ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00557</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Assessoria de Imprensa para o Terceiro Setor: projeto de relacionamento com a mídia com foco em trabalho humanitário</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Fernanda Christina Baddini Costa (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Juliana Nóbrega de Noronha (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Ana Teresa Guida Guimarães (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Matheus Martins de Souza (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Caio Castilho Soares (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Francine Altheman (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Assessoria de Imprensa, Haiti, Plano de Comunicação, trabalho humanitário, Terceiro Setor</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este paper tem como por objetivo apresentar os conceitos agregados ao plano de assessoria de imprensa elaborado pelos alunos de Jornalismo da ESPM-SP para a ONG Magic Beans Brasil, que atua no segmento de social, alimentando e cuidando de crianças em situação de fome no Haiti. O projeto aqui descrito introduz, também, os métodos utilizados durante o trabalho com um cliente real, desde as primeiras atividades de conhecimento de cada proposta de negócio até a execução das práticas de relacionamento com a mídia que compõe um plano de assessoria de imprensa. Para desenvolver o plano para a ONG, usamos os conceitos propostos por Wilson da Costa Bueno, Maristela Mafei e Elisa Kopplin Ferraretto e Luiz Artur Ferraretto, bem como os métodos desenvolvidos por Jorge Duarte, Eduardo Ribeiro, Gisele Lorenzetti e Maurício Tavares. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em 2017, os alunos do 4º semestre de Jornalismo da ESPM-SP criaram um plano de assessoria de imprensa para um cliente real, com foco no Terceiro Setor: a ONG Magic Beans Brasil. A Magic Beans Brasil, fundada em 2012, é uma ONG internacional, com sede nos Estados Unidos e Brasil. Seu principal objetivo é apoiar pessoas e crianças em estado de fome no Haiti, o país mais pobre da América Latina, que tem 80% de sua população vivendo na pobreza. Na ONG são desenvolvidos dois projetos de assistência ao povo haitiano: o orfanato New Hope, que a princípio abrigava oito crianças; e o programa de alimentação Feeding Hope, que, em 2012, distribuía refeições a aproximadamente 30 pessoas, a maioria do público infantil. Atualmente os programas atendem, respectivamente, 30 e 250 crianças. O desafio, portanto, é alavancar o crescimento da ONG, a fim de aumentar a quantidade de arrecadações mensais para dar continuidade à atuação no Haiti. Para isso foi criado um plano de comunicação que buscou, principalmente, criar novos projetos, atualizar a imagem da organização e melhorar seu relacionamento com a imprensa, para possibilitar divulgações espontâneas. Foram propostas ações para promover o relacionamento com a imprensa, na intenção de arrecadar fundos, trazer mais voluntários e, especialmente, atrair a atenção da mídia regional e especializada. A equipe também trabalhou em ações de assessoria de imprensa que valorizam a imagem da instituição na mídia, como a melhoria de suas redes sociais e a reformulação de seu site. Toda a estratégia em assessoria de imprensa foi baseada nos conceitos de Elisa Kopplin Ferraretto e Luiz Artur Ferraretto (2009), Maristela Mafei (2005), Jorge Duarte (2011) e Wilson da Costa Bueno (2014). O método utilizado para a produção do plano de assessoria de imprensa foi baseado nos autores Eduardo Ribeiro e Gisele Lorenzetti (2011) e Maurício Tavares (2007). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este projeto tem como objetivo principal desenvolver um plano de assessoria de imprensa, sem custo, para a organização sem fins lucrativos Magic Beans Brasil, que cuida de crianças em situação de fome no Haiti. Como objetivos secundários pretende-se: &#9679; Refletir sobre o papel da organização na sociedade, especialmente no que se refere a questões sociais no Haiti; &#9679; Diagnosticar as carências e necessidades comunicacionais da organização; &#9679; Analisar os problemas de comunicação que impedem uma visibilidade midiática eficiente; &#9679; Entender como os problemas comunicacionais detectados podem afetar em um posicionamento positivo e na construção da imagem e reputação da instituição; &#9679; Buscar soluções em assessoria de imprensa que forneçam subsídios para melhorar a comunicação da organização, de forma a consolidar uma imagem clara e definida; &#9679; Elaborar um projeto de assessoria de imprensa, sem custo para organização, que privilegie a comunicação de interesse público, especialmente voltado às questões sociais; &#9679; Promover soluções, por meio de sua divulgação, para conseguir renda e sustento para a continuação dos dois projetos sociais desenvolvidos pela Magic Beans Brasil.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo dados da NGO Facts (2016), há cerca de 10 milhões de organizações não-governamentais (ONGs) no mundo; o número de indivíduos que doou dinheiro para instituições sem fins lucrativos subiu de 1,2 bilhão em 2011 para 1,4 bilhão em 2014 e 80% dos cidadãos concordam que elas facilitam o envolvimento em mudanças sociais positivas. No Brasil, de acordo com dados do IBGE (2010), as ONGs cresceram 157% no país entre 1996 e 2002, mas o crescimento vem caindo: entre 2002 e 2005, taxa foi de 22,6% e, em 2006, caiu para 8,8%. Desse modo, é importante discutir cada vez mais o papel das ONGs no século XXI, principalmente nos países subdesenvolvidos, onde são consideradas de extrema importância, já que muitas vezes conseguem suprir a necessidade de algo que a população precisa e que o Estado não fornece. Com todas as discussões atuais sobre interesse público, minorias e causas sociais, alguns gestos podem fazer grande diferença. Como ressaltam Elisa Kopplin Ferraretto e Luiz Arthur Ferraretto (2009), desenvolver um plano de assessoria de imprensa para uma entidade do terceiro setor é um exercício de cidadania e um ato de caridade que pode fazer muita diferença para o futuro da organização. De fato, a correta divulgação das atividades de uma ONG pode garantir a sua sobrevivência como instituição. É graças ao conhecimento de suas atividades pelo conjunto da sociedade que se dá, muitas vezes, a captação de recursos necessários à sua manutenção. Nesse sentido, quem se envolve na intermediação do fluxo de notícias entre a organização e os veículos de comunicação de massa o faz, não raro, de forma voluntária (FERRARETTO; FERRARETTO, 2009, p. 55). Por meio dessa perspectiva, propomos um trabalho para que a Magic Beans Brasil possa ser conhecida pelo público e atinja cada vez mais pessoas por meio do plano de assessoria de imprensa. Tal projeto se justifica ainda porque a ONG presta serviços no Haiti, o país mais pobre da América Latina, que atrai a atenção por seu histórico de violência e miséria desde muito antes do terremoto de 2010, que matou mais de 200 mil pessoas e destruiu a capital, Porto Príncipe. Apesar de ter sido o primeiro país latino-americano a declarar independência, os golpes e ditaduras que sofreu ao longo dos anos fizeram com que a população sofresse com os graves problemas socioeconômicos. A ONU interfere diretamente no país e vários exércitos internacionais estão presentes no local, como parte da ajuda humanitária. A Magic Beans Brasil, com esse trabalho único de promover a melhoria de vida de parte da população haitiana, especialmente das crianças, não tinha um plano comunicacional que permitisse divulgar seus projetos de forma mais rápida e prática entre Brasil e Haiti. Por isso, o trabalho desenvolvido pela instituição não ganha visibilidade. Outra justificativa importante a ser considerada é a falta de orçamento da ONG para investimento em comunicação. Todo o dinheiro arrecadado é direcionado aos projetos. Como bem coloca Maria Regina Estevez Martinez: Como não têm fins lucrativos, dependem de financiamento para sobreviver e muitas dessas entidades sobrevivem com orçamentos bem magros. Ricas ou pobres, elas precisam das assessorias de imprensa, cuja estrutura seguirá o mesmo modelo básico descrito [...] (MARTINEZ, 2011, p. 209). Dessa forma, o desenvolvimento e implementação de um plano de assessoria com custo muito baixo, próximo de zero, seria a única alternativa para a instituição. Somente no âmbito acadêmico, tal proposta seria viável. O projeto também se justifica por ser um plano direcionado a um cliente real. Contribui de forma verdadeira para a ONG e para a aprendizagem dos alunos na prática da assessoria de imprensa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este projeto foi desenvolvido durante o período letivo da disciplina de Assessoria de Imprensa do curso de Jornalismo da ESPM, que está na matriz curricular do 4º semestre. Dessa maneira, o planejamento dos métodos e técnicas a serem empregados ocorreu de forma gradual, facilitando a compreensão dos alunos, o entendimento do assessorado e a realização dos projetos com eficiência. A primeira etapa foi a seleção e aprovação da organização para a qual o grupo realizaria o atendimento. A ONG Magic Beans Brasil foi escolhida porque alguns membros do grupo já conheciam seu projeto e sabiam que seu planejamento de comunicação era falho. Por se identificarem com o trabalho desenvolvido pela ONG, escolheram a instituição como cliente, para que sua visibilidade fosse expandida. Para isso, a Magic Beans Brasil foi beneficiada com um planejamento de comunicação que pode ser colocado em prática integralmente, o que já vem ocorrendo de forma gradual. Partindo da escolha da ONG, foi preciso conhecer a fundo todo o planejamento estratégico da organização, principalmente suas metas e projetos, que definem o futuro e o caminho que a instituição pretende seguir. Sem esse diagnóstico inicial, seria impossível definir ações e estratégias de qualidade para o cliente. Esse plano estratégico consiste em desenvolver um processo facilitador da gestão de qualquer organização, coordenando o desenvolvimento da atividade e auxiliando na definição de metas e estratégias. É essencial para a elaboração de projetos e a definição dos rumos. Logo, o primeiro diagnóstico acerca da Magic Beans Brasil possibilitou ao grupo materializar a estratégia adequada para iniciar o planejamento, seguindo principalmente os pressupostos de Elisa Kopplin Ferraretto e Luiz Artur Ferraretto (2009). As atividades de AI não devem ser realizadas com base no improviso, e sim ter como norma a organização e a constante avaliação dos resultados. O planejamento assume, dessa forma, uma importância fundamental, evitando que até mesmo as situações mais inesperadas peguem o assessor desprevenido (FERRARETTO; FERRARETTO, 2009, p. 34). Foi preciso fazer também uma análise detalhada do terceiro setor, para perceber as tendências do mercado e suas dificuldades, e entender como usar as mídias sociais digitais para propor ações e estratégias no plano de assessoria. Isso porque, como a ONG tem baixo orçamento, o plano de assessoria de imprensa foi direcionado às mídias sociais, colaborando para dar visibilidade aos projetos da instituição via rede, de modo mais prático e com baixo investimento. Wilson da Costa Bueno (2014) alerta que estar nas mídias sociais é pouco para uma organização. Muitas organizações, por não saberem lidar com as novas tecnologias e não fazer um planejamento estratégico de suas peculiaridades, acabam cometendo gafes. Criar relacionamento nas mídias sociais pressupõe mais do que ter canais na rede muito bem desenhados; pressupõe estabelecer, de fato, o relacionamento, como uma via de mão dupla. De maneira definitiva, as mídias sociais não foram concebidas como espaços para que as organizações, de forma unilateral, divulguem seus atos, realizações produtos e serviços, mas para estabelecer conversas, promover debates, de maneira natural, firmando-se como um elemento a mais em um grupo ou roda de amigos (BUENO, 2014, p. 142). Assim, um dos desafios para o grupo era estabelecer as ações e estratégias mais eficazes para que as redes sociais da Magic Beans não se tornassem meros replicadores de notícias, mas também estabelecessem relacionamento com seus públicos. No âmbito da assessoria de imprensa, Jorge Duarte et al. (2015) propõe que as redes sociais sejam cada vez mais utilizadas para criar relação com os jornalistas. Sua equipe investigou como 64 instituições públicas e privadas utilizam as mídias sociais para interagir com a imprensa. Os resultados nos ajudam a pensar as ações, usando as redes sociais, para a Magic Beans de uma maneira mais ampla.  A imprensa, antes restrita a sites e portais, ampliou o uso dessas novas alternativas para uma distribuição rápida, fácil e até bastante informal do conteúdo (DUARTE et al., 2015, p. 162). Levando todos esses aspectos em consideração, foi priorizado que a ONG ganhasse mais destaque nas redes sociais, se tornasse mais conhecida para atrair mais contribuidores e que houvesse um fortalecimento do nome da Magic Beans Brasil. Para que isso acontecesse, foi preciso definir os objetivos de comunicação da instituição, com planos de ação, estratégias e monitoria de redes sociais. Para estruturar o Plano de Assessoria de Imprensa (produto que segue anexo a este paper), recorremos às diretrizes propostas por Maurício Tavares (2007) no escopo geral e, principalmente, por Eduardo Ribeiro e Gisele Lorenzetti (2011). Sem planejamento, sem saber onde queremos chegar, que papel cumpriremos no apoio ao ciclo de desenvolvimento de uma organização, sobrará vivermos de ações isoladas, desconectadas da atividade central de nosso assessorado (RIBEIRO; LORENZETTI, 2011, p. 213). Ribeiro e Lorenzetti (2011) propõem que o plano de assessoria de imprensa seja dividido em cinco partes, a saber: 1. Fase I  Pesquisa e diagnóstico: esta é a etapa que visa a conhecer a organização com profundidade e detalhamento, para entendê-la por completo; 2. Fase II  Análise e interpretação: com o diagnóstico em mãos, analisam-se os dados encontrados por meio da Matriz SWOT; 3. Fase III  Planejamento de relações com a imprensa: nessa etapa, são definidas as mensagens-chaves, o mailing-list é produzido, pensando em veículos estratégicos para a organização, e os porta-vozes são preparados para falar em nome da organização; 4. Fase IV  Execução: uma das etapas mais importantes do plano, nela são definidas as ações que serão implementadas e sua frequência no dia a dia de relacionamento com a imprensa, bem como as estratégias, além do cronograma de atividades especiais que podem contribuir para a disseminação das mensagens; 5. Fase V  Mensuração de Resultados: última etapa, quando se define os indicadores para a avaliação dos resultados do plano. Com base nessa estrutura, elaboramos o plano de assessoria de imprensa para a ONG Magic Beans Brasil, tendo como foco a ideia de traduzir a identidade da organização, usar ao máximo os recursos das redes sociais digitais e buscar reduzir os custos ao máximo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A atividade foi solicitada pela disciplina de Assessoria de Imprensa como o trabalho final do semestre e o projeto exigia que fosse escolhido um cliente real, para, no período de quatro meses, ser elaborado o plano de assessoria de imprensa para ser implementado no ano seguinte. Primeiramente, a realização da escolha da organização para o projeto foi baseada no valores e missões que a instituição prega. Além desse fator, foi necessário escolher uma ONG que necessitasse de visibilidade, aceitasse e colocasse o plano em prática. Após a escolha da instituição, estudos, pesquisas, análises e diagnóstico do posicionamento e imagem do assessorado foram feitos. Itens como definição e reconhecimento da organização, missão, visão, valores, planejamento estratégico, público-alvo, setor de atuação, tendências do mercado, concorrentes, ambiente setorial, comunicação e organização da mídia foram analisados para o melhor entendimento e conscientização da equipe sobre o cliente escolhido. Diante da escolha, foi marcada uma reunião com o presidente da Magic Beans, Alex Andrade. Por meio dele, foram descobertas questões internas pontos positivos e negativos da organização e o mais importante, aqueles que poderiam fazer com que ela fechasse definitivamente. Dessa forma, foi produzida a Matriz SWOT. De acordo com Maristela Mafei (2005), para dar início ao plano de assessoria de imprensa, é importante começar com um diagnóstico preliminar sobre quem é o assessorado, seguido de uma primeira reunião com o cliente, para ouvi-lo e apresentar a equipe. Após o primeiro encontro, foi elaborado outro diagnóstico, mais minucioso. Nesse momento, foi possível fazer a análise SWOT para determinar quais aspectos precisariam de mais atenção. Assim, os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças foram identificados e serviram como base para a criação do plano de ação (RIBEIRO; LORENZETTI, 2011) Posteriormente, fizemos a análise dos dados e começamos a desenvolver o plano de comunicação específico para a instituição. O projeto apresenta como objetivo coordenar as relações com veículos de comunicação e o público através da definição de metas e estratégias e rumos. Por meio do acompanhamento, realizamos o Planejamento Macro, delimitando os principais jornalistas e veículos de comunicação que formariam o mailing, as mensagens-chave e preparando os porta-vozes da instituição. Por meio desse planejamento, foi possível mapear os veículos e mídias sociais em que a Magic Beans poderia ser inserida espontaneamente para alcançar uma visibilidade positiva e eficiente. Após essas definições, planejamos as ações e estratégias. Elas traziam as diretrizes a respeito da forma como deveriam ser os posts nas redes sociais. Também propusemos sugestões de reformulações de métodos já usados, sem deixar de lado as ações mais comuns à assessoria de imprensa, como a produção e divulgação de releases, baseados nas mensagens-chave já definidas. Ações de calendário e mensuração de resultados, além de formas e formatos da ONG se expor na mídia, também fizeram parte dessa etapa. Pensamos em atividades especiais, como criação de um novo site experimental, exemplos de postagens, realização de um vídeo de campanha para a plataforma Youtube e entramos em contato com influenciadores digitais para a promoção da organização. A equipe priorizou tornar a instituição conhecida e visível. Como ela não possui recursos financeiros para o desenvolvimento desse tipo de atividade, realizamos um plano quase sem custos, baseado na divulgação por meio das redes sociais. Dessa forma, não seria abordado um público específico e sim todos aqueles que gostariam de ajudar e fazer parte da ONG, fortalecendo a marca Magic Beans. Após a finalização do plano, a implementação de algumas diretrizes estabelecidas já ocorreu. O novo site da instituição está pronto, apenas aguardando aprovação para ser posto no ar; em dezembro foi criado um Instagram para a ONG que, atualmente, possui quase 300 seguidores. A página do Facebook recebe alimentação de posts semanais, os quais ocorrem às terças e quintas-feiras. No período de um mês, a rede social recebeu mais de mil curtidas, tudo resultado da divulgação e administração digital correta. Ainda estamos trabalhando em uma implementação mais eficaz das ações de relacionamento com a imprensa, com ações focadas em jornalistas e influenciadores estratégicos; como isso requer uma dedicação mais aprofundada, tais medidas ainda estão em processo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O trabalho de assessoria de imprensa é fundamental para fortalecer a identidade de organizações perante a mídia e, consequentemente, com o público. Além de promover visibilidade e divulgação espontânea para as instituições, pensando do lado dos jornalistas, ela facilita o acesso a fontes nem sempre conhecidas. O relacionamento com a imprensa tem sido entendido como indispensável para criar e consolidar a imagem e a reputação das organizações e para agregar valor aos negócios, e está respaldado na convicção de que veículos (empresários e editores) e jornalistas de maneira geral se constituem em públicos estratégicos e que merecem, por isso, especial atenção das organizações (BUENO, 2014, p. 61). Trabalhar a comunicação da Magic Beans Brasil, principalmente por se tratar de um projeto social de alcance internacional, é gratificante. A diferença que a boa atuação de uma assessoria de imprensa pode fazer em uma organização como essa é grande. Aumenta sua visibilidade pública, a quantidade de informação que circula sobre ela na sociedade e pode trazer inúmeros efeitos mercadológicos e políticos predeterminados (DUARTE, 2011). Vale salientar que nos importamos muito em seguir dando continuidade ao trabalho de tentar divulgar a Magic Beans ao máximo, já que temos a consciência de que isso deve ser uma atividade a longo prazo, para conseguir explicar de forma 100% eficaz os objetivos da instituição e assim atingir o máximo de pessoas possíveis.  Para uma ONG, muitas vezes, a divulgação de seus objetivos, princípios e atividades garante a continuidade institucional (FERRARETTO e FERRARETTO, 2009, p.28). É importante ressaltar que este trabalho teve início em agosto de 2017 e continua em implementação, pois a equipe continua a atender a ONG Magic Beans, dando andamento ao Plano de Assessoria de Imprensa proposto ano passado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial: alinhando teoria e prática. Barueri (SP): Manole, 2014. <br><br>DUARTE, Jorge (org.). Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. Teoria e Técnica. São Paulo: Atlas, 2011.<br><br>DUARTE, Jorge; RAMOS, Amanda Dutra et al. Uso de mídias sociais na interação com a imprensa. In: BUENO, Wilson da Costa (org.). Estratégias de Comunicação nas Mídias Sociais. Barueri (SP): Manole, p. 161-170, 2015.<br><br>FERRARETTO, Elisa Kopplin; FERRARETTO, Luiz Artur. Assessoria de Imprensa. Teoria e Prática. São Paulo: Summus, 2009.<br><br>IBGE. As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil. IBGE (on-line), 2010. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/fasfil/2010/default.shtm>. Acesso em: 15 abr. 2018. <br><br>MAFEI, Maristela. Assessoria de Imprensa. Como se relacionar com a mídia. São Paulo: Contexto, 2005.<br><br>MARTINEZ, Maria Regina Estevez. Implantando uma assessoria de imprensa. In: DUARTE, Jorge (org.). Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. Teoria e Técnica. São Paulo: Atlas, p. 191-211, 2011.<br><br>NGO FACTS. 15 Facts you need to know about NGOs Worldwide. NGO WatchDog (on-line), 11 de maio de 2016. Disponível em: <http://ngowatchdog.org/15-facts-need-know-ngo-worldwide/>. Último acesso em 15/04/2018. <br><br>RIBEIRO, Eduardo; LORENZETTI, Gisele. Planejamento Estratégico em Assessoria de Imprensa. In: DUARTE, Jorge (org.). Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. Teoria e Técnica. São Paulo: Atlas, p. 212-253, 2011.<br><br>TAVARES, Maurício. Comunicação Empresarial e Planos de Comunicação. Integrando Teoria e Prática. São Paulo: Editora Atlas, 2007.<br><br> </td></tr></table></body></html>