ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00225</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Isso nunca vai acontecer comigo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ana Laura França Marques (Universidade Federal de Uberlândia); Ivanise Hilbig de Andrade (Universidade Federal de Uberlândia); Ana Luiza Pereira Costa (Universidade Federal de Uberlândia); Thaís Degani Angerami (Universidade Federal de Uberlândia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Capa, DSTs, Imunidade, Jornal-laboratório, Reportagem</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem concorrente na categoria de Reportagem em Jornalismo Impresso foi produzida para a 38º edição do jornal laboratório Senso InComum, do curso de jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A matéria, que foi selecionada para a capa da edição, foi atividade das disciplinas: Jornalismo Impresso, Edição em Jornalismo, Projeto Interdisciplinar em Comunicação V (PIC V) e Oficina de Fotografia. A peça jornalística com a chamada de capa "Sentimento de imunidade impulsiona DSTs" e título "Isso nunca vai acontecer comigo" aborda os motivos que envolvem a disseminação de Doenças Sexualmente Transmissíveis entre os jovens. Com depoimentos de pessoas com DSTs e profissionais da saúde, a reportagem é voltada para a comunidade acadêmica da UFU, principalmente os discentes, seguindo a proposta do jornal em que foi veiculada. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem "Isso nunca vai acontecer comigo" foi publicada na 38º edição do jornal laboratório Senso InComum, referente aos meses de fevereiro e março do ano de 2018. O jornal é uma produção dos discentes do curso de jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia, realizada no quarto período da graduação. De acordo com o Projeto Editorial do jornal, também produzido e escolhido pelos discentes, o Senso InComum, por ciircular dentro dos campi da universidade, tem suas matérias direcionadas à comunidade acadêmica. Durante a reunião de pauta desta edição, surgiu o tema de doenças sexualmente transmissíveis a partir de dados alarmantes trazidos na discussão. Como mostra a reportagem: "Dados do Boletim Epidemiológico de HIV-Aids de 2016, elaborado pelo Ministério da Saúde, revelam que, nos últimos 10 anos, contrariando as expectativas, houve um aumento de 85% nos números de casos de jovens brasileiros com idades entre 15 e 24 anos que vivem com o vírus HIV ou com a Aids, manifestação do vírus.". Além disso, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP) mostrou que 6 em cada 10 jovens nessa faixa etária já fizeram sexo sem preservativo e 74% deles nunca realizaram testes de DSTs. O Sistema Único de Saúde (SUS) revelou, ainda, que dos 44 mil jovens diagnosticados com doenças sexualmente transmissíveis, apenas 29,2% estão em tratamento. Além do alarme que os dados trazem para a população, percebeu-se que a faixa etária citada coincide com a idade da maioria dos estudantes da universidade, público-alvo do jornal. A partir disto, surgiu a motivação para realizar a reportagem. Ela foi produzida contando com depoimentos de alunos que contraíram alguma DST, a fim de humanizar, elucidar e mostrar como este tema está muito próximo dos leitores. Também são apresentadas recomendações e alertas de profissionais da saúde, como uma ginecologista, e explicações de uma psiquiatra, com a finalidade de entender o porquê esses números altos se manifestam entre os jovens. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem tem por objetivo fomentar entre o meio universitário, público alvo do jornal-laboratório, discussões acerca das causas e consequências das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's). Para além da relevância do tema, foi apresentada uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, que comprova o aumento no número de casos entre jovens de 15 a 24 anos, diagnosticados com DST's. Os dados não apenas desafiam, como também, tornam urgente a elaboração de um diálogo eficiente entre órgãos de saúde, mídias informativas e jovens. Por isso, a reportagem tem a finalidade de aproximar os leitores da realidade que os dados apresentam, e faz isso por meio da humanização do texto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os meios de comunicação são parte de um amplo sistema social, sendo assim interferem diretamente nas crenças compartilhadas socialmente. A relevância social da reportagem consiste em trazer tanto para o espaço acadêmico, quanto para a sociedade, um tema pouco pautado pela mídia tradicional, e insuficientemente discutidos entre as esferas públicas. De acordo com o site de pesquisas de enfermidades MD Saúde, apesar de muito se falar sobre HIV e Aids, não ocorre a mesma informação em relação às outras DST s, mais frequentes entre os jovens. O jornal laboratório, onde a reportagem foi veiculada, é construído e destinado principalmente aos universitários. Os leitores atingem a faixa etária presente na pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, que revela o aumento (nos últimos dez anos) dos casos de jovens brasileiros que vivem com Aids ou HIV. O Senso Incomum é o jornal-laboratório que se estabelece como um meio de comunicação voltado para a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Por isso, a identidade do veículo é pensada em torno de uma grade temática: a vida universitária. O Senso é pensado por universitários e para universitários. Por isso, algumas considerações foram essenciais durante a construção da reportagem, para a manutenção da linha editorial como: o tipo de abordagem escolhida para a matéria; a escolha das fontes - priorizando pessoas com algum vínculo ou proximidade com a UFU - e a construção textual, pensada para ser facilmente compreendida pelos estudantes. Ao identificar a relevância da pauta para o público universitário, viu-se também a necessidade de desfazer alguns pré-julgamentos existentes a respeito do tema. Por isso, houve o cuidado de construir o texto de maneira clara e contextualizada. Cremilda Medina (2003), descreve que os leitores rejeitam as cargas conceituais e quadros puramente estatísticos, ao contrário, se interessam por informações humanizadas, vividas e exemplificadas no cotidiano. Desta maneira, a reportagem tem a finalidade de aproximar os leitores da realidade que os dados apresentam, e faz isso por meio da delimitação do tema à Universidade, incluindo depoimentos dos próprios alunos, contribuindo para a humanização do texto. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O quarto semestre do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia é constituído por cinco matérias que, através da interdisciplinaridade, realizam a produção do jornal laboratório impresso do curso: o  Senso Incomum . Cada disciplina exerce um papel indispensável no momento da aplicação da teoria discutida em sala de aula para a produção do conteúdo do jornal. Inicialmente, embasadas nas teorias que foram ministradas nas aulas de Técnicas de Reportagem, Entrevista e Redação Jornalística (TRERJ), construímos a pauta da matéria, levando em consideração os critérios de noticiabilidade e os valores-notícia, visto que este é um assunto relevante para o público do jornal  principalmente estudantes da universidade -, que, em sua maioria são jovens e possuem vida sexual ativa (fato comprovado através de uma pesquisa de público elaborada na disciplina Projeto Interdisciplinar em Comunicação [PIC] no momento da elaboração do projeto editorial e gráfico do jornal). De acordo com Entman (1993),  Enquadrar é selecionar alguns aspectos de uma realidade percebida e torná-los mais salientes em um conteúdo de comunicação. . Assim foi identificado na temática da difusão de doenças sexualmente transmissíveis entre os jovens da universidade uma possibilidade de agendamento, visto que é um assunto atual, com números crescentes e alarmantes e de interesse dos leitores do Senso Incomum. Um conteúdo digno de enquadramento. Após a decisão da temática por meio da pauta, passamos por um processo de apuração dos fatos. Através de uma pesquisa de dados em boletins públicos, confirmamos a circunstância e adquirimos provas concretas de que o número de jovens contaminados por doenças sexualmente transmissíveis estava crescendo. Após chegarmos a essa conclusão, nos encontramos na necessidade de procurar especialistas para explicar, de forma clara, o porquê aquilo ocorria tanto em sua forma física, quando psicológica: por isso a fala de uma ginecologista e uma psiquiatra na reportagem. Após toda a parte técnica, nos encontramos na carência de itens que ilustrassem e humanizassem nossa matéria, como uma maneira de torna-la mais ética e próxima de seu público, então fomos em busca de personagens que tivessem passado pelas situações descritas, visto que, de acordo com Medina (1986):  Um leitor, ouvinte ou telespectador sente quando determinada entrevista passa emoção, autenticidade, no discurso enunciado tanto pelo entrevistado quanto no encaminhamento das perguntas pelo entrevistador. Ocorre, com limpidez, o fenômeno da identificação, ou seja, os três envolvidos (fonte de informação  repórter  receptor) se interligam numa única vivência. A experiência de vida, o conceito, a dúvida ou o juízo de valor do entrevistado transformam-se numa pequena ou grande história que decola do indivíduo que narra para se consubstanciar em muitas interpretações. A audiência recebe os impulsos do entrevistado, que passam pela motivação desencadeada pelo entrevistador, e vai se humanizar, generalizar no grande rio da comunicação anônima. Isto, se a entrevista se aproximou do diálogo interativo. (MEDINA, 1986, p. 6) Logo achamos as fontes necessárias para ilustrarem e darem um embasamento prático para nossos dados e falas de especialistas, além de tornarem a matéria mais humanizada e relacionada ao leitor. Fizemos as entrevistas muito cautelosamente, devido à delicadeza do assunto, sempre tomando cuidado com a maneira de falar, interpretar e redigir o que foi dito, além da prudência para com a identidade de quem optou por não ser identificado. Com todos esses dados em mãos  assunto, pauta, dados, falas de especialistas e casos práticos de personagens reais  partimos para a elaboração do texto jornalístico. Através do que foi aprendido em Jornalismo Impresso, a construção do texto foi praticamente uma costura de tudo o que foi obtido, para que nenhuma informação ficasse perdida e todas se encaixassem no lugar certo, destacando o que era mais relevante. Como se trata de um veículo impresso, e igualmente importante a produção da pauta e do texto, a reportagem também passou por um processo de edição, direcionado pelos conceitos aprendidos da disciplina de Edição em Jornalismo. Seguindo o Manual de Redação da Folha de São Paulo (2001),  Uma edição bem-sucedida tem por fundamento o desempenho jornalístico eficaz na apuração dos fatos, a disponibilidade de informações exclusivas, a redação correta e envolvente dos textos e a boa qualidade do material fotográfico e dos infográficos. Tudo isso concretiza-se em uma disposição planejada, organizada e criativa dos assuntos, feita com cuidado e acabamento visual, para conquistar a atenção do leitor e fazê-lo interessar-se pelo assunto tratado. (Folha de São Paulo, 2001) Foi através desse processo, analisando a qualidade da matéria advinda da quantidade de informações e fontes, a relevância do assunto para o público alvo, o potencial do texto  também corrigido pelos editores  , que se decidiu transformar a reportagem em capa da trigésima oitava edição do jornal laboratório. Outro fator definidor dessa escolha foram as imagens da matéria, ou seja, o quão bem representado estava sendo o texto e todos aqueles dados e fontes pelas fotografias produzidas. Para nos auxiliar no processo da captação de imagens e na conexão destas com o restante da reportagem, tivemos aulas de Oficinas de Fotografia. Cartier Bresson (1981), em síntese, descreve o poder da fotografia jornalística:  A câmera permite fazer uma espécie de crônica visual [do presente]. Nós repórteres fotográficos somos pessoas que fornecem informações para um mundo apressado, oprimido por preocupações, propenso à cacofonia, cheio de seres que precisam a companhia das imagens. O atalho do pensamento que é a linguagem fotográfica tem um grande poder, mas nós realizamos um julgamento sobre o que vemos e isso implica uma grande responsabilidade. Entre o público e nós, há a impressa, que é o meio de distribuição de nosso pensamento; nós somos os artesãos que entregamos às revistas ilustradas sua matéria&#8208;prima. (BRESSON, 1981) Para a produção fotográfica, buscamos nos aproximar o quanto foi possível da realidade da matéria, buscando retratar ações que evitariam todo tipo de transtorno debatido no texto e mostrar a realidade de um dos personagens que optou por identificação. Foi com a união de todos esses elementos: assunto, pauta, apuração, entrevistas, texto, edição e fotografia e através de todo o embasamento teórico que nos foi apresentado não só durante um semestre, mas através da construção de conhecimento obtida desde o início do curso, que se consolidou a reportagem de capa  Isso nunca vai acontecer comigo , do Senso Incomum. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Fisicamente, a capa do jornal que contém a reportagem traz a foto de camisinhas sendo entregues gratuitamente em uma unidade básica de saúde de Uberlândia. Sobre a foto foi aplicada a chamada de capa:  Sentimento de imunidade impulsiona DSTs . A capa é colorida, diferente do interior do jornal. A matéria se encontra nas duas páginas centrais do Senso InComum, de número 6 e 7. Sob o título  Isso nunca vai acontecer comigo , há a linha fina  Jovens correm constante risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis por acreditarem que não vão se contagiar facilmente . Logo após, consta o corpo da reportagem, complementada com a foto de um dos entrevistados, mostrando os remédios que toma, um olho evidenciando uma frase impactante de outra fonte:  A moça era muito legal, eu nem imaginava que ela tinha a doença , uma ilustração e um box indicando onde se pode obter o diagnóstico de DSTs em Uberlândia. A reportagem começa apontando os dados de instituições da saúde, contextualiza a situação na cidade de Uberlândia e introduz as fontes relatando sobre a Aids e HIV. Depois, inicia-se um subtítulo  Outras DSTs , introduzindo as demais fontes sobre gonorreia e HPV, bem como as profissionais entrevistadas, a ginecologista Thaís França de Araújo e a psiquiatra Lívia Araújo Macedo Carvalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A construção dessa matéria, passando por todas as etapas de produção jornalística impressa, tais como o levantamento do assunto, a produção da pauta, a apuração dos fatos, a produção do texto e o processo de editoria, foram fundamentais para nossa formação como jornalistas. Além de estarmos trabalhando com todas as técnicas necessárias, estávamos lidando com um assunto de relevância social que requer cuidado e uma humanização da reportagem. A produção, o tema e o auxílio dos professores nos fizeram crescer como futuros profissionais da área de Comunicação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">LAGE, Nilson. Teoria e técnica do texto jornalístico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.<br><br>CARTIER&#8208;BRESSON, Henri. The decisive moment (1952). In: GOLDBERG, Vicki (Edit.). Photography in print: writings from 1816 to the presente. New York: Simon and Schuster, 1981, p. 384&#8208;386.<br><br>MANUAL de Redação da Folha de São Paulo. São Paulo: Publifolha, 2001.<br><br>MEDINA, Cremilda de Araújo. Entrevista  O diálogo possível. São Paulo: Ed. Ática, 1995.<br><br> </td></tr></table></body></html>