferia tem no campo literário nacional, foi consultado A Batalha da Poesia - Slam da Guilhermina e os campeonatos de poesia falada em São Paulo (2015), de Marcello Giovani Pocai Stella publicado em Ponto Urbe, revista do núcleo de antropologia da USP (Universidade de São Paulo). Por fim, para conceituar a poesia visual e entender as relações que esse gênero tem com o design gráfico, foi utilizado o artigo Poesia Visual e Design Gráfico: conexões (2014), escrito por Amanda Tharen Marcondes Rezende e Cassia Leticia Carrara Domiciano. Além da pesquisa acerca do objeto de estudo ter sido realizada em livros, artigos, documentários, periódicos e na internet, foram selecionadas fontes que auxiliaram na construção do projeto multimídia, e traçaram o cenário da poesia marginal paulista no século XXI. Foram ouvidos poetas marginais da década de 1970 - geração mimeógrafo - e poetas que atualmente produzem poesia marginal e periférica em diferentes categorias, como a escrita, falada e visual. Dentre esses autores contemporâneos, muitos são idealizadores de slams e saraus e têm grande influência no segmento. Além desses personagens, a reportagem contou com depoimentos de representantes do poder público e do mercado editorial; especialistas e críticos literários; um jovem que disse não se interessar por poesia; o público dos encontros literários, uma poeta portuguesa, poetas educadores e jornalistas que têm conhecimento da cultura marginal periférica. Para compreender e traçar um panorama sobre o cenário da poesia marginal paulista no século XXI, foram realizadas entrevistas com base em um roteiro de perguntas que contemplou todos os grupos de personagens que integraram o projeto. Foram colhidos vídeos de entrevistas, imagens de apoio, fotos e áudios. Em alguns casos, devido ao ambiente e o andamento dos eventos, foi gravado apenas o áudio, por não haver a possibilidade de montar o equipamento necessário para a filmagem. Durante dez meses e com auxílio de um cronograma, a equipe acompanhou esse cenário da poesia marginal paulista, participou de eventos, palestras, lançamentos de livros sobre o tema e ouviu o público durante esses encontros. Nessa vivência jornalística, encontramos profissionais da área que estão empenhados na cobertura de poesia marginal periférica, algo que é um grande avanço para a imprensa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na trajetória do jornalismo brasileiro, a grande reportagem surgiu entre 1898 e 1899, no jornal Cidade do Rio, pelo conhecido  João do Rio (GOMES, 1981). Mas, até chegar ao modelo atual, a transformação tecnológica aliada a mudança comportamental do receptor, trouxe uma nova forma de fazer jornalismo. Nesse cenário, decorrente da convergência de mídias, o público deixa de apenas receber informações passivamente e passa a interagir com o que é apresentado, além de estabelecer conexões entre conteúdos disponíveis em diferentes plataformas (JENKINS, 2008). Nesse contexto, desenvolve-se o jornalismo digital, que passou por três momentos. Na primeira fase, não havia uma adaptação da linguagem para a nova plataforma, ocorria simplesmente uma transposição das matérias de veículos impressos para a internet. A segunda fase dá um passo adiante na adaptação ao ambiente virtual, mas ainda sem a criação de uma linguagem digital plena. Começam a surgir os hiperlinks, permitindo a conexão de matérias relacionadas, os links com chamadas para últimas notícias e o uso do e-mail para comunicação entre público e veículo. (MIELNICZUK, 2001) Apenas na terceira fase, que é a atual, o conteúdo é pensado para o ambiente virtual, com traços de multimidialidade, isto é, da união de diversos formatos na mesma plataforma, interatividade, hipermidialidade e constante atualização. (MIELNICZUK, 2001) Surgem recursos como chats, enquetes, fóruns de discussão e possibilidade de personalização do conteúdo de acordo com as preferências do leitor. (RAMOS; SPINELLI, 2007, apud MIELNICZUK, 2003, p.50). O desenvolvimento do jornalismo digital em sua terceira fase trouxe também uma nova estrutura textual. Em oposição à tradicional lógica da pirâmide invertida, o especial multimídia é estruturado, de acordo com João Canavilhas (2006, p. 15), em uma  pirâmide deitada . Dessa forma, é composto por uma unidade base, que corresponde ao lead tradicional, respondendo as perguntas iniciais:  o que ?,  quando? ,  onde? e  quem? e avança para o nível de explicação, que complementa as informações iniciais, respondendo  por quê? e  como? . E na sequência, o nível de contextualização aprofunda o tema. A diferença entre o modelo tradicional e o multimídia dá-se por meio das possibilidades permitidas pelos suportes impresso e digital. Enquanto no impresso o receptor tem apenas uma possibilidade de leitura e recebe as informações hierarquizadas do mais importante para o menos importante, com a estrutura do lead e corpo, no digital o leitor pode seguir diversas linhas narrativas. É na terceira fase do jornalismo digital que surge a possibilidade de experimentações narrativas na produção de notícias. Em meio à isso, originou-se o jornalismo imersivo. Nesta categoria jornalística, a narrativa não acontece por meio de reportagens e entrevistas, mas por meio de experiências. Para isso, são construídos cenários a partir de imagens tridimensionais que recriam as histórias (PEÑA, 2010, apud ROCHA, 2016). Hoje, as ferramentas de realidade virtual mais comuns no jornalismo imersivo são a gravação de cenas reais em câmeras 360 graus e os óculos de realidade virtual (COSTA e BRASIL, 2017). Outro recurso para criar uma relação interativa entre a notícia e o leitor são os chamados newsgames, jogos baseados em acontecimentos jornalísticos. De acordo com Ana Paula Bourscheid (2016), no Brasil, a introdução dos newsgames aconteceu entre 2006 e 2007 com o jogo Nanopops4, do portal G1, que falava sobre política internacional. Outro veículo que apostou nos jogos foi a Revista Superinteressante, da Editora Abril, que lançou jogos para complementar matérias impressas: CSI: ciência contra o crime (2008) e O Jogo da Máfia (2009). Sobre a estrutura do veículo e o público-alvo, o Universo Online (UOL) surgiu em 1996 como o primeiro portal de conteúdo do Brasil. Desde o surgimento, cobriu momentos importantes da história do Brasil e do mundo e conta com um grupo de colunistas renomados. Segundo a ComScore5, o UOL tem cobertura de 70% da internet brasileira, com mais de 60 milhões de visitantes únicos/mês em sua home. Em 2014, surge o TAB UOL, uma plataforma de grandes reportagens multimídia que une elementos diversos desde texto até áudio, vídeo, foto e infográficos. Cada edição do TAB trata de um tema específico e as reportagens são disponibilizadas na página inicial do UOL todas as segundas-feiras. Durante os quatro anos de produção, o site publicou reportagens que abordam temas contemporâneos e às vezes até provocativos. Quanto à linguagem, o TAB é destaque pela multimidialidade das reportagens. O layout do site também é característica marcante, uma vez que cada edição é construída para oferecer ao leitor uma experiência diferenciada de leitura e navegação (ITO e VENTURA, 2016), já que a narrativa é feita de forma vertical. O site também usa a apresentação em parallax scrolling, que mostra o conteúdo conforme o leitor rola o mouse. Quando a leitura avança, mostram-se novos elementos, que dão a sensação de movimento. Ainda de acordo com Ito e Ventura (2016), o parallax scrolling simula o efeito 3D e, devido a isso, é utilizado na indústria de games há décadas. Já sobre o site produzido pela nossa equipe para conclusão de curso de Jornalismo, no início é apresentado um GIF (Graphic Interchange Format), que une imagens relacionadas ao tema da reportagem, e o título e subtítulo:  Poesia Marginal - Os versos que ganham espaço na atual cena literária paulista . Abaixo, há a linha fina com o significado da palavra  marginal segundo o dicionário, e o expediente da equipe que produziu a reportagem. A abertura apresenta o tema e alguns personagens. Para complementar, além do texto, há fotos e um  olho , linguagem utilizada em reportagens textuais para reforçar a fala de um entrevistado. Na segunda parte, são apresentados os movimentos que produzem poesia marginal na capital e grande São Paulo. Para reforçar a multimidialidade da reportagem, são utilizadas fotos, GIFs, hiperlinks, vídeos e  olhos personalizados. Em  A Geração Mimeógrafo , é abordado o histórico da poesia marginal e as relações com o movimento semelhante da década de 70. Além do texto, há caricaturas dos autores que marcaram a época. É aqui que o leitor encontra um quiz, que simula as principais características e perfis dos participantes de saraus, slams e produtores de poesia visual/urbana. Em seguida, é debatida a validação acadêmica da atual poesia marginal, sendo possível encontrar um infográfico que mostra a diferença entre cultura popular, de massa e erudita. Logo depois, há um podcast sobre o que é poesia e a importância de campeonatos internacionais. Em  Alternativas a Drummond e Vinícius de Moraes , é contextualizado o ensino da poesia marginal dentro das escolas. Depois, para debater o uso de espaços públicos, são usados apenas textos, já que o assunto é mais sucinto, e em  Cadê a Grana? , sobre remuneração e recursos públicos, são utilizados texto e fotos.  Tem Espaço na Prateleira levanta a discussão sobre o mercado editorial e do papel das editoras no fomento da poesia marginal.  A Perifa Não Vira Manchete (Ainda) , trata da cobertura da imprensa sobre o tema. No final, há uma galeria de vídeos com entrevistas e apresentações coletadas ao longo de dez meses, e um mosaico, que reúne informações sobre os coletivos de slam. Foi adotado um menu fixo na lateral do site com os  capítulos da reportagem, para facilitar a leitura e preferências do leitor. Do lado direito do site, há ainda as redes sociais do projeto, Facebook e Flickr, para disponibilizar fotos e vídeos feitos durante a reportagem. Por ter sido desenvolvido para o formato desktop, nem todas as funções do site são reproduzidas de maneira fiel quando vistas em celular. Para isso, seria necessário ter desenvolvido o produto como um site de layout responsivo, fator que pediria mais tempo de programação. Por esse motivo, algumas imagens e olhos, por exemplo, diminuem a resolução no mobile.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">De acordo com o Grupo de Estudos em Literatura Contemporânea da Universidade de Brasília (UnB), dos trabalhos nacionais lançados entre 1965 e 2014, a maioria dos livros foi escrita por homens (70%), brancos (90%), do eixo Rio de Janeiro - São Paulo. Já segundo o Instituto Pró Livro, pouco mais da metade dos brasileiros leram nos últimos três meses e, dentre as obras consumidas, a poesia está em oitavo lugar. Desta forma, a poesia marginal paulista mostra o empenho de pessoas que querem mudar essa realidade e democratizar o acesso à cultura, à leitura e à criação poética. Notou-se que esses versos transformam a vida das pessoas envolvidas e da sociedade ao redor. E mesmo que não ocupem o espaço central da atual cena literária, eles têm sua importância e vida própria. Um desafio foi entrevistar alguns poetas mais influentes no ramo, que não foram tão receptivos. Porém, após insistência e diálogo, conseguimos realizar as entrevistas. O resultado final da reportagem foi obtido devido a organização de tempo para pesquisa e apuração, e não foi preciso viajar para realizá-la. O formato multimídia exigiu da equipe um empenho maior na captação de imagens, edição de áudio e vídeo. Essa plataforma online permitiu que o tema fosse explorado de forma plural, e seu conteúdo pode ser acessado pelos smartphones e compartilhado nas redes sociais. As fotos apresentaram o cenário ao receptor, os infográficos conseguiram unir dados e conceitos, de forma mais atrativa; e as artes trouxeram um aspecto visual semelhante a linguagem do TAB UOL. Os vídeos trouxeram dinamismo de leitura e o podcast possibilitou a opção de ouvir o conteúdo e não apenas ler. Já o quiz trouxe leveza e interação, unindo informação e entretenimento. Nem todos os poetas, produtores de poesia e estudiosos literários puderam ser ouvidos, mas buscamos apresentar um olhar democrático sobre o tema e auxiliar na transformação do senso comum em relação ao conceito marginal, que muitas vezes é alvo de preconceitos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BASTOS, Alcmeno. Poesia Brasileira e Estilos de Época. Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2004.<br><br>CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade: Estudos de teoria e história literária. 4. ed. São Paulo: Editora Nacional, 1975.<br><br>FERRÉZ. Capão Pecado. Rio de Janeiro: OBJETIVA, 2005a.<br><br> . Literatura marginal: talentos da escrita periférica. Rio de Janeiro: Editora Agir, 2005b.<br><br>HOLLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 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