ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01068</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Videoclip em Duas Telas "Casa"</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Alexandre Augusto Ficher Senô (Universidade Estadual Paulista); Raissa Jardim Constantino (Universidade Estadual Paulista); Letícia Zapparolli Cellurale (Universidade Estadual Paulista); Érika de Oliveira Rodrigues (Universidade Estadual Paulista); Giovanna Capovilla Rio (Universidade Estadual Paulista); Laan Mendes de Barros (Universidade Estadual Paulista)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Dispositivos Móveis, Duas Telas, Interação, Produção, Videoclipe</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Esse trabalho visa relatar as etapas que envolvem a produção de um videoclipe em duas telas realizado para o Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Comunicação Social: Radialismo. O videoclipe, o primeiro de sua categoria já produzido, é composto por duas telas, em cada tela uma narrativa diferente se desenvolve e, quando colocadas juntas, simultaneamente, interligam-se. Este trabalho visa levantar questões sobre o potencial de transposição de narrativas, o uso das duas telas, os novos formatos possibilitados pelos dispositivos móveis e novas tecnologias que surgiram na última década, as diferentes interações, intertextualidade, sentido e reconhecimento que circundam um videoclipe em duas telas. A produção em questão trouxe a música  Casa  da banda brasileira  Baleia  como base para a composição do videoclipe, tentando inovar o cenário audiovisual do gênero videoclipe. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em tempos de convergência onde  transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais (JENKINS, 2009, p.29) acontecem, há uma mudança no modo de integrar pessoas e informações, e, semelhante, esse contexto vem modificando a forma de produção e visualização do audiovisual, já que os responsáveis pela produção e os que realizarão a fruição da mesma estão inseridas dentro desta transformação. O gênero videoclipe está sendo reconstituído, adaptando-se às novas tecnologias e à nova configuração da sociedade. Este trabalho visa explorá-las e dar forma à um novo videoclipe. Agora pode-se experimentar o videoclipe não apenas como espectadores, mas como participantes de uma nova interação. Desse modo, o grupo propôs a produção do videoclipe  Casa , da banda Baleia. Buscamos transpor a linguagem musical para a do audiovisual e da programação, utilizando-se de dispositivos móveis, para que houvesse uma participação mais tátil do público, uma maior interação. O videoclipe produzido nesse trabalho conta com duas telas de dispositivos móveis; em cada tela há uma narrativa diferente e, quando colocadas simultaneamente, interligam-se. Para que isso ocorra, os dois são conectados entre si através de uma linguagem de computação, e as pessoas os movimentarão para que os elementos de interação transitem entre as narrativas. É interessante pensar que  são experiências de interação, em seu sentido mais stricto, que se abrem e se convertem numa relação de alteridade (BARROS; CALDAS, 2017, p.19). Os dispositivos móveis permitem que as pessoas presentes no ato colaborem entres si, assim criando sentidos diferentes e experiências novas. O trabalho pretendeu alavancar o potencial de transposição de narrativas, o uso das duas telas, audiovisual vertical, interação, intertextualidade. O videoclipe Casa pode ser encontrado através do link www.clipecasa.com onde é possível conectar-se à outro dispositivo e obter a experiência do videoclipe em duas telas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção do videoclipe  Casa visa transpor a linguagem da música para a linguagem audiovisual e da programação, buscando utilizar-se das possibilidades de interação que o uso de duas telas de dispositivos móveis permite. Com as duas telas pretende-se observar o contexto de interação, uma vez que dois dispositivos estarão conectados um ao outro pela linguagem da programação e as pessoas os manusearão para que elementos transitem entre uma tela e a outra. O trabalho intenta em experimentar a interação que se dá não só entre homem e máquina, mas entre homem, máquina e homem, máquina; são dois dispositivos conectados entre si e duas pessoas que estão lidando não apenas com os dispositivos  no contexto da Web  mas também com a outra pessoa. A fim de que essa relação entre uma tela e outra ocorra, para a narrativa do videoclipe, pretende-se unir histórias diferentes, de modo que elas se completem, abordando nas narrativas questões a respeito de liberdade, liberdade de expressão, busca do autoconhecimento, sonhos e frustrações. Sendo assim, o videoclipe  Casa busca trazer, em duas telas de dispositivos móveis, narrativas diferentes que se complementam na medida em que os espectadores usufruem dessa possibilidade de interação. O videoclipe em questão, considerando o fato de que quando a fruição ocorre em duas telas há também dois indivíduos presentes juntos, colaborando um com o outro, busca observar a maneira com que cada pessoa virá a se reconhecer no videoclipe  uma vez que são influenciadas pelas condições históricas e culturais nas quais estão inseridas  e como o reconhecimento poderá ocorrer, considerando que a linguagem de computação presente no videoclipe quando visto em duas telas traz uma experiência estética que  se aprofunda e se dinamiza, potencializa sua natureza interacional e intensifica suas dimensões lúdicas e oníricas (BARROS; CALDAS, 2017, p.18) já que se encontra nas condições proporcionadas pelo mundo da Web. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A escolha da realização de um videoclipe em duas telas se deu pela vontade do grupo em realizar algo novo e pouco explorado na área audiovisual, que seria a utilização de duas telas e de dispositivos móveis, com algumas imagens realizadas na vertical (formato 9:16), além da experimentação de interação em videoclipe, prática ainda não amplamente difundida no gênero. Durante a pesquisa sobre o tema enfrentamos dificuldades em localizar bibliografia sobre vídeos na vertical, onde os resultados foram praticamente nulos, porém achamos referências interessantes sobre sociedade em rede e cultura da convergência, pontos também relevantes em nosso trabalho, bem como uma bibliografia sobre interação em videoclipes em geral, importante para uma base de boa parte do trabalho. Como há um ineditismo em um trabalho acadêmico sobre videoclipe em duas telas, gostaríamos com esse trabalho em relatar a nossa experiência e com isso poder ajudar em interessados no assunto. Esse produto também foi realizado para entendermos melhor como a interação entre duas telas de um produto audiovisual, algo técnico, pode influenciar na experiência pessoal entre as duas pessoas que estarão assistindo o videoclipe.  Casa pode ser visto por uma pessoa sozinha, mas como o videoclipe é constituído por duas narrativas distintas que se encontram em determinados pontos da música, é muito mais interessante quando se é visto por duas pessoas ao mesmo tempo, pois as duas narrativas podem ser vistas ao mesmo tempo, objetivo proposto pelos realizadores. A narrativa seria muito mais completa se duas pessoas assistissem juntas, não só pela interação total das duas narrativas, mas também pela interação entre as duas pessoas que estão assistindo. Poder utilizar o celular como um artifício de um espaço social real, ultrapassando as barreiras do espaço social virtual, a partir dos comentários e experiências sociais que as duas pessoas que estão assistindo juntas é muito importante em nosso trabalho. Pois como cada pessoa tem uma experiência particular da história de  Casa , quando duas pessoas se juntam uma nova experiência surge, e com isso o videoclipe sempre estará vivo e muito provavelmente acarretará uma sensação nova cada vez que se é visto, mesmo que pela mesma pessoa, se estiver vendo com alguém diferente. A interação real entre as duas pessoas que estarão assistindo o videoclipe se torna tão importante quanto as interações técnicas entre as duas narrativas, e com isso entre os dois celulares. Também tentamos transmitir um propósito nas histórias de Chico e Clarice, em suas narrativas. Ambos estão em uma fase de descobrimento de si mesmo, descobrindo a liberdade de suas próprias escolhas, após estarem em um período em que não se reconhecem mais no que fazem e onde estão na vida, e que mudar após um período grande de estabilidade, para algo novo, pode ser desafiador e até temeroso no período após a mudança, nem tudo será perfeito e como planejado, mas os resultados, depois de um tempo de vivência podem ser bem prazerosos, apesar dos pesares. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto atua na linha de pesquisa da Comunicação Social, voltado para a área do audiovisual, mais específico em videoclipes. O projeto final é a produção do videoclipe para a banda Baleia, com o título de Casa (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5cNilGo_8Hc). A pesquisa também se estende na análise de videoclipes interativos, intertextualidade, reconhecimento, teoria transmidiática, novos formatos e o uso da tela 9:16, para a criação da narrativa do produto final. Para chegarmos à ideia final de nossa pesquisa houve estabelecemos 5 pilares: interação, videoclipe, troca de cenários, dança e animação. Então, partimos para a escolha da música  Casa , da banda independente brasileira Baleia e iniciou-se o processo de autorização do uso da música. A pesquisa para a criação da narrativa do videoclipe começou abordando a história do gênero videoclipe e como se dá a criação de uma narrativa para ele, já que a história se baseia na letra, no ritmo e na melodia, compilando um som já pré-estabelecido e imagens posteriores. Em seguida, analisamos o universo transmídia e a interatividade, para assim obter um resultado que fosse efetivo como produtor de novos sentidos. Analisamos videoclipes interativos para chegarmos ao modelo do que poderíamos produzir, de acordo com nossas dificuldades tanto financeiras, quanto de capacidade em criar, pois videoclipes interativos requerem um certo conhecimento sobre linguagem de programação e computação para atingirem seu objetivo. Por fim, tendo o modelo de videoclipe em duas telas definidos, partimos para a etapa de criação do roteiro. Com o intuito de achar os pontos certos de interação entre as telas, e explorar melhor as duas telas tanto na horizontal quanto na vertical, fizemos toda a minutagem dos versos da música e definimos a temática de cada estrofe, assim criando uma possível narrativa advinda da letra da canção. Optamos por criar narrativas mais simbólicas e sensíveis acerca da letra e não no seu sentido literal, pois queríamos explorar mais a letra e as imagens. Por último, no roteiro, criamos os personagens e como a interação ocorreria. Entretanto, construir duas narrativas diferentes que se complementam e interagem entre si foi desafiador devido ao tanto de elementos que escolhemos abranger. Criar a coreografia que combinasse com a música e as interações foi um desafio a parte, mas que foi atingida após ensaios e mudanças no roteiro. O roteiro foi sendo montado a partir dos ensaios, percebendo onde encaixaria melhor cada interação e de que modo ela ocorreria. Para visualizar melhor fizemos uma escaletagem de planos, junto da minutagem dos versos e das interações que havíamos imaginado que acabou por ficar mais clara quando foi feito o storybord. O roteiro não foi o convencional, acabamos por montar um específico para este projeto, com 5 colunas. Na primeira coluna colocamos os versos e a minutagem, na segunda a primeira narrativa, do personagem Chico; a terceira coluna ficava descrita a narrativa da segunda personagem, Clara; a quarta a animação que ocorreria e a quinta a interação . O mais difícil foi montar onde a interação se daria, pois para isso, precisaríamos escolher a posição do dispositivo móvel naquele momento para só então montar um plano que se adequasse à ela. Com uma base mais imagética foi possível enxergar o projeto na sua completude e enfim nós tivemos a segurança para prosseguir para a parte da produção do nosso produto. Então foi iniciada a etapa de produção do videoclipe, ou seja, as gravações. É nesta etapa que ocorreu o afinamento dos detalhes do roteiro, para que não houvessem grandes erros quando chegasse na pós-produção. Foi nesta parte do projeto em que houveram os maiores desafios de produção do videoclipe interativo, pois foi nela que a linguagem de computação e programação ocorreu assim como juntar as duas narrativas para que as interações pudessem acontecer, assim como desafio de gravar telas verticais devido à falta de equipamento. Após as gravações, iniciamos o processo de pós-produção. Esta parte foi bem crítica e demorada, devido ao processo de criação de um site e de uma linguagem que sincronizasse da melhor forma possível os dois vídeos, era preciso que a programação estivesse quase perfeita para fazer os dois vídeos rodarem ao mesmo tempo e, assim, fazer com que os momentos de interação estivessem no tempo certo. Descobrimos no fim do projeto que vários fatores podem influenciar o modo como os dispositivos móveis sincronizam, como a velocidade, o tipo da internet e o processador dos celulares. Desse modo, a sincronização ainda não é perfeita. Com o produto praticamente pronto, iniciamos a fase de testes para fazermos os últimos ajustes e analisarmos como se dá a fruição dos dois dispositivos móveis entre si, como eles interagem com os seus usuários e como os usuários interagem entre si também, pois este projeto quis pesquisar a maneira como os usuários se relacionam com os dispositivos e com outros usuários estando na mesma situação, além de explorar os novos formatos do 9:16 que eles nos proporcionam. Temos então, um videoclipe em duas telas que possibilita sempre novos sentidos e explora as novas tecnologias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O videoclipe em duas telas da música  Casa apresenta duas narrativas independentes, a serem exibidas cada uma em um dispositivo móvel, que se interligam em determinados momentos. Essa interligação acontece através da conversa entre os planos de ambas as narrativas e dos elementos gráficos que as complementam. As narrativas carregam a interpretação da letra da música pela visão dos autores do videoclipe. Para estes a música expõe de modo geral, na voz de seu narrador, uma descrição de si mesmo e uma busca por autoconhecimento. Assim as narrativas mostram a jornada de dois jovens que experimentam essa busca fazendo algo que foge às suas rotinas. Protagonista de uma das narrativas, Chico é um rapaz que sofre muita pressão dos pais e resolve abandonar a faculdade para viajar por um tempo na tentativa de encontrar a si mesmo. E Clarice, protagonista da outra narrativa, é uma bailarina que no auge de sua carreira percebe que o que tem vivido não a representa verdadeiramente, e resolve então se afastar de sua rotina para ir ao encontro de si mesma. Como interligação através da conversa entre os planos podemos exemplificar com o momento em que Chico sai de quadro em um dos dispositivos e, no outro dispositivo que deve estar posicionado ao lado, Clarice entra em quadro dando fluidez ao movimento, como se um personagem completasse a ação do outro. Como interligação através de elementos gráficos podemos citar o momento em que um chapéu, em forma de animação, surge na cabeça de Chico, o personagem então pega o chapéu e arremessa para o alto, na outra tela Clarice salta e pega o mesmo chapéu no ar, antes de colocá-lo em sua cabeça e continuar a dança que realizava. A interação proposta, descrita acima, teve como principal referência o videoclipe da música  Dangerous do músico francês David Guetta em colaboração com o cantor norte-americano Sam Martin. Este videoclipe apresenta uma interação entre dois dispositivos, mas por sua vez em diferentes tipos de dispositivos, sendo necessários para seu consumo completo um computador e um dispositivo móvel. Esta interação, diferente do projeto do qual tratamos, pode ser experimentada por uma única pessoa, sendo as duas telas apenas pontos de vistas diferentes de uma mesma narrativa e, em alguns momentos, complemento uma da outra na formação de um único plano. Fora a principal referência, diversos outros videoclipes, filmes e vídeo-artes compuseram o referencial para a construção do objeto estético em relação às áreas de direção de arte, direção de fotografia, coreografia e animação. Devido a interação e o uso de elementos gráficos, o processo de pós-produção teve importância maior que comumente para a construção do videoclipe, sendo uma das etapas que levou mais tempo para ser concluída, e contou com a superação de alguns desafios. Nela foi possível sincronizar os acontecimentos nas duas narrativas para que a proposta de interação fosse alcançada, criar os elementos gráficos que consolidariam um dos pilares do videoclipe, a animação, e produzir os comandos que guiariam os espectadores na utilização da interação. Além do previamente planejado, na pós-produção foi possível cobrir aberturas que foram deixadas durante a produção, como o remapeamento do tempo de alguns takes para garantir a sincronia dos vídeos e a inserção de mais elementos para preencher pequenas lacunas da narrativa notadas apenas após o término da primeira versão do videoclipe. Contamos nesse momento também com o desenvolvimento da programação, que foi responsável pela hospedagem do videoclipe e a sua exibição simultânea em diferentes dispositivos, dando o último passo para que a exibição do videoclipe em duas telas se tornasse possível. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A  intensa união entre música e imagem, que vem desde o surgimento do cinema, não é um uso dado a partir das possibilidades da tecnologia, e sim um uso transformado pelas necessidades sociais. (HOLZBACH, 2010, p.8). Em tempos de convergência onde  transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais (JENKINS, 2009, p.29) acontecem, há uma mudança no modo de integrar pessoas e informações, e, não diferente, esse contexto vem modificando a forma de produção, exibição e visualização do videoclipe, já que as pessoas responsáveis pela produção e as que realizarão a fruição da mesma estão inseridas dentro desse momento de transformação. Nesse contexto, o videoclipe  Casa em duas telas foi pensado e produzido. O projeto permitiu a imersão em uma nova forma de desenvolver narrativas, repensando a relação da música e vídeo dentro da evolução dos meios tecnológicos que movimentaram e modificaram a forma de produção, exibição e recepção dos videoclipes. Buscou-se entender a dinâmica do funcionamento de um produto duas telas, trazendo também o conceito de interação através da produção do videoclipe. Os dispositivos móveis foram usados como suporte, uma vez que estão muito presentes na vida das pessoas atualmente, para possibilitar uma experiência diferente do usual ao público. As formas de consumo de vídeos que saem do usual em dispositivos móveis  com recursos de interação e disposição de telas diferentes da televisão  são relativamente novas, as pessoas ainda estão aprendendo a lidar e a se envolver com essa tecnologia; as possibilidades que esse novo momento permite são muitas e, por isso, há muitas dificuldades ainda a serem estudadas e compreendidas. Como produtores, há a necessidade de sempre observar o modo como o contexto está se movimentando, a fim de pensar em possibilidades para ampliar e melhorar esses caminhos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ASSUMPÇÃO, Andréa Cristhina Rufino. O balé clássico e a dança contemporânea na formação humana: caminhos para a emancipação. Pensar a Prática, [s.l.], v. 6, p.1-19, nov. 2003.<br><br>BARROS, Laan Mendes de. Experiência estética: comunicação sem anestesia. In: XXV Encontro Anual da Compós, 25, 2016, Goiânia. Anais do XXV Encontro Anual da Compós. Goiânia: Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação, 2016. p.1-16.<br><br>BARROS, Laan Mendes de; CALDAS, Carlos Henrique Sabino. Videoclipe, interação e ludicidade. Lumina, Juiz de Fora, v.11, n.1, abr. 2017. <br><br>CALDAS, Carlos Henrique Sabino. Videoclipe 2.0: interatividade e regimes de interação na era digital. Dissertação de mestrado. UNESP, 2013.<br><br>CARVALHO, Claudiane de Oliveira. Narratividade e videoclipe: interação entre música e imagem nas três versões audiovisuais da canção  One do U2. Dissertação de mestrado. UFBA, 2006.<br><br>Narratividade em videoclipe: a articulação entre música e imagem. In: V Encontro dos Núcleos de Pesquisa. Rio de Janeiro: XXVIII Intercom, 2005.<br><br>CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.<br><br>HOLZBACH, Ariane Diniz. Excesso, esquizofrenia, fragmentação e outros contos: a história social de surgimento do videoclipe. In: Intercom, 33, 2010, Caxias do Sul. Anais do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. São Paulo: Intercom/UCS, 2010. p. 01-15.<br><br>JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.<br><br>MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1997.<br><br> A televisão levada a sério. São Paulo: Senac, 2000. <br><br>PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. 4.ed. Campinas: Pontes, 2006.<br><br>PRIMO, Alex. Interação mútua e interação reativa: uma proposta de estudo. In: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Recife: Intercom, 1998. <br><br>Interações mediadas e remediadas: controvérsias entre utopias da cibercultura e a grande indústria midiática. Interações em rede. Porto Alegre: Sulina, p.13-32, 2013. <br><br>Perspectivas interacionistas de comunicação: alguns antecedentes. Comunicação e interações. Porto Alegre: Sulina, p.9-15, 2008.<br><br> SOARES, Thiago. Videoclipe: o elogio da desarmonia. João Pessoa: Marca da Fantasia, 2012.<br><br>VERÓN, Eliseo. A produção de sentido. São Paulo: Cultrix/Edusp, 1980.<br><br>XAVIER, Jussara Janning. O que é a dança contemporânea? O Teatro Transcende. 2011, v.16, n.1: 35-48.<br><br> Quand lire, c'est faire: l'enonciation dans le discours de la presse ecrite. In: Sémiotique II, 2, 1983, Paris. Institut de Recherches et d Etudes Publicitaires (IREP): Paris, 1983, p.33-56. Tradução: Orlando de Barros.<br><br> </td></tr></table></body></html>