ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01060</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Revista-laboratório Ágora</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Patricia Alves de Matos (Centro Universitário Newton Paiva); Izamara Barbosa Arcanjo Ferreira Silva (Centro Universitário Newton Paiva)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo para revista , Ágora, Cidadania e Direitos , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A revista laboratorial Ágora foi desenvolvida a partir da disciplina de Jornalismo para Revista, do curso de Jornalismo, do Centro Universitário Newton. Trata-se de um projeto experimental, na qual os estudantes tiveram a oportunidade de realizar a prática de toda sua produção, desde a elaboração do projeto editorial até a diagramação do periódico. A revista laboratório foi desenvolvida por alunos do 5º período e concluída no segundo semestre de 2017, com o objetivo de apresentar reportagens atuais, de interesse social com um conteúdo de qualidade que busca valorizar as questões relacionadas aos direitos civis e humanos que hoje são parte integrante e inevitável da experiência cultural das sociedades contemporâneas. Além disso, outros temas que permeiam o nosso cotidiano, também são abordados como o transporte público, a reforma da previdência e o crime ambiental de Mariana. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As revistas chegaram ao Brasil no século XIX, juntamente com a corte portuguesa. Em 1908, foi autorizada por D. João VI a instalação da imprensa régia, que se encarregava da produção das revistas em território nacional. A primeira revista brasileira que se tem conhecimento surgiu em Salvador em 1912. "Discursos sobre costumes e virtudes sociais, algumas novelas de escolhido gosto e moral, extratos de história antiga e moderna, nacional ou estrangeira, resumo de viagens, pedaços de autores clássicos portugueses  quer em prosa, quer em verso  cuja leitura tenda a formar gosto e pureza na linguagem, algumas anedotas e artigos que tenham relação com os estudos científicos propriamente ditos e que possam habilitar os leitores a fazer-lhes sentir importância das novas descobertas filosóficas (SCALZO, 2003, p.27). No século XX, começam a surgir todos os tipos de publicações de destaque nacional Diante das novas tecnologias da informação a revista passa a assumir uma nova identidade onde são criados periódicos para públicos específicos,permitindo, assim, uma intimidade com o leitor. A partir dessa definição de público, a revista passa explorar novos ideais, pensamentos e comportamentos que a diferencia dos jornais. Segundo Scalzo, "enquanto o jornal ocupa o espaço público, do cidadão, e o jornalista que escreve em jornal fala sempre com uma platéia heterogênea, muitas vezes sem rosto, a revista entra no espaço privado, na intimidade, na casa dos leitores". SCALZO (2003, p. 14). Assim as revistas são transformadas em ferramentas de entretenimento ocupando as salase sendo elevadas a preciosos objetos de coleção., ainda segundo a autora No caso da revista Ágora, podemos dizer que ela se propõe a recortar a realidade cotidiana com reportagens que interferem diretamente na opinião e na vida das pessoas. As reportagens são aprofundadas e as fontes definidas a partir de uma proposta que abarque elementos do jornalismo interpretativo e literário. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A revista laboratório Ágora foi produzida a partir da proposta de criação de uma revista, onde os alunos escrevessem sobre diversos assuntos cotidianos e atuais de seu interesse e também de assuntos aos quais os estudantes nunca a haviam abordado. Um dos objetivos da revista foi priorizar e proporcionar a construção de reportagens desenvolvidas a partir da pluralidade de informações obtidas por meio do diálogo com as mais diversas fontes. Além disso, a produção da revista ainda proporcionou a pratica em diagramação, escolha e tratamento das imagens, a apuração de pautas e desenvolvimento dos textos jornalísticos. A elaboração da revista, além de ensinar ao estudante como é realizada a produção de uma revista, proporcionou interação nas trocas de informações e até mesmo das fontes, entre os alunos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Vivemos na era da Sociedade da Informação, conforme evidenciam (CASTELLS, 1992; LEVI, 2006) e de certo modo, acreditamos que a utilização da tecnologia pode colaborar com a luta por mais democracia e liberdade, apesar de não termos garantia alguma de que o efeito da tecnologia em nossa sociedade será sempre positivo. Segundo Siqueira,  nela vive-se cultural, política, científica e, principalmente, economicamente em torno da circulação de informações". (SIQUEIRA, 1999, p.25). Um dos objetivos do jornalismo é popularizar as informações buscando traduzir para o leitor uma linguagem específica. A revista, diferente de outros meios de comunicação, cria uma intimidade com o leitor e apresenta assuntos exclusivos de seu interesse tornando-se inclusive, objeto de coleção. A primeira revista surgiu na Alemanha em 1663 trazendo o diferencial de conteúdo específico para um público especifico e periodicidade programada. Em 1731, foi publicada a  The Gentleman&#8223;s Magazine , em Londres, dando origem aos modelos de revistas atuais. Segundo Scalzo (2003), a revista estava destinada a atender públicos específicos, dando profundidade aos assuntos, mais que os jornais. Mas em um período imediatista, como agora, onde a tecnologia proporciona rapidez na disseminação das noticias, porque escolher a revista? A escolha da revista pode ser classificada por público e pela estética. O suporte papel, que caracteriza o dispositivo midiático em questão, garante sua continuidade no tempo e, na possibilidade da volta do manuseio, a leitura posterior e o ato de guardar e colecionar revistas, o que produz, por sua vez, novos efeitos de sentido. (MELLO, 2013, P.35) De acordo com Scalzo,  Para as revistas fica o meio termo: não falar com todo mundo (como fazem a televisão ou os jornais) e não individualizar o seu leitor (como a internet) (SCALZO, 2003, p.49). Ainda segundo a autora, a revista é o meio de comunicação que mais se aproxima do leitor ela conhece e valoriza o seu público, falando exatamente o que ele procura saber. A produção de textos para revista exige mais criatividade e explora uma abordagem mais literária, diferente dos textos elaborados para jornalismo impresso, rádio e TV. Vitor Necchi (2007, p. 12) destaca que o gênero  não se trata de jornalismo de literatura, ou seja, que se ocupa de literatura como objeto , e afirma ainda que um dos principais objetivos do jornalismo literário e eliminar conceitos, como a impessoalidade e a prioridade do lead. O autor classifica o jornalismo literário pela  profunda observação, imersão na história a ser contada, fartura de detalhes e descrições, texto com traços autorais, reprodução de diálogos e uso de metáforas, digressões e fluxo de consciência . A revista por ser um periódico com publicações mais espaçadas necessita de um texto que apresente riqueza de detalhes e pesquisas, objetividade na busca por fontes, precisando ainda apresentar expostamente a tentativa do jornalista de esgotar um tema inesgotável. Isso possibilita, um aprofundamento no assunto mantendo a revista como possível material de pesquisa. Tavares afirma isso quando diz que  É preciso considerar que, ao tomar nas mãos um exemplar, o leitor não tem apenas aquela edição diante de si, mas tem as referências de um passado, no qual se inserem os números anteriores (TAVARES, 2013, p.35). Para isso é preciso que o jornalista tenha conhecimento do assunto abordado levando em consideração a linguagem e os detalhes que atraiam o interesse do leitor (VILAS BOAS, 1996, p. 39). Ainda de acordo com SCALZO (2003, p.74), os infográficos e as fotografias, são considerados  as portas de entrada para os textos . Existe na revista uma liberdade para elaboração do texto, expressão de opiniões e principalmente uma estética única e admirada por seus fieis leitores e colecionadores. A criação da revisita experimental, foi proposta para levar aos acadêmicos o conhecimento do importante papel dessa ferramenta de informação dentro da comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Todas as atividades de produção das reportagens da revista Ágora foram precedidas de reuniões que visam discutir as temáticas e abordagens do material e seu formato, além das possíveis fontes de entrevistas. Na primeira aula da disciplina jornalismo para Revista, a professora fez discutiu a proposta editorial da revista e apresentou o cronograma de produção. Em um segundo momento, ela explicou o que é pauta e quais são características do planejamento jornalístico voltado especialmente para a revista. Após essa etapa foram realizadas as reuniões de pauta, em que os alunos apresentaram as pesquisas preliminares sobre o assunto que queriam. Discutida a abordagem e linguagem da reportagem partiu-se para a execução da produção. O trabalho de produção conta com acompanhamento da professora responsável, que definiu com os alunos as pautas e as fontes. Cabendo também ao orientador acompanhar a produção prática, como texto, fotos, infografia, discutindo aspectos teóricos e do fazer jornalístico Uma das maiores dificuldades encontradas pelos alunos estava relacionada à forma como o texto deve ser tratado na grande reportagem, que se difere de uma notícia diária. A diferença não está no tamanho do texto, mas sim na maneira de escrever, no tratamento que damos ao contexto da história reportada.  [...] a reportagem pode enunciá-lo por meio de uma narrativa que recria esse acontecimento e seus tempos diante do interlocutor. Isso faz com que a notícia seja determinada pelo imediato e a reportagem pela atualidade e pelo tempo da narrativa (SODRÉ; FERRARI, 1986, p.79- 80). Em uma fase final, passou-se para a redação, edição de textos e diagramação da revista.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A revista Ágora do segundo semestre de 2017 e traz reportagens de alunos do 5º período de Jornalismo, do Centro Universitário Newton, que buscam valorizar as questões relacionadas aos direitos civis e humanos que hoje são parte integrante e inevitável da experiência cultural das sociedades contemporâneas. Mas eles não se esqueceram de outros temas que permeiam o nosso cotidiano como o transporte público, a Reforma da Previdên¬cia que, desde o início da tramitação no Congresso, em janeiro de 2017, vem assombrando os brasileiros e o crime ambiental de Mariana, que neste ano completou um ano. Em Cultura do Estupro: já ouviu falar? os autores Alberto Carvalho, Ana Carolina Souza, Fernanda Casanova, Hudson Bonato, Nash Castro e Patrícia Matos nos convidam a pensar o estupro como prática social. Neste interim, dis¬cutem aspectos que, refletem sobre a inserção de textos e ações que vão sendo  normalizados cotidianamente. Mas muito além de naturalizar a cultura do es¬tupro a matéria pretende denunciar a perversidades de tal naturalização e os efeitos nocivos que elas causaram na vida das personagens entrevistada ao longo da reportagem. Em Transfobia: a hostilidade do desprezo, Amanda Vitória e Thales Ro¬drigues denunciam todo o sofrimento de travestis e de mulheres trans em uma sociedade machista e violenta. Sem voz e com seus direitos constantemente desrespeitados, essas pessoas se veem em situação de vulnerabilidade social e, muitas vezes, precisam recorrer a subempregos ou à prostituição para sobrevi¬verem. Ao longo da matéria, os autores, de maneira sensível, narram histórias de vida que refletem a misoginia e o despreparo da sociedade brasileira para lidar com a diversidade. Em Da Lama ao Caos, texto de autoria de Stefano Marchesini, somos con¬vidados a deixar de lado os diferentes fluxos informacionais que nos orientam a entender o que foi o crime ambiental de Mariana e a nos concentrarmos em apenas um: a tragédia na voz dos moradores do distrito de Bento Rodrigues. Os relatos sobre o maior crime ambiental do Brasil são costurados ao longo do texto do repórter que se emociona e ainda se surpreende com a devastação cau¬sada pela lama há mais de um ano após o rompimento da Barragem de Fundão. Na parte central da revista, tomando um espaço nobre e considerável, es¬tão uma série de perfis realizados pelos alunos com pessoas importante nas mais variadas áreas de atuação. Saber apurar os dados e redigir um bom perfil para revistas faz parte das atividades acadêmicas desenvolvidas pelos alunos. Dentre os perfis, estão o da jornalista Úrsula Nogueira, diretora de Esportes da Rádio Itatiaia, produzido por Bruno Daniel e o do apresentador do programa Donos da Bola da TV Bandeirantes Para finalizar a edição, a revista traz matérias relacionadas com o mundo esportivo como Montanhas e Trilhas sob duas rodas, que apresenta o universo do mountain bike e O beisebol está chegando para ficar, que mostra o cresci¬mento do esperte americano em terras mineiras. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">É essencial para o profissional da comunicação saber produzir uma revista. A revista, assim como outras ferramentas da comunicação como jornais impressos, rádio e TV, possui suas características que precisam ser desenvolvidas por qualquer acadêmico de jornalismo. Cada meio de informação tem o seu papel dentro da formação de uma sociedade. Os textos para revista são mais elaborados e exigem do autor entendimento e criatividade. A revista trata o seu público como único e especial, levando ao leitor a informação que ele precisa e quer saber. A produção da revista Ágora trouxe a todos nós a possibilidade de desenvolvimento de textos literários, além da aprendizagem do uso de imagens e exploração das fontes consultadas. A produção da revista ainda contribuiu para que um novo olhar fosse direcionado ao jornalismo impresso trazendo aos estudantes uma nova possibilidade de trabalho. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">SCALZO, Marília. Jornalismo de revista. 2° Ed. São Paulo: Contexto, 2004. SCALZO, M. Jornalismo de Revista. São Paulo: Contexto, 2003. SIQUEIRA, Denise da Costa Oliveira. A Ciência na Televisão: mito, ritual e espetáculo. São Paulo: Annablume, 1999. TAVARES MELO, Frederico. A revista e seu jornalismo. Porto Alegre: Ed. Penso, 2013. VILAS BOAS, S. O estilo magazine: o texto de revista. São Paulo: Summus, 1996 <br><br> </td></tr></table></body></html>