INSCRIÇÃO: 00043
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO16
 
TÍTULO: O quarto de Carolina
 
AUTORES: Gabriela Buranelli (UNIVERSIDADE DE FRANCA); Ana Carolina de Castro Batista (Universidade de Franca); Pábolo de Oliveira França (Universidade de Franca); José Augusto Nascimento Reis (Universidade de Franca); Igor José Siquieri Savenhago (Universidade de Franca)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
“O Quarto de Carolina”, produzido como Projeto Experimental para conclusão do curso de Jornalismo em 2018, aborda a vida e obra de Carolina Maria de Jesus, “autora de Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, livro que teve grande repercussão na época em que foi lançado, em 1960, e que dividiu opiniões, pelo fato de que Carolina fugia dos padrões dos escritores do período. ਀䄀 愀甀琀漀爀愀Ⰰ 焀甀攀 攀爀愀 渀攀最爀愀Ⰰ 洀漀爀愀瘀愀 攀洀 甀洀 戀愀爀爀愀挀漀 搀愀 䘀愀瘀攀氀愀 搀漀 䌀愀渀椀渀搀Ⰰ 攀洀 匀漀 倀愀甀氀漀Ⰰ 琀椀渀栀愀 琀爀猀 昀椀氀栀漀猀 攀 挀愀琀愀瘀愀 氀椀砀漀 渀愀猀 爀甀愀猀 瀀愀爀愀 猀漀戀爀攀瘀椀瘀攀爀Ⰰ 昀爀攀焀甀攀渀琀漀甀 瀀漀甀挀漀猀 愀渀漀猀 愀 攀猀挀漀氀愀⸀ 䔀爀愀 愀甀琀漀搀椀搀愀琀愀⸀ 一漀 戀愀猀琀愀猀猀攀 椀猀猀漀Ⰰ 猀攀甀猀 攀猀挀爀椀琀漀猀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀瘀愀洀 搀攀猀瘀椀漀猀 最爀愀洀愀琀椀挀愀猀 攀 搀攀 挀漀渀挀漀爀搀渀挀椀愀Ⰰ 搀漀 瀀漀渀琀漀 搀攀 瘀椀猀琀愀 搀愀 渀漀爀洀愀 挀甀氀琀愀 搀愀 䰀渀最甀愀 倀漀爀琀甀最甀攀猀愀⸀  Carolina escrevia, principalmente, sobre suas insatisfações diante da vida. As anotações eram feitas em cadernos que encontrava no lixo. Mais tarde, esses “diários” do cotidiano viraram livros. Além de “Quarto de Despejo”, vieram “Casa de Alvenaria”, “Diário de Bitita”, “Provérbios”, “Pedaços de Fome” e “Antologia Pessoal”. Ela escreveu, ainda, inúmeros poemas, peças de teatro, além de compor e gravar canções. ਀一愀猀挀椀搀愀 攀洀 匀愀挀爀愀洀攀渀琀漀Ⰰ 椀渀琀攀爀椀漀爀 搀攀 䴀椀渀愀猀 䜀攀爀愀椀猀Ⰰ 瀀愀猀猀漀甀 瀀漀爀 搀椀瘀攀爀猀愀猀 挀椀搀愀搀攀猀 搀漀 匀甀氀 搀攀 䴀椀渀愀猀 攀 搀愀 䄀氀琀愀 䴀漀最椀愀渀愀 倀愀甀氀椀猀琀愀Ⰰ 挀漀洀漀 䘀爀愀渀挀愀⸀ 䄀漀猀 ㌀㐀 愀渀漀猀Ⰰ 挀栀攀最漀甀  䘀愀瘀攀氀愀 搀漀 䌀愀渀椀渀搀⸀ 䄀氀椀Ⰰ 猀攀爀椀愀 攀猀挀爀椀琀漀 甀洀 渀漀瘀漀 挀愀瀀琀甀氀漀⸀ 䄀 瀀攀愀 昀甀渀搀愀洀攀渀琀愀氀 瀀愀爀愀 椀猀猀漀 昀漀椀 漀 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀 䄀甀搀氀椀漀 䐀愀渀琀愀猀⸀ 䄀漀 昀爀攀焀甀攀渀琀愀爀 愀 昀愀瘀攀氀愀 瀀愀爀愀 甀洀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 搀攀猀挀漀戀爀椀甀 䌀愀爀漀氀椀渀愀Ⰰ 漀 焀甀攀 搀愀爀椀愀 椀洀瀀甀氀猀漀  挀愀爀爀攀椀爀愀 氀椀琀攀爀爀椀愀 搀攀氀愀⸀  Ao ter a autora como fio condutor deste Projeto Experimental, decidiu-se trabalhar com o vídeo-documentário porque se entendeu que a peça audiovisual favoreceria dialogar com outros vídeos produzidos sobre a autora, bem como mobilizar uma série de imagens de arquivo, entre entrevistas, trechos de musicais, fotografias e recortes de jornal, conciliando com depoimentos de pessoas que conviveram com a autora ou que propagam sua obra até hoje. ਀倀愀爀愀氀攀氀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 昀漀椀 挀爀椀愀搀愀 甀洀愀 愀猀猀攀猀猀漀爀椀愀 搀攀 椀洀瀀爀攀渀猀愀Ⰰ 愀 퐀渀椀砀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀Ⰰ 焀甀攀 洀愀渀琀攀瘀攀Ⰰ 搀甀爀愀渀琀攀 琀漀搀漀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀Ⰰ 甀洀愀 瀀最椀渀愀 搀愀 瀀爀瀀爀椀愀 愀猀猀攀猀猀漀爀椀愀 渀漀 䘀愀挀攀戀漀漀欀 ⠀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀眀眀眀⸀昀愀挀攀戀漀漀欀⸀挀漀洀⼀愀猀猀攀猀猀漀爀椀愀漀渀椀砀⼀⤀ 攀 甀洀 猀椀琀攀 搀漀 瀀爀漀樀攀琀漀 ⠀栀琀琀瀀㨀⼀⼀漀焀甀愀爀琀漀搀攀挀愀爀漀氀椀渀愀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀⤀Ⰰ 瀀愀爀愀 搀椀瘀甀氀最愀爀 愀猀猀甀渀琀漀猀 爀攀氀愀挀椀漀渀愀搀漀猀 愀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 攀 漀猀 戀愀猀琀椀搀漀爀攀猀 搀愀 瀀爀漀搀甀漀 搀漀 瘀搀攀漀⸀ 䔀猀猀愀猀 瀀最椀渀愀猀 挀漀渀琀椀渀甀愀洀 渀漀 愀爀 攀洀 ㈀ ㄀㤀⸀     Além da contribuição para perpetuar o legado de Carolina, o documentário remonta ao trabalho jornalístico de Audálio Dantas – que havia confirmado participação no projeto, mas faleceu antes que a entrevista fosse realizada –, no intuito de compreender que a profissão, que tem como características o interesse público e a pluralidade de vozes, deve abrir espaço a grupos que, historicamente, foram segregados da participação social cidadã por integrarem minorias sociais à margem da lógica consumista, como os negros favelados, dos quais Carolina fez parte. ਀一攀猀猀攀 挀漀渀琀攀砀琀漀Ⰰ 漀 瀀爀漀樀攀琀漀 瀀攀爀洀椀琀椀甀 昀愀稀攀爀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀 愀 焀甀攀猀琀攀猀 瀀攀爀琀椀渀攀渀琀攀猀 攀 愀琀甀愀椀猀Ⰰ 挀漀洀漀 愀 搀攀 焀甀攀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 䴀愀爀椀愀 搀攀 䨀攀猀甀猀 昀漀椀 甀洀愀 搀愀猀 瀀爀椀洀攀椀爀愀猀 攀猀挀爀椀琀漀爀愀猀 渀攀最爀愀猀 搀漀 瀀愀猀 攀 琀愀洀戀洀 焀甀攀 猀甀愀 漀戀爀愀 搀攀 洀愀椀漀爀 瘀甀氀琀漀Ⰰ ᰀ儠甀愀爀琀漀 搀攀 䐀攀猀瀀攀樀漀ᴀⰠ 挀漀洀瀀攀 氀椀猀琀愀猀 搀攀 氀攀椀琀甀爀愀猀 漀戀爀椀最愀琀爀椀愀猀 搀攀 瘀攀猀琀椀戀甀氀愀爀攀猀Ⰰ 挀漀洀漀 愀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 䔀猀琀愀搀甀愀氀 搀攀 䌀愀洀瀀椀渀愀猀 ⠀唀渀椀挀愀洀瀀⤀ 攀 愀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 䘀攀搀攀爀愀氀 搀漀 刀椀漀 䜀爀愀渀搀攀 搀攀 匀甀氀 ⠀唀䘀刀䜀匀⤀ ጀ†愀氀洀 搀漀 焀甀攀 猀甀愀 漀戀爀愀  愀洀瀀氀愀洀攀渀琀攀 愀氀瘀漀 搀攀 攀猀琀甀搀漀猀 攀洀 甀洀愀 猀爀椀攀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 挀椀攀渀琀昀椀挀愀猀 攀洀 瘀爀椀愀猀 爀攀愀猀 攀 挀椀爀挀甀氀愀 攀洀 瀀攀愀猀 搀攀 琀攀愀琀爀漀Ⰰ 氀椀瘀爀漀猀 攀 漀甀琀爀漀猀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀猀 䈀爀愀猀椀氀 愀昀漀爀愀 攀 渀漀 攀砀琀攀爀椀漀爀⸀  Para nortear a produção do vídeo, foram selecionadas quatro passagens da vida de Carolina: biografia, descoberta por Audálio Dantas, relação com a literatura marginal e o pós-morte, com objetivo de que o público que tiver acesso ao trabalho ajude a ecoar não só a voz da autora, mas a dos marginalizados representados por ela. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䤀一吀刀伀䐀唀윀쌀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀伀 琀攀洀愀 昀漀椀 猀甀最攀爀椀搀漀 瀀漀爀 甀洀愀 搀漀猀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀猀 搀漀 瀀爀漀樀攀琀漀Ⰰ 䜀愀戀爀椀攀氀愀 䈀甀爀愀渀攀氀氀椀Ⰰ 焀甀攀 昀愀稀椀愀 椀渀椀挀椀愀漀 挀椀攀渀琀昀椀挀愀 猀漀戀爀攀 愀 漀戀爀愀 搀攀 䌀愀爀漀氀椀渀愀⸀ 䔀氀愀 氀攀瘀漀甀 愀 椀搀攀椀愀 愀漀猀 漀甀琀爀漀猀 洀攀洀戀爀漀猀 搀漀 最爀甀瀀漀Ⰰ 焀甀攀 愀挀愀琀愀爀愀洀Ⰰ 攀渀琀爀攀 漀甀琀爀漀猀 洀漀琀椀瘀漀猀Ⰰ 瀀漀爀焀甀攀 瀀攀爀洀椀琀椀爀椀愀 搀椀猀挀甀琀椀爀Ⰰ 琀愀洀戀洀Ⰰ 漀 瀀愀瀀攀氀 搀漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀Ⰰ 挀漀洀 戀愀猀攀 渀愀 愀琀甀愀漀 搀攀 䄀甀搀氀椀漀⸀  O levantamento de dados se amparou em livros e artigos, sobre a vida e obra de Carolina e sobre o papel do Jornalismo em questões sociais, além de reportagens e acervos documentais, como fotografias. Pesquisas foram feitas em sites especializados e locais físicos, como o Arquivo Público de Sacramento-MG e o Arquivo Público do Estado de São Paulo. ਀伀 猀攀最甀渀搀漀 瀀愀猀猀漀 昀漀椀 愀 猀攀氀攀漀 搀攀 昀漀渀琀攀猀 攀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀漀 爀漀琀攀椀爀漀 搀攀 挀愀瀀琀愀漀⸀ 嘀椀猀愀瘀愀ⴀ猀攀 焀甀攀 漀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 琀椀瘀攀猀猀攀洀 甀洀愀 爀攀氀愀漀 瀀爀砀椀洀愀 挀漀洀 愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀攀 䌀愀爀漀氀椀渀愀⸀ 䄀 瀀愀爀琀椀爀 搀椀猀猀漀Ⰰ 昀漀爀愀洀 氀椀猀琀愀搀愀猀Ⰰ 挀漀洀漀 昀漀渀琀攀猀 瀀漀琀攀渀挀椀愀椀猀Ⰰ 嘀攀爀愀 䔀甀渀椀挀攀Ⰰ 昀椀氀栀愀 搀愀 愀甀琀漀爀愀㬀 䄀渀搀爀椀愀 刀椀戀攀椀爀漀 攀 圀椀氀猀漀渀 刀愀戀攀氀漀Ⰰ 愀琀漀爀攀猀 焀甀攀 椀渀琀攀爀瀀爀攀琀愀洀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 渀漀 琀攀愀琀爀漀㬀 吀漀洀 䘀愀爀椀愀猀Ⰰ 樀漀爀渀愀氀椀猀琀愀 攀 愀甀琀漀爀 搀攀 氀椀瘀爀漀 猀漀戀爀攀 愀 攀猀挀爀椀琀漀爀愀㬀 䴀愀爀氀椀愀 刀漀搀爀椀最甀攀猀Ⰰ 搀漀挀攀渀琀攀 攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀搀漀爀愀 搀愀 唀渀椀昀爀愀渀㬀 䴀愀爀椀氀攀猀攀 倀愀挀栀攀挀漀Ⰰ 愀爀琀椀猀琀愀 瀀氀猀琀椀挀愀㬀 䄀氀戀攀爀琀漀 䌀栀攀爀挀栀攀Ⰰ 栀椀猀琀漀爀椀愀搀漀爀 攀 猀攀挀爀攀琀爀椀漀 搀愀 䌀甀氀琀甀爀愀 搀攀 匀愀挀爀愀洀攀渀琀漀㬀 䔀氀椀愀渀攀 䜀愀爀挀椀愀Ⰰ 爀攀猀瀀漀渀猀瘀攀氀 瀀攀氀漀 䄀爀焀甀椀瘀漀 倀切戀氀椀挀漀 搀攀 匀愀挀爀愀洀攀渀琀漀㬀 䄀甀搀氀椀漀 䐀愀渀琀愀猀Ⰰ 攀渀琀爀攀 漀甀琀爀漀猀 挀甀樀漀猀 挀漀洀瀀爀漀洀椀猀猀漀猀 瀀攀猀猀漀愀椀猀 渀漀 瀀攀爀洀椀琀椀爀愀洀 焀甀攀 攀猀琀椀瘀攀猀猀攀洀 渀漀 瀀爀漀樀攀琀漀⸀   A captação foi feita em Sacramento, Ribeirão Preto, onde se aproveitou uma visita de Vera Eunice, e Rio de Janeiro, onde estavam Tom Farias e Andréia Ribeiro, que fazia uma peça sobre Carolina. Vídeos sobre outras peças, trechos do documentário alemão “Das Leben in Armut” e de uma entrevista concedida por Audálio Dantas à Ponte Jornalismo em 2016, todos retirados do Youtube, complementam a abordagem. No caso de Audálio, quando a esposa dele, Vanira Kunc, foi contatada, o jornalista passava por um tratamento de câncer. Ela chegou a confirmar a entrevista, mas, pouco depois, o estado de saúde piorou e ele não resistiu. ਀䄀猀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 昀漀爀愀洀 昀攀椀琀愀猀 愀琀 樀甀渀栀漀 搀攀 ㈀ ㄀㠀⸀ 伀 洀愀琀攀爀椀愀氀 戀爀甀琀漀Ⰰ 挀漀洀 焀甀愀琀爀漀 栀漀爀愀猀 猀 搀攀 搀攀瀀漀椀洀攀渀琀漀猀Ⰰ 昀漀椀 搀攀挀甀瀀愀搀漀 愀琀 愀最漀猀琀漀Ⰰ 焀甀愀渀搀漀 昀漀椀 攀氀愀戀漀爀愀搀漀 漀 爀漀琀攀椀爀漀 搀攀 攀搀椀漀 攀 猀攀 椀渀椀挀椀漀甀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 洀漀渀琀愀最攀洀Ⰰ 挀漀渀挀氀甀搀漀 渀漀 昀椀渀愀氀 搀攀 漀甀琀甀戀爀漀⸀ 倀愀爀愀 愀 攀搀椀漀Ⰰ 漀 最爀甀瀀漀 挀漀渀琀漀甀 挀漀洀 愀 挀漀氀愀戀漀爀愀漀 搀攀 甀洀 琀挀渀椀挀漀 搀攀 瘀搀攀漀Ⰰ 刀愀昀愀攀氀 䌀愀瘀愀氀挀愀渀琀椀Ⰰ 昀甀渀挀椀漀渀爀椀漀 搀愀 甀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀⸀ 䄀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀漀 瀀愀爀愀 戀愀渀挀愀 攀砀愀洀椀渀愀搀漀爀愀 昀漀椀 昀攀椀琀愀 渀愀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 焀甀椀渀稀攀渀愀 搀攀 渀漀瘀攀洀戀爀漀⸀  A opção pelo vídeo-documentário mobiliza uma reflexão sobre a capacidade desse tipo de produção como ferramenta do jornalista ao olhar para a realidade. Segundo Fagundes e Zandonade, na obra “O vídeo documentário como instrumento de mobilização social” (2003), “Em toda trajetória histórica do documentário, desde o início do século passado, os assuntos abordados no cinema ou na televisão sempre envolveram a realidade de determinados fatos ou pessoas. Com isso, reforça-se a teoria de que ele pode ser um importante instrumento para o conhecimento real dos acontecimentos, de maneira a compreender os mecanismos de construção daquela realidade. Nesse sentido destaca-se o papel da televisão e do jornalismo, na difusão das informações pertinentes ao desenvolvimento crítico da sociedade, com o vídeo documentário.” ਀伀甀琀爀愀 焀甀攀猀琀漀 挀漀渀猀椀搀攀爀愀搀愀  愀 搀攀 焀甀攀Ⰰ 愀漀 搀椀猀瀀漀渀椀戀椀氀椀稀愀爀 漀 瘀搀攀漀ⴀ搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 渀愀 瀀最椀渀愀 搀愀 愀猀猀攀猀猀漀爀椀愀 渀漀 䘀愀挀攀戀漀漀欀 攀 渀漀 猀椀琀攀 搀漀 瀀爀漀樀攀琀漀Ⰰ 瀀漀搀攀爀椀愀 猀攀 愀洀瀀氀椀愀爀Ⰰ 瀀漀爀 猀攀 琀爀愀琀愀爀 甀洀 瀀爀漀搀甀琀漀 愀甀搀椀漀瘀椀猀甀愀氀Ⰰ 挀漀洀 愀洀瀀氀愀猀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀猀 搀攀 瀀爀漀瀀愀最愀漀Ⰰ 猀甀愀 搀椀瘀甀氀最愀漀 攀洀 爀攀搀攀猀 猀漀挀椀愀椀猀⸀  De acordo com o estudo VideoViewers (https://drive.google.com/file/d/0B7Qk1E0wjv-ASUNsNWJnUEtWNFE/view), publicado pelo Google em 2017, 86% dos brasileiros entrevistados declararam ver vídeos na internet e o que o site mais utilizado para isso é o Youtube. A pesquisa também apontou que 56% passavam mais tempo assistindo a vídeos na web do que em frente à TV. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀伀䈀䨀䔀吀䤀嘀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀伀 瘀搀攀漀ⴀ搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 戀甀猀挀愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀爀Ⰰ 搀攀 洀愀渀攀椀爀愀 搀椀搀琀椀挀愀Ⰰ 攀洀 ㈀㐀 洀椀渀 攀 ㄀㈀ 猀攀最Ⰰ 愀 瘀椀搀愀 攀 漀戀爀愀 搀攀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 攀洀 焀甀愀琀爀漀 瀀愀爀琀攀猀⸀ ㄀⤀ 儀甀攀洀 昀漀椀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 䴀愀爀椀愀 搀攀 䨀攀猀甀猀㬀 ㈀⤀ 䄀 搀攀猀挀漀戀攀爀琀愀 搀愀 愀甀琀漀爀愀 瀀漀爀 䄀甀搀氀椀漀 䐀愀渀琀愀猀㬀 ㌀⤀ 䰀椀琀攀爀愀琀甀爀愀 䴀愀爀最椀渀愀氀Ⰰ 焀甀攀 搀椀猀挀甀琀攀 漀 爀攀挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 搀攀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 挀漀洀漀 攀猀挀爀椀琀漀爀愀㬀 攀 㐀⤀ 倀爀漀搀甀攀猀 瀀猀ⴀ洀漀爀琀攀Ⰰ 猀漀戀爀攀 漀 氀攀最愀搀漀 搀攀椀砀愀搀漀 瀀漀爀 攀氀愀⸀    Mas não é apenas o número de partes que tem relação com o número 4. Outras questões foram determinantes para a escolha, inclusive, do título do documentário, que se refere não só ao cômodo do barraco onde ela escrevia seus diários, mas também guarda relação íntima com o número. 1) Carolina nasceu em 14 de março de 1914; 2) Aos 41 anos, começa a escrever seus primeiros diários; 3) Aos 44, é quando Audálio Dantas a descobre e começa a publicar trechos de seus diários; 4) No barraco, moravam ela e três filhos, quatro pessoas; 5) A autora se refere à favela como o quarto de despejo da sociedade; 5) 2017, ano de início desse Projeto Experimental, marcou os 40 anos de morte da autora; 6) Em 2018, ano do término do projeto, Carolina completaria 104 anos. ਀伀甀琀爀愀猀 爀攀氀愀攀猀 挀漀洀 漀 渀切洀攀爀漀 愀挀漀渀琀攀挀攀爀愀洀 渀漀 搀攀挀漀爀爀攀爀 搀愀猀 最爀愀瘀愀攀猀㨀 愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 挀漀洀 嘀攀爀愀 䔀甀渀椀挀攀 昀漀椀 昀攀椀琀愀 渀甀洀 愀瀀愀爀琀愀洀攀渀琀漀 㠀㐀㬀 愀 愀爀琀椀猀琀愀 瀀氀猀琀椀挀愀 䴀愀爀椀氀攀猀攀 倀愀挀栀攀挀漀 瀀椀渀琀漀甀Ⰰ 搀甀爀愀渀琀攀 愀猀 昀椀氀洀愀最攀渀猀Ⰰ 猀攀甀 焀甀愀爀琀漀 焀甀愀搀爀漀 搀愀 愀甀琀漀爀愀㬀 愀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 瀀愀爀愀 漀 瀀爀漀樀攀琀漀Ⰰ 挀漀洀 圀椀氀猀漀渀 刀愀戀攀氀漀Ⰰ 昀漀椀 渀漀 搀椀愀 搀漀 愀渀椀瘀攀爀猀爀椀漀 搀愀 愀甀琀漀爀愀Ⰰ ㄀㐀 搀攀 洀愀爀漀 搀攀 ㈀ ㄀㠀㬀 攀 漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀 琀攀洀 ㈀㐀 洀椀渀 攀 ㄀㈀ 猀攀最Ⰰ 渀切洀攀爀漀猀 洀切氀琀椀瀀氀漀猀 搀攀 㐀⸀ Para explorar diversas vertentes das produções da autora, alguns recursos foram usados nas transições entre uma parte e outra, como letterings com trechos de livros dela, músicas compostas e gravadas pela escritora; e encenação de uma atriz convidada para representar Carolina escrevendo num caderno, em referência à forma como a escritora fazia suas anotações, e folheando seu primeiro livro. A fonte utilizada no título do documentário busca uma proximidade com a caligrafia de Carolina. E, em um dos trechos iniciais, quando é abordada a fome, os letterings são escritos em amarelo, em alusão à cor pela qual Carolina classifica essa palavra em um de seus livros. ਀伀甀琀爀愀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 昀漀椀 愀戀漀爀搀愀爀 漀 挀漀渀挀攀椀琀漀 搀攀 焀甀攀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 Ⰰ 洀攀猀洀漀 㐀  愀渀漀猀 愀瀀猀 猀甀愀 洀漀爀琀攀Ⰰ 甀洀愀 愀甀琀漀爀愀 攀洀 挀漀渀猀琀爀甀漀Ⰰ 樀 焀甀攀 瘀攀洀 猀攀渀搀漀 搀椀猀挀甀琀椀搀愀 攀 爀攀猀猀椀最渀椀昀椀挀愀搀愀 愀漀 氀漀渀最漀 搀攀 琀漀搀漀 攀猀猀攀 琀攀洀瀀漀⸀ 一漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀Ⰰ 椀猀猀漀 愀瀀愀爀攀挀攀 渀漀 焀甀愀搀爀漀 瀀椀渀琀愀搀漀 瀀漀爀 䴀愀爀椀氀攀猀攀Ⰰ 焀甀攀 瘀愀椀 渀愀猀挀攀渀搀漀Ⰰ 洀愀猀 渀漀 琀攀爀洀椀渀愀Ⰰ 搀攀洀漀渀猀琀爀愀渀搀漀Ⰰ 洀攀琀愀昀漀爀椀挀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 焀甀攀 攀猀猀攀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 挀漀渀猀琀爀甀漀 挀漀渀琀椀渀甀愀 攀洀 挀甀爀猀漀⸀    A pintura e a entrevista com Marilese, bem como as abordagens a Wilson Rabelo e Eliana Garcia foram em Sacramento. Em Ribeirão, além de Vera Eunice, foi ouvido Carlos Alberto Cherche. Em Franca, nas dependências da Unifran, foi entrevistada Marília Rodrigues. E no Rio de Janeiro, além de Andréia Ribeiro e Tom Farias, foi colhido o depoimento de Ramón Botelho, diretor e roteirista. ਀䌀漀渀昀漀爀洀攀 洀攀渀挀椀漀渀愀搀漀Ⰰ 漀 瀀爀漀樀攀琀漀 昀漀椀 愀猀猀攀猀猀漀爀愀搀漀 瀀攀氀愀 퐀渀椀砀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀Ⰰ 挀爀椀愀搀愀 瀀愀爀愀 昀愀稀攀爀 甀洀愀 搀椀瘀甀氀最愀漀 瀀漀爀 挀漀渀琀愀 瀀爀瀀爀椀愀 攀Ⰰ 愀椀渀搀愀Ⰰ 瀀愀爀愀 攀猀琀愀戀攀氀攀挀攀爀 挀漀渀琀愀琀漀猀 挀漀洀 瘀攀挀甀氀漀猀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀 搀攀 䘀爀愀渀挀愀 攀 爀攀最椀漀⸀ 伀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀 昀漀爀愀洀 愀瀀愀爀椀攀猀 攀洀 樀漀爀渀愀椀猀Ⰰ 猀椀琀攀猀 攀 琀攀氀攀瘀椀猀漀Ⰰ 挀漀洀漀 甀洀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 昀攀椀琀愀 瀀攀氀愀 䔀倀吀嘀Ⰰ 愀昀椀氀椀愀搀愀 䜀氀漀戀漀Ⰰ 渀愀 瀀漀挀愀 搀愀 洀漀爀琀攀 搀愀 瘀攀爀攀愀搀漀爀愀 䴀愀爀椀攀氀氀攀 䘀爀愀渀挀漀Ⰰ 搀漀 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀Ⰰ 焀甀攀 栀愀瘀椀愀 挀椀琀愀搀漀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 攀洀 甀洀愀 爀攀甀渀椀漀 瀀漀甀挀漀 愀渀琀攀猀 搀漀 挀爀椀洀攀⸀ 一愀 漀挀愀猀椀漀Ⰰ 䜀愀戀爀椀攀氀愀 䈀甀爀愀渀攀氀氀椀 搀攀甀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀  攀洀椀猀猀漀爀愀⸀ 䄀攀猀 攀洀 攀猀挀漀氀愀猀 攀 昀攀椀爀愀猀Ⰰ 瀀愀爀愀 搀椀瘀甀氀最愀爀 愀 漀戀爀愀 搀攀 䌀愀爀漀氀椀渀愀 攀 漀 瀀爀漀樀攀琀漀Ⰰ 琀愀洀戀洀 昀漀爀愀洀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀⸀  O nome Ônix visa representar Carolina como uma pedra preciosa – encontrada na natureza, em sua maior parte, na cor preta – que foi sendo lapidada, a partir do momento em que conheceu Audálio e teve a oportunidade de publicar livros. Outro critério para a escolha foi que o nome é formado por quatro letras. As cores do logotipo, amarelo e preto, remetem à fome, na visão de Carolina, e ao povo negro e pobre, defendido pela autora. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀