ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00535</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Fronteira</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Pedro Henrique Dahdah Marino (Universidade de Uberaba); Diandra Tomaz Fabiano (Universidade de Uberaba); Cíntia Cerqueira Cunha Pimenta (Universidade de Uberaba)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Fotonovela, xenofobia, intolerância, storytelling, Gestalt</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A fotonovela  Fronteira é um trabalho inter e transdisciplinar desenvolvido no segundo período dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda nas disciplinas de Fundamentos Científicos da Comunicação e Estética em Comunicação Visual. A partir do tema  xenofobia , o grupo redigiu, no segundo semestre de 2017, o roteiro com base no estudo desta mazela social, por meio de obras gráficas e audiovisuais. A identidade visual possui referências nos princípios estéticos da teoria da Gestalt e o trabalho foi apresentado em dezembro de 2017.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Fronteira é o título da fotonovela desenvolvida pelos alunos do segundo período de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade de Uberaba, no segundo semestre de 2017. A atividade foi proposta pelas disciplinas de Fundamentos Científicos da Comunicação e Estética em Comunicação Visual, de forma lúdica e interativa, partindo de um tema atual e de grande repercussão mundial: a xenofobia. Para desenvolver a atividade, a turma foi dividida em grupos e recorreu à vasta bibliografia, a começar pela obra Convite à Filosofia, de Marilena Chauí, 2006. Os capítulos "A Cultura" e "A experiência do sagrado e a instituição da religião" contribuíram amplamente para o desenvolvimento do roteiro, uma vez que a leitura traz esclarecimento sobre a importância da singularidade cultural, que é integrada pela prática religiosa. O estudo do storytelling, abordado durante as aulas da disciplina Fundamentos Científicos da Comunicação, também foi de grande peso para a compreensão das maneiras de contar histórias de forma relevante, integrando os recursos audiovisuais com as palavras. O conceito também colaborou para viabilizar a criação de um storyboard, que conduziu a produção gráfica da fotonovela.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste trabalho é produzir uma fotonovela com referências estéticas dos princípios da teoria da Gestalt e roteiro inspirado no pensamento filosófico acerca de uma questão social. Para isso, os alunos pesquisaram Xenofobia - Medo e Rejeição Ao Estrangeiro, do teólogo e historiador Durval Muniz de Albuquerque Junior  São Paulo: Cortez, 2016. Ao longo de dez capítulos, o autor discute os aspectos referentes à presença de imigrantes pela perspectiva equivocada e preconceituosa de indivíduos intolerantes, como o capítulo 10, "Diversas crenças", que trata justamente sobre a discriminação religiosa. Da obra, puderam ser coletadas e estudadas circunstâncias xenofóbicas que, mediante reflexão, foram exploradas na fotonovela.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção é justificada pela contribuição da linguagem gráfica para o aprendizado prático dos alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda e pelo desenvolvimento de aptidões técnicas em ambas as habilitações (como a capacidade de executar os mecanismos do storytelling e produzir storyboards). O trabalho contribuiu, ainda, para o entendimento e exercício dos preceitos do livro O Corpo Fala: A linguagem silenciosa da comunicação não-verbal, de Pierre Weil e Roland Tompakow, que consta na bibliografia. Além disso, a fotonovela "Fronteira" também se justifica pela necessidade de colocar em pauta uma problemática latente na sociedade contemporânea tomando, assim, um caráter social.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a elaboração da composição gráfica da fotonovela, foram estudadas, na disciplina Fundamentos Científicos da Comunicação, as características do universo das histórias em quadrinhos, tais como a estética dos requadros, balões, fontes e demais elementos visuais. Estes aspectos foram incorporados no produto final. Os métodos de storytelling foram essenciais para o desenvolvimento do roteiro, pois contribuíram para a definição da narrativa e dos pontos de vista dos personagens. Uma das peças fundamentais da bibliografia foi o livro O Corpo Fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, de Gilles Pierre Weil e Roland Tompakow (1973). As táticas expostas na obra guiaram a direção de fotografia do trabalho de forma que pudessem ser explorados os códigos extraverbais. O conceito visual da fotonovela foi definido a partir de princípios da teoria da Gestalt, abordada na disciplina Estética em Comunicação Visual, para garantir a harmonia imagética.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A temática desenvolvida na fotonovela foi a xenofobia. A dinâmica proposta para narrar a história utiliza dos pontos de vista - da protagonista e do antagonista do enredo - em blocos distintos. Desta forma, o desfecho da história se encontra no meio da fotonovela possibilitando, assim, a leitura em dois sentidos: do começo ao meio ou do final ao meio. A estratégia teve como premissa ilustrar a xenofobia pelo ângulo da vítima e do intolerante. Esta abordagem foi idealizada para evidenciar o quão bárbaro é o pensamento xenofóbico, além de propor uma relação entre ele e os demais obstáculos vividos por estrangeiros em novas terras. Diversas referências deram tom ao roteiro como o filme "Um Olhar do Paraíso" (2009), dirigido por Peter Jackson. O aspecto inspirado pela obra audiovisual foi a ideia de um personagem relativamente próximo da vítima que apenas se revela como antagonista ao fim. Outra influência para a trama foi a história em quadrinhos Ms. Marvel (2014), roteirizada por G. Willow Wilson, sob o selo da Marvel Comics. Nesta HQ, a super-heroína Kamala Khan é paquistanesa, muçulmana e usa trajes típicos. A personagem serviu de referência para a protagonista da fotonovela. Para a composição visual dos quadrinhos, foram utilizados, nas fotografias, princípios da teoria da Gestalt. Sabe-se que a teoria surgiu no início do século XX por meio de seu precursor, o filósofo austríaco Cristian von Ehrenfels, e que tem como objetivo o estudo da orientação, compreensão e interpretação da visão humana para fins estéticos. Com base nisso, a pregnância da forma, preceito que diz respeito à facilidade com que o olho humano compreende visualmente a mensagem da composição, foi aplicada à fotonovela em diversos momentos. Além deste, também foram aplicados os princípios: unificação, continuidade, proximidade, semelhança, harmonia e contraste. Quadrinhos como Watchmen (1986), de Alan Moore, e Hellboy (1998), de Mike Mignola, foram influentes visualmente para a fotonovela, que deveria ter um tom mais humano, monótono e sombrio. É perceptível a súbita mudança de colorização de imagens entre os dois blocos do produto que tem como propósito acompanhar a transição da narrativa. Na finalização do trabalho, foram utilizados os programas Adobe Photoshop CS6, para o tratamento de fotos, e Adobe Illustrator CS6, para a montagem do arquivo, posicionamento das fotos, balões e textos. A capa da fotonovela representa uma carta de baralho que, com a duplicidade de lados, faz alusão à narrativa de dois diferentes ângulos. Ainda, na capa, pode-se ler o subtítulo  Pesadelos no Palácio dos Sonhos , que se refere à ideia do imigrante que sai de seu país de origem em busca de sonhos, em países que proporcionam melhores condições de vida. Os  pesadelos representam os obstáculos que permeiam essa jornada - para muitos, a xenofobia. Diante de todos os processos mencionados, o propósito final da fotonovela  Fronteira é ilustrar uma circunstância social cuja frequência passa despercebida na rotina contemporânea. Além disso, os alunos perceberam a urgência de debater esta problemática em um âmbito acadêmico, onde são formados cidadãos críticos e aptos a conviver com a solidariedade em seu dia a dia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Após a produção do trabalho, nota-se um maior interesse dos alunos em compreender questões geopolíticas, bem como fatores ético-sociais que se apresentam na rotina contemporânea e profissional de um comunicador. Os alunos esperam que a fotonovela possa impactar a percepção dos leitores acerca do problema abordado, evidenciando o fato de que os conflitos do mundo globalizado tornam a imigração uma constante e que cabe a cada indivíduo recebê-la de forma humana, com tolerância e respeito. Representar uma cultura estrangeira, sem ofender seus símbolos e dogmas ou passar traços de etnocentrismo, foi o maior desafio encontrado pelo grupo. Um dos objetivos dos integrantes era despertar, nas pessoas, a visão crítica sobre o falso moralismo, muito presente na sociedade, cuja representação é marcante em um dos personagens da fotonovela. O desfecho da história, que teve caráter dramático, justifica-se pela intenção dos alunos de mostrar que a xenofobia pode romper os campos do preconceito e da discriminação e atingir o extermínio. Desta forma, a produção buscou impactar os leitores para que possam fazer reflexões e questionamentos a respeito de um tema crucial nas relações humanas atuais. Em conclusão, a fotonovela "Fronteira" contribuiu para o crescimento acadêmico dos envolvidos trazendo-os a compreensão sobre a abrangência do papel do comunicador e sua participação em questões sociais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CHAUÍ, Marilena de Souza. Convite à filosofia. 12. Ed. São Paulo: Ática, 2006.<br><br>FILHO, João G. Gestalt do Objeto: Sistema de Leitura Visual da Forma. São Paulo: Escrituras, 2008. <br><br>HELLBOY. São Paulo: Myhtos, n. 01, mar. 1998.<br><br>JUNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Xenofobia: Medo e Rejeição Ao Estrangeiro. São Paulo: Cortez, 2016.<br><br>Ms. Marvel. São Paulo: Panini Brasil, n. 01, jan. 2014.<br><br>UM Olhar do Paraíso. Direção: Peter Jackson. Produção: Aimée Peyronnet, Carolynne Cunningham, Fran Walsh, Peter Jackson. Estúdios DreamWorks SKG, Film4, New Zealand Large Budget Screen Production Grant, WingNut Films, 2009<br><br>Watchmen. São Paulo: Panini Brasil, n. 01, set. 1986. <br><br>WEIL, Pierre Gilles; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal. Petrópolis: Vozes, 1973.<br><br>XAVIER, Adilson. Storytelling. Histórias que deixam marcas. Rio de Janeiro: Best Business, 2015.<br><br> </td></tr></table></body></html>