ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00038</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Crisálida - Fotografia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Otávio Penteado Mandrá (Universidade Metodista de Piracicaba); Felipe Eduardo Amaral (Universidade Metodista de Piracicaba); Gabriela Torres de Oliveira Melo (Universidade Metodista de Piracicaba); Bruno Jareta de Oliveira (Universidade Metodista de Piracicaba)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">"Crisálida" é um curta-metragem que conta a história da família de Otin, um menino de 7 anos, que após a morte da mãe, tem que se adaptar a uma vida com o pai e a avó. O que ninguém sabe é que Otin está começando a descobrir é que ele acredita que na verdade gostaria de ser menina. Esse trabalho foi realizado como Projeto Experimental - Produção de Cinema para o Curso de Graduação em Cinema e Audiovisual, no ano de 2018. O projeto foi desenvolvido com o objetivo de tratar de um assunto que está cada vez ganhando mais visibilidade, mas que ainda precisa participação no audiovisual, com o propósito de gerar um debate cada vez mais necessário sobre lgbtfobia. O projeto audiovisual "Crisálida" é um curta-metragem ficcional de gênero "drama" que conta a história de uma família composta por pai, filho e avó, após a morte da mãe. Esses três membros vivem em realidades próprias, tendo em comum apenas a casa. A visão de mundo deles é derivada de suas próprias experiências pessoais. O objetivo do curta é mostrar como a relação dessas três gerações se dá após a perda de um ente família que era o elo entre eles, além de como eles tratam da descoberta da transsexualidade do Otin, que aos 7 anos de idade começa a sentir que não quer ser um menino. Torna-se cada vez mais comum notícias que relatam casos como esse, o que não significa que os casos tenham aumenta, mas apenas estão se tornando menos tabu e estão sendo discutidas com um pouco mais de liberdade. Enquanto as "fake news" se espalham querendo culpar essa discussão como a causadora desse "males", é de extrema importância notar que quando assuntos não são discutidos, eles se tornam invisíveis, assim como inúmeras pessoas que estão passando por tais "problemas". Segundo pesquisa realizada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais, em 2017, foram contabilizados 179 assassinatos, o que significa que, a cada 48 horas, uma pessoa trans é assassinada no Brasil , essa situação nos 2 mantém no posto de país onde mais pessoas trans são assassinadas no mundo. É preciso que isso mude e o primeiro passo é reconhecer as vítimas dessa violência como pessoais, lhes assegurando todos os direitos que são estendidos a todos, sem distinção e preconceito. Independentemente da leitura que é feita sobre o filme, a história de Otin é feita para se reconhecer que o direito de uma pessoa ser quem ela quiser não pode ser negado, pois isso resulta em sofrimento, adoecimento e exclusão da sociedade. Almejamos com esse projeto que a discussão seja expandida. A história retrata como esse tema se desdobra em esferas privadas, do indivíduo e da família, como em sociais, como na escola. Um dos casos de maior repercussão recentemente foi da adolescente, Lara, de 13 anos, que teve sua matrícula não efetuada na escola onde estudou nos anos anteriores em Fortaleza, capital do Ceará. Segundo a mãe da adolescente, a escola recomendou que ela procurasse outra escola para cursar o ensino fundamental em 2018. Apesar do fato ter ganho espaço nas redes sociais, em apoio a adolescente, ela mesmo relata que no ano anterior já tinha alguns direitos cerceados, como de utilizar o banheiro feminino ou de ter seu nome social utilizado - algo garantido por lei - uma vez que a escola continuava utilizando seu nome civil, masculino, em documentos da aluna. Casos como o de Lara continuam a acontecer por todo o país e acontecem há muito tempo, mas como torna-se uma questão delicada, há de se imaginar quantas famílias permanecem silenciadas pela vergonha e medo. Enquanto "Crisálida" fala sobre o caso da transsexualidade, ele também é uma abertura para discussão sobre qualquer minoria social é que marginalizada no Brasil, seja por etnia, gênero, classe social ou orientação social.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O curta-metragem retrata a realidade de um tema que tem estado em voga nos últimos anos, com diversas notícias e relatos compartilhados pela Internet, destacando uma realidade que ainda tem pouca visibilidade: crianças trans. Sendo assim, fez-se necessário trabalhar esse assunto por meio de produtos audiovisuais, para que o público tenha contato com a realidade desse tema tão importante em um momento de tantos relatos de discriminações e preconceitos. A história mostra como as famílias convencionais (formadas pelo núcleo pai-mãe-filha(o), cis-gênero) não são as únicas existentes na atualidade e como essas mudanças na sociedade requerem a mudanças dos paradigmas do significado da família. Trata-se de um tema atual, com potencial de atração de público de todas as faixas etárias e classes sociais. Esse tema ainda não ocupa grande espaço nas produções audiovisuais brasileiras e pelo seu ineditismo pode receber destaque durante sua divulgação. Pretendemos que esse curta-metragem gere um debate que eventualmente torne nossa sociedade menos preconceituosa e mais tolerante com a diversidade. Inicialmente o curta-metragem tinha "Otin" como título provisório, porém optou-se por utilizar um título que falasse mais sobre toda a experiência vivida pelos personagens Otin/Pai/Avó. Crisálida trata-se da fase de transição da lagarta para a borboleta. Nesta fase a lagarta passa por um período de vulnerabilidade, pois ela é incapaz de se mover, ficando a mercê do destino, contando apenas com seu casulo como forma de proteção. Se por um lado o inseto está na sua fase mais dura, dentro do casulo o inseto se encontra frágil e indefeso. Porém, se ela conseguir sobreviver, o inseto sairá mais apto para se proteger e principalmente transformado. Isso funciona muito bem como uma analogia para o que os personagens do curta-metragem estão passando: um processo de transformação, mostrando-se fortes por fora, mas fragilizados por dentro com a morte da mãe/esposa/filha. Todos precisam passar por essa transformação. O projeto foi idealizado em 2017 durante o curso de "Como Escrever Roteiro Audiovisual para Crianças", realizado no Centro Cultural B_arco, ministrado pela roteirista Gabriella Mancini. Durante o curso foram levantados aspectos importantes para a escrita para esse público específico. Daí surgiu a ideia de criar um curta-metragem que trata-se de um tema sensível, mas que pudesse ser assistido por todos os públicos. Com a divulgação de notícias e números cada vez mais alarmantes sobre lgbtfobia, logo foi pensado que esse poderia ser o tema do curta-metragem, tão logo ficamos sabendo de um caso de uma criança trans que teve sua matrícula impedida por uma escola pública e o caso foi abafado por autoridades competentes. Isso serviu como reforço de que esse tema era fundamental. Foi realizada a etapa de pré-produção onde foram feitas as pesquisas de locações, assim como o casting dos atores, decupagem das cenas e escolha dos equipamentos que seriam utilizados, além do orçamento do projeto. As gravações ocorreram em agosto de 2018, com a pós-produção sendo iniciada no começo de setembro do mesmo ano com a montagem e edição, resultando no primeiro corte do curta-metragem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A fotografia do curta foi pensada com um objetivo de trazer contraste entre os personagens, que mesmo vivendo na mesma casa, cada um permanece em seu próprio espaço. Os planos utilizados são mais fechados, quando os personagens estiverem em situações que dividem o mesmo espaço, pois mostra como a vivência dos mesmos, debaixo do mesmo tempo é claustrofóbica, pois cada um deles está sozinho, sem compartilhar nada que os ligue além dos laços de sangue. Portanto, quando eles estão juntos, eles não se sentem eles mesmos e abnegam quem eles são. Até mesmo em cenas onde os três protagonistas aparecem ao mesmo tempo, os planos fechados estarão presentes para reforçar o sentimento de claustrofobia. Porém, quando eles estão, cada um "no seu canto", os planos são mais abertos, demonstrando a distância entre eles, principalmente em momentos de interação do pai com Otin sempre tem algo que separa os dois, seja no afastamento ou os dois pequenos no quadro. Para intensificar essa distância dos personagens foi definida uma paleta de cor diferente para cada personagem, baseando-se na personalidade criada para cada membro da família, a fim de ressaltar este afastamento. Para destacar a personalidade apática da Avó, a paleta de cor criada para a personagem foi desenvolvida a partir das cores dos móveis da locação em que seriam gravadas as cenas da casa, fazendo com que ela se mescle com os móveis. Para refletir todos os aspectos da personalidade do Pai, foi atribuído ao personagem apenas quatro cores, azul; branco; cinza e preto. Essas cores representam o caráter conservador e reservado do Pai, assim como o seu luto pela perda da esposa em paralelo com o luto de compreender a nova identidade do filho. Para ilustrar o desconforto de Otin com um corpo com o qual não se identifica, não foi destacado no figurino do personagem nenhuma cor fria ou que passasse o sentimento de melancolia. Otin, assim como qualquer outra criança, é vivaz, curioso, agitado e outras atribuições dadas à palavra "criança". Entretanto, se sente infeliz com o gênero ao qual foi lhe imposto desde de seu nascimento, então para representar essa angústia do personagem a maioria das camisetas usadas pelo personagem são listradas, uma referência a clássica roupa de presidiários/ladrões em programas infantis, simbolizando que o personagem está preso em um corpo que não é o seu. Outra forma para ressaltar a confusão de Otin para com gêneros (masculino e feminino), em todas nas cenas em que o protagonista está no mesmo ambiente que a Diretora e interagindo com a Mãe, elas estão com a cor rosa destacada, representando o entendimento de Otin em relação a imposições de gênero, rosa para meninas e azul para meninos. Como o personagem se vê como menina, aquela cor é encarada como um objetivo a ser alcançado, por esse motivo, no desenho em que ele está vestido como princesa, a cor do vestido é rosa, representando a sua conquista em conseguir ser mulher. Os movimentos de câmera são utilizados para retratar a dinâmica de cada personagem, seja na câmera na mão ao seguir o personagem do pai, que está em uma situação de pressão, como na câmera mais estática ao retratar a indiferença e apatia da avó. Em alguns momentos foi usado uma steadicam para mostrar momentos de tranquilidade. A iluminação foi pensada em passar a sensação do mais real possível, usando luz natural, e dentro da casa uma luz mais amarelada, dando a sensação de casa antiga. O filme foi gravado todo em 4K com uma Sony a7s II e duas lentes Zeiss Compact, 35mm e 50mm. Nas cenas com movimento foi usado um DJI Ronin para estabilizar a câmera e facilitar na gravação do plano sequência. Para iluminação foram usados Leds que davam para mudar a temperatura de 3200K - 5600K, assim facilitando o desenho de luz. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>