INSCRIÇÃO: | 00924 |
CATEGORIA: | RT |
MODALIDADE: | RT01 |
TÍTULO: | Programa de rádio "Coé Rapaziada" |
AUTORES: | Isadora Puríssimo Peixoto Ruiz (Universidade Federal de Uberlândia); Ana Luiza Figueiredo de Assis (Universidade Federal de Uberlândia); Isabela Rodrigues da Silveira (Universidade Federal de Uberlândia); João Reginaldo Silva Junior (Universidade Federal de Uberlândia); Thiago Arlindo Augusto Tomaz da Silva Crepaldi (Universidade Federal de Uberlândia); Halyson Vieira Santos (Universidade Federal de Uberlândia); Vinícius Durval Dorne (Universidade Federal de Uberlândia); Nasser de Freitas Pena (Universidade Federal de Uberlândia) |
PALAVRAS-CHAVE: | podcast, rádio, radiojornalismo, , |
RESUMO | |
Este trabalho objetiva apresentar os aspectos relacionados à produção do programa radiofônico laboratorial "Coé, Rapaziada!", disponibilizado ao público como podcast por meio da "RádioIN". O programa buscou atender ao público jovem, utilizando-se para tal de uma linguagem desconstraída e levemente humorística. Para isso, explicitaremos os métodos, técnicas e embasamentos teóricos utilizados durante todo o processo de concepção, produção e desenvolvimento do referido produto, desde a sugestão do nome, definição de linha editorial e estrutura do programa (quadros, editorias, etc.) até a criação e gravação dos roteiros. O produto foi desenvolvido por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), sob orientação do professor Dr. Vinícius Durval Dorne durante a disciplina de Radiojornalismo I no primeiro semestre de 2017. | |
INTRODUÇÃO | |
A disciplina de Radiojornalismo I, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi responsável por propor a experimentação de produções radiofônicas de formatos distintos para alimentar a webrádio do curso, a RadioIN (http://www.radioinufu.online). O presente trabalho apresenta o processo de criação do programa em formato de podcast "Coé, Rapaziada!", que buscou combinar princípios informativos com elementos do entretenimento e de humor. O "Coé Rapaziada!" é um programa experimental feito por e para universitários; portanto, tem como importância social despertar o interesse de um público que vem descobrindo nos podcast novas formas de produção e consumo de rádio. A criação do "Coé, rapaziada" surgiu de sentimentos compartilhados por seus realizadores sobre a vida universitária: logo, a produção surge no próprio processo de formação dos discentes na Universidade, bem como tem como foco/objeto esse próprio desenvolvimento e seu entorno. Acreditamos que a Universidade entrega, para muitos, as primeiras impressões de liberdade, permitindo-nos uma experiência de autoconhecimento e autocrítica muito além daquilo que é permitido nas escolas. Não obstante, para além das possibilidades proporcionadas no ambiente universitário, sabe-se também que nesse cenário muitos estudantes perdem a cabeça devido à combinação da excessiva demanda acadêmica com as responsabilidades da vida adulta. Fala-se muito que o ensino superior é a "melhor época de suas vidas", mas esse saudosismo, associado ao sistema de aprendizagem que, vagarosamente, tateia por se adaptar às novas práticas e objetos de aprendizagem, bem como à realidade das novas gerações de discentes, faz com que o "lado obscuro" da vida universitária permaneça fora dos holofotes, o que acarreta na manutenção das problemáticas que afetam a vida, a saúde e o bem-estar de milhares de estudantes. | |
OBJETIVO | |
Geral Refletir sobre a produção de um programa radiofônico experimental - "Coé, Rapaziada" – para o jovem universitário. Específicos Desenvolver práticas de elaboração de roteiros em linguagem especificamente radiofônica; Testar formas de locução, edição e tratamento sonoros, de modo a explorar a potencialidade da linguagem radiofônica; Elaborar um programa especializado dentro do formato radiofônico, atentando-se sempre para a consonância entre contextos técnicos e teóricos, para que uma identidade forte fosse construída e mantida com coerência. Promover, a partir do entretenimento, a reflexão sobre as possibilidades de vivência do espaço universitário pelos jovens. | |
JUSTIFICATIVA | |
O "Coé, Rapaziada!" se justifica a partir de uma lógica de segmentação do rádio. Para Ferraretto (2001), ao longo dos anos, o rádio conseguiu chegar a diversos nichos e afunilar seu conteúdo, tornando-o, em muitos casos, altamente especializado. Nosso programa segue essa lógica de segmentação por ser direcionado a um público específico e muito bem delimitado, o público jovem universitário, com suas particularidades e que, nem sempre, encontra muito espaço em veículos tradicionais. O Coé encontrou nesse público uma grande oportunidade para produzir um conteúdo em que os próprios integrantes pudessem se ver refletidos nele. Pelo fato do grupo conhecer as angústias, as demandas, as dificuldades e os gostos da maioria dos universitários, pudemos dar voz e oferecer um espaço onde o jovem universitário fosse representado. Se para o público alvo o mais importante do programa foi a representatividade em vários sentidos, para o grupo a impotância maior de todo o processo foi a experiência adquirida. Devido ao fato de todos os integrantes estarem tendo naquele momento o primeiro contato com o rádio, tudo era inédito e as possibilidades de experimentação eram enormes. Foi, de fato, o momento de agregar as teorias que eram vistas até a elaboração do programa, com a prática. Atualmente, o rádio tem encontrado formas de existência para além do dial, adaptando-se ao cenário de convergência tecnológica. As mudanças sociais decorrentes dos tempos modernos têm feito surgir novas dinâmicas na comunicação, na medida em que a mídia integra cada vez mais espaços de sociabilidade no cotidiano dos indivíduos. É nesse contexto de convergência que surge um novo tipo de se fazer rádio, com uma forma de produção e distribuição descentralizada de conteúdo por meio da internet denominado podcatsing, definida por Primo (2005, p. 1) como "um processo midiático que emerge a partir da publicação de arquivos de áudio na internet". A mídia transmitida por esse processo é conhecida como podcast ou, como prefere Prado (2008): audiocast. Esta é, usualmente, suporte de programas de áudio, motivo pelo qual o termo já se tornou sinônimo de programas sonoros distribuídos de forma direta e automática na internet. O "Coé Rapaziada!" se configura como um podcast por ser um programa disponível de forma online a partir de uma transmissão assíncrona. | |
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS | |
O programa "Coé, Rapaziada" buscou produzir conteúdos por meio de uma linguagem dinâmica e próxima do público jovem – de tal modo que o intimismo fosse estabelecido desde os elementos sonoplásticos até as formas de produção, locução, edição. Para tanto, contou principalmente com dois gêneros radiofônicos, a entrevista e o quadro. A entrevista é parte integral do trabalho do jornalista. Enquanto gênero jornalístico, ela ocupa um espaço de protagonismo, uma vez que trata-se da primeira etapa do fazer jornalístico: a apuração da realidade. Lage (2005, p. 73) define a entrevista como "uma expansão das consultas às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de interpretações e a reconstituição dos fatos". Contudo, ela vai além de um mero instrumento no fazer jornalístico, sendo apontada por Medina (2008) como um campo dialógico entre o entrevistador (o jornalista) e o entrevistado (a fonte). Segundo a teórica, se encarada como uma simples técnica, a entrevista deixa de ocupar sua função de "braço" da comunicação humana (MEDINA, 2008). Partindo deste posicionamento, podemos explicar os processos de entrevista no programa "Coé, Rapaziada", que tiveram como objetivo principal o desenvolvimento de um diálogo entre entrevistador e entrevistado – tornando a linguagem do programa mais leve e fluída na medida em que enriquece o conteúdo transmitido ao ouvinte e afere credibilidade à pauta. Vale ressaltar que, tratando-se de um programa feito por universitários e para universitários, é essencial a busca pela comunicação e o diálogo, uma vez que os emissores das mensagens se colocam num patamar de igualdade situacional em relação aos receptores (ouvintes). "Se quisermos aplacar a consciência profissional do jornalista, discuta-se a técnica da entrevista; se quisermos trabalhar pela comunicação humana, proponha-se o diálogo" (MEDINA, 2008, p. 5). Dois quadros do programa dependeram majoritariamente de entrevistas para a sua produção. O primeiro, "Spotted em Pauta" – detalhado à frente – conta com um entrevistado especialista para discutir uma temática abordada por meio da modalidade Spotted (explicitada posteriormente). Sendo a ideia principal do quadro a discussão de temáticas mais "sérias" em relação ao restante do programa, a figura do especialista aparece para dar respaldo e credibilidade ao assunto pautado, uma vez que os emissores não colocam na posição de opinar e discorrer sobre tais temáticas enquanto universitários. Para evitar a quebra do tom do programa e manter-se a aura do diálogo, os entrevistados foram instruídos a utilizar linguagem leve, concisa e clara – enquanto as perguntas foram desenvolvidas e roteirizadas com o intuito de prezar o ritmo do quadro e o tom de conversa entre entrevistador/entrevistado. Já no quadro "Senta e Chora", a captação de entrevistas se deu de forma mais simples e rápida, graças ao seu formato "Fala Povo" (enquete). Foi utilizada uma única pergunta sobre o tema pautado no programa, deixando o entrevistado falar livremente sobre o assunto – objetivando a genuinidade e espontaneidade na fala. Aqui, o gravador apareceu como importante ferramenta, uma vez que, para Pereira (2010), seu uso tem como vantagem o registro literal das declarações – intenção principal do formato "Fala Povo". Projeto acústico e edição de áudio Após as sessões de gravação ao vivo dos roteiros, método estabelecido para desenvolver experiência na atividade, o grupo partia para as etapas de montagem dos programas. Para isso, as vinhetas foram compostas originalmente pelo grupo com os programas de produção de áudio digital FL Studio 11 e Mixcraft 7, além de trilhas e efeitos sonoros sem direitos autorais, quando não se tratavam de quadros musicais. A escolha desses possíveis elementos a serem utilizados na confecção de cada quadro já era prevista durante a elaboração dos roteiros, e a edição foi feita sempre em busca de evocar uma energia descontraída por meio do concatenamento desses elementos de maneira balanceada. O processo de composição das vinhetas do projeto acústico esteve sempre relacionado intimamente à temática do quadro de destino, além de visar um clima ameno e brandamente humorístico na escuta, para que a seriedade nas pautas trabalhadas fosse mantida. Roteirização Excetuando-se a entrevista e o quadro de "Fala Povo", a maioria dos elementos gravados do programa foi devidamente roteirizado, seguindo as premissas teórico e técnicas do radiojornalismo. Não obstante, na apresentação, também houve espaço para o improviso e comentário, de modo a manter proximidade com o ouvinte e a dinamicidade da produção. Por se tratar de um produto voltado para um público específico, a roteirização foi parte essencial do trabalho, já que mesmo que falemos de dentro deste público, a forma como se monta um roteiro pode tirar a naturalidade das falas dos sujeitos. Assim, demos atenção redobrada à construção dos roteiros, utilizando de gírias e linguajar jovem, bem como de memes, buscando fazer o contrário do que estamos acostumados: colocar a oralidade no papel em vez de removê-la totalmente dos textos. | |
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO | |
Para delimitar um público alvo específico, foi sugerido - após debates internos - que a construção do programa deveria se dar visando com foco no cotidiano dos estudantes universitários. Isso porque, os jovens universitários não encontram com frequência muito conteúdo em mídia tradicional como o rádio voltado para essa parcela de público. Além disso, trabalhar com esse nicho em específico seria uma boa oportunidade para desenvolver conteúdos que pudessem refletir nossos anseios, demandas e frustrações enquanto parte integrante da malha universitária, numa tentativa de gerar representatividade perante nosso público com os temas abordados. Essas características foram a marca identitária do podcast e alterou linguagem, pautas e fontes do programa. A escolha do nome do programa foi inspirada no viral "Coé, rapaziada!" (https://www.youtube.com/watch?v=J5wf6UMZEY4), que se tornou um meme da internet. A utilização de uma linguagem das redes sociais para compor a identidade do programa é uma forma para que o público-alvo se reconheça e se sinta representado na mídia. Ao mesmo tempo em que a denominação chama a atenção do ouvinte por meio do humor, também tem a função de ser uma expressão dialógica. O nome carrega consigo a função fática da linguagem, pois tem como objetivo estabelecer a comunicação, enfatizando a relação entre o programa e o interlocutor. Numa tentativa de englobar a multiplicidade de pessoas, estilos de vida e culturas vivendo dentro da universidade, durante o processo de produção das edições do programa, foi buscada uma abordagem generalista, em vez de privilegiar apenas um ou outro aspecto recorrente, mas que poderia ser insuficiente na representação do todo. Isso garantiu uma programação que mesclou assuntos cotidianos outros de interesse público, como numa radiorrevista (FERRARETTO, 2014, p. 85). Todos esses elementos foram atravessados por uma linguagem contemporânea, flertando muitas vezes com o humor, aumentando as possibilidades de acesso ao público alvo. A partir da delimitação da linha editorial, o grupo passou por um processo criativo e seletivo que culminou na escolha dos quadros fixos e móveis do podcast. Foi decidido que o programa seria dividido em dois grandes blocos, sendo o primeiro um pouco mais descontraído, com quadros voltados mais ao entretenimento. São eles: - Procrastinação: o nome faz referência ao hábito de deixar as responsabilidades para o final do prazo. O quadro apresenta dicas de filmes, séries, livros, games, etc. - Topzera: Quadro realiza a famosa "buzzfeedização" do jornalismo - textos no formato do portal Buzzfeed, curtos e em formato de listas - para o rádio, com indicações no formato lista das melhores ou mais recentes músicas, bandas, artistas, estilos musicais, discos, eventos musicais, etc. - Larica: Quadro dá dicas de receitas culinárias para estudantes utilizarem quando chegam da balada ou quando estão na correria do dia-a-dia. O enfoque se dá em indicações que facilitam a vida do estudante, mostrando pratos rápidos, como comer bem com pouco dinheiro e até mesmo lugares para comer. - Senta e Chora: Espaço dedicado para os estudantes depositarem suas angústias, medos, aflições. É um quadro destinado ao desabafo, e visa dar voz às alegrias e às dores da vida na Universidade. No bloco mais informativo do programa, os quadros criados foram: - Papo de corredor: Quadro para noticiar assuntos que, apesar de fazerem parte da rotina universitária, não se restringem exatamente ao ambiente acadêmico. São elaboradas notas sobre assuntos que estão pautados na agenda universitária, como política, esportes, economia, notícias internacionais, entretenimento, etc. - Spotted em pauta: Quadro que apresenta e discute temas polêmicos e/ou relevantes presentes nas páginas do Facebook da modalidade Spotted, uma espécie de mural de recados, de universidades de todo o país. É neste quadro que se insere a entrevista do programa, elemento obrigatório em todas as edições. Além de divididos por bloco, os quadros também foram separados em fixos - presentes em todas as edições - e móveis - quadros esporádicos. Os fixos são: Spotted em pauta, Procrastinação, Topzera e Papo de corredor. Os móveis são Larica e Senta e Chora. | |
CONSIDERAÇÕES | |
A realização deste trabalho possibilitou aprendizados técnicos e metodológicos ao grupo no que tange à produção radiofônica e tratamento jornalístico de um nicho especializado. Entre as competências exercitadas e desenvolvidas se destacaram a roteirização dos vários quadros, conhecimentos técnicos de transmissões ao vivo, o uso mais profissional e comunicativo da voz, conhecimentos em estética sonora e a fidelidade a uma linha editorial representada em todos os âmbitos da produção, desde a locução ao projeto acústico concebido. Nesse sentido, é possível perceber a concretização dos objetivos traçados inicialmente na disciplina, que possibilitou aos alunos fomentar a criatividade e a experimentação, o que reforçou as noções de radiojornalismo e desenvolveram habilidades em produção radiofônica. | |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS | |
FERRARETTO, Luiz. A. Rádio: teoria e prática. Summus - São Paulo, 2014. FERRARETTO, Luiz. A. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Sagra Luzzatto - Porto Alegre, 2001. LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005. MEDINA, Cremilda de Araújo. Entrevista: o diálogo possível. 5. ed. São Paulo:섀琀椀挀愀Ⰰ ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀刀䄀䐀伀Ⰰ 䴀愀最愀氀礀 倀愀爀爀攀椀爀愀 搀漀⸀ 䄀甀搀椀漀挀愀猀琀 渀漀漀爀愀搀椀漀 ጀ†刀攀搀攀猀 䌀漀氀愀戀漀爀愀琀椀瘀愀猀 搀攀 䌀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀⸀ 吀爀愀戀愀氀栀漀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 渀漀 一倀 刀搀椀漀 攀 䴀搀椀愀猀 匀漀渀漀爀愀猀 搀漀 䤀渀琀攀爀挀漀洀 ⴀ 嘀䤀䤀䤀 䔀渀挀漀渀琀爀漀 搀漀猀 一切挀氀攀漀猀 搀攀 倀攀猀焀甀椀猀愀 攀洀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀Ⰰ 攀瘀攀渀琀漀 挀漀洀瀀漀渀攀渀琀攀 搀漀 堀堀堀䤀 䌀漀渀最爀攀猀猀漀 䈀爀愀猀椀氀攀椀爀漀 搀攀 䌀椀渀挀椀愀猀 搀愀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀⸀ ㈀ 㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀倀刀䤀䴀伀Ⰰ 䄀氀攀砀 䘀攀爀渀愀渀搀漀 吀攀椀砀攀椀爀愀⸀ 倀愀爀愀 愀氀洀 搀愀 攀洀椀猀猀漀 猀漀渀漀爀愀㨀 愀猀 椀渀琀攀爀愀攀猀 渀漀 瀀漀搀挀愀猀琀椀渀最⸀ 吀爀愀戀愀氀栀漀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 渀漀 䜀吀 ᰀ吠攀挀渀漀氀漀最椀愀猀 搀漀 䤀洀愀最椀渀爀椀漀 攀 䌀椀戀攀爀挀甀氀琀甀爀愀ᴀⰠ 搀甀爀愀渀琀攀 漀 嘀䤀䤀䤀 匀攀洀椀渀爀椀漀 䤀渀琀攀爀渀愀挀椀漀渀愀氀 搀愀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀 ⴀ 䴀攀搀椀愀攀猀 吀攀挀渀漀氀最椀挀愀猀 攀 愀 刀攀椀渀瘀攀渀漀 搀漀 猀甀樀攀椀琀漀Ⰰ 渀愀 倀唀䌀刀匀Ⰰ 攀洀 ㌀ 搀攀 渀漀瘀攀洀戀爀漀 搀攀 ㈀ 㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀 |