ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01138</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Future, os tenistas brasileiros em formação: o processo de roteirização em um documentário jornalístico</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Luiz Augusto Salles Campbell Ramos (Universidade do Sagrado Coração); Mayra Fernanda Ferreira (Universidade do Sagrado Coração)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;documentário, roteirização, produção audiovisual, tênis, esporte</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho apresenta o processo de produção do roteiro do documentário "Future, os tenistas brasileiros em formação" que aborda a vida e a rotina de um tenista no início de sua carreira profissional, representados pelos atletas João Menezes, Marcelo Zormann, Orlando Luz e Rafael Matos. A narrativa documental, por meio do protagonismo desses personagens, tem o objetivo de revelar as dificuldades de um atleta de um esporte pouco popular no Brasil, relacionado ao pouco incentivo ao esporte e as dificuldades particulares do tênis em si. Ao final da produção, visa-se debater o esporte e apresentar o cotidiano desses tenistas, com os quais os demais atletas iniciantes no esporte podem se identificar.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O roteiro do documentário  Future, os tenistas brasileiros em formação foi produzido para a disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da Universidade do Sagrado Coração, de Bauru, entre março e novembro de 2017. Todo o trabalho de produção do documentário foi feito pelo autor deste trabalho, desde o roteiro até a edição final. No trabalho de pré-produção, foi identificado que o conhecimento sobre os tenistas brasileiros era restrito a um público esportivo, no Brasil, e se fosse analisado o conhecimento sobre tenistas que ainda nem atingiram o auge de sua carreira profissional, este público seria ainda mais restrito. Nesse contexto, um documentário audiovisual entraria de forma eficaz para que telespectadores comuns e futuros apoiadores possam conhecer o futuro do esporte no país, os bastidores de um atleta em crescimento, antes de chegar ao seu auge no esporte. Desse modo, o documentário se mantém entre os limites da razão e da emoção, que é a base de coberturas esportivas. A produção audiovisual, como o telejornalismo, é o meio pelo qual há a união de texto, áudio e imagens, criando um formato pelo qual a mensagem chega ao consumidor de forma completa. O telespectador vê o que acontece, e mensagens lhe são explicadas ao mesmo tempo. Tal mensagem terá a capacidade de desmitificar e tirar visões clichê presentes na sociedade sobre o tênis e os tenistas. Para atingir esse objetivo, no início do programa será feita uma roteirização do que deveria ser abordado. Após o processo de roteirização, foram feitas as captações de imagem, em Itajaí  Santa Catarina, durante os treinamentos de pré-temporada dos tenistas Marcelo Zormann e João Menezes. Sem a produção dos roteiros para as gravações com estes e demais personagens atletas seria impossível realizar a captação das imagens de forma linear e o trabalho de edição seria muito prejudicado, pois o viés da mensagem não ficaria claro, e a possível grande quantidade de imagens atrapalharia o produto final.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Quando finalizado, o produto deve atender aos seguintes objetivos: Informar aos telespectadores do produto o que é a vida de um tenista em formação, as dificuldades enfrentadas, a falta de apoio do esporte no Brasil, demonstrando as dificuldades do dia a dia, tanto financeiras como cotidianas, relacionando estes fatores da vida de atleta com o fato de que também são pessoas comuns, têm suas vidas afetivas, família e devem ter seus momentos de descanso; desmitificar a vida glamorosa de um atleta do tênis; alterar preconceitos sobre o tênis, especificamente; tornar natural a presença de jornalistas na vida dos atletas abordados, visto que eles, no futuro, terão que lidar com este fato; mostrar o tênis para pessoas que não costumam se interessar, a partir do momento em que se mostram fatos que não são normalmente abordados; especificar o que pode ser feito para que em um futuro próximo mais brasileiros possam estar no topo do tênis mundial; e, exercitar técnicas de produção, reportagem e edição em um documentário audiovisual. O objetivo final é trazer reflexão sobre todos esses fatores, a partir da divulgação do produto, e não um partido tomado pelo produto/roteirista/diretor, expressando uma verdade absoluta sobre os objetivos. Todos esses objetivos finais do documentário como um produto, só podem ser atingidos com a produção de um pré-roteiro, um roteiro de gravação e um roteiro de edição que fossem eficazes para tais argumentos na história. Ou seja, o documentário apresenta tais objetivos para a narrativa pretendida se os roteiros construíssem a história de tal modo que esses objetivos estejam presentes, seja através de áudio ou do vídeo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A justificativa para a produção deste documentário parte do princípio de que o tênis é um esporte pouco abordado pela mídia no Brasil. Pensando em produtos voltados aos seus bastidores, temos um número ínfimo. Isto mostra a necessidade da presença de mais conteúdos voltados para a área, fazendo com que os telespectadores passem a conhecer o mundo do tênis e os tenistas que irão representar o Brasil daqui alguns anos. Este fato está na base da função do jornalismo, que é informar. Melo (2002) cita o fato da aproximação do documentário com o discurso jornalístico, mesmo que este não seja uma vertente do próprio,  O fato de ser um discurso sobre o real e utilizar imagens in loco são características que aproximam o documentário do discurso jornalístico. (MELO, 2002, p. 6) A escolha pelo formato de um documentário televisivo é sustentada quando vemos que o cotidiano de um atleta desencadeia um número considerável de informações, de imagens e mensagens que são importantes para o entendimento do todo, sendo ainda confirmado pela junção do texto à imagem. O entendimento disto pelo telespectador pode variar segundo o seu entendimento e visão de mundo, visto que cada ser humano identifica uma mensagem conforme o contexto no qual este está. O gênero documentário não pode ser definido a partir da presença de determinados enunciados estereotipados ou de tipos textuais fixos (narração, descrição, injunção, dissertação). No entanto, não temos dúvidas de que o documentário é um gênero com características particulares, e que são essas características que nos fazem apreendê-lo como tal. Independentemente do tema tratado (violência, ecologia, história, arte, cultura, biografia etc), somos capazes de identificar e diferenciar um documentário de outros tipos de produção audiovisual (filmes de ficção e reportagens de TV, por exemplo). É bem verdade que no momento da fruição, o espectador pode cometer equívocos de interpretação. A inexistência de gêneros puros é um dos fatores que podem levar a equívocos. (MELO, 2002, p. 24) No caso deste documentário, o foco é a fala dos próprios tenistas, já que eles são o ponto principal entre o produto e o telespectador, encadeando os depoimentos de modo a construir uma narrativa coerente e explicativa sobre a formação de tenistas e sua profissionalização. Com a construção da narrativa apenas na voz dos personagens, sem um narrador externo, acontece a identificação entre personagem atleta e telespectador, o que facilita o entendimento dos fatores pessoais dos atletas, pelos que assistem ao documentário.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A problemática prevista no planejamento de produção do documentário é abordar a vida e o cotidiano de um tenista brasileiro em formação, ou seja, que ainda não estão no topo do ranking e quais as dificuldades de serem atletas de um esporte que não é muito reconhecido em seu país. Diante dessa problemática, parte-se das hipóteses de que os tenistas são e sempre foram pessoas muito ricas devido ao conhecimento do alto custo dos equipamentos de tênis e à suposição de que os praticantes do esporte como hobby geralmente são pessoas realmente com maior poder financeiro, fato que não se reflete no esporte quando encarado como profissão. Também se tem como pressuposto a falta de conhecimento sobre atletas do esporte em geral e o fato de apenas uma pequena parcela desses atletas serem muito bem remunerados; a falta de conhecimento sobre a vida levada por atletas, o que tem de ser deixado de lado e todos os cuidados que devem ser tomados para que seu corpo e principalmente sua mente possam render o máximo no momento da competição. O início de um produto como um documentário vem da ideia e da adesão a um tema, seguido pelo trabalho de pré-produção, em que há o primeiro contato com os possíveis personagens, pré-entrevistas e com a confirmação positiva das fontes, o documentarista começa seu trabalho de pesquisa e aprofundamento sobre o tema a ser abordado. Toda a produção de um documentário televisivo se inicia com um pré-roteiro de áudio e vídeo. Nesse pré-roteiro, as ideias do documentarista de estética e conteúdo começam a ganhar forma. Um pré-roteiro que delimita os assuntos abordados no produto e funciona para que todos os elementos importantes definidos não escapem no momento da gravação das imagens e das entrevistas. Pré-roteiro este que a princípio seria apenas tratado como base, sem muitos detalhes ou olhares artísticos que o documentário traria, pois com certeza sofreria alterações, devido ao tema e ao tipo de documentário produzido. Nessa fase de pré-produção, houve o levantamento das fontes: Marcelo Zormann: tenista; Sergio Zormann: avô de Marcelo, professor de tênis e primeiro treinador de Marcelo; Orlando Luz: tenista; Rafael Matos: tenista e João Menezes: tenista. O produtor também optou para que as outras fontes fossem delimitadas a partir do olhar que tivessem sobre o dia a dia dos tenistas quando estivesse em Itajaí a fim de que as imagens fossem condizentes; por exemplo, o treinador, que estivesse mais tempo com os tenistas dentro de quadra, fosse o entrevistado para o documentário. É possível dizer que a parte final do trabalho de pré-produção foi feita durante a produção do documentário, já que aquele olhar jornalístico e de relação imagética e audiovisual era necessário para uma melhor adequação da história que o produto conta. No momento das gravações então, foi visto que as pessoas que mais estavam presentes no dia a dia dos atletas naquela semana eram: Luiz Peniza, treinador de quadra dos quatro atletas e Jerônimo Rocha, instrutor de Método DeRose. Então houve a delimitação de mais duas fontes. Com tal delimitação in loco, houve a atualização das pautas e a produção de mais uma, com as perguntas que seriam feitas a uma fonte desconhecida até o momento da viagem, que era o instrutor de Método DeRose. Jeronimo não entrou na edição final devido ao tempo do produto que não poderia exceder os 30 minutos, e a narrativa, mesmo sem sua fala, já estava com encadeamento previsto e bem harmonioso. O fim do trabalho de pré-produção se deu no momento em que os equipamentos que seriam utilizados nas viagens para Lins e Itajaí foram cedidos pela Universidade do Sagrado Coração: uma câmera Canon T5i, um microfone boom, um microfone de lapela e um tripé. Quando o documentarista vai a campo, é iniciado o trabalho de produção. O produtor entra em seu papel nas gravações, entrevistas e captação, ele deve estar ciente das ideias centrais daquilo que foi colocado em seu pré-roteiro, ou seja, sobre o que quer que o entrevistado fale, quais gravações deve fazer para cobrir algumas sonoras dos entrevistados etc. O fim das gravações é o marco do final da produção, e início da pós-produção. Nesta fase, o documentarista deve fazer uma revisão de todo o material juntamente com um trabalho de decupagem nas entrevistas, trabalho este que é seguido por um outro roteiro de áudio e vídeo, que será fundamental para a edição final. Desta vez, além deste roteiro ser o ponto de partida da edição final, ele também tem a função de não deixar escapar qualquer informação que seja importante de acordo com a visão do documentarista, ou seja, se alguma fonte não falou algo importante, ou se há falta de uma entrevista, o documentarista irá se dar conta neste momento, podendo ir a campo novamente. A pós-produção é finalizada na última edição do documentário. Em um documentário televisivo, o documentarista deve se preocupar tanto com as imagens captadas como com seus respectivos áudios, já que imagem e som se complementam neste formato. Para a criação de uma linguagem audiovisual positiva ao espectador, é necessário que ambas tenham harmonia e que, em conjunto, contem a história da forma desejada, mesmo que quem conte a história sejam as vozes presentes no documentário através das sonoras. Nesse contexto, é importante se dar conta que um documentário busca, através de sua narrativa, reforçar uma tese, ou derrubá-la e, então, é conjunto entre voz e imagem, áudio e vídeo, o responsável por este papel. E tudo isso deve estar expresso no roteiro. Por isso, é necessário então um trabalho de percepção mais agudo do documentarista, pois, quando se entrevista alguém, a fonte aborda assuntos que irão e que não irão para a edição final do documentário, assuntos estes que no julgamento subjetivo do documentarista tem mais, ou menos importância, e é nesse julgamento que o documentarista irá trabalhar de forma inteligente, de maneira que os assuntos possam ser preenchidos com imagens. Esse julgamento também entra em questão na pós-produção do documentário na adição de trilhas e músicas, que ocorre na roteirização e na edição quando o documentário ganha uma forma inicial e final, respectivamente. A trilha sonora dá e acompanha o tom da narrativa do documentário. Estão em contexto também a utilização de arte no documentário, geradores de caracteres, o estilo e o tamanho das fontes e todo o trabalho que possibilitará os espectadores de lerem outras informações senão aquelas que já estão ouvindo através de sonoras, por meio da leitura. No caso deste documentário, a pós-produção se iniciou em junho de 2017 com o trabalho de análise do material bruto obtido nas gravações e decupagem das entrevistas. Em sua totalidade, 825 arquivos que contêm 165 giga bytes foram obtidos nas viagens para Lins e Itajaí. Destes 165 giga bytes: 73,8 são de 25 arquivos de entrevistas, que são 156 minutos de cada câmera; 4,72 são de 630 fotos; e outros 86,48 giga bytes em 122 arquivos de gravações de treinamentos e cotidiano dos atletas. Após o trabalho de decupagem, houve a construção de um roteiro, responsável pela facilitação dos cortes e da edição do produto, roteiro este, que ainda poderia e iria sofrer alterações. A edição do produto se iniciou em agosto de 2017 e foi feita também pelo produtor, Luiz Augusto Ramos. No início da edição, o trabalho se voltou para o encadeamento das sonoras que delimitariam o ritmo do documentário e a narrativa do produto, mantendo o que segundo Puccini (2009) é chamado de sequência. A edição do documentário delimitou que as vozes presentes seriam apenas daquelas pessoas que estivessem em ação durante as imagens de cobertura e fossem as pessoas pelas quais passaram por aquilo que estavam falando, ou estivessem acompanhando de perto, isto torna os personagens  fortes , como diz Puccini (2009), garantindo um maior interesse do espectador a partir de uma provável identificação com a narrativa contada por eles.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário  Future, os tenistas brasileiros em formação , após o trabalho total de pré-produção, produção e pós-produção, resultou em um final limpo de 32 minutos e 40 segundos, sendo que todas as imagens, entrevistas e falas dos personagens foram feitas pelo produtor do documentário. Apenas algumas fotos de arquivo pessoal foram utilizadas. Na roteirização, foi definida abertura do documentário, demonstrando o que normalmente acontece em um dos momentos que antecedem os treinos dos tenistas. Após isso, os quatro atletas entrevistados se apresentam. Depois da apresentação, o documentário segue em sonoras que se revezam, mostrando ao espectador como o esporte foi iniciado por cada atleta, até chegar ao momento no qual decidiram, ou se viram diante da decisão de que aquilo seria a profissão deles. Neste momento, a narrativa se envolve no pensamento dos atletas sobre o esporte em si e as diferenças para o Brasil, o que consideram normal, difícil ou diferente se comparado a outros países. Neste momento, o olhar jornalístico busca trazer a voz de alguém que está no dia a dia dos atletas e se deparam com os fatos através de um outro ponto de vista. É o caso do treinador Luiz Peniza e de Sérgio Zormann, professor de tênis, que neste caso fala como avô de Marcelo Zormann, um dos atletas/personagens do documentário. A narrativa transcorre sobre os obstáculos e o que estes atletas conquistaram durante o período que competem no esporte. A partir daí entra em pauta a figura do patrocinador, sob o olhar de quem o tem e das dificuldades em consegui-los, e no que estes ajudam os atletas. Para os tenistas, a figura do patrocinador é fundamental para a carreira, e seguido deste fato, a falta de apoio cai sobre o tênis profissional no Brasil, junto a outros fatores, como a falta de jogadores no país, que na visão dos tenistas é derivada de uma razão e na visão do treinador, de outra. O avô traz a perspectiva da família sobre estes fatores, junto a um olhar de quem tentou a profissionalização e ainda conhece e acompanha o esporte. Ele fala sobre o que presenciou junto à carreira do neto, a falta de apoio, e o primeiro patrocínio, que segundo o pensamento dos dois, fez com quem o atleta conseguisse sair da casa dos avós em busca de treinamentos melhores. Outro tenista, Orlando Luz, também cita o primeiro patrocinador, com quem tem contrato até hoje como um dos principais alavancos de sua carreira e como um ponto crucial para sua profissionalização. Esse assunto traz para a história a presença de muitas desistências em um período de escolhas, entre os 16 e 19 anos, e os fatores causadores dessas desistências. No meio desses fatos, está a falta de conhecimento sobre as bases do tênis profissional, os torneios menores e o cotidiano dos atletas, que para eles, são dificuldades. Neste momento, segue-se uma fala do avô de Marcelo, que dá início ao encerramento do documentário, pois traz a vontade dos tenistas de prosseguir no esporte. Então, os tenistas falam de seus objetivos próximos e a longo prazo. O fechamento do produto é iniciado, com a mesma trilha inicial e em frases as informações sobre o caminho de cada um dos quatro atletas desde julho de 2017 até o final de outubro. Os roteiros foram produzidos no formato de um roteiro de televisão, dividido em áudio (à esquerda) e vídeo (à direita), tanto o pré-roteiro como o roteiro final (consta em arquivo). Neles continham todas as informações de sonoras e suas respectivas deixas, assim como as trilhas e as imagens que iriam para off. A produção do roteiro possibilitou um melhor encadeamento entre todos os elementos que eram de conteúdo do documentário, inclusive aproximar aquele que assiste aos personagens.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O documentário  Future, os tenistas brasileiros em formação , buscou através das técnicas de roteirização, de jornalismo televisivo e de produção documental, informar aqueles que assistiam ao produto sobre a vida de um atleta no Brasil, a partir do momento que foi detectada a falta de informações sobre o que seria abordado. A partir deste objetivo, um dos fatores principais para a obtenção de êxito na produção como um todo, e para a linearidade da história contada por áudio, vídeos e fotos, foi a roteirização. Através dela, a narrativa se manteve na linha tênue entre o emocional e o racional dos entrevistados e entre os fatos a serem informados, conjunto este necessário para a construção da ideia central presente no documentário e primordial para a determinante documental e social do projeto. Outra função do roteiro no processo produzida que reforçaria as ideias presentes nos fatores citados seria a de deixar a história ser contada pelos próprios tenistas e aqueles que estão presentes na história. Este fator reforça a narrativa que mistura emoções, sentimentos e informações, e sem a combinação destas três características, não há história.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo. Manual de jornalismo para Rádio TV e Novas Mídias. São Paulo: Elsevier Brasil, 2012.<br><br>MELO, Cristina Teixeira Vieira de. O documentário como gênero audiovisual. 2002. Disponível em < http://www.revistas.ufg.br/ci/article/viewFile/24168/14059> Acesso em: 30 set. 2016.<br><br>NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2005.<br><br>PUCCINI, Sergio. Roteiro de documentário. Da pré-produção à pós-produção. Campinas: Papirus, 2009.<br><br> </td></tr></table></body></html>