ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00663</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A fotografia de Cana</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Giovani Simoneti Beloto (Centro Universitário N. Sra. do Patrocínio); Fernanda Cristina Cobo de Sousa (Centro Universitário N. Sra. do Patrocínio)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Fotografia, Ciname, Ficção, Horror, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Cana é o projeto de conclusão de curso dos alunos de Cinema e Audiovisual do CEUNSP - Salto. O curta-metragem procura a experiência do horror sem recorrer a clichês do gênero, aproveitando ao máximo a linguagem audiovisual para tal. O trabalho de fotografia foi uma das principais bases para sua realização, já que as imagens captadas pela câmera dialogam diretamente com as percepções da personagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O curta-metragem  Cana possui três pequenas atmosferas em que percebemos diferenças de humor dentro delas. A de Beto, o pai que está animado para assistir ao jogo de futebol com seus amigos, essa é a atmosfera mais aberta e centrada na televisão, que é onde o personagem vai levar sua atenção o tempo todo. A segunda é de Pedro, o filho de Beto que está animado para ver seus amigos, temos duas visões com ele, mais aberta no começo, acolhendo outros elementos para reforçar seu interesse pelo futebol, mas também em querer brincar com seus amigos; já no final de seu arco, mais fechada e densa, gerando expectativa do que está para acontecer esse suspense criado a partir do meio do filme se intensifica até seu desaparecimento. E a última é a de Ana, que é mais densa e fechada desde o início, a personagem se incomoda porque não está onde gostaria e viu algo que ninguém mais enxergou e para demonstrar desconfiança do lugar, tudo ao redor levará a essa sensação de estranheza e suspense mesmo no início do filme, que o aspecto é mais leve, porém ela faz esse elemento de trazer o tom que o filme tomará subsequentemente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Cana foi um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da turma de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, apresentado em 2017, e dirigido pelo estudante Giovani Simoneti Beloto. Para o cargo de Diretor de Fotografia foi escolhida a estudante Laura Beatriz Iori Machado. O grande objetivo da Direção de Fotografia foi criar a atmosfera pretendida pelo diretor. No filme, a personagem principal se sente amedrontada diante de um monstro desconhecido, o trabalho de fotografia dedicou-se a traduzir esse sentimento. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A câmera são os olhos do espectador para aquela determinada história. A partir desse pensamento vem a necessidade do cuidado como cada cena será construída a fim de criar a imersão correta para quem irá consumir a obra. Dispondo de posicionamento da câmera, objetivas diferentes, movimentações e a forma como se distribui os elementos de cena no quadro influem em como essa história será absorvida.A composição dos quadros diferencia nitidamente a diversão e a tensão dos personagens, carregando a ideia de que, apesar de tudo parecer normal, para Ana há algo de errado, e que o espectador possa acompanhar o que a personagem sente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O uso de planos supercloses dão ênfase nesse sentimento de incômodo da personagem, de estar fora do seu ambiente ideal e com a distorção de fundo gerado por esse tipo de enquadramento, essa super aproximação dos elementos que são usados pelos adultos, conseguimos passar, ao mesmo tempo, o que é muito interessante para os adultos e completamente detestável e desconfortante para a protagonista o close pode transportar o espectador para dentro da cena, eliminar tudo o que não for essencial naquele momento e isolar qualquer incidente significante da narrativa que deva ser enfatizado.(MASCELLI, 2010, pág. 199). Para mostrar a diversão dos personagens, planos abertos estáticos e com pequenos planos sequência dos personagens principais carregam as ações, com essas ações intercaladas e em meio a outros planos neutros, para abrir ou fechar uma sequência, esse cadenciamento de eventos dar uma perspectiva mais caótica que prende ainda mais a atenção dos personagens antes o momentos do jogo de futebol a se passar na televisão. Esses elementos de compor os eventos em determinados quadros para que tudo fique fluído e verossímil para poder trabalhar essa escolha criativa em que as personagens se aproximam ou se afastam da câmera. A composição das cenas do canavial envolve sempre um joguete entre simetria e assimetria, fugindo até um pouco dos pontos de ouro, para gerar desconforto e tensão.  Movimentos da direita para a esquerda devem ser usados nas situações em que é preciso retratar uma oposição mais marcante e dramática[...] . (MASCELLI, 2010, pág. 237). Também utilizando o recurso de direção dinâmica constante, movimentos da direita para a esquerda, que causam um leve incômodo por serem mais impactantes, geram um desacordo entre Ana e seus amigos, já que a personagem que sabe que viu algo, não concorda em se aproximar daquilo que lhe causou estranheza. Nessa escolha, procura-se despertar um leve enjôo, a perspectiva ajuda nisso, o que está mais próximo do plano se move bem mais rápido o que está ao fundo, como uma vertigem em uma viagem de carro. Um ponto singular para os enquadramentos é a perspectiva de Ana sobre o ambiente que está inserida, enquadramentos mais baixos em união com objetivas grande angulares geram uma distorção característica para esses momentos. Os movimentos de câmera são utilizados para acrescentar a dramatização o suspense que o roteiro pede, são utilizados movimentos de dolly da direita para a esquerda, dolly in e dolly out para dar sentido às cenas de suspense do filme, fora os movimentos de acompanhamento das personagens que serão feitos em steady cam. A motivação para tais movimentos, que acontecem majoritariamente do meio para o final do filme, criando uma noção de acompanhamento e até perseguição em cima das crianças, enquanto no bar os movimentos mais sutis no quadro mostra o quão alienados os adultos estão com o jogo.  No cinema narrativo, um conceito fundamental do movimento de câmera é que ele deve ser motivado. O movimento não deve ser gratuito, o que normalmente significa que o diretor não tem habilidades narrativas suficientes (BROWN, 2012, pág.210). A iluminação é majoritariamente com luz natural devido a quantidade de espaço aberto disponível na locação. Entretanto, vê-se um desafio em construir a luz do bar. O bar não possui paredes, o que faz com que muita luz externa entre, a engenharia da luz para as cenas do bar, nesse caso, acompanha a naturalidade da luz externa para diminuir o contraste exacerbado entre o céu e a sobre debaixo do teto do bar, conseguindo assim uma melhor clareza no que se pretende para a qualidade da imagem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho de fotografia no curta-metragem  Cana segue o ponto de vista da personagem Ana, assim possuem em sua maioria planos contra-plongée. O filme foi gravado apenas em locações externas, sendo todo com iluminação natural, a iluminação dependia do sol para não perder a continuidade e enquadrar da melhor forma para camuflar algum atraso e mudança da posição do sol. A iluminação é toda natural, vemos o entardecer, então ela sai de um amarelo forte de um sol das 15:30 da tarde para a noite após as 18:30, durante o filme vemos isso acontecer, a locação é externa e dependemos do horário para realizar a gravação, sendo assim a luz não é o forte do filme, e sim a forma como os planos foram planejados para criar toda tensão existente. A Colorização do filme foi feita seguindo a paleta de cores da direção de arte, os planos do bar possuem um tom mais amarelado, e o canavial tons mais azulados, para corroborar com a estética oitentista do filme certos efeitos de cor foram usados para simular os filmes  Kodak 16mm.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A fotografia de  Cana conseguiu atingir a estética requerida pelo roteiro do filme, o objetivo era conseguir atingir a estranheza por fatores sutis. O resultado final demonstra o empenho da pesquisa e do trabalho em equipe. Um filme que usa muito bem as ferramentas que dispunha, sendo o trato da imagem uma delas. Moldar a visão de mundo à partir de uma lente, vai além da mera reprodução e se transforma em um exercício contínuo de leitura e tradução de emoções. Uma experiência enriquecedora que possibilitou que exercêssemos os conhecimentos apreendidos na faculdade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BROWN, Blain. Cinematografia: Teoria e Prática. 2ª Edição. Rio de Janeiro : Elsevier Editora. 2012. <br><br>MARTIN, Marcel. A Linguagem Cinematográfica. 1ª edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 2003.<br><br>MASCELLI, Joseph V. Os Cinco Cs da Cinematografia. 1ª edição. São Paulo: Summus Editorial, 2010<br><br> </td></tr></table></body></html>