ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00861</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Phobos</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Nina Farias Hiraoka (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Fernanda Cobo (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Luana Castilho (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Victor Galvão (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Franco Sivina (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Lilian Santiago (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio); Marina Peripato (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;curta, feminista, LGBT, suspense, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> PHOBOS é um curta-metragem de 18 minutos que retrata o suspense presente no cotidiano da personagem principal, Debra. O curta pretende traduzir a ameaça sigilosa que mulheres e integrantes da comunidade LGBT presenciam diariamente ao andar sozinhos nas ruas durante a noite: a sensação de estar sendo observado e perseguido, mesmo quando não há ninguém por perto. Através da aplicação e experimentação das técnicas cinematográficas estudadas durante o período acadêmico, criamos o universo de Phobos: uma cidade vazia, cheia de observadores, que levarão ao sumiço da nossa personagem principal. Curta, feminino, LGBT, suspense.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após escutar relatos de jovens habitantes de Salto percebemos que estranhos eventos esporadicamente ocorriam na cidade. A partir da especulação sobre a origem e a motivação de tais acontecimentos surgiu a seguinte questão: uma menina caminha sozinha durante a noite numa cidade desconhecida, o que ela teria a temer? Phobos é um curta-metragem sobre o suspense do cotidiano, os encontros com estranhos na rua e pessoas que observam pelas janelas. Um filme sobre a aflição de uma jovem menina da cidade grande que não sabe dizer se está sendo perseguida ou se está ficando louca. O curta pretende traduzir como Debra vê as ameaças escondidas no mundo à sua volta, convidando o espectador a acompanhá-la nas crises de insônia e na paranoia crescente. Junto de Debra, devemos sentir medo das aparições fantásticas e duvidar de sua existência simultaneamente. Devemos juntar as pistas, duvidar dos cacos de vidro, dos barulhos que vem do escuro, e seguir a intuição de que algo está se aproximando. O artigo a seguir visa relatar os métodos, estéticos e técnicos, utilizados na concepção do filme. Além disso, apresenta os objetivos alcançados e discute os conceitos visuais e narrativos planejados por cada cabeça de equipe.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto do curta-metragem Phobos foi desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso e almeja trazer uma nova abordagem para um assunto tão pertinente: a perseguição de minorias. O curta pretende criar a atmosfera de uma cidade ambivalente, que ao mesmo tempo parece inofensiva e ameaçadora. O ambiente em que tudo se passa é uma referência às cidades do interior paulista e como elas escondem os mesmos perigos de uma cidade grande. Incorporando o suspense na discussão, o curta pretende atrair o olhar e despertar a empatia para as emoções de Debra. A história é muito mais sobre o que sente uma menina ao ser perseguida do que sobre quem está a perseguindo. O público-alvo do projeto são os jovens frequentadores de festivais e coletivos feministas e LGBT. Porém, uma vez que o curta almeja ser uma representação íntima do que as mulheres e a comunidade LGBT presenciam constantemente no simples ato de caminhar pela rua, pretendemos traduzir para a tela essa experiência tão particular de forma que também atraia o espectador distante da temática, oferecendo a ele uma oportunidade de pensar como a personagem principal, Debra. Utilizaremos dos recursos técnicos e artísticos como a arte, foto, montagem e trilha para criar uma narrativa impactante plástica e emocionalmente, e assim, atraindo o olhar do público para o dilema íntimo da personagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O audiovisual é um dos maiores meios de difusão de ideias ao redor do globo, e o cinema é uma das formas artísticas de fazer isso em diferentes camadas. Utilizando da linguagem cinematográfica e todos os simbolismos que ela carrega, podemos falar sobre o medo, a paranoia, o preconceito e a atual situação da comunidade LGBT e o movimento feminista. Em Phobos, temos uma protagonista que foge da intolerância, mas é perseguida tanto em sua nova cidade quanto dentro de sua cabeça. Além de fugir do olhar alheio, Debra também foge de si mesma, de seu passado e no que ele a tornou. Existem dois conflitos que assolam Debra: um interno e um externo, e a criatura que a persegue é uma união desses dois fatores. Ou seja, quanto mais ciente Debra fica dos estranhos que a observam, mais amedrontadores eles se tornam e mais eles se aproximam.&#8232; Os personagens principais fazem parte da minoria, são homossexuais, mulheres, num relacionamento inter-racial, e apesar da notoriedade que esses movimentos têm alcançado, ainda não é possível respirar despreocupadamente. O crescimento na luta das minorias é sinônimo de incômodo para as classes já estabelecidas; afinal, a iminente perda de poder e privilégios sempre é um incômodo para aqueles que dominam. O avanço dos movimentos militantes silenciou alguns conservadores mais tímidos, porém não mudou seu pensamento; e é possível ver essa dinâmica passivo-agressiva nos Observadores de Debra. Eles não se movem e nenhuma palavra é proferida, porém, tudo ao seu redor sinaliza perigo. Eles estão em constante observação e, silenciosamente, levam a menina a loucura, causando seu desaparecimento. Phobos pretende evidenciar que a perseguição de minorias é constante, mesmo que seja, muitas vezes, silenciosa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Proposta Estética-Narrativa de Phobos: O roteiro e a proposta de direção de Phobos não seguem as estruturas clássicas, e essa ideia está presente desde a divisão dos atos no roteiro até a cor da luz da janela da casa de Debra e Alma. Sendo assim, o principal elo de ligação entre a narrativa de Phobos e o modo como ela é contada na tela, é Debra, a personagem principal. Debra é a vítima perfeita para o monstro que habita aquela cidade anônima: ela é mulher, homossexual, de autoestima abalada e que tem uma necessidade de sair sozinha à noite. Entendendo os observadores de Debra como o predador que a encurrala (e partindo da ideia de que a presa mais óbvia é o elo mais fraco do grupo) Debra, infelizmente, se encaixa perfeitamente na descrição. Diferentemente de Alma e Rafael (que também são minorias e por isso poderiam ser a presa escolhida pelo Monstro), Debra chega na nova cidade ainda apreensiva e mais paranoica que o normal, e (retornando para a ideia inicial sobre as expectativas de um filme de suspense) o público vai poder acompanhar a jornada pela perspectiva de Debra. Uma perspectiva cheia de dúvida, medo e suspeita, que sustenta o desenrolar narrativo e a tensão da perseguição de Debra, pelo Monstro. Os pontos principais que remetem à ambientação da história, como a classe social e financeira dos personagens, a homossexualidade, o clima de suspense, o outono, a cultura interiorana brasileira mesclada a características da cidade grande, com a vinda de Alma e Debra, serão expressadas com auxilio da teoria da figuratividade.  A teoria semiótica da figuratividade visual, por sua vez, prende-se vigorosamente no imagético, simbólico e semi-simbólico, entendendo a arte como linguagem e o objeto de arte como texto (LISA, 2003, p.1). Essa teoria será aplicada, em imagens, como: folhas das árvores caídas no chão, remetendo ao outono; ao azulejo estampado na parede da cozinha, aproximando a representação de casa interiorana; a arquitetura e objetos do bar com aparência mais antiga, parecendo um lugar mais enraizado na cidade, passado de geração a geração; aos objetos mais estilizados das protagonistas, afim de contrastar com a arquitetura antiga da casa; a fumaça no ar, com o auxílio da foto, reforçando o suspense. E assim como esses, outros elementos simbólicos serão utilizados para tornar o processo de leitura visual mais eficaz e compreensivo. A definição da cartela de cores se baseou como referência no livro  A psicologia das cores Eva Eller (2012). E será composta pelo amarelo, azul, verde, roxo e as neutras cinza e marrom (figura 8). Essas cores não terão saturação e suas tonalidades serão alteradas de acordo com o conflito. A foto contribuirá muito para a composição das cores, tanto nas cenas internas e externas. As camadas de luzes serão posicionadas meticulosamente para fins sensitivos e intenção hiperbólica da estética visual. Identificaremos a mistura de cores frias com quentes, e essa contribuição trará equilíbrio no peso das cores mais sombrias, propondo um conforto ao espectador que será quebrada no decorrer da narrativa. Os ambientes externos e moradores da cidade serão destacados pela mesma paleta, verde e cinza. A intenção é justamente evidenciar o distanciamento do conservadorismo dos personagens principaissobre os mesmos, o cinza irá trazer, exalando a ausência e falta de empatia. O verde será muito presente nas cenas externas como as árvores por exemplo, e isso insinua a percepção de comodismo e estabilidade das pessoas ao ambiente. O acorde verde e azul será muito evidente nas cenas que a Debra estará fora de casa e a sensação agradável que ambos remetem confundirão a suspeita sobre a cidade.  A combinação verde-azul domina o acorde de todas as características positivas (HELLER, 2012, p. 106)  . O objetivo principal da fotografia de Phobos é combinar conceitos gerais da fotografia de suspense com características do cinema contemporâneo, que tem inovado os padrões de iluminação e desenvolvido uma nova identidade de enquadramentos e movimentos de câmera. Estas escolhas foram feitas a fim de afastar a atmosfera da cidade da normalidade, nos desapegando das condições impostas pela estrutura de iluminação baseadas na luz natural, não o respeitando a lei da luz quente do sol durante o dia e da luz fria da lua durante a noite. A proposta de direção baseia a decupagem em poucos planos por cena e tem como consequência longos planos trabalhados na mise-en-scène. Diante disso, a montagem ganha um tom diferente, especialmente para um roteiro de suspense. Debra já viveu em um lar abusivo, sua casa não era um lugar seguro. Dessa forma quando ela se muda e vai morar com Alma, continua instintivamente vivendo nesse mesmo ritmo: a personagem ainda não se sente totalmente confortável em casa e continua saindo para correr, se cansar e conseguir dormir. A rua, na cidade grande, sempre foi um espaço onde Debra era parte da multidão e, portanto, ela não se destacava tanto. Numa cidade pequena o efeito desse comportamento é o contrário, ela se torna alvo de olhares, o que cria a impressão de que há sempre alguém a julgando. Assim, quando a rua se mostra um ambiente hostil, cheio de possíveis conflitos externos à Debra, sua casa se torna também um lugar onde ela está sendo questionada sobre sua própria sanidade, gerando um conflito interno. A partir disso o estado mental de Debra é alterado e ela passa a ter episódios de insônia mais frequentes. É importante ressaltar esse detalhe narrativo pois a noção de espacialidade na montagem e em outros aspectos da gravação, serão estruturados a partir dele. Na fotografia e direção, isso será traduzido na retratação da protagonista deslocada, em planos conjuntos e gerais dentro da casa. São as cenas externas em que se encontram os planos mais próximos, que a particularizam para o espectador, inserindo-a num ambiente estranho e ameaçador. Na montagem, isso será acentuado pela percepção de que nenhum local, para Debra, é realmente seguro. Pois, após o incidente inicial da corrida e a discussão com Alma, Debra não se sente mais tão confiante em conversar a respeito de seus problemas com a parceira e se instala, no curta, um ambiente de dúvida quanto ao medo que ela está sentindo ter fundamento ou não. No curta a proposta principal na montagem é trabalhar os diferentes momentos com diferentes sensações relacionadas a eles através do ritmo dos cortes e transições. Para estabelecer a crescente de tensão do suspense, se cria o suspense no medo de Debra ao correr na rua e sua sanidade é questionada quando ela retorna para casa. É preciso equilibrar as duas intenções. Para isso, o ritmo também se estrutura de formas diferentes nas três partes da narrativa. Na primeira parte do curta-metragem é apresentado o cotidiano de Debra, intercalando cenas de casa e das saídas de Debra para correr. Um dos desafios da montagem foi transmitir a diferença entre esses primeiros dois momentos de forma que a nível de cenas: As cenas de casa apresentem um ritmo mais lento, planos mais longos, poucos cortes e cenas com enfoque maior na mise-en-scène para transmitir não só a intimidade entre as duas, mas também o contraste de que ali não há perigo, trazendo as dúvidas da protagonista se o que ela presencia fora de casa é mesmo real. Entretanto, em comparação com as cenas externas essas cenas possuem uma duração menor, funcionando como avanço narrativo e também como momento de preparação para outras cenas de tensão. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Phobos não é um curta para o público geral, mas dialoga muito bem com o seu público alvo. É possível notar a influência de filmes de gênero nacionais e internacionais lançados nos últimos três anos; e as locações selecionadas compõem a atmosfera de  cidade-floresta ; super arborizada, que nos remete à selva e ao jogo de presa versus predador; e, como mencionado antes, conseguimos acompanhar a trajetória de Debra e sentir medo com ela e por ela. Algumas alterações foram necessárias durante o processo, como é esperado de qualquer produção audiovisual, porém, nada mudou no sentido da cena, e o resultado final ficou ainda mais interessante e sutil. O maior e mais notável exemplo é o Monstro que persegue Debra. No roteiro, a cena em que a sombra monstruosa era projetada na parede tinha a intenção de unificar todos os Observadores de Debra em uma única criatura e era conflituosa por natureza. Ao invés disso, com a representação que temos em tela, a cena ficou muito mais verossímil sem perder o suspense e a surpresa. O trabalho de fotografia no curta-metragem encarrega-se de diversas metáforas e emprega-se juntamente com a arte e o som na responsabilidade da elaboração de uma ambiência única e, tensa, que insere o espectador em uma atmosfera ameaçadora refletindo o estado psicológico conturbado de Debra, facilitando nossa identificação com a personagem. No planejamento de fotografia foi necessário seguir conceitos básicos da cinematografia, como a iluminação de três pontos e ao mesmo tempo quebrar conceitos tradicionais, como a iluminação natural realista. Para estruturar o conceito fotográfico do curta-metragem, foram utilizadas, como objeto de estudo, três vertentes englobadas pela cinematografia; a iluminação, o enquadramento e a movimentação, que são complementados e intensificados através da montagem e da colorização. O conceito da iluminação natural precisou ser desconstruído para representar o relógio biológico da personagem Debra, contrariando as características de temperatura de luz natural em representação ao fato da personagem trocar o dia pela noite. Nas cenas externas, a predominância é do tom alaranjado dos postes, contrastando com pontos específicos de luz branca ou azulada, para criação de profundidade e contraste. Buscamos também gravar sempre em horários de transição do sol, os momentos do nascer e pôr do sol, na intenção de obter um céu mais iluminado, trazendo evidência para os horários incomuns em que Debra sai de casa. Os planos internos onde vemos Debra e Alma juntas sempre tem a utilização do terço para situar as personagens em um ambiente fechado, a casa, que transmite um conforto e uma segurança para as personagens. As cenas externas, onde vemos Debra sozinha em seus momentos de tensão, temos sempre a utilização do ponto de fuga e da personagem no centro do quadro, em planos mais abertos, na intenção de intensificar o posicionamento de Debra em um ambiente mais amplo, também frisando a sua solidão em meio à este ambiente ameaçador As técnicas de movimentação de câmera foram utilizadas em duas ocasiões e com finalidades diferentes, a movimentação que transmite o estado emocional e a que transmite o estado físico da personagem. Os momentos de movimentação mais intensa são os momentos de alta adrenalina de Debra, onde ela está correndo. E os momentos de movimentação mais lúdicos, refletem a percepção e o estado psicológico de Debra diante das situações. Como por exemplo o da cena 21, onde temos um movimento giratório da câmera a fim de transmitir a tontura da personagem em um momento de tensão onde Debra tem a sensação de estar sendo perseguida. A casa é o único espaço em que a personagem Debra se sente mais protegida e que o público entenderá como um lugar inofensivo em relação a vida dela sempre que sai dessa casa. Então, logo que começamos a preparar essa casa, foi dada muita atenção em mobiliar esse espaço com objetos que cada um não fosse apenas suporte de decoração, e sim que em conjunto a cena, também dialogasse com o público. Como a história se passa em uma sequência de dias que parecem curtos, quisemos deixar a casa a cada cena mais organizada, e nessa organização fosse perceptível a personalidade delas e a influencia da cidade grande que vieram, com o uso de objetos mais estilizados. O aconchego que o ambiente proporciona foi reforçado principalmente pela predominância das cores quentes marrom, bege e amarelo, que sutilmente eram quebradas pelo cinza e verde musgo, aplicadas em momentos oportunos de clima de tensão na narrativa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">No final, acredito que Phobos seja um curta-metragem singular, que ressalta o suspense e o terror sentidos por uma menina andando sozinha na rua, e utiliza de imagens impactantes para construir seu universo e manter a atenção do espectador presa na narrativa. Phobos é um pedido de socorro disfarçado de fantasia, pois a cada dia mais mulheres e homossexuais são mortos ou violentados sem que nada seja feito a respeito. Seu objetivo é provocar uma reflexão e empatia pela discussão, colocando todos, não só a parcela afetada, no mesmo lugar de Debra. De fato, para construir o conceito de  suspense do cotidiano , usamos de experiências próprias, vividas em uma cidade do interior verídica, que podem ser vistas por todo o projeto, desde o roteiro até o figurino dos personagens. A realização do projeto através de Lei Rouanet proporcionou as condições para que a história de Debra pudesse ser contada da melhor maneira possível. O resultado é um curta-metragem impactante visualmente e narrativamente, que dialoga diretamente com o seu público-alvo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVARENGA, André Lima. A Geografia Criativa do Cinema: O papel da montagem na construção dos Espaços Fílmicos. Rio de Janeiro: Espaço Aberto, 2011.<br><br>BARBA, Eugênio. Queimar A Casa: Origens de Um Diretor. São Paulo: Perspectiva, 2010. <br><br>BORDWELL, David; THOMPSON, Christine. Film Art: An Introduction. McGraw- Hill, 1979.<br><br>CANELAS, Carlos. Os Fundamentos Históricos e Teóricos da Montagem Cinematográfica: os contributos da escola norte-americana e da escola soviética. Biblioteca online de ciências da comunicação, 2010. Instituto Politécnico da guarda. <br><br>CARRIÉRE, Jean-Claude. A Linguagem Secreta Do Cinema. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.<br><br>CARROLL, Noël. A Filosofia do Horror ou Paradoxo do Coração. Nova Iorque: Routledge, 1990.<br><br>CESARINO, Flávia. História do Cinema Mundial  Cap. O Primeiro Cinema. São Paulo: Papirus Editora, 2006. <br><br>DESBOIS, Laurent. A Odisseia Do Cinema Brasileiro: Da Atlântida A Cidade De Deus. 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