INSCRIÇÃO: 00655
 
CATEGORIA: PP
 
MODALIDADE: PP12
 
TÍTULO: Desconstruindo Amélias
 
AUTORES: Ohanna Malta de Oliveira (Pontifícia Católica Universidade); Darah Fonseca de Souza (Pontifícia Católica Universidade); Vitor Ribeiro Tambasco (Pontifícia Católica Universidade); Raquel Vieira Fávaro Petronilho (Pontifícia Católica Universidade); Cíntia Maria Gomes Murta (Pontifícia Católica Universidade); Erico Fernando de Oliveira (Pontifícia Católica Universidade); Júlia Poloniato Tesche Oliveira (Pontifícia Católica Universidade)
 
PALAVRAS-CHAVE: Depoimento, Desconstrução, Diversidade, Mulher, Storytelling
 
RESUMO
O presente projeto nomeado "Desconstruindo Amélias", realizado pelos alunos do curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda campus Poços de Caldas, tem como objetivo apresentar a diversidade ideológica, fisionômica e de questões enfrentadas pelas mulheres. A estrutura do projeto multimídia se desenvolve a partir de cinco storytellings com temas diferentes. São eles: Câncer de mama, maternidade, racismo, feminismo e infância. Todos os discursos, porém, se convergem na questão "O que é ser mulher?". O objetivo do mesmo é gerar identificação do público feminino e desconstrução de estereótipos da sociedade em geral.
 
INTRODUÇÃO
"Amélia não tinha a menor vaidade, Amélia que era a mulher de verdade' (MÁRIO LAGO, 1942). É com esses versos que a música "Ai que saudades de Amélia" composta por Mário Lago e Ataulfo Alves se fixou entre os clássicos do samba. Em um primeiro contato, é possível classifica-la apenas como um samba bonito. Porém, após uma análise semiológica da letra, identificamos na narrativa feita pelo ex-marido de Amélia o mito da "Mulher ideal". Essa, por sua vez, é a mulher que não reclama, não sonha e não possui vaidade. O seu único propósito é servir ao marido e cuidar da casa. Além disso, também é narrado o que ela não deve fazer: não pode exigir nada, não pode saber o que é consciência e muito menos pensar em luxos e riquezas. ਀ Apesar de ser um retrato da mulher ideal para a sociedade brasileira de 1942, ainda hoje perdura no imaginário social diversas atitudes de discriminação fundamentadas no sexo. Segundo dados apresentados pelo Fórum Econômico Mundial no Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2016, analisando 95 países, pode levar ainda 170 anos para que ocorra, na prática, paridade de remuneração entre os sexos. Isso, tratando somente da questão salarial entre gêneros. ਀ Foi para apresentar e desconstruir essa realidade que o presente projeto nasceu. Através de cinco mulheres narrando cinco storytellings diferentes, é possível identificar nas falas alguns dos muitos setores em que o sexismo está presente, além de exibir as lutas diárias femininas e, por fim, tentar definir o que é fazer parte desse universo tão vasto que é o ser mulher.
 
OBJETIVO
1 - Identificação ਀ O primeiro objetivo é gerar identificação nas mulheres alcançadas pelo projeto. Ao ser expostas situações de vidas reais das quais qualquer mulher pode ter compartilhado de uma experiência parecida, o projeto se torna um gatilho para a mudança de comportamento. ਀ 2 - Desconstrução ਀ Além disso, ele também visa desfazer os conceitos sexistas presentes no imaginário social brasileiro. Por meio do engajamento nas redes sociais e do sistema de compartilhamento de informações, mais pessoas estarão cientes da luta feminina.
 
JUSTIFICATIVA
A importância desse trabalho se justifica na igualdade entre gêneros constatada nos preceitos constitucionais de 1988 , enunciado do art. 5°, caput e inciso I, dos quais: ਀ “Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ਀ I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;”
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
O método de pesquisa empregado nesse trabalho se fundamenta em entrevistas com questionários pré-estabelecidos de acordo com a discussão de cada mulher, onde a única pergunta invariável foi " O que é ser mulher para você?". As entrevistas foram realizadas entre setembro e novembro de 2017, no Laboratório de Convergência Midiática do curso de Publicidade e Propaganda da PUC Minas em Poços de Caldas. ਀ A partir da ideia desenvolvida, em dias diferentes, as entrevistadas foram posicionadas no centro do estúdio escuro, sentadas de frente a um dos integrantes do grupo. Orientadas a responder as perguntas de forma a se sentir à vontade, as histórias se construíram uma a uma diante do cenário intimista. ਀ Nas gravações, além de nome e idade, foram capturadas opiniões sobre determinados assuntos, histórias reais presenciadas por elas, profissão e diversas reações emocionantes diante do que estava sendo discutido. ਀ Além disso, fotos de mulheres aleatórias foram tiradas nas ruas das cidades de Poços de Caldas – MG, acompanhadas da pergunta " O que é ser mulher pra você?" a fim de alimentar a página do projeto no Instagram. ਀ Além da pouca experiência com edição de vídeo e captura de imagem e som, a maior dificuldade na realização do projeto se baseou na delicadeza em tratar os assuntos em questão. Como entrevistar uma mulher que viveu em cárcere sem tocar no motivo pelo qual ela foi presa? Como conversar com alguém que lutou contra o câncer de mama sem ser invasivo? Como convencer uma criança a falar sobre perspectivas de vida sem que ela disperse? Essas foram algumas das muitas questões com as quais o grupo lidou.
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
O projeto se constrói em torno das narrativas que possuem cerca de um minuto cada. Cada vídeo, por sua vez, é hospedado no Youtube, sendo essa a plataforma líder do projeto. ਀ A partir disso, o Instagram funciona como uma plataforma de direcionamento. Nele, ao utilizar o recurso dos links clicáveis no stories, conseguimos encaminhar o público para o Youtube toda vez que um vídeo é lançado. Frases soltas e impactantes de cada entrevistada prende a atenção do target que só precisa arrastar a tela pra cima para ver a continuação. ਀ Já para o feed, fotos em alta qualidade de mulheres tiradas no dia a dia acompanham as respostas para a pergunta "O que é ser mulher para você?" na descrição. Assim, o projeto abre portas para a fala popular, cria uma conexão com as mulheres fotografadas que, por sua vez, se tornam outro meio de divulgação do Desconstruindo Amélias. A referência para essa técnica vem de projetos com o Humans of New York. ਀ Além dessas duas estratégias, foram criados três stickers baseados na pauta feminina para serem anexados as fotos e vídeos dos seguidores. Esses stickers, quando clicados, direcionam as pessoas para a hashtag #desconstruindoamelias, onde todos os comentários que utilizaram a hashtag podem ser visualizados. Assim, o usuário que se deparar com um stickers no stories de outro alguém, poderá entender do que se trata e aderir a causa. ਀ O Facebook, por sua vez, funciona como uma central de informações. Lá, todos os links serão divulgados, enquetes sobre temas ligados ao projeto serão realizadas e matérias também com os mesmos assuntos, compartilhadas. Além disso, seguindo a referência do LDRV – grupo de Facebook com quase 950 mil participantes – um grupo fechado onde só mulheres são aceitas seria criado para o debate livre e compartilhamento de dúvidas e experiências entre elas. ਀ Por fim, o ebook. O storytelling de cada participante antes gravado, agora é transformado em palavras. Aos amantes da leitura e aos que ficaram interessados em saber mais sobre cada mulher, toda a entrevista será disponibilizada na íntegra em um ebook intitulado com o mesmo nome do projeto. Um valor simbólico seria cobrado por cada volume, de modo que a arrecadação seja revertida em material para a continuidade do projeto. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀  㠀戀搀㈀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䈀甀猀挀愀洀漀猀 愀猀猀椀洀Ⰰ 搀愀爀 瘀漀稀 愀猀 䄀洀氀椀愀猀 焀甀攀 漀甀琀爀漀爀愀 昀漀爀愀洀 洀攀渀漀猀 瀀爀攀稀愀搀愀猀 瀀攀氀愀 猀漀挀椀攀搀愀搀攀Ⰰ 搀攀猀挀漀渀猀琀爀甀椀渀搀漀 漀 攀猀琀攀爀攀琀椀瀀漀 搀攀 洀甀氀栀攀爀 椀搀攀愀氀⸀ 䄀氀洀 搀攀 琀甀搀漀 漀 焀甀攀 愀焀甀椀 昀漀椀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀Ⰰ 愀 戀甀猀挀愀 瀀漀爀 漀甀琀爀愀猀 瀀氀愀琀愀昀漀爀洀愀猀 攀 愀瀀氀椀挀愀攀猀 琀愀洀戀洀 渀漀 猀攀爀 搀攀猀挀愀爀琀愀搀愀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀Ⰰ 猀攀 瘀椀瘀攀氀Ⰰ 琀漀搀愀 椀搀攀椀愀 椀渀漀瘀愀搀漀爀愀 攀 挀愀戀瘀攀氀 猀攀爀 愀挀愀琀愀搀愀⸀ 匀攀渀琀椀洀漀猀Ⰰ 挀漀洀漀 樀漀瘀攀渀猀Ⰰ 愀 爀攀猀瀀漀渀猀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 搀攀 挀漀渀琀爀椀戀甀椀爀 瀀愀爀愀 甀洀 洀甀渀搀漀 猀攀洀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀猀Ⰰ 洀椀猀漀最椀渀椀愀 攀 瀀愀搀爀攀猀 攀 攀猀瀀攀爀愀洀漀猀 挀漀渀琀爀椀戀甀椀爀 瀀愀爀愀 挀愀甀猀愀猀 昀攀洀椀渀椀猀琀愀猀 焀甀攀 搀攀昀攀渀搀攀洀 愀 椀最甀愀氀搀愀搀攀 搀攀 最渀攀爀漀 攀 愀 氀椀戀攀爀搀愀搀攀 搀愀 洀甀氀栀攀爀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀  㠀戀搀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䄀刀吀䠀唀匀ⴀ䈀䔀刀吀刀䄀一䐀Ⰰ 夀愀渀渀 ⴀ 䠀甀洀愀渀 ⴀ ㈀ ㄀㘀 ⴀ 栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀礀漀甀琀甀戀攀⸀挀漀洀⼀眀愀琀挀栀㼀瘀㴀吀渀䜀䔀挀氀最㈀栀樀最 ⴀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㔀⼀ 㐀⼀㈀ ㄀㠀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䠀甀洀愀渀猀 漀昀 一攀眀 夀漀爀欀 ⴀ 䐀愀琀愀 搀攀 椀渀挀椀漀 椀渀搀攀昀椀渀椀搀愀 ⴀ 栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀椀渀猀琀愀最爀愀洀⸀挀漀洀⼀栀甀洀愀渀猀漀昀渀礀⼀㼀栀氀㴀瀀琀ⴀ戀爀 ⴀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㔀⼀ 㐀⼀㈀ ㄀㠀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䄀一䜀䠀䤀刀䴀䄀䰀䄀一䤀Ⰰ 䨀甀椀氀礀 ጀ†嘀椀瘀攀爀 搀攀 䴀椀洀 ጀ†㈀ ㄀㔀 ጀ†栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀礀漀甀琀甀戀攀⸀挀漀洀⼀眀愀琀挀栀㼀瘀㴀瀀匀䔀椀㘀嘀氀伀戀唀䤀 ጀ†䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㔀⼀ 㐀⼀㈀ ㄀㠀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀