ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00733</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Manual de sobrevivência do calouro</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Giovana Ferreira de Souza Barboza (Fundação Oswaldo Aranha); Matheus Silva Gomes (Fundação Oswaldo Aranha); Larissa Almeida de Paula (Fundação Oswaldo Aranha); Alexis Aragão Couto (Fundação Oswaldo Aranha); Edilberto Cardoso Venturelli (Fundação Oswaldo Aranha); Stéfane Silva de Oliveira Mota (Fundação Oswaldo Aranha); Wallester Oliveira Victorino (Fundação Oswaldo Aranha)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Comunicação, Manual, História em Quadrinhos, Fobia Social, Ansiedade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A dimensão dos problemas em que os seres humanos se encontram tomou tamanha proporção que as pequenas adversidades perderam sua devida importância. O presente trabalho foi desenvolvido para que a ansiedade e a fobia social, sendo dois transtornos considerados menores, fossem novamente apresentadas ao público para a redefinição de sua relevância, especificamente para universitários que estão ingressando em um período novo no ensino superior. Dessa forma, este projeto buscou desenvolver um manual com o objetivo de despertar nos indivíduos a empatia e a necessidade de se fazerem presentes na vida dos que possuem dificuldades, sejam elas sociais ou de aprendizado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A fobia social e a ansiedade são temas atemporais que interferem direta e negativamente no desempenho acadêmico e social de muitos universitários. Baseado neste fato e no conceito de inclusão social foi planejado e desenvolvido o projeto "Manual de sobrevivência do calouro" na disciplina Introdução à Publicidade e Propaganda, do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA, e orientado pelos professores Alexis Aragão Couto e Edilberto Cardoso Venturelli. Segundo Spielberger (1981, p.24), a tarefa de escolher uma carreira e encontrar emprego em um mercado extremamente competitivo, em que se possa obter satisfação, impõe grande pressão aos jovens. A pressão que se gera em cima do jovem universitário, compreendida através da constatação de Spielberger, é o que desenvolve ou agrava quadros de ansiedade ou fobia social nos alunos. Segundo Batista et al. (2012, apud NOBILE, GARCIA E BOLSONI-SILVA, 2017, P.18) avaliaram a prevalência do Transtorno de Ansiedade Social em uma amostra de 2319 estudantes brasileiros universitários com o objetivo de determinar o impacto acadêmico do transtorno. O estudo mostrou a prevalência do transtorno em estudantes universitários de 11,6%, com início precoce, aproximadamente aos 11 anos de idade. O manual apresenta, através de ilustrações, situações vividas principalmente pelos alunos do 1º ano ao serem submetidos a uma nova atmosfera e a novos desafios. Nesse contexto buscou-se explicitar as dificuldades vivenciadas pelos "calouros" e como geralmente lidam com elas, tendo como principal resposta o silêncio, aumentando exponencialmente a gravidade da situação que, na maioria das vezes, não é vista nem cuidada com a devida seriedade e importância.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O "Manual de sobrevivência do calouro" foi desenvolvido com três principais objetivos, cada um dando uma atenção maior à determinada situação. O primeiro é apresentar, com ilustrações, situações vivenciadas por muitos alunos, principalmente no início do primeiro ano letivo no ensino superior, aos que não possuem compreensão da dimensão em que se encontram estes discentes. O segundo é auxiliar os recém-chegados nas universidades, dando dicas de como solucionar alguns dos problemas que podem encontrar ao longo de sua progressão estudantil, como dificuldades sociais e obstáculos de adaptação ao método de ensino superior. Deste modo, fazendo com que estes estudantes se sintam mais confiantes para avançar e finalizar seu ano letivo com serenidade e segurança, pois terão um meio para se orientar nessa vivência. O último objetivo consiste em conscientizar os que estão em contato contínuo com alunos que apresentam quadros de transtorno de ansiedade ou fobia social e têm sua experiência profissional prejudicada por conta destas adversidades. Contribuindo e incentivando todos os leitores a oferecer para estes, o acolhimento e um melhor ambiente de ensino e convívio social.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto foi desenvolvido a partir da percepção dos integrantes do grupo escolhido para a criação deste trabalho sobre a frequência com a qual ocorrem casos de ansiedade e fobia social, visando gerar representatividade e apoio a outros universitários que passem pela mesma situação. Além de incentivar a percepção sobre a perda de consciência com relação à gravidade e a recorrência destes transtornos entre alunos que estão iniciando o ensino superior, assumindo um caráter crítico sobre esse comportamento. Segundo Mondardo (2012),  na universidade, o estudante assumirá atividades de alto desempenho, exigindo dele a concentração de esforços. A rotina de estudos constante e crescente pode se tornar um fator potencialmente estressor, pois a vida acadêmica representa, sem sombra de dúvidas, um aumento de responsabilidade, ansiedade e competitividade . É válido ressaltar que, nesse comportamento, as vítimas se tornam imperceptíveis a olhos que se mostram incapazes, ou possuem dificuldades de enxergar a realidade e a seriedade do assunto, acabam sendo ignorados ou tratados com naturalidade dentro do que se considera normal entre um padrão estabelecido socialmente. A especificação em cima do contexto universitário foi feita baseada no fato de o primeiro semestre ser o período em que o aluno é levado a testar habilidades que ele mesmo desconhecia e vivenciar situações em que possui dificuldades de solucionar ou executar e que são essenciais para a conquista de seu almejado diploma, dessa forma, potencializando um sintoma ou agravando um quadro. As ilustrações foram inseridas na literatura ao serem percebidas como tendo um grande potencial de ensinamento e fixação na leitura, e foi usando este fato que a utilizamos para a elaboração do trabalho. Para Aguiar (2011),  a importância da ilustração e do projeto gráfico, constatável empiricamente em qualquer visita às livrarias, é confirmada por editores e pesquisadores, que apontam a diferença entre o livro com ilustração (aquele em que a imagem é apoio, apenas reforçando o que diz o texto) e o livro ilustrado, no qual ou se prescinde da palavra escrita ou ela atua juntamente com a ilustração . Os desenhos também remetem à infância, causam um sentimento de nostalgia em quem os observa, pois estão ligados a momentos em que o indivíduo se via sentado na sala ou deitado no quarto lendo histórias em quadrinhos de sua preferência. Além de ser uma maneira descontraída de apresentar uma problemática presente no cotidiano da população mundial. Partindo desse ponto, as páginas foram desenvolvidas de forma ilustrativa para que o leitor possa assimilar o tema sem maiores problemas, e para tornar o assunto mais interessante, fazendo com que a atenção do leitor não se desprenda facilmente do conteúdo. As páginas contendo as dicas foram criadas a partir do livro "A Psicologia das Cores", de Eva Heller (2013), de acordo com sua premissa de que as cores e os sentimentos estão conectados diretamente. Dessa forma, foi formado o acorde cromático que mais se relacionava com o intuito do trabalho, sendo a formação deste acorde o amarelo, tons de azul, tons de verde, branco e cinza. O amarelo passa o sentimento de descontração, otimisto, é uma cor alegre. Segundo Heller, "O azul é a preferida entre as cores. É a cor predileta de 46% dos homens e 44% das mulheres" (HELLER, 2013, p.46). O azul em suas diversas tonalidades é a cor que transmite tranquilidade, harmonia, que acalma. O verde propaga a esperança, a liberdade. O branco é conhecido por ser a cor que transmite a paz. E o cinza dá um toque de elegância e neutralidade às páginas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O  Manual de Sobrevivência do Calouro surgiu a partir de uma ideia de um dos integrantes na disciplina de Introdução à Publicidade e Propaganda dada pelo professor Alexis Aragão Couto e foi executada nas aulas de Planejamento Visual e Produção Gráfica do mestre Edilberto Cardoso Venturelli, ambas sendo matérias pertencentes à grade curricular do curso de Publicidade e Propaganda do UniFOA. Na primeira etapa foram realizadas reuniões entre os componentes do grupo para que pudessem discutir e opinar sobre cada tópico a ser desenvolvido. A partir dessas reuniões, o grupo pesquisou individualmente a respeito do tema em artigos e livros para que discutissem, de forma científica, sobre as causas e efeitos dos transtornos em questão, ansiedade e fobia social, e após estas pesquisas o grupo se reuniu e debateu sobre o assunto. A segunda etapa se ocupou com a quantidade de páginas que iriam compor o manual e a ordem de disposição do conteúdo. Partindo disto, decidiram-se sobre os desenhos que seriam utilizados, quais seriam os traços utilizados, a descrição, as cores, e principalmente as referências que seriam escolhidas em cima de conteúdos considerados nerd/geek. Optou-se por fim se basear no conceito de HQ s (Histórias em quadrinho). A execução do projeto se deu na terceira etapa, onde cada participante ficou responsável pelo setor que mais se identificava e possuía habilidade, trocando informações a partir do aplicativo Whatsapp a todo o momento, e a cada finalização de uma etapa, os resultados eram enviados por e-mail para todos os integrantes para que pudessem opinar e se necessário alterar o que fosse preciso. Por fim, realizou-se uma pesquisa sobre qual a melhor gráfica da região, o custo e o tempo para a produção e então, depois de decidida a escolha da gráfica, o trabalho foi impresso e revisado pelos professores orientadores e aprovado pelos mesmos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O manual possui 10 folhas, incluindo capa e contra capa. As páginas são constituídas de ilustração, descrição e dicas respectivamente. Contendo na contra capa uma frase curta retirada do filme Star Trek. A capa e contra capa são réplicas digitais do famoso console portátil da década de 90, o Game Boy, e as imagens manipuladas foram retiradas de um banco de imagens virtual. Contendo também uma pequena referência ao filme  O mochileiro das galáxias , ambos elementos da cultura nerd/geek. As ilustrações fazem referência a filmes e séries e foram desenvolvidas utilizando o programa de computador Photoshop cc 2017 da Adobe. O primeiro desenho foi inspirado no filme Guerra Civil da Marvel, e seu contexto está relacionado ao medo que o  calouro sente ao se deparar com grupos de amigos já formados, e a dificuldade que ele tem em se integrar com estes mesmos grupos. Possui 3 personagens, sendo um o aluno recém chegado e dois veteranos simbolizando os grupos já existentes. A segunda ilustração faz alusão à série The Walking Dead desenvolvida por Frank Darabont. A intenção deste desenho é apresentar o modo como os jovens que possuem ansiedade ou fobia social e estão ingressando no ensino superior enxergam a universidade, e por conta dessa visão, podem desenvolver inseguranças em relação aos professores e alunos veteranos. A ilustração número três é uma clara referência ao personagem da DC Comics  Batman , e foi utilizada sua característica marcante, a solitude. O aluno foi inserido no desenho de forma que mostrasse a sua situação de introversão, resultado de uma fobia social já desenvolvida em seu interior. A quarta arte foi inspirada no personagem Darth Vader, do filme Star Wars escrito por George Lucas, e mostra a relação professor/aluno mediante aos conteúdos apresentados em aula, os quais o aluno que possui ansiedade ou fobia social se sente pressionado quando percebe que seus companheiros estão compreendendo a matéria, menos ele, e tende a demonstrar sinais de pânico, como o suor excessivo, a agonia interna e a dificuldade ao respirar. Por fim, usou-se a referência ao filme O Senhor os Anéis, dirigido por Peter Jackson, especificamente o momento em que o grupo de ajuda ao personagem principal é formado, envolvendo seres de diferentes culturas e opiniões, sendo eles um anão, um elfo, um mago poderoso, dois humanos e três outros personagens coadjuvantes. Neste quadro, a intenção é fazer com que o leitor, sendo ele uma pessoa que convive com alunos portadores de algum transtorno, se sensibilize e compreenda que seu papel nestas situações é de extrema importância e que ele é capaz de contribuir para a melhora no desenvolvimento social e estudantil de muitas pessoas sendo apenas receptivo e empático. E mostrando aos novos acadêmicos que eles são bem vindos com todo o carinho por seus companheiros nessa nova etapa de suas vidas. A elaboração das dicas foi embasada em reuniões informais entre os integrantes do grupo, sabendo que todos passaram recentemente pela experiência de ser um  calouro e foram dispostas nas páginas com determinadas cores escolhidas após pesquisas e estudos, de forma que o aluno se sentisse confortável e tranquilizado após a leitura. O manual foi impresso em papel com revestimento brilhante, tendo 21 cm de altura e 14,85 cm de largura, a altura de um papel A4 e a largura da metade deste mesmo papel.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A produção do  Manual de Sobrevivência do Calouro visa despertar nos seus leitores a sensibilização diante de situações reais que são insuficientemente discutidas nas universidades e são constantemente ignoradas pelos seus observadores, sendo um incentivo à melhora e maior empatia para com os que revelam ter dificuldades de sociabilidade e aprendizado devido a seus transtornos. O projeto possui o direcionamento voltado à todas as universidades, pois a ansiedade e a fobia social atingem muitos alunos, sem que haja uma instituição específica. Este projeto possibilitou aos componentes do grupo um maior conhecimento sobre o tema e sua importância no meio acadêmico. Além disso, despertou a necessidade de criar um meio para comunicar com os alunos que sentem o peso dessas dificuldades não se sintam sozinhos para resolvê-las. A intenção é que o trabalho tome maiores proporções e atinja progressivamente mais alunos, e que a ansiedade e a fobia social sejam compreendidas como um problema real e que necessita de atenção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AGUIAR, Laura. O poder das imagens. Revista Educação, 10 de setembro, 2011. Disponível em <http://www.revistaeducacao.com.br/o-poder-das-imagens/>. Acesso em 25 de abril de 2018.<br><br>Batista, et. al. (2012) social phobia in Brazilian uni-versity students: Prevalence, under-recognition and academic impairment in women. Journal of Affective Disorders, 136, 857-861.<br><br>HELLER, Eva. A psicologia das cores. São Paulo: Editora G. Gili, 2013. MONDARDO, Anelise Hauschild; PEDON, Elisangela Aparecida. Estresse e desempenho acadêmico em estudantes universitários. Revista de Ciências Humanas, v.6, n.6, p. 159-180 2015. Disponível em <http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadech/issue/view/44/showToc>. Acesso em 25 de abril de 2018. <br><br>NOBILE, Glaucia Fernanda Galeazzi; GARCIA, Vagner Angelo; BOLSONI-SILVA, Alessandra Turini. Análise Sequencial dos comportamentos do terapeuta em psicoterapia com universitários com transtorno de ansiedade social. Revista Perspectivas, v.8, n.1, p. 016-031, 2017. Disponível em <https://www.revistaperspectivas.org/perspectivas/issue/view/31>. Acesso em 25 de abril de 2018.<br><br>SPIELBERGER, Charles. Tensão e ansiedade. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981.<br><br> </td></tr></table></body></html>