| INSCRIÇÃO: | 00514 |
| CATEGORIA: | RT |
| MODALIDADE: | RT07 |
| TÍTULO: | Multifoco |
| AUTORES: | Gabriela Melo de Oliveira (Universidade Metodista de Piracicaba); Beatrís Cortelazzi Porta (Universidade Metodista de Piracicaba); Andressa Antunes da Mota (Universidade Metodista de Piracicaba); Daniela Borges de Oliveira (Universidade Metodista de Piracicaba); Rosa Cardoso da Silva (Universidade Metodista de Piracicaba); Leonardo César Benedito (Universidade Metodista de Piracicaba); Joyce Guadagnuci (Universidade Metodista de Piracicaba) |
| PALAVRAS-CHAVE: | Audiovisual , Fotojornalismo, Jornalismo, Website, |
| RESUMO | |
| O trabalho Multifoco é um website produzido por estudantes de Jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba, na disciplina de Fotojornalismo. O website visa concentrar toda a produção prática feita nesta disciplina durante o segundo semestre de 2017. O conteúdo inclui pautas fotográficas produzidas individualmente, além de um produto audiovisual que une várias fotografias, combinadas com pequenos trechos de vídeos, sons e textos, sobre a greve que ocorreu em 2017 na Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep. O projeto visa mostrar também as novas possibilidades do fotojornalismo nas plataformas digitais, como maior liberdade, a possibilidade de incluir mais fotografias e também o trabalho de um coletivo fotográfico. | |
| INTRODUÇÃO | |
| As novas tecnologias tendem a transformar o jornalismo em um produto mais dinâmico, pois tudo tem que ser noticiado rapidamente. No âmbito do fotojornalismo as mudanças também são grandes e podem ser percebidas. As redes sociais e sites se tornaram as maiores ligações diretas entre a mídia e a sociedade e permitem que mais informações cheguem aos veículos de comunicação. Esse grande volume de informação poderia significar o fim do fotojornalismo, pois existe a ideia de que com os smartphones todas as pessoas podem fotografar e os jornais não precisam mais contratar profissionais exclusivos para este papel. Na realidade, essas tecnologias devem ser vistas como uma oportunidade de mudança na dinâmica de trabalho, pois permitem que os fotojornalistas deixem de cobrir pautas menores para fazerem coberturas de assuntos mais complexos e com maior profundidade. Neste momento o fotojornalismo também ganha independência. Muitos profissionais não trabalham mais diretamente ligados a um determinado veículo de imprensa, o que os deixa mais livres para escolher suas próprias fotos sem depender dos editores e também negociá-las com veículos de comunicação de seu interesse. Partilhando dessa ideia, surgem os coletivos fotográficos que consistem em uma união de fotojornalistas independentes que concebem seus trabalhos de forma compartilhada e utilizam a internet como meio de divulgação. Diante deste cenário, o projeto Multifoco propõe ao leitor vivenciar juntamente com os fotojornalistas a experiência de um coletivo. O site é colaborativo e tem vários olhares diferentes explorando as novas formas que se fazer o fotojornalismo, não só complementando um texto, mas como agente principal para relatar histórias. | |
| OBJETIVO | |
| O objetivo principal deste projeto é exercitar o fotojornalismo por meio da vivência prática, além de permitir a experiência de criação de um site para hospedar o resultado de todo o trabalho. O propósito da Multifoco é sair do padrão de mídia tradicional (de massa), e se inserir no modelo da cultura de rede a fim de experimentar algo mais autônomo, já que neste modelo o fotojornalista pode propor suas ideias de pauta, sem passar necessariamente pelo filtro de um veículo de massa. A produção de fotorreportagens individuais possibilitou a experiência de treinar conceitos como olhar fotográfico, planos de captação, enquadramento e iluminação. Já o produto audiovisual, sendo um trabalho em grupo, permitiu a experiência de um coletivo fotográfico, relatando um mesmo assunto sob diferentes óticas, além de agregar conhecimento em várias áreas, como: edição de vídeo e fotografia; captação de vídeo e fotografia; e edição de som. O trabalho também procura mostrar outras formas da atuação do fotojornalismo na internet, explorando um site onde a fotografia é protagonista e constrói uma narrativa, não é meramente um complemento do texto escrito. | |
| JUSTIFICATIVA | |
| Com a cobertura da Segunda Guerra Mundial, a imprensa e o fotojornalismo conquistaram seus espaços definitivos que vinham buscando desde os anos vinte do século XIX. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, as imagens presentes nas revistas ilustradas Alemãs tornam-se muito mais valorizadas do que os textos. O fotojornalista Erich Salomon, considerado o pai do fotojornalismo moderno, fundou a primeira agência de fotografia que se têm notícia. O que marcou esse grande fotojornalista foi o jeito que ele fotografava fazendo flagrantes. A partir daí o fotojornalismo passou por inúmeras mudanças, ainda mais com os avanços tecnológicos. Para justificar este trabalho, consideramos o atual crescimento da tecnologia, internet, mídias sociais e o fotojornalismo como uma nova oportunidade de veiculação de informação. No século XXI a perspectiva dessa área mudou completamente. A tecnologia permitiu novas formas de trabalho com o fotojornalismo, como os coletivos fotográficos e fotojornalistas Independentes. "Certamente muitas dessas funções precedentes continuam presentes, até pelo fato dos coletivos, em boa parte, não ignorarem o mercado como modo de sustentação do modelo de negócios que assumem, como modo de viabilizar tanto as ações editoriais por eles assumidas, como permitir o exercício de um viés autoral mais autônomo e independente das rotinas de produção da notícia" (SILVA, QUEIROGA,, 2010, p. 17) Essa dinâmica permite mais liberdade para o fotojornalista desenvolver suas pautas e selecionar suas fotos. Além disso, postar fotos é bem mais barato do que imprimir e o espaço disponível na internet é infinitamente maior que num veículo impresso, por exemplo. Vale observar também a quantidade de pessoas atingidas na internet, portanto o jornalista pode vincular mais imagens e criar diversas narrativas através delas. | |
| MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS | |
| O trabalho foi dividido em três partes: a primeira apresenta sete reportagens fotográficas feitas individualmente com tema livre. A segunda parte do trabalho inclui a produção de um projeto audiovisual que une várias fotografias, combinadas com pequenos trechos de vídeos, sons e textos, feitos em grupo sobre um tema de caráter humanístico ou de denúncia. Na terceira etapa houve a criação de um site para hospedar todos os produtos, como em um coletivo fotográfico, com colaboração de vários membros. A produção das pautas não possuía tema específico, todos os estudantes eram livres para escolher o tema que quisessem, porém todas as pautas do website multifoco possuem um tema ligado à cultura, causas sociais e visibilidade de minorias devido ao olhar de seus integrantes. Para a produção audiovisual, o grupo escolheu retratar a greve que ocorreu dentro da Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep em agosto de 2017 pela visão dos estudantes que ocuparam o lugar durante 15 dias. Neste trabalho foram feitas entrevistas em áudio com os principais líderes do movimento, que contaram o porquê de toda a mobilização naquele momento. Também foram utilizados vídeos e fotos feitos durante todo o tempo da ocupação, incluindo manifestações nas ruas e também dentro da própria universidade. Apesar da greve ter mobilizado professores, funcionários e também estudantes da Unimep, o grupo decidiu focar na visão dos estudantes que ocuparam os prédios, seus pensamentos, ideais e opiniões sobre o desenrolar das manifestações. Na produção do site, nos inspiramos em sites fotográficos de coletivos como por exemplo o Garapa (http://garapa.org/). Construímos um site colaborativo onde a fotografia é a protagonista e conta a história por si só, tendo como complemento um título e um texto descritivo explicando a importância da pauta. As câmeras utilizadas foram: Canon EOS T5 e Nikon D3200. As lentes para captação foram todas 18-55mm. O programa utilizado para a edição das fotografias foi o Adobe Lightroom; para o vídeo foi utilizado o Adobe Premiere; e para o som, o programa Adobe Audition. | |
| DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO | |
| O website está hospedado na plataforma 46 graus, devido à sua facilidade de criação, sem necessidade de conhecimentos de programação, outro motivo para a escolha desta plataforma é a disponibilidades de templates que focam na fotografia, o que contribui para a identidade visual do site. Na primeira página, intitulada "Bem-Vindo", há uma apresentação, que contém uma foto em destaque (que vai mudando automaticamente) e logo abaixo todas as fotos tiradas durante o trabalho com o logotipo do site no meio da página separando a foto de destaque de todas as outras. A segunda página intitulada "Reportagens Fotográficas" é um portfólio que inclui todas as fotografias hospedadas no site, divididas em álbuns com seu título de legenda. São sete álbuns com os seguintes títulos: Ballet Aladin; Mulher e Maracatu; AfroPira; Quem são eles?; FLAAM: Letras e Olhar; Pais Tatuados; Grafites no CEU. A terceira página tem como título "Sobre o Coletivo". À esquerda você encontra o nome do site "Multifoco" e à direita um resumo da história do site com os jornalistas participantes. Na quarta e última página, intitulada "Unimep na Luta", você encontra uma foto superior em destaque com o título "UNIMEP NA LUTA - UM RELATO SOBRE AS MANIFESTAÇÕES NA UNIMEP", abaixo à esquerda há um produto audiovisual que possui fotografias combinadas com pequenos trechos de vídeos, sons e textos retratando a greve dentro da Unimep em 2017. À direita você encontra um texto explicativo sobre o trabalho e o foco da produção. | |
| CONSIDERAÇÕES | |
| O projeto realizado teve grande importância para a aprendizagem do grupo, principalmente no quesito ganho de experiência nas técnicas em fotojornalismo. Os temas das pautas abordadas são de grande importância social e nos trouxeram desafios em relação às técnicas de fotografia em diversos momentos, como: locações com iluminações diferentes, fotografar pessoas em movimento (dançando e trabalhando), além de refinar nosso olhar em relação ao mundo e a forma como tratamos um tema. Além de tudo, com a professora orientadora, pudemos refletir sobre os desafios do fotojornalismo em dias em que qualquer pessoa tem um celular que faz imagens de alta definição e comparar o fotojornalismo na internet (através de sites fotográficos) e as mídias tradicionais, analisando como a fotografia é utilizada e evidenciada em cada uma delas.㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀ 㠀戀搀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀匀䤀䰀嘀䄀Ⰰ 䨀漀猀 䄀昀漀渀猀漀Ⰰ 儀唀䔀䤀刀伀䜀䄀Ⰰ 䔀搀甀愀爀搀漀⸀ 䘀漀琀漀樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 挀漀氀愀戀漀爀愀琀椀瘀漀 攀洀 琀攀洀瀀漀 搀攀
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Maranhão, São Luís), 2010㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀䔀刀匀䤀䌀䠀䔀吀吀䤀Ⰰ 匀椀洀漀渀攀琀琀愀⸀ 䄀 攀渀挀爀甀稀椀氀栀愀搀愀 搀漀 昀漀琀漀樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀⸀ 䰀漀渀搀爀椀渀愀Ⰰ ㈀ 㘀⸀
Fotografia do dispositivo: por uma experiência do cotidiano. Disponível em: < http://www.studium.iar.unicamp.br/26/02.html?ppal=2.html> . Acesso em 24/04/2018. BRUNO, F.; PEDRO, R. Entre aparecer e ser: tecnologia, espetáculo e subjetividade Contemporânea. Disponível em: | |