ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #008bd2"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01480</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A CIDADE MADURA:a dignidade bate à porta da melhor idade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Rodrigo de Moraes Tucci (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Thiago Mello Morteira (Escola Superior de Propaganda e Marketing)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #008bd2"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;fotografia, fotojornalismo, idosos, perfis, projetos sociais</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A cidade madura: a dignidade bate à porta da melhor idade visa abordar como o programa Cidade Madura, afetou a vida de idosos na Paraíba, nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Ele consiste em condomínios de 40 casas voltadas apenas para quem tem mais de 60 anos e renda de até dois salários mínimos. Além disso, este trabalho analisa como projetos sociais e iniciativas voltadas a determinados nichos sociais podem ser benéficas a determinados grupos, muitas vezes esquecidos pelo governo e por grande parte da população.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ideia do trabalho se iniciou à percepção de que a população da terceira idade representa uma grande parcela da população brasileira, mas, mesmo assim, sofre muito com a falta de iniciativas do governo. Segundo dados do IBGE (2016), a população de idosos com mais de 60 anos subiu de 9,8% em 2005 para 14,3% em 2015. Vivemos hoje em um país onde se considera a população da terceira idade apenas como improdutiva e incapaz de gerar riqueza e economia. Visto isso, são poucos os projetos e leis voltados para esse importante grupo da sociedade. Com a fragilidade e a baixa remuneração da aposentadoria do governo, o cidadão que não é mais considerado hábil para o trabalho tem grandes dificuldades financeiras de manter um mínimo de qualidade de vida. Um dos projetos que se destaca é o Cidade Madura, idealizado e localizado na Paraíba. Pioneiro, governamental e praticamente de graça, o programa é uma boa opção para idosos de baixa renda. Ele consiste em condomínios de 40 unidades habitacionais voltadas apenas para quem tem mais de 60 anos e renda que varia de um a cinco salários mínimos. A autonomia dos moradores é indispensável, ou seja, todos devem realizar tarefas do cotidiano sem precisar de assistência. Para a conservação do conjunto, o governo cobra uma taxa de manutenção no valor de 50 reais por mês. As demais despesas devem ser pagas normalmente. No condomínio, é possível cultivar hortas, cuidar do jardim, caminhar e fazer academia. Existem também enfermeiras, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogas e uma médica, mesmo que nem sempre existam datas certas para a visita. Já são quatro unidades construídas. Pioneira, a de João Pessoa foi inaugurada em junho de 2014 sob o governo de Ricardo Coutinho. Em 2015, a de Campina Grande, a 120 quilômetros da capital. Em 2016 foi construída a de Cajazeiras e em maio de 2017, a de Guarabira, que, já mais moderna, conta com sistema de captação de energia solar. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto  A cidade madura: a dignidade bate à porta da melhor idade tem como objetivo principal registrar e divulgar, através de uma reportagem fotojornalística em formato de livro, a história e o cotidiano dos moradores dos condomínios Cidade Madura de João Pessoa e de Campina Grande, na Paraíba, além do impacto social causado pela iniciativa do Governo refletida no dia-a-dia de cada um. Além do objetivo geral, o projeto pretende atingir outros objetivos: - Retratar o cotidiano dos moradores da Cidade Madura através da fotografia e contar suas histórias de vida; - Pesquisar e compreender como o programa Cidade madura transformou a rotina e o estilo de vida dos idosos; - Mostrar como a iniciativa foi planejada e se suas propostas estão sendo cumpridas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016), a expectativa do brasileiro passou de 45,5 anos em 1940, para 75,5 anos em 2015. No mesmo período, a taxa de fecundidade do país caiu de 6,16 filhos por mulher para apenas 1,57 filhos. A junção destes dois fatores, somado a outros  como a melhoria do sistema de saúde, da higiene pessoal e a diminuição da violência  contribuíram por elevar o topo da pirâmide etária do país. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de idosos no Brasil tende a triplicar até 2050, passando de 12% para quase 30% do total de habitantes. Ainda segundo a OMS, o número de pessoas da terceira idade tende a crescer mais rápido no país do que a média internacional, onde o número deve duplicar no mesmo período (SORDI, 2015). Com a alta na população de idosos, o Brasil tende a se tornar um país considerado velho no futuro e com muitas pessoas que não serão consideradas economicamente ativas. Isso acontece graças à taxa de natalidade abaixo da taxa de reposição, ou seja, os casais estão tendo uma média inferior a dois filhos. Além disso, o aumento da expectativa de vida do brasileiro deve passar dos atuais 75 para 81 anos em 2060, segundo dados divulgados pelo IBGE em 2013 (LEAL, 2013). Os projetos sociais voltados a terceira idade são fundamentais para que o processo de envelhecimento da população menos favorecida seja digno e feito de maneira saudável. O programa Cidade Madura, na Paraíba, é o pioneiro da área no Brasil. Pensado exclusivamente para idosos, a iniciativa bancada pelo governo da Paraíba é o perfeito exemplo de projeto social voltado exclusivamente para a população de baixa renda na terceira idade. Cada vez mais as pessoas então vivendo na sua bolha e tendem a não fugir das coisas que as permeiam. A ideia do livro seria mostrar essa outra realidade, com imagens para uma maior empatia pelas personagens, mas mantendo a possibilidade imaginativa de cada um dos leitores. A imagem sempre foi um modo de trazer para certa realidade uma ideia que anteriormente ficava apenas no imaginário. As fotos têm hoje um tipo de autoridade sobre a imaginação que a palavra impressa tinha no passado e que, antes dela, a palavra falada tivera. Parecem absolutamente reais. A fotografia é importante na hora de se registrar momentos e permitir transparecer sentimentos e emoções. A sua natureza é caracterizada por Erivam de Oliveira: Fotografias são como rascunhos da história: são produzidas enquanto a própria história está sendo construída. Os historiadores concordam que os documentos que atestam uma história não podem ser criticamente analisados enquanto ainda estão sob o calor dos acontecimentos. Fotos que nada valem hoje podem ser cruciais no futuro para entender o que se passou. (OLIVEIRA, 2009, p. 157)  O homem, ao invés de se servir as imagens em função do mundo, passa a vivem em função da imagem (FLUSSER, 1985, p. 23). Com isso, a imagem vem perdendo seu valor de servir como um modo de ver um mundo em um determinado momento, passando a ser apenas um registro de certo momento, sem valor mágico, no sentido imaginativo. A união de imagem e texto é fundamental para conseguir desenvolver um design que transmita informações e remeta emoções mais fortes, como se estivéssemos presentes no momento em que aquela foto foi tirada e o relato foi vivenciado no processo de comunicação. Conforme Villas-Boas (2000, p.27)  o design gráfico, enquanto tal, necessariamente tem como função transcrever a mensagem a ser transmitida - seja de qual enfoque for - para o código simbólico estabelecido, sob pena de não efetivar-se enquanto prática comunicacional . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O método de pesquisa se deu basicamente através da leitura de materiais complementares e, principalmente, com a própria população local. Para concluir os objetivos específicos, as entrevistas foram realizadas em profundidade, buscando, de maneira clara, obter informações e um conhecimento aprofundado, segundo a caracterização de Jorge Pedro Sousa: A finalidade da entrevista em profundidade é obter de uma pessoa dados relevantes para a pesquisa. A sua principal vantagem, como o nome indica, reside na possibilidade de se obterem informações pormenorizadas e aprofundadas (SOUSA, 2003, p. 722) Estar no local a ser estudado foi fundamental. A observação participante pôde revelar um novo olhar sobre o objeto a ser focado. Estando no habitat, o jornalista participa das atividades da comunidade e se integra dentro do grupo de acordo com as suas possibilidades. A observação participante é uma técnica de investigação social em que o observador partilha, na medida em que as circunstâncias o permitam, as atividades, as ocasiões, os interesses e os afetos de um grupo de pessoas ou de uma comunidade. (ANGUERA, 1978, p. 78) Por isso, entrevistas desse método foram de fundamental importância para a obtenção de informações sobre o estilo de vida, da história da população, do local e das características daquela comunidade e da região. O contato com o governo e com a população também foi importante, visto que este tipo de projeto é novo dentro do Brasil. Saber e entender o que essas pessoas passaram e a análise sobre seu estilo de vida foi essencial para conhecer como é a cultura do povo paraibano. Além disso, foi de extrema importância saber quais aspectos poderiam ser trabalhados e enfatizados. Dentro desse cenário, a pesquisa de campo foi um importante aliada na busca pela veracidade das informações através das fotos. Parte substancial do trabalho, a fotografia ajuda a retratar partes importantes do texto escrito, ajudando o leitor a ter uma maior imersão dentro dos fatos vistos. A identidade visual e a diagramação foram baseadas em quatro elementos que auxiliaram na distribuição espacial das fotografias no livro. Essas características são: cor, planos, objeto e perspectiva. As cores, ou a falta delas, foram a base do livro. No intuito de humanizar e transmitir melhor as emoções dos objetos a serem fotografados, fotos em preto e branco foram a principal característica do nosso projeto. Pode parecer que uma imagem colorida é mais próxima da realidade, já que nos vemos em cores. Por consequência, uma fotografia colorida também representaria mais fielmente o objeto fotografado do que uma em preto e branco. Entretanto, Flusser revela os benefícios e as peculiaridades da foto em preto-e-branco. As fotografias em preto-e-branco são a magia do pensamento teórico, conceitual, e é precisamente nisto que reside seu fascínio. Revelam a beleza do pensamento conceitual abstrato. Muitos fotógrafos preferem fotografar em preto-e-branco, porque tais fotografias mostram o verdadeiro significado dos símbolos fotográficos: o universo dos conceitos. (FLUSSER, 1985, p. 23) As cores não são representadas igualmente a que nos olhos veem, e sim o que a câmera fotográfica associa como a mais semelhante a ela. Assim, as cores são mais um elemento onde uma máquina toma o controle, a tornando mais um elemento que foge do controle de quem opera essa máquina. Por isso uma foto que mostra apenas a incidência de luz, como uma foto preta e branca, é mais fiel à realidade e ao controle do fotógrafo. Os planos não foram abordados especificamente, já que não utilizamos nenhum plano específico. Trabalhamos com diferentes estilos e angulações para poder capturar cada momento da melhor maneira. Às vezes com closes, as vezes com plano médio e até mesmo em planos mais abertos. Tudo dependeu de cada fotografia. Os objetos foram fundamentais nesse projeto. Em muitos casos, foram o foco da fotografia, figurativamente e literalmente falando. Barthes (1990, p. 14) já dizia que "o objeto talvez não possua uma força, mas, por certo, possui um sentido". Muitos elementos da cena foram trabalhados em primeiro plano ou terão papel primordial na elaboração da semântica da fotografia. Em outros casos, eles apareceram como elementos únicos da imagem. A perspectiva foi altamente trabalhada neste ensaio. Ângulos diferentes em fotografias são imprescindíveis para uma foto diferenciada. Faz parte do trabalho do fotógrafo, tentar achar a melhor perspectiva para cada uma. Como a maioria das pessoas vê o mundo em uma perspectiva em pé ou sentada, um fotojornalista fotografando ou filmando pode acrescentar interesse instantâneo às fotos apenas fotografando a partir de um ponto elevado diferenciado (OLIVEIRA, 2009, p. 128). Os equipamentos utilizados no projeto foram um gravador de mp3 compacto e as câmeras fotográficas Canon EOS Rebel T3i e Cannon G1X, além de um Tripé Manfrotto. Com relação aos métodos de entrevista, buscou-se realizá-las em profundidade, buscando, de maneira clara, obter informações e um conhecimento aprofundado, segundo a caracterização de Jorge Pedro Sousa: A finalidade da entrevista em profundidade é obter de uma pessoa dados relevantes para a pesquisa. A sua principal vantagem, como o nome indica, reside na possibilidade de se obterem informações pormenorizadas e aprofundadas. (SOUSA, 2003, p. 722) Estar no local a ser estudado foi fundamental. A observação participante pôde revelar um novo olhar sobre o objeto a ser focado. Estando no habitat, o jornalista participa das atividades da comunidade e se integra dentro do grupo de acordo com as suas possibilidades. A observação participante é uma técnica de investigação social em que o observador partilha, na medida em que as circunstâncias o permitam, as atividades, as ocasiões, os interesses e os afetos de um grupo de pessoas ou de uma comunidade. (ANGUERA, 1978, p. 78) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O  Cidade Madura: a dignidade bate à porta da melhor idade é um livro fotojornalístico que consiste em um ensaio fotográfico sobre a vida dos moradores do programa que leva o mesmo nome. No total, seis histórias são contadas: três personagens moram no condomínio de João Pessoa e outras três no de Campina Grande. Para o produto final, foi decidido manter a maior autenticidade possível dos relatos. Assim, o texto é construído através das próprias falas dos entrevistados, usando a figura do narrador apenas para costurar as histórias. O livro é constituído por 96 páginas, divididos entre agradecimentos, prefácio, seis capítulos, cada um contendo uma história de um dos moradores do Cidade Madura, posfácio, e a ficha catalográfica. JOÃO PESSOA O primeiro capítulo do livro conta a história de Dona Fátima, uma mulher resiliente que superou uma infância muito sofrida.  Eu não sei o que é ser criança não. Fome da gente gritar. Fiquei quatro dias sem comer nada e a água era salgada . Em seguida, conta-se a história de seu Silvio. Um homem valente. Diferente de Fátima, ele teve uma infância  fantástica, muito sadia . Mas teve que superar duros golpes e ironias da vida. Superar uma depressão, e lutar contra dois tipos de câncer. A última história de moradores da unidade de João Pessoa é a de Maria Matias, uma senhora que fez o que nenhum médico acreditava. Depois de sofrer um acidente e fraturar três vertebras, os médicos afirmaram que ela ficaria para sempre em uma cadeira de rodas. Depois de acordar de um sonho  milagroso , conseguiu voltar a andar. Campina Grande A segunda parte do livro é composta por mais três relatos, dessa vez, os moradores são da unidade de Campina Grande, segunda maior cidade da Paraíba, há 130 km de João Pessoa. A história de Seu Valdir é outra que não tem infância.  Carregando lenha desde muito pequeno fugiu de casa em um pau de arara aos 11 anos, em busca de emprego nas fazendas de Minas. Trabalhou como escravo, mas conseguiu escapar. Morou em cinco estados diferentes e retornou para a Paraíba após 58 anos. Seu Antônio tem uma história parecida como a de muitos brasileiros. Mas que deve ser contada. Alcoólatra por 47 anos de sua vida, ele hoje se orgulha de ter superado o vício e continuar casado com Dona Bernardette. Sóbrio há 16 anos, se arrepende de ter bebido:  Quem não bebe, faz algo da vida. Perdi muito tempo bebendo . Criada somente pelo pai, e após perder quatro irmãos, Dona Rita se considera uma vitoriosa:  Eu venci. Mesmo com todas as dificuldades . Seu filho e seu neto foram atropelados por uma moto. O mais novo, ficou três anos sem andar e sem ir pra escola. Sem poder ter um animal de estimação por regra do condomínio, ela cuida diariamente de mais de 500 bichinhos de pelúcia. Estas seis histórias foram escolhidas dentro de doze pré-selecionadas. Cada uma delas, conta uma história de superação e resiliência dos moradores do condomínio Cidade Madura. A diagramação do livro Cidade madura: a dignidade bate à porta da melhor idade, é bem simples, com detalhes visuais minimalistas e modernos. Assim, acaba por possibilitar um melhor enfoque das fotos e de um equilíbrio entre a parte visual e textual. Cada uma das fotos aparece em página simples ou dupla, sempre alinhadas ao texto. O suporte escolhido foi o impresso, em formato de livro, facilitando a leitura e a visualização das fotografias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Desde o início do projeto, a ideia era conhecer alternativas governamentais de moradia para idosos em situação de baixa renda. Após uma primeira pesquisa, foi vista a existência de projetos no exterior que ofereciam uma maior qualidade de vida à essas pessoas, aliado a um baixo custo de vida. No Brasil, os projetos vistos eram, quase em sua totalidade, caros ou incapazes de devolver dignidade a seus moradores. Ao aprofundar na busca, foi descoberto o Cidade Madura. Foi decidido, então, que o projeto de graduação em Jornalismo seria um livro fotojornalístico em formato de perfis. Focado em fotografias aliadas à textos, o trabalho buscou transmitir a esperança e as histórias de vida dos idosos. Assim, objetivando, também, devolver esta parcela da população aos holofotes de iniciativas de outros governos e mostrar o aspecto social e integrativo do Cidade Madura. Já na Paraíba para a pesquisa de campo, percebeu-se, logo em um primeiro momento, uma recepção calorosa e amigável dos moradores do programa. Toda a coleta de informações foi realizada com total liberdade pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano (SEDH) e pela Secretaria Estadual de Habitação Popular (CEHAP) de João Pessoa. Com todo o material em mãos, isto é, as fotos e entrevistas em profundidade, a produção do trabalho foi realizada com dedicação e emoção. O período compartilhado com as personagens foi enriquecedor para a formação jornalística. Com entrevistas ricas em emoção, alegria e esperança, foi possível aprender muito com as histórias e fatos ouvidos e colocar em prática o desenvolvimento de histórias visuais. Pode-se perceber, ainda, um enorme senso de resiliência em cada um dos moradores do programa. Apesar das dificuldades, desistir não foi uma opção. Por fim, espera-se que este livro possa dar maior visibilidade ao programa Cidade Madura, fazendo com que sirva de exemplo para que outros Estados do Brasil e a sociedade como um todo não esqueçam da população de terceira idade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #008bd2"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ANGUERA, María Teresa. Metodología de la observación en las ciencias humanas. Madrid: Cátedra, 1997.<br><br>BARTHES, Roland. O óbvio e o obtuso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.<br><br>CEHAP. Companhia Estadual de Habitação Popular. Disponível em: <http://www.cehap.pb.gov.br/site/cidade-madura.html>. Acesso em: 25 fev. 2017.<br><br>FLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta: Ensaios para uma Filosofia da Fotografia. Rio de Janeiro, RelumeDumará , 1985..<br><br>IBGE. Em 10 anos cresce número de idosos no Brasil. Portal Brasil, 02 dez. 2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/12/em-10-anos-cresce-numero-de-idosos-no-brasil>. Acesso em: 10 mar. 2017.<br><br>LEAL, Luciana Nunes. População idosa vai triplicar entre 2010 e 205, aponta publicação do IBGE. Estadão Online, 29 ago. 2016. Disponível em: <http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,populacao-idosa-vai-triplicar-entre-2010-e-2050-aponta-publicacao-do-ibge,10000072724>. Acesso em: 22 nov. 2017.<br><br>OLIVEIRA, Erivam Morais de, VICENTINI, Ari. Fotojornalismo: uma viagem entre o analógico e o digital. São Paulo: Cengage Learning, 2009.<br><br>OLIVEIRA, Erivam Morais de, VICENTINI, Ari. Fotojornalismo: uma viagem entre o analógico e o digital. São Paulo: Cengage Learning, 2009.<br><br>SOUSA, Jorge Pedro. Elementos de teoria e pesquisa da comunicação e da mídia. Trindade-SC: Letras Contemporaneas Oficina Editorial, 2003.<br><br> </td></tr></table></body></html>