ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00019</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;(In) Visíveis</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Kétila Maria da Silva (Universidade de Franca); Maria Júlia Tazinaffo Blanco (Universidade de Franca); Ana Flávia Teixeira da Silva (Universidade de Franca); Andressa Maria Barros Santos (Universidade de Franca); Júlia de Paiva Pereira Lima (Universidade de Franca); Milena Aparecida Fischer Matias (Universidade de Franca); Pedro Medeiros da Costa (Universidade de Franca); José Augusto Nascimento Reis (Universidade de Franca); Igor José Siquieri Savenhago (Universidade de Franca)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Criado por um grupo de alunas do 4° Semestre de Jornalismo da Universidade de Franca (Unifran), no segundo semestre de 2018, com a participação de estudantes dos cursos de Publicidade/Propaganda e Design Gráfico  que faziam disciplinas optativas no Jornalismo  [In]Visíveis é um projeto experimental de comunicação integrada que tem, como objetivo principal, abordar a inclusão social de deficientes visuais. Segundo os teóricos americanos Kovach e Rosenstiel (2003), no livro ''Os elementos do jornalismo: o que os jornalistas devem saber e o público exigir'', a primeira lealdade do jornalista deve ser como cidadão. Sendo assim, cabe ao profissional preocupar-se com as práticas sociais que favorecem a cidadania. A inclusão é uma delas. Nesse contexto, o Jornalismo deve se colocar como porta-voz das minorias sociais, geralmente afastadas dos processos inclusivos. As Nações Unidas no Brasil, em sua agenda de desenvolvimento pós-2015, lembram que o respeito pleno aos direitos humanos e a inclusão social de pessoas com deficiência são condições fundamentais para o desenvolvimento de um país e o exercício da cidadania. Em relatório publicado em dezembro em 2018, destacam, ainda, a importância de promover sociedades mais inclusivas e que gozem de acessibilidade, já que os deficientes estariam em desvantagem em relação à maioria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Conforme o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% da população nacional. Do total de deficientes, 18,6% (mais de 8 milhões) correspondem aos deficientes visuais, que se caracterizam pela perda, total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão, sendo: 1) Cegueira  Perda total da visão ou pouca capacidade de enxergar. Leva à necessidade do uso do sistema Braille para leitura e escrita. 2) Baixa visão ou visão subnormal  Sequela do funcionamento visual inadequado. Pessoas com esse grau de deficiência conseguem ler textos impressos ampliados ou com recursos ópticos especiais. A lei brasileira no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,  estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.'' Romeu Sassaki, autor de "Inclusão, construindo uma sociedade para todos" e "Inclusão no lazer , afirma que, para a construção de uma sociedade inclusiva, é necessário que ela se adapte ao indivíduo e o não o contrário. Portanto, ela deve estar aberta à diversidade. Segundo Sassaki, uma das principais barreiras que contribuem para a exclusão é, justamente, a comunicacional. Nesse cenário, é indevido tratar sobre algo relacionado à deficiência se a própria estrutura e a linguagem não tornam acessível a compreensão do conteúdo. Dito isso, é notória a importância de trabalhar com a inclusão social de deficientes visuais. Para isso, foi criado este projeto experimental, com o objetivo de apresentar reportagens que buscam não só informar, mas inspirar quem vive as dificuldades impostas pela deficiência visual e, ainda, todos os que se envolvem na luta por melhore condições de vida e respeito às minorias. O projeto foi fragmentado em três produtos: uma revista em PDF, uma versão em Braille para a mesma revista e um podcast. Dessa forma, pretende-se permitir o acesso à produção de diferentes formas. A versão em PDF pode ser acessada por meio de softwares leitores para deficientes visuais já disponíveis no mercado. A versão em Braille permite a leitura por quem não tem acesso a esses softwares. E, finalmente, o podcast visa atingir quem prefere a linguagem radiofônica. Tanto o PDF quanto o podcast se destinam, também, a pessoas que não têm deficiência, mas se envolvem com a causa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto, interdisciplinar, foi desenvolvido, de forma concomitante, em duas disciplinas no segundo semestre de 2018: Jornalismo Impresso e Radiojornalismo, sob responsabilidade, respectivamente, dos professores José Augusto Nascimento Reis e Igor Savenhago. Uma das propostas foi aproveitar a presença de alunos advindos da Publicidade/Propaganda e do Design, que cursavam disciplinas optativas no Jornalismo, para pensar em projetos de forma integrada. A sala foi dividida em grupos, que mesclavam alunos de Jornalismo com os dos outros cursos. Os professores orientaram para que os projetos contivessem, pelo menos, um produto impresso e um relacionado ao rádio. No caso específico deste grupo, desde o início, a intenção foi trabalhar com acessibilidade. Foi, então, que uma das alunas, Kétila Maria, sugeriu uma revista para deficientes visuais, em Braille, que tivesse uma versão radiofônica. Nesse ponto, está uma diferença para outros projetos de comunicação integrada, que focam, geralmente, em apresentar soluções em comunicação para empresas e instituições. Nosso cliente não é uma organização, mas uma causa  a deficiência visual. A partir desse aspecto, pensou-se em gerar produtos que possam, futuramente, ser oferecidos a entidades assistenciais que trabalham com pessoas com deficiência visual e que sirvam como suportes para estratégias de comunicação direcionadas aos seus próprios públicos ou outras pessoas que se interessem pelo assunto. A sugestão de Kétila garantiria não só uma originalidade aos produtos como, também, asseguraria a inserção do projeto nas diretrizes de leis nacionais sobre o tema e dentro dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Nações Unidas, apresentando, de quebra, uma proposta de acessibilidade comunicacional, um dos gargalos do processo de inclusão de pessoas com deficiência visual. Inicialmente, o grupo havia planejado, apenas, a revista em Braille e o podcast. Em conversas com os professores, no entanto, eles sugeriram, também, a versão em PDF, para permitir o acesso de pessoas sem deficiência, de forma que elas pudessem conhecer melhor o universo das deficiências visuais, e também dos próprios deficientes, por meio de softwares leitores em PDF, já que nem todos têm acesso à leitura em Braille. O nome escolhido para o projeto, [In]Visíveis, faz referência tanto à condição das pessoas com deficiência visual na sociedade contemporânea, vítimas, muitas vezes de preconceitos que as impedem de ter acesso à cidadania, ou seja, de uma invisibilidade social, e, ao mesmo tempo, abre possibilidades para a reversão desse cenário por meio do papel da comunicação, especificamente do Jornalismo, que pode contribuir, por meio de reportagens, para trazer o tema à tona, tornando-o, portanto, visível. Na visão de Victor Gentilli (2002), no livro  O conceito de cidadania, origens histórias e bases conceituais: os vínculos com a comunicação , o direito à informação pode ser sintetizado como  o direito àquelas informações necessárias e imprescindíveis para a vida numa sociedade de massas, aí incluindo o exercício pleno do conjunto de direitos civis, políticos e sociais. A primeira versão da diagramação da revista em PDF foi feita pelos alunos do curso de Design Yhan Germano e Sabrina Dias. Posteriormente, ela foi aprimorada por Pedro Medeiros Costa, do curso de Publicidade e Propaganda. Já a versão em Braille não chegou a ser impressa. Isso deverá acontecer caso o projeto tenha continuidade e seja adotado por alguma entidade. Ou, então, que o grupo consiga recursos financeiros para isso. Por ora, algumas reportagens foram traduzidas pela gráfica especializada Touchgraf, de São Paulo-SP, para que seja possível ter uma ideia de como elas ficariam dispostas nas páginas da revista impressa. O podcast, por sua vez, foi gravado em estúdio caseiro, na residência de Kétila, em Franca, e editado pela aluna líder como a colaboração das outras estudantes de Jornalismo participantes do projeto. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considerando que o jornalismo deve ser porta-voz das minorias, a escolha do tema partiu da necessidade de trabalhar as deficiências visuais sob dois aspectos principais: inclusão e inovação. Inclusão ao cobrar que a sociedade se adapte às necessidades dos deficientes. Inovação ao sugerir modelos comunicacionais que a inclusão seja discutida e refletida. Para isso, a revista está dividida em três editorias. 1. [In]clusos  Constituída por um giro de notícias breves sobre o que tem sido feito por empresas e instituições de ensino para incluir os deficientes visuais nas manifestações culturais, na tecnologia, nas questões de acessibilidades, entre outras vertentes. O nome faz referência, justamente, à atitude de promover a inclusão. 2. [Sim]patia  Editoria traz histórias de profissionais, filantrópicos ou não, que se dedicam à causa dos deficientes visuais, seja por meio da educação, da cultura, da saúde, entre outros setores profissionais e da vida cotidiana. São profissionais que disseram  sim à empatia . O nome traz a palavra Sim em destaque, indicando ações afirmativas. 3. Sobre[viventes] - Nesta editoria, são relatadas histórias de pessoas com deficiência visual que venceram as dificuldades impostas para que pudessem alcançar a realização de seus sonhos. O nome brinca com os termos  Sobreviventes e  Sobre viventes , apontando que os deficientes visuais podem deixar de ser vistos apenas como pessoas que lutam pela sobrevivência numa sociedade excludente e passem, realmente, de forma efetiva, a participar da vida em sociedade. Na capa da versão em PDF, observa-se uma relação do título,  Mãos que iluminam , com a foto que o ilustra e com os objetivos do projeto. Na foto, sai uma luz das mãos da pessoa que cobre os olhos da outra. Dessa forma, a imagem coloca o leitor diante de dois caminhos: contribuir para continuar tapando os olhos dos deficientes, no sentido de negar-lhes a cidadania, ou levar a mão aos olhos deles para oferecer luz  é esse segundo aspecto que está destacado por meio do subtítulo. Isso conversa com todas as editorias da revista, que apresentam pessoas, empresas ou instituições dedicadas a levar luz a quem não enxerga ou exemplos entre as próprias pessoas com deficiência que incentivam outras a enfrentar as dificuldades impostas pelas limitações visuais. Na parte inferior direita da capa, aparece o símbolo do projeto, uma mão com um olho, que se faz presente, também, em páginas internas da revista, em referência à forma como os deficientes visuais leem os mundos  como se seus olhos estivessem nas mãos, uma alusão ao tato e à leitura em Braille. Sobre as cores usadas no projeto gráfico da revista, elas foram pensadas para trabalhar o contraponto entre claro e escuro. São duas extremidades escuras  as páginas iniciais da revista e finais - e, no meio, é utilizado o fundo branco e tonalidades de cores diferentes, o que remete à transformação que a inclusão social propõe: pessoas que, antes, estavam no escuro, sem acesso à participação cidadã, podem ganhar luz caso haja uma preocupação, inclusive da imprensa, de discutir amplamente o assunto com a sociedade. Já o podcast, feito como um piloto  com a continuidade do projeto, outros seriam feitos, em periodicidade a ser definida  , tem pouco mais de 14 minutos de duração e apresenta, em linguagem adaptada para o rádio, informações que aparecem nas três editorias da revista. Editado de maneira dinâmica, visa favorecer uma aproximação dos locutores com os ouvintes. A finalização recebe ainda, como toque especial, trilha de Ray Charles, músico também deficiente visual. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>