INSCRIÇÃO: 01075
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO13
 
TÍTULO: Textos de Opinião da Revista Amaterna
 
AUTORES: Josielle Ingrid de Moura Soares (Universidade Federal de Uberlândia); Mirna Tonus (Universidade Federal de Uberlândia); Ana Cristina Spannenberg (Universidade Federal de Uberlândia); Isabella Rodrigues Reis (Universidade Federal de Uberlândia); Laís Vieira Oliveira (Universidade Federal de Uberlândia); Marcela Salvador Pissolato (Universidade Federal de Uberlândia); Letícia Pereira de Brito (Universidade Federal de Uberlândia)
 
PALAVRAS-CHAVE: Amaterna, aborto, autonomia feminina, julgamentos sociais, jornalismo opinativo
 
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo, além de descrever, apresentar métodos e técnicas utilizadas na criação de três textos opinativos, a saber, "A experiência de ouvir histórias de aborto", "Não se nasce mãe, torna-se" e "Vergonha de quê, mãe?". Todos foram escritos entre abril e junho de 2017 e fazem parte das 1ª e 2ª edições da revista digital Amaterna, desenvolvida nas disciplinas Projeto Experimental I e II do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia. Cada texto compartilha interpretações das repórteres acerca dos temas aborto, autonomia feminina e julgamentos sociais, respectivamente.
 
INTRODUÇÃO
Antes de detalhar os textos, entendamos primeiramente o contexto das produções abordadas. A revista digital Amaterna foi proposta para ir além da discussão unilateral sobre maternidade e suas várias facetas. Seu intuito é discutir também a não maternidade por meio de histórias de mulheres que decidiram não se tornarem mães. Para muitos, tal escolha não é tão natural quanto o caminho pré-estabelecido socialmente às mulheres: o da maternidade. Se ter ou não filhos depende da vontade da mulher de ser ou não mãe, principal fio condutor das pautas trabalhadas no projeto, o nome da revista deveria considerar ambos os cenários. O sentido da mulher que é mãe é garantido pelo artigo definido "a", que se destaca na fonética e indica aquela que é mãe. Lê-se, portanto, "a materna". Ao mesmo tempo, o prefixo "a" manifesta negação do que vem em seguida e representa, neste caso, aquela que não é mãe. Assim, lê-se "amaterna". Eis a união do antagônico e do complementar em uma única letra. Os três textos opinativos aqui expostos discutem situações reais, cotidianas e comuns às mais distintas mulheres. Mesmo àquelas que nunca tenham parado para refletir a respeito. São questões enraizadas nas realidades femininas diante de um quadro de expectativas e julgamentos sociais que estão postos. Coube à Amaterna confrontar as estruturas construídas há séculos por interesses sobretudo econômicos e machistas.
 
OBJETIVO
De forma geral, o objetivo da equipe, a partir da Amaterna, foi tratar, por meio do jornalismo interpretativo e opinativo, a temática da maternidade e sua negação, buscando uma abordagem que evitasse estereótipos e preconceitos. Foi crucial valorizar as histórias das mulheres e o modo como elas mesmas enxergaram e sentiram suas próprias experiências com relação à maternidade ou à não maternidade. "A experiência de ouvir histórias de aborto", narrado em primeira pessoa, teve como finalidade apresentar o que significou, para uma das repórteres, ouvir as mulheres que foram algumas das fontes da matéria de capa da primeira edição da revista. "Não se nasce mãe, torna-se", por sua vez, é narrado em terceira pessoa e teve como propósito incentivar a reflexão crítica sobre os caminhos que as pessoas tomam ao longo de suas vidas. Já no opinativo "Vergonha de quê, mãe?", em primeira pessoa, a autora compartilha a experiência da própria mãe que, ao se ver grávida aos 37 anos de idade pela quarta vez, se sentiu "velha demais para estar grávida de novo".
 
JUSTIFICATIVA
A relevância social da proposta está no fato de a revista digital discutir a maternidade sob o ponto de vista da desconstrução de preceitos idealizados, justamente por abordar temas relacionados diretamente à maternidade real, termo cunhado na web para tratar da temática considerando sua complexidade. Observa-se com frequência que dificilmente há esse tipo de abordagem em veículos tradicionais. Justifica-se a validade do conteúdo desenvolvido ao levantar a complexidade dos temas relacionados à maternidade que são considerados tabus. A Amaterna discute questões reais, que fazem parte do dia a dia de qualquer mulher, sem determinar certo e errado, sempre se pautando pela experiência das mulheres e não pela visão exclusiva de especialistas. Para uma pauta sobre violência obstétrica, a equipe ouviu do delegado-adjunto do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Triângulo Mineiro que “o termo violência obstétrica está muito mais nas redes sociais e na divulgação leiga do que propriamente em artigos científicos. Se houvesse essa violência, ela estaria publicada no mundo inteiro”. Tal delegado, à época, era o responsável por receber e investigar casos relatados por parturientes. Daí a importância de ir além das fontes especialistas, muitas vezes tratadas com total reverência em detrimento daquelas que chamamos de personagens. A Amaterna é uma opção de leitura para mulheres – e homens.਀䤀猀琀漀 瀀漀猀琀漀Ⰰ 愀挀爀攀搀椀琀愀ⴀ猀攀 猀攀爀 愀椀渀搀愀 爀攀氀攀瘀愀渀琀攀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀 甀洀 戀爀攀瘀攀 栀椀猀琀爀椀挀漀 搀愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀愀 洀愀琀攀爀渀椀搀愀搀攀 愀 昀椀洀 搀攀 焀甀攀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀愀洀漀猀 漀 洀漀琀椀瘀漀 搀攀 琀攀砀琀漀猀 漀瀀椀渀愀琀椀瘀漀猀Ⰰ 焀甀攀 瀀愀爀琀攀洀 搀愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀 搀攀 洀甀氀栀攀爀攀猀 攀 渀漀 渀攀挀攀猀猀愀爀椀愀洀攀渀琀攀 搀愀 昀愀氀愀 搀攀 攀猀瀀攀挀椀愀氀椀猀琀愀猀 渀漀 愀猀猀甀渀琀漀Ⰰ 愀漀 搀椀猀挀甀琀椀爀攀洀 愀 氀椀戀攀爀搀愀搀攀 搀愀 洀甀氀栀攀爀⸀ 䄀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 搀攀 䔀氀椀猀愀戀攀琀栀 䈀愀搀椀渀琀攀爀 ⠀㄀㤀㠀㔀⤀ 爀攀瘀攀氀漀甀 焀甀攀Ⰰ 搀甀爀愀渀琀攀 漀猀 猀挀甀氀漀猀 堀嘀䤀䤀 攀 堀嘀䤀䤀䤀Ⰰ 渀愀 䘀爀愀渀愀Ⰰ 愀猀 挀爀椀愀渀愀猀 攀爀愀洀 攀渀琀爀攀最甀攀猀 猀 愀洀愀猀 搀攀猀搀攀 漀 猀攀甀 渀愀猀挀椀洀攀渀琀漀⸀ 䤀猀猀漀 瀀漀爀焀甀攀 愀 挀爀椀愀渀愀 攀爀愀 挀漀渀猀椀搀攀爀愀搀愀 甀洀 攀猀琀漀爀瘀漀⸀ 伀 爀攀琀漀爀渀漀  挀愀猀愀 搀愀 昀愀洀氀椀愀 猀 愀挀漀渀琀攀挀椀愀 搀攀瀀漀椀猀 搀攀 挀椀渀挀漀 愀渀漀猀 攀Ⰰ 洀甀椀琀愀猀 瘀攀稀攀猀Ⰰ 漀猀 昀椀氀栀漀猀 渀漀 猀漀戀爀攀瘀椀瘀椀愀洀Ⰰ 樀 焀甀攀 愀猀 挀漀渀搀椀攀猀 搀攀 栀椀最椀攀渀攀 攀爀愀洀 瀀爀攀挀爀椀愀猀Ⰰ 愀氀洀 搀攀 愀猀 愀洀愀猀 猀攀爀攀洀 爀攀猀瀀漀渀猀瘀攀椀猀 瀀漀爀 洀甀椀琀愀猀 挀爀椀愀渀愀猀 愀漀 洀攀猀洀漀 琀攀洀瀀漀⸀  Essas perdas começaram a chamar a atenção quando o governo percebeu que as crianças tinham valor econômico. Mulheres precisaram, então, serem convencidas de que a vocação delas era ser mãe. “Afirmava-se que a necessidade de maternagem é uma característica universal feminina, fazendo-a parecer um dom, um sentimento instintivo e estritamente biológico que todas as mulheres vivenciariam independentemente da cultura ou da condição sócio-econômica” (TOURINHO, 2006, p. 8).਀一漀猀 猀挀甀氀漀猀 堀䤀堀 攀 堀堀Ⰰ 瀀漀挀愀 攀洀 焀甀攀 漀 栀漀洀攀洀 攀猀琀愀瘀愀 昀漀爀愀 搀攀 挀愀猀愀 瀀愀爀愀 猀甀猀琀攀渀琀愀爀 攀挀漀渀漀洀椀挀愀洀攀渀琀攀 愀 昀愀洀氀椀愀Ⰰ 漀 挀甀氀琀漀 愀漀 愀洀漀爀 洀愀琀攀爀渀漀 猀攀 椀渀琀攀渀猀椀昀椀挀漀甀⸀ 䄀 爀攀猀瀀漀渀猀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 搀愀 挀愀猀愀 攀爀愀 搀愀 洀甀氀栀攀爀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 攀氀愀 搀攀瘀攀爀椀愀 猀攀 氀椀洀椀琀愀爀 愀漀 爀攀挀漀氀栀椀洀攀渀琀漀 攀 愀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 渀漀 氀愀爀Ⰰ 瀀漀椀猀 ᰀ漠 椀渀猀琀椀渀琀漀 洀愀琀攀爀渀漀 瀀愀猀猀漀甀 愀 搀漀洀椀渀愀爀 愀 洀甀氀栀攀爀 搀攀猀搀攀 愀 椀渀昀渀挀椀愀Ⰰ 琀漀爀渀愀渀搀漀ⴀ愀 昀愀猀挀椀渀愀搀愀 瀀攀氀漀 瀀愀瀀攀氀 搀攀 洀攀Ⰰ 猀漀戀 漀 洀漀搀攀氀漀 攀 漀 昀甀渀搀愀洀攀渀琀漀 漀 愀洀漀爀 洀愀琀攀爀渀漀⸀ 伀 猀漀昀爀椀洀攀渀琀漀 瀀愀猀猀愀 愀 猀攀爀 挀漀渀猀椀搀攀爀愀搀漀 椀渀攀爀攀渀琀攀  挀漀渀搀椀漀 昀攀洀椀渀椀渀愀Ⰰ 攀 瀀漀爀 瀀漀猀猀甀椀爀 攀氀愀 甀洀 愀洀漀爀 椀渀挀漀渀搀椀挀椀漀渀愀氀Ⰰ 攀猀琀攀 氀栀攀 瀀愀爀攀挀攀 猀愀琀椀猀昀愀琀爀椀漀ᴀ†⠀吀伀唀刀䤀一䠀伀Ⰰ ㈀  㘀Ⰰ 瀀⸀ ㄀㈀⤀⸀  A mulher que não quisesse exercer sua vocação materna era excluída, pois negava um sentimento de amor inerente a qualquer uma. “Meio monstro, meio criminosa, tal mulher é o que poderíamos chamar de ‘erro da natureza’” (BADINTER, 1985, p. 275). Essa representação do que seria o papel feminino ideal levou muitas mulheres a terem filhos por obrigação e culpa (TOURINHO, 2006).਀䌀漀洀 戀愀猀攀 渀攀猀猀攀猀 昀愀琀漀猀 栀椀猀琀爀椀挀漀猀 攀 攀洀 漀甀琀爀漀猀 渀漀 爀攀昀攀爀椀搀漀猀 愀焀甀椀Ⰰ  焀甀攀 愀 攀焀甀椀瀀攀 搀攀挀椀搀椀甀 焀甀攀 愀猀 洀愀琀爀椀愀猀 椀渀琀攀爀瀀爀攀琀愀琀椀瘀愀猀 猀攀爀椀愀洀 漀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 挀愀爀爀漀ⴀ挀栀攀昀攀 搀愀 䄀洀愀琀攀爀渀愀⸀ 一漀 攀渀琀愀渀琀漀Ⰰ 漀 最爀甀瀀漀 琀愀洀戀洀 猀攀 搀攀搀椀挀愀爀椀愀 愀 搀攀椀砀愀爀 戀愀猀琀愀渀琀攀 挀氀愀爀漀 漀 瀀爀瀀爀椀漀 瀀漀猀椀挀椀漀渀愀洀攀渀琀漀 愀 爀攀猀瀀攀椀琀漀 搀漀猀 愀猀猀甀渀琀漀猀 愀戀漀爀搀愀搀漀猀⸀ 一攀猀琀攀 洀漀洀攀渀琀漀Ⰰ 瀀愀爀愀 搀攀椀砀愀爀 挀氀愀爀愀 愀 搀椀猀琀椀渀漀 攀渀琀爀攀 挀愀搀愀 挀漀渀琀攀切搀漀Ⰰ 愀 攀搀椀琀漀爀椀愀 伀戀猀攀爀瘀愀渀琀攀 昀漀椀 挀爀椀愀搀愀 攀猀瀀攀挀椀昀椀挀愀洀攀渀琀攀 瀀愀爀愀 琀愀氀 昀椀渀愀氀椀搀愀搀攀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀  㠀戀搀㈀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䘀愀挀攀戀漀漀欀Ⰰ 圀栀愀琀猀䄀瀀瀀 攀 䜀洀愀椀氀 昀漀爀愀洀 昀漀爀洀愀猀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀猀 搀甀爀愀渀琀攀 琀漀搀漀 漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀愀 爀攀瘀椀猀琀愀Ⰰ 椀渀挀氀甀猀椀瘀攀 瀀愀爀愀 瀀爀漀搀甀稀椀爀洀漀猀 攀猀瀀攀挀椀昀椀挀愀洀攀渀琀攀 漀猀 琀攀砀琀漀猀 攀洀 焀甀攀猀琀漀⸀ 一漀 瀀爀椀洀攀椀爀漀Ⰰ 挀爀椀愀洀漀猀 搀漀椀猀 挀栀愀琀猀 攀 甀洀 最爀甀瀀漀⸀ 唀洀 挀栀愀琀 挀漀渀琀愀 挀漀洀 挀椀渀挀漀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀猀Ⰰ 攀砀愀琀愀洀攀渀琀攀 漀 挀漀爀瀀漀 搀愀 攀焀甀椀瀀攀⸀ 倀漀爀 洀攀椀漀 搀攀氀攀Ⰰ 琀爀漀挀愀洀漀猀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 攀 琀漀洀愀洀漀猀 搀攀挀椀猀攀猀 爀攀氀愀挀椀漀渀愀搀愀猀 愀漀 瀀爀漀樀攀琀漀⸀ 伀 漀甀琀爀漀 挀栀愀琀Ⰰ 愀氀洀 搀愀猀 挀椀渀挀漀Ⰰ 挀漀渀琀愀 挀漀洀 愀 搀攀猀椀最渀攀爀 䄀渀愀 䈀愀爀爀漀猀 攀 愀 瀀爀漀最爀愀洀愀搀漀爀愀 䴀愀爀椀愀渀愀 匀漀氀椀猀Ⰰ 愀洀戀愀猀 挀漀氀愀戀漀爀愀搀漀爀愀猀 搀漀 瀀爀漀樀攀琀漀⸀ 一攀氀攀Ⰰ 搀椀猀挀甀琀椀洀漀猀 椀搀攀椀愀猀Ⰰ 琀爀漀挀愀洀漀猀 愀爀焀甀椀瘀漀猀Ⰰ 猀漀氀椀挀椀琀愀洀漀猀 愀氀琀攀爀愀攀猀 攀 搀攀洀漀猀 爀攀琀漀爀渀漀 猀漀戀爀攀 漀 愀渀搀愀洀攀渀琀漀 搀漀猀 瀀爀漀搀甀琀漀猀⸀ 伀 最爀甀瀀漀  昀漀爀洀愀搀漀 瀀攀氀愀 攀焀甀椀瀀攀 攀 愀 漀爀椀攀渀琀愀搀漀爀愀 搀漀 倀爀漀樀攀琀漀 䔀砀瀀攀爀椀洀攀渀琀愀氀Ⰰ 䴀椀爀渀愀 吀漀渀甀猀⸀ 준 瀀漀爀 氀 焀甀攀 愀 洀愀椀漀爀 瀀愀爀琀攀 搀愀猀 挀漀爀爀攀攀猀 昀漀椀 椀渀搀椀挀愀搀愀Ⰰ 攀洀 琀漀搀愀猀 愀猀 瀀爀漀搀甀攀猀⸀ 䐀攀猀搀攀 瀀愀甀琀愀猀Ⰰ 爀攀搀愀漀 搀攀 洀愀琀爀椀愀猀 愀琀 氀攀最攀渀搀愀猀 攀 椀洀愀最攀渀猀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀猀  洀搀椀愀 搀攀 愀瀀漀椀漀⸀ Todos os três textos referidos neste trabalho fazem parte da editoria de opinião da revista digital Amaterna, a Observante. Estes textos normalmente partem de uma matéria da revista quando a autora relata suas impressões e sentimentos ao desenvolver determinada matéria, o que aquela experiência significou para ela. Este é o caso dos “A experiência de ouvir histórias de aborto” e “Não se nasce mãe, torna-se”. A equipe definiu que não seria regra o posicionamento ser narrado em primeira pessoa, ficaria a critério de cada repórter. Assim, o opinativo a respeito de abortos intencionais foi feito em primeira pessoa do singular ao passo que o opinativo sobre a vontade livre de um ser humano foi desenhado na terceira pessoa, com a autora preferindo, ao menos tecnicamente, expressar distanciamento na abordagem.਀준 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 爀攀猀猀愀氀琀愀爀 愀椀渀搀愀 焀甀攀 漀猀 琀攀砀琀漀猀 搀愀 攀搀椀琀漀爀椀愀 伀戀猀攀爀瘀愀渀琀攀Ⰰ 渀漀爀洀愀氀洀攀渀琀攀Ⰰ 猀攀 漀爀椀最椀渀愀洀 搀愀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀 搀攀 甀洀愀 愀甀琀漀爀愀 愀漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀爀 搀攀琀攀爀洀椀渀愀搀愀 瀀愀甀琀愀 ጀ†渀攀洀 猀攀洀瀀爀攀⸀ 䔀洀 ᰀ嘠攀爀最漀渀栀愀 搀攀 焀甀Ⰰ 洀攀㼀ᴀⰠ 瀀漀爀 攀砀攀洀瀀氀漀Ⰰ 愀 愀甀琀漀爀愀 瀀爀攀昀攀爀椀甀 攀砀瀀漀爀 甀洀愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀愀 瀀爀瀀爀椀愀 昀愀洀氀椀愀 攀 爀攀氀愀琀愀爀Ⰰ 攀洀 瀀漀甀挀漀猀 洀漀洀攀渀琀漀猀Ⰰ 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 焀甀攀 琀攀瘀攀 愀漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀爀 漀甀琀爀愀猀 瀀愀甀琀愀猀 瀀愀爀愀 愀 䄀洀愀琀攀爀渀愀⸀ 䐀攀猀琀愀 昀漀爀洀愀Ⰰ 攀砀椀猀琀攀 漀 爀攀猀最愀琀攀 搀漀 焀甀攀 昀漀椀 攀氀愀戀漀爀愀搀漀  爀攀瘀椀猀琀愀 猀攀洀 焀甀攀 椀洀瀀爀攀琀攀爀椀瘀攀氀洀攀渀琀攀 攀猀猀愀 挀愀爀愀挀琀攀爀猀琀椀挀愀 猀攀樀愀 愀 昀漀渀琀攀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀  漀瀀椀渀椀漀 瀀甀戀氀椀挀愀搀愀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀  㠀戀搀㈀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䔀猀瀀攀挀椀昀椀挀愀洀攀渀琀攀 猀漀戀爀攀 漀猀 琀攀砀琀漀猀 漀瀀椀渀愀琀椀瘀漀猀Ⰰ 挀攀渀琀爀漀 搀攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 挀漀渀琀漀甀ⴀ猀攀 挀漀洀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 挀漀渀昀椀愀爀愀洀 愀氀最甀洀愀猀 搀攀 猀甀愀猀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 洀愀椀猀 渀琀椀洀愀猀 攀渀焀甀愀渀琀漀 猀攀爀攀猀 栀甀洀愀渀漀猀 猀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀猀 搀愀 攀焀甀椀瀀攀⸀ 匀攀洀 攀氀愀猀Ⰰ 昀甀渀搀愀洀攀渀琀愀氀洀攀渀琀攀Ⰰ 渀愀搀愀 搀漀 焀甀攀 昀漀椀 瀀爀漀搀甀稀椀搀漀 瘀椀爀椀愀 愀 攀砀椀猀琀椀爀⸀ 刀攀猀瀀漀渀猀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 琀椀挀愀 攀 爀攀挀漀爀爀攀渀琀攀猀 爀攀琀漀爀渀漀猀 猀 昀愀氀愀猀 搀愀猀 昀漀渀琀攀猀 攀 愀漀猀 琀攀砀琀漀猀Ⰰ 焀甀攀氀愀 瀀漀挀愀 攀洀 愀渀搀愀洀攀渀琀漀Ⰰ 昀漀爀愀洀 攀猀猀攀渀挀椀愀椀猀 愀漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀漀猀 瀀漀猀椀挀椀漀渀愀洀攀渀琀漀猀 渀攀氀攀猀 爀攀最椀猀琀爀愀搀漀猀⸀ Apenas uma vez utilizamos um referencial teórico como norte de um texto. As ideias gerais de “Questão de Método”, de Jean-Paul Charles Aymard Sartre (1987), contribuíram ao “Não se nasce mãe, torna-se”. O texto foi derivado da reportagem “Filhos: melhor (não) tê-los?”, que ouviu duas mulheres na editoria Contrastes: uma delas, casada, mãe, desejando o segundo filho, e outra, solteira, decidida a permanecer amaterna enquanto viver. Duas histórias em um universo de dezenas de milhões – que não se excluem, mas coexistem; que não representam obrigações, mas possibilidades. Ao escrever, o principal objetivo da autora, que não se inclui na narrativa, foi abrir de uma forma que não apenas mulheres se sentissem contempladas pela exposição de pressões sociais naturalizadas às quais todos são submetidos. Não é raro que, ao longo da vida, qualquer pessoa seja estimulada a seguir determinado padrão, que pode variar de acordo com grau de escolaridade, gênero ou classe social. Mas que, de uma forma ou de outra, não deixa de existir. Por fim, se posiciona em defesa da liberdade que alguém tem para dar à própria vida o sentido que quiser.਀刀攀挀愀瀀椀琀甀氀愀渀搀漀Ⰰ ᰀ䄠 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀 搀攀 漀甀瘀椀爀 栀椀猀琀爀椀愀猀 搀攀 愀戀漀爀琀漀ᴀⰠ ᰀ丠漀 猀攀 渀愀猀挀攀 洀攀Ⰰ 琀漀爀渀愀ⴀ猀攀ᴀ†攀 ᰀ嘠攀爀最漀渀栀愀 搀攀 焀甀Ⰰ 洀攀㼀ᴀ†猀漀 琀漀搀漀猀 琀攀砀琀漀猀 漀瀀椀渀愀琀椀瘀漀猀 攀Ⰰ 瀀漀爀 椀猀猀漀Ⰰ 攀渀挀漀渀琀爀愀洀ⴀ猀攀 渀愀 攀搀椀琀漀爀椀愀 伀戀猀攀爀瘀愀渀琀攀 搀愀 爀攀瘀椀猀琀愀Ⰰ 攀猀瀀愀漀 爀攀猀攀爀瘀愀搀漀 猀 爀攀瀀爀琀攀爀攀猀 搀愀 䄀洀愀琀攀爀渀愀 瀀愀爀愀 挀漀洀瀀愀爀琀椀氀栀愀爀攀洀 猀甀愀猀 椀洀瀀爀攀猀猀攀猀 猀漀戀爀攀 搀攀琀攀爀洀椀渀愀搀漀 愀猀猀甀渀琀漀 搀椀猀挀甀琀椀搀漀 渀愀 攀搀椀漀 挀漀爀爀攀猀瀀漀渀搀攀渀琀攀Ⰰ 渀漀爀洀愀氀洀攀渀琀攀 瀀愀爀琀椀渀搀漀 搀攀 甀洀愀 洀愀琀爀椀愀 焀甀攀 愀 愀甀琀漀爀愀 琀攀渀栀愀 爀攀搀椀最椀搀漀⸀ O ápice do primeiro texto é apontar possíveis contextos diferentes de cada mulher, quais seriam os desfechos alternativos das situações compartilhadas, muitas vezes, às lágrimas. Não se trata de abortos espontâneos, mas de provocados intencionalmente. A sensibilidade para tratar o tema não era exigida apenas pela ética jornalística e cuidado com o ser humano que confiaria dilemas íntimos a uma estranha, mas também porque juridicamente havia o risco de as fontes serem prejudicadas. Por isso, desde o início, o grupo garantiu total sigilo àquelas que assim preferissem e optou por utilizar nomes fictícios na matéria de capa da primeira edição “Aborto: entre a saúde pública e a criminalização”, que deu origem ao opinativo aqui referido. A autora enfatiza que a polarização a respeito do assunto não contribui em nada para que tal problema de saúde pública seja tratado de forma eficaz e encerra mostrando sua posição sobre o tema.਀倀漀爀 昀椀洀Ⰰ 攀洀 ᰀ嘠攀爀最漀渀栀愀 搀攀 焀甀Ⰰ 洀攀㼀ᴀⰠ 愀 愀甀琀漀爀愀 挀漀洀瀀愀爀琀椀氀栀愀 愀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀 搀愀 瀀爀瀀爀椀愀 洀攀 焀甀攀Ⰰ 愀漀 猀攀 瘀攀爀 最爀瘀椀搀愀 愀漀猀 ㌀㜀 愀渀漀猀 搀攀 椀搀愀搀攀 瀀攀氀愀 焀甀愀爀琀愀 瘀攀稀Ⰰ 猀攀 猀攀渀琀椀甀 ᰀ瘠攀氀栀愀 搀攀洀愀椀猀 瀀愀爀愀 攀猀琀愀爀 最爀瘀椀搀愀 搀攀 渀漀瘀漀ᴀ⸠ 一攀猀琀攀 挀愀猀漀Ⰰ 漀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 昀漀椀 琀爀愀渀猀瀀愀爀攀挀攀爀 甀洀愀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀 瀀爀漀昀甀渀搀愀洀攀渀琀攀 瀀爀砀椀洀愀 攀 瀀氀愀渀琀愀爀 甀洀愀 猀攀洀攀渀琀攀 焀甀攀 瀀甀搀攀猀猀攀 最攀爀愀爀 渀漀猀 氀攀椀琀漀爀攀猀Ⰰ 愀漀 猀攀 搀攀瀀愀爀愀爀攀洀 挀漀洀 甀洀愀 栀椀猀琀爀椀愀 琀漀 猀椀洀瀀氀攀猀Ⰰ 琀漀 挀漀洀甀洀 攀 琀漀 爀攀愀氀Ⰰ 渀琀椀洀愀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀漀⸀ 伀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀愀 栀椀猀琀爀椀愀 挀漀渀搀甀稀 漀 氀攀椀琀漀爀 愀 爀攀昀氀攀琀椀爀 猀漀戀爀攀 猀甀愀猀 瀀爀瀀爀椀愀猀 愀琀椀琀甀搀攀猀 渀漀 挀漀琀椀搀椀愀渀漀⸀ 䄀氀椀猀Ⰰ 渀漀 渀攀挀攀猀猀愀爀椀愀洀攀渀琀攀 甀洀愀 愀漀Ⰰ 渀漀 渀攀挀攀猀猀愀爀椀愀洀攀渀琀攀 甀洀愀 瀀愀氀愀瘀爀愀⸀ 唀洀 漀氀栀愀爀⸀ 䄀瀀攀渀愀猀 甀洀 漀氀栀愀爀 戀愀猀琀愀爀椀愀 瀀愀爀愀 昀愀瘀漀爀攀挀攀爀 甀洀 猀攀渀琀椀洀攀渀琀漀 搀攀 挀甀氀瀀愀 漀甀 瘀攀爀最漀渀栀愀 焀甀攀 瀀漀猀猀愀 攀砀椀猀琀椀爀 搀攀渀琀爀漀 搀攀 甀洀愀 瀀攀猀猀漀愀 ጀ†洀攀猀洀漀 焀甀攀 攀猀琀攀 渀漀 猀攀樀愀 爀愀挀椀漀渀愀氀洀攀渀琀攀 樀甀猀琀椀昀椀挀瘀攀氀⸀ 䠀椀瀀漀挀爀椀猀椀愀猀 愀戀愀渀搀漀渀愀搀愀猀 搀甀爀愀渀琀攀 愀 琀爀愀樀攀琀爀椀愀 搀愀 瀀爀琀椀挀愀 攀洀 甀洀愀 昀漀爀洀愀漀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀愀 挀漀渀琀爀椀戀甀爀愀洀 瀀愀爀愀 焀甀攀 愀 愀甀琀漀爀愀 愀搀洀椀琀椀猀猀攀 琀攀爀 樀甀氀最愀搀漀 椀渀琀攀爀渀愀洀攀渀琀攀 甀洀愀 搀愀猀 昀漀渀琀攀猀 焀甀攀 栀愀瘀椀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀搀漀 瀀愀爀愀 漀甀琀爀愀 洀愀琀爀椀愀⸀ 䄀 挀漀渀昀椀猀猀漀 爀攀瘀攀氀愀 猀攀甀 愀氀瘀椀漀 瀀漀爀 猀愀戀攀爀 焀甀攀 ᰀ渠椀渀最甀洀 渀愀猀挀攀 瀀爀漀渀琀漀ᴀ†攀 焀甀攀 猀攀洀瀀爀攀  琀攀洀瀀漀 搀攀 爀攀瘀攀爀 漀猀 瀀爀瀀爀椀漀猀 挀漀渀挀攀椀琀漀猀 攀 愀瘀愀渀愀爀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀  㠀戀搀㈀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀 愀琀攀渀琀愀 愀渀氀椀猀攀 搀漀 挀漀渀樀甀渀琀漀 搀攀 琀攀砀琀漀猀 愀焀甀椀 搀椀猀挀甀琀椀搀漀猀Ⰰ 搀攀瀀漀椀猀 搀愀猀 椀渀搀椀挀愀攀猀 昀攀椀琀愀猀 渀漀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 挀漀氀漀挀愀洀 攀洀 攀瘀椀搀渀挀椀愀 愀 爀攀氀攀瘀渀挀椀愀 搀漀 挀漀渀琀攀切搀漀 瀀爀漀瀀漀猀琀漀 攀 愀 甀爀最渀挀椀愀 搀攀 愀戀漀爀搀愀最攀渀猀 焀甀攀 挀愀洀椀渀栀攀洀  瀀漀猀琀甀爀愀 搀攀 洀愀渀琀攀爀 漀猀 漀氀栀漀猀 愀戀攀爀琀漀猀 瀀愀爀愀 焀甀攀猀琀攀猀 愀椀渀搀愀 琀爀愀琀愀搀愀猀 猀漀挀椀愀氀洀攀渀琀攀 挀漀洀漀 渀愀琀甀爀愀椀猀 ጀ†猀攀渀搀漀 焀甀攀Ⰰ 愀渀琀攀猀Ⰰ 猀漀 甀洀愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 栀椀猀琀爀椀挀愀⸀ Trata-se de uma revista digital que cumpriu o objetivo para o qual foi criada e ultrapassou os próprios limites. São textos que vão além dos dados frios, que priorizam a voz de quem raramente é considerado no dia a dia da produção jornalística dos principais veículos de comunicação do país ao invés elevar ao topo a figura do especialista, sempre digno de atenção e sempre irrevogavelmente correto em suas colocações. Textos que buscam incentivar o público à reflexão crítica e contribuir para potenciais mudanças sociais que ocorrem aos poucos na cultura de um país. Lentamente, mas ocorrem.਀一漀 焀甀攀猀椀琀漀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 瀀攀猀猀漀愀椀猀Ⰰ 琀漀搀愀猀 愀猀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀猀 琀椀瘀攀爀愀洀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀猀 攀洀漀攀猀 昀爀攀渀琀攀 猀 搀攀挀氀愀爀愀攀猀 搀愀猀 昀漀渀琀攀猀 攀 渀漀瘀愀猀 搀攀猀挀漀戀攀爀琀愀猀 焀甀攀 猀攀 愀挀甀洀甀氀愀爀愀洀 愀 挀愀搀愀 瀀愀甀琀愀⸀ 䄀 攀焀甀椀瀀攀 愀猀猀甀洀椀甀 漀 瀀愀瀀攀氀 搀攀 甀洀 漀甀瘀椀渀琀攀 愀琀攀渀琀漀 焀甀攀Ⰰ 洀愀椀猀 焀甀攀 琀甀搀漀Ⰰ 搀攀猀攀樀愀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀攀爀 愀 攀猀猀渀挀椀愀 搀攀 甀洀愀 栀椀猀琀爀椀愀 瀀愀爀愀 猀攀爀 昀椀攀氀 渀愀 栀漀爀愀 搀攀 挀漀渀琀ⴀ氀愀⸀ 䴀愀椀猀 焀甀攀 挀漀渀琀愀爀 栀椀猀琀爀椀愀猀Ⰰ 挀愀搀愀 搀攀挀氀愀爀愀漀 椀渀昀氀甀攀渀挀椀漀甀 琀愀洀戀洀 愀 瘀椀猀漀 焀甀攀 挀愀搀愀 甀洀愀 昀漀爀洀漀甀 愀 爀攀猀瀀攀椀琀漀 搀漀猀 搀椀瘀攀爀猀漀猀 琀攀洀愀猀 琀爀愀戀愀氀栀愀搀漀猀 ጀ†瘀椀猀漀 攀猀猀愀 焀甀攀 猀攀 昀攀稀 挀氀愀爀愀 渀漀猀 琀攀砀琀漀猀 猀漀戀爀攀 漀猀 焀甀愀椀猀 愀爀最甀洀攀渀琀愀洀漀猀 挀漀洀漀 挀攀渀琀爀漀 搀愀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 搀椀猀挀甀猀猀漀⸀ 䌀漀洀漀 昀爀甀琀漀Ⰰ 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀猀 瀀愀爀琀椀挀甀氀愀爀攀猀 攀 爀攀昀氀攀砀攀猀 挀漀洀瀀氀攀砀愀猀 挀漀渀焀甀椀猀琀愀爀愀洀 氀甀最愀爀 挀愀琀椀瘀漀 渀愀 洀攀洀爀椀愀 搀愀 攀焀甀椀瀀攀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀  㠀戀搀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䄀䴀䄀吀䔀刀一䄀⸀ 刀攀瘀椀猀琀愀 䄀洀愀琀攀爀渀愀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀愀洀愀琀攀爀渀愀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀⼀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀㌀ 愀戀爀 搀攀 ㈀ ㄀㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀䄀䐀䤀一吀䔀刀Ⰰ 䔀氀椀猀愀戀攀琀栀⸀ 唀洀 愀洀漀爀 挀漀渀焀甀椀猀琀愀搀漀㨀 伀 䴀椀琀漀 搀漀 䄀洀漀爀 䴀愀琀攀爀渀漀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 一漀瘀愀 䘀爀漀渀琀攀椀爀愀⸀ ㄀㤀㠀㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀䄀刀䈀伀匀䄀Ⰰ 倀愀琀爀挀椀愀 娀甀氀愀琀漀㬀  刀伀䌀䠀䄀ⴀ䌀伀唀吀䤀一䠀伀Ⰰ 䴀愀爀椀愀 䰀切挀椀愀⸀ 䴀愀琀攀爀渀椀搀愀搀攀㨀 渀漀瘀愀猀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀猀Ⰰ 愀渀琀椀最愀猀 瘀椀猀攀猀⸀ 倀猀椀挀漀氀⸀ 挀氀椀渀⸀ 嬀漀渀氀椀渀攀崀⸀ ㈀  㜀Ⰰ 瘀漀氀⸀㄀㤀Ⰰ 渀⸀㄀Ⰰ 瀀瀀⸀㄀㘀㌀ⴀ㄀㠀㔀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀猀挀椀攀氀漀⸀戀爀⼀猀挀椀攀氀漀⸀瀀栀瀀㼀猀挀爀椀瀀琀㴀猀挀椀开愀爀琀琀攀砀琀☀瀀椀搀㴀匀 ㄀ ㌀㔀㘀㘀㔀㈀  㜀   ㄀   ㄀㈀☀氀渀 最㴀攀渀☀渀爀洀㴀椀猀漀☀琀氀渀最㴀瀀琀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㄀㜀 愀戀爀 ㈀ ㄀㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䘀䄀䌀䔀䈀伀伀䬀⸀ 刀攀瘀椀猀琀愀 䄀洀愀琀攀爀渀愀⸀ 䐀椀猀瀀漀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀昀愀挀攀戀漀漀欀⸀挀漀洀⼀愀洀愀琀攀爀渀愀爀攀瘀椀猀琀愀⼀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 ㈀㄀ 愀戀爀 搀攀 ㈀ ㄀㠀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䄀刀吀刀䔀Ⰰ 䨀⸀ 倀⸀ 儀甀攀猀琀漀 搀攀 洀琀漀搀漀⸀ 䤀渀㨀 䌀漀氀攀漀 伀猀 瀀攀渀猀愀搀漀爀攀猀 ⠀㌀ꨀ 攀搀⸀Ⰰ 瀀⸀ ㄀ 㤀ⴀ㄀㤀㄀⤀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 一漀瘀愀 䌀甀氀琀甀爀愀氀Ⰰ ㄀㤀㠀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀