ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00025</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Sobre Nós</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;isabella santos souza (Universidade de Franca); Marcella Aparecida Dal Sasso (Universidade de Franca); José Augusto Nascimento Reis (Universidade de Franca); Igor José Siquieri Savenhago (Universidade de Franca)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Sobre Nós é um projeto experimental multimídia sobre adoção desenvolvido em 2018 como trabalho de conclusão de curso pelas estudantes Isabella Santos, Marcella Dal Sasso, Jéssica Gonçalves e Lais Campos, do Curso de Jornalismo da Universidade de Franca (Unifran). É composto por um vídeo-documentário e por uma série de ações de assessoria de imprensa. Um dos principais objetivos do projeto é provocar para as dificuldades enfrentadas, na busca por um novo lar, por crianças e adolescentes que foram abandonados por suas famílias biológicas ou sofreram outros tipos de maus-tratos e aguardam a adoção em abrigos. O foco são aqueles com deficiências ou doenças crônicas, negras, pardas, amarelas e indígenas, com irmãos e com idades mais avançadas  que, nesse último caso, configuram as chamadas adoções tardias. Enfim, situações que fujam do estereótipo  bebê branco sem irmãos e nenhuma deficiência ou outro problema de saúde , procurado pela maioria dos adotantes no Brasil. O tema surgiu a partir de informações encontradas pelo grupo de estudantes no segundo semestre de 2017, quando o Projeto Experimental começou a ser discutido por meio de um pré-projeto. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), existiam, na época, cerca de 4.800 crianças e adolescentes disponíveis para adoção no Brasil e quase 42 mil na fila para adotar  o cadastro é atualizado frequentemente e, por isso, os números podem variar dependendo do período considerado. Surgiram, então, questionamentos. Entre eles: se há muito mais gente para adotar do que para ser adotada, por que a fila não zera? Quais os entraves para que haja o encontro entre esses dois lados? Outro ponto que chamou a atenção foi que cerca de 70% dos disponíveis para adoção são negros ou pardos; que quase 65% têm irmãos também aguardando adoção  e que o Judiciário recomenda que não se separem; que mais de 80% têm mais de quatro anos de idade; que cerca de 50% dos pretendentes não aceitam crianças de qualquer raça ou etnia; que mais de 90% desses priorizam as brancas e 70% não querem grupos de irmãos. Esses dados contribuíram, de forma significativa, para a definição do tema a ser trabalhado, já que as estudantes viram, nesses desencontros, uma oportunidade para abrir, também, um debate sobre preconceitos. Começou, então, um levantamento bibliográfico, que ampliou a discussão sobre a problemática de pesquisa e embasou a escolha dos produtos a serem desenvolvidos para dar evidências ao tema: um vídeo-documentário e uma assessoria de imprensa. O primeiro daria visibilidade aos entraves que dificultam a adoção. O outro, ao próprio processo de elaboração do vídeo. Nasceu, nesse contexto, a Arca Comunicação, com o intuito de promover eventos e alimentar, nas redes sociais, conversas que permitissem ultrapassar as fronteiras da universidade e que o assunto chegasse à imprensa francana e de municípios do entorno, virando reportagens. Questões sociais, jurídicas e afetivas que deveriam facilitar o acolhimento de quem espera pela adoção acabam sendo motivo de distância entre crianças e pretendentes. Essa discussão ganhou corpo principalmente nas últimas três décadas, com a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente  ECA, aprovado em 1990. Mais tarde, seu artigo 47, por exemplo, que foi inserido no estatuto em 2009, trouxe o seguinte texto:  Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica . Iniciou-se, a partir daí, um período de lutas e reflexões mais intensas sobre a vida de crianças e adolescentes que aguardam uma família em todo o Brasil. Esse projeto tem relação com esses esforços, na medida em que contribuir para aumentar o conhecimento sobre o problema pode instigar que o preconceito se transforme em aceitação e, quem sabe, acolhimento. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considera-se, então, como ponto de partida para o levantamento de dados que embasou o desenvolvimento do vídeo-documentário e das ações da assessoria justamente o Cadastro Nacional de Adoção (CNA). A partir da compreensão sobre o contexto da adoção de crianças e adolescentes no Brasil, as estudantes partiram para a busca de outras referências, em livros e artigos científicos, sobre adoção, adoção tardia, o papel da Comunicação e, especificamente, do Jornalismo nas discussões acerca do assunto, vídeo-documentário e assessoria de imprensa. Foram observadas, também, reportagens em diversos veículos jornalísticos sobre questões envolvendo o processo de adoção e outros vídeos-documentários, que ajudaram a pensar o argumento e o formato do que seria produzido pela Arca Comunicação. Para justificar a escolha do documentário como um dos produtos a serem desenvolvidos, foram levados em conta estudos de Eduardo Coutinho (1998), Zandonade e Fagundes (2003), Amir Labaki (2006) e Nichols (2012). Zandonade e Fagundes, por exemplo, apresentam uma abordagem mais histórica, demonstrando como o documentário já se mostrou suficientemente potente para influenciar uma sociedade. Segundo os autores, a modalidade, no Brasil, foi um dos importantes mecanismos de divulgação de ideias revolucionárias que permearam a sociedade durante o período militar (1964-85). Já Coutinho, Labaki e Nichols, em pegadas mais conceituais e técnicas, afirmam que o documentário, pelos seus elementos, como a imagem em movimento, ajuda a despertar para uma análise sobre sua capacidade de diálogo com o espectador.  A improvisação, a casualidade, a relação amigável, às vezes conflitiva, entre os conversadores dispostos, em tese, nos dois lados da câmera  é esse o alimento essencial do documentário que tento fazer , afirma Coutinho. Labaki, nessa perspectiva, entende que a modalidade de vídeo-documentário causa, no público, a impressão de que é mais difícil maquiar o assunto abordado. Isso acontece, para Nichols, por causa da força da sua voz.  A voz do documentário é a maneira especial de expressar um argumento ou uma perspectiva . Tomando como base essa força no diálogo, o vídeo-documentário foi escolhido por permitir circular, na voz dele, vozes dos envolvidos em várias vertentes do tema adoção, a partir da noção de um jornalismo cidadão, plural e preocupado com o interesse público. Uma das características desse processo é fazer com que a informação ganhe visibilidade, chegando ao maior número possível de pessoas. No caso do projeto Sobre Nós, pensou-se que esse papel poderia ser exercido por uma assessoria de imprensa, que ficaria encarregada de fazer a divulgação das próprias etapas do trabalho e de seus bastidores, por meios de redes sociais, e de contatar veículos de comunicação locais/regionais, para que o tema viesse à tona também por meio deles. O intuito, dessa forma, foi aproximar a sociedade do cenário da adoção no país, contribuindo para romper barreiras que a impedem de falar e de tomar partido para o objeto em questão. Para isso, as estudantes consideraram, entre outras, a definição de assessoria de imprensa da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que aponta ser um serviço prestado a instituições públicas e privadas,  que se concentra no envio frequente de informações jornalísticas dessas organizações para os veículos de comunicação em geral , objetivando, com isso, adquirir visibilidade pública. Já o uso de redes sociais se baseou em escritos como o de Suzana Barbosa (2007), que, na obra  Jornalismo digital de terceira geração , afirma que elas facilitam a interação com o interlocutor, de forma que sua participação possa ser mais efetiva e que haja abertura para diversas linguagens, em vídeos, fotos, textos escritos, entre outros. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após o desenvolvimento do pré-projeto, no segundo semestre de 2017, a execução dos produtos teve início em fevereiro de 2018. Os primeiros passos foram a criação de logotipos para a Arca Comunicação e para o Sobre Nós. O nome escolhido para a assessoria remete à figura bíblica de Noé, que criou um  abrigo para animais, em alusão ao acolhimento representado pelo processo de adoção. Já o logo traz as letras que compõem a palavra atravessadas por um risco azul, que remete a água e tem um formato que lembra o casco de uma arca, como representação da união entre duas pontas  adotantes e adotados  favorecida por uma adoção. Já o nome Sobre Nós abre uma polissemia para a palavra  nós . Primeiro, no sentido de união. Depois, como  entraves , dificuldades para que a adoção aconteça. Falar  sobre nós seria uma forma de falar, ao mesmo tempo, sobre a formação de novas famílias e sobre fatores, sociais, jurídicos e afetivos, que atravancam essa formação. Com essas definições, enquanto a página do projeto era colocada no ar no Facebook e, mais tarde, no Instagram  páginas essas que continuam em funcionamento  , as estudantes levantavam fontes para o roteiro de captação, que definiu os entrevistados, as etapas de trabalho e o cronograma para que o vídeo documentário-estivesse pronto até novembro, mês de apresentação para banca. As captações de imagens e entrevistas foram feitas de março a junho, com decupagem em julho e agosto, edição e finalização de setembro a novembro  essas duas últimas etapas foram feitas com a colaboração do técnico de vídeo Rafael Cavalcanti. O documentário, que tem duração de pouco mais de 26 minutos e foi dividido em três partes principais  Nós Sociais, Nós Jurídicos e Nós Afetivos  , teve uma música composta especialmente para ele. Com letra de Marcella Dal Sasso, uma das estudantes do grupo, melodia, voz e violão do músico francano Eduardo Gibeli, a canção aponta, de ponto de vista de uma criança, a necessidade de desatar os  nós que travam a adoção. Como ações de assessoria, ficou definido, inicialmente, que a divulgação do projeto seria feita pelo Facebook  por causa do alcance dessa rede social, que tem 400 milhões de perfis em todo mundo -, estendendo-se, posteriormente, para o Instagram. A Arca fixou o número mínimo de três postagens por semana. Durante mais de 30 quartas-feiras, foi publicado o Quiz da Adoção, pelo qual a assessoria buscou responder a algumas das perguntas mais feitas no Google sobre o assunto. Vídeos de animação também ajudaram a esclarecer questionamentos. Já às sextas, de 7 de setembro a 19 de outubro, foi criada uma série, a Sessão Sobre Nós, com dicas de livros e filmes. Histórias de famílias que adotaram, conforme eram recebidas pelas páginas do projeto, passavam por seleção e viravam posts. A Arca também promoveu e participou de eventos. O primeiro, uma realização da assessoria, foi a Roda de Conversa sobre Adoção no Brasil, no dia 22 de maio. Cerca de 350 pessoas, entre estudantes de Comunicação, de outros cursos e profissionais do Jornalismo, da Pedagogia, do Direito, da Psicologia, entre outras áreas, compareceram. Cinco convidados compuseram a mesa principal e explanaram, durante vinte minutos cada, suas impressões sobre o tema. Na sequência, a plateia participou com perguntas. Para divulgar o evento, a assessoria conseguiu espaço para entrevistas na Rádio Vida Nova de Franca e na TV Educadora da vizinha Batatais. Outros eventos foram o apoio à Jornada de Jornalismo da Unifran, em setembro, e participação na Feira de Profissões da universidade, no mesmo mês  ocasião em que foi promovida uma dinâmica com bexigas brancas e pretas, que representavam, respectivamente, crianças mais e menos procuradas por interessados em adotar e chamavam a atenção para a longa espera enfrentada nos abrigos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>