ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00092</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Resistência: Substantivo Feminino  Processo de produção de radiodrama baseado no livro Mulheres que foram à luta armada</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Stéfani de Oliveira Campos (Universidade do Sagrado Coração); Daniela Pereira Bochembuzo (Universidade do Sagrado Coração); Giovanni Pacheco Witzler (Universidade do Sagrado Coração); Isabela Martins Lopes Castilho (Universidade do Sagrado Coração); Leonardo Ragazzi Colombo (Universidade do Sagrado Coração); Thaís Ferreira Pereira (Universidade do Sagrado Coração); Vitória Fogolin Vieira (Universidade do Sagrado Coração)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O radiodrama  Resistência: substantivo feminino foi baseado no livro  Mulheres que Foram à Luta Armada , de Luiz Maklouf Carvalho (Editora Globo, 1998). A obra traz relatos de mulheres vítimas e sobreviventes de violência e torturas durante a ditadura militar no Brasil, indicando emoções e sensações resultantes da violência física e psicológica por elas sofridas e o impacto da tortura em suas vidas. O contexto de Estado de Exceção por elas vivenciado durou de 1964 a 1985, quando se encerrou a ditadura militar no Brasil. Durante o período de 21 anos, o país foi controlado e administrado por um sistema autoritário, que suprimiu liberdades civis, reduziu o papel do Judiciário e do Legislativo e resultou na centralização de todas as decisões na figura do mandatário do Executivo Federal. Ao longo desse período, nenhuma manifestação contra o governo militar passou a ser tolerada, causando várias prisões, processos e extradições, amparadas em atos institucionais e legislações que promoviam a censura e a condenação de pessoas e empresas em geral, como aponta Tié Lenzi, em artigo disponível no site Toda a Política (2018). Nessa época, era recorrente a busca por grupos que se opunham ao golpe e à ditadura militar. As pessoas identificadas como membros desses grupos eram presas, exiladas e, em muitos casos, sofriam tortura. Muitos filhos de presos políticos foram destinados à adoção e mulheres, violadas, perseguidas e submetidas a sessões de torturas constrangedoras e perigosas, a fim de que delatassem informações de estratégias de militantes e opositores ao governo. Por compreender atos que violam os direitos humanos e civis, tais violências não podem ser esquecidas. No dia 1° de abril de 2019, registrou-se 55 anos do golpe militar de 1964. A despeito de mais de meio século ter se passado, até os dias atuais, ainda vêm à tona relatos desconhecidos sobre ataques e perseguições sofridos por inúmeras pessoas nesta época. Entre esses registros, torturas físicas e psicológicas eram frequentes como práticas realizadas por grupos de militares junto a opositores do regime ou pessoas identificadas como tal. Por essa razão, no dia 18 de novembro de 2011, foi criada a Comissão Nacional da Verdade, pela ex-presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de investigar crimes e grandes violações dos direitos humanos causadas por agentes públicos entre 1946 e 1988. Em seu relatório final, em dezembro de 2014, a CNV declarou que as práticas de violência sexual, ilegalidades, torturas, desaparecimentos, ocultação de cadáveres e execuções de pessoas como sindicalistas, ativistas políticos e famílias de líderes de grupos esquerdistas e/ou antigoverno. A despeito de tais constatações, até os dias atuais muito se é discutido sobre os acontecimentos da ditadura militar, sendo observada a ampliação de apoiadores do regime que se manifestam a favor do Estado de Exceção e, não raro, a favor da tortura e da censura. Nesse sentido, é importante a lembrança da criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Constituição de 1988. Em seu artigo 5, é declarado expressamente proibida a prática de torturas ou qualquer tipo de tratamento cruel, desumano e degradante. O documento considera a tortura crime inafiançável e destaca o direito ao acesso à Justiça, liberdade, segurança, dignidade humana e todos os direitos relacionados como cidadão na sociedade. Considerando esse contexto e situação problema, bem como Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, em seu artigo 6º, parágrafo I, que indica ser dever do jornalista  opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos , decidiu-se pela adoção da obra  Mulheres que Foram à Luta Armada , como base para a produção de radiodrama para a disciplina Redação de Jornalismo Radiofônico, do curso de Jornalismo da Universidade do Sagrado Coração, no segundo semestre de 2018, cuja metodologia e produção são descritas a seguir.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto  Resistência: substantivo feminino foi desenvolvido a partir de discussões em sala de aula e do interesse individual de cada integrante sobre a importância do tema Ditatura Militar. Isto porque, apesar de o Brasil ter vivido um período de repressão há mais de 50 anos, o assunto permanecia em pauta, como observado na ocasião da atividade, realizada no segundo semestre de 2018, ao longo das aulas de Redação de Jornalismo Radiofônico. Após a escolha do tema, o grupo decidiu adotar o livro  Mulheres que Foram à Luta Armada , de Luiz Maklouf Carvalho, como referência para o desenvolvimento do projeto radiofônico. A obra já havia sido abordada em sala de aula pela professora mestre Daniela Bochembuzo, orientadora deste trabalho, durante estudos sobre história do Jornalismo do Brasil, no primeiro semestre de 2018, e causado grande comoção entre os alunos, principalmente a partir da leitura oral de trechos da obra contendo relatos de vítimas de tortura. A escolha somente de relatos femininos não foi uma coincidência. O grupo quis evidenciar a violência sofrida pelas mulheres e o quanto as torturas e mortes foram momentos assombrosos para elas, considerando, ainda o contexto de feminicídio no Brasil. Tal decisão encontra defesa em Robert McLeish, na obra  Produção de Rádio (Editora Summus Editorial, 2001), para quem  A peça radiofônica trata de conflitos e soluções, relacionamentos e sentimentos que motivam as pessoas, que conduzem os eventos e são por eles conduzidas (Supra Cit., p. 179). Para a execução da atividade, como métodos, o grupo se amparou em pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, que permitiram a revisão da literatura e de documentos existentes sobre os temas Ditadura Militar, Direitos Humanos, Deveres do Jornalista e Técnicas de Produção em Rádio e Radiodramaturgia. Ao longo da pesquisa, o grupo constatou que o embasamento teórico e documental comprovavam a relevância e pertinência do tema e da obra e, tal como preconiza Ida Regina C. Stumpf, em artigo publicado no livro  Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação (Editora Atlas, 2012), permitiam selecionar ideias, mantendo aquelas mais pertinentes à atividade, uma proposta da radiofonização, cujo objetivo é  ter as ideias originais recriadas na mente do ouvinte (MCLEISH, 2001), de forma a instigar o diálogo mental e propiciar que o conteúdo radiofônico pudesse se dirigir individualmente a cada pessoa que o escutasse, sensibilizando-a e motivando a reflexão sobre o assunto abordado. Nesse processo, por conta da natureza do áudio, foi considerado que a linguagem radiofônica deveria ser composta por música, efeitos sonoros, vozes e silêncio, como explica Luiz Artur Ferraretto, na obra  Rádio  Teoria e Prática (Editora Summus Editorial, 2014), traduzido nas pausas e velocidades da interpretação, todos amparados em um texto no formato script, que sinalizasse comportamentos, climas psicológicos e cenários (MCLEISH, 2001), e sempre levasse em consideração as características do suporte, que, no caso do áudio, pressupõe uma mensagem escutada de forma marginal e que se completa na audição do ouvinte, como sustenta André Barbosa Filho, no livro  Gêneros Radiofônicos (Editora Paulinas, 2009).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tendo como referência a obra  Mulheres que Foram à Luta Armada e sua leitura por completo, para a produção do radiodrama  Resistência: substantivo feminino foram selecionados relatos considerados pelos integrantes e pela professora como os mais impactantes. Como parte do processo de radiofonização, alguns trechos foram adaptados para serem adequados à linguagem radiofônica e à estrutura de layout descrita por McLeish (2001). Dessa forma, o script foi estruturado pensando-se em cada momento e em cada fala. Cada ideia ou entonação de voz foram minuciosamente calculadas, para assim, trazer o resultado esperado, que era a manutenção de um clímax permanente ao ouvinte, considerado o diferencial do produto. Isto porque, segundo McLeish (2001, p. 180),  A essência de uma boa história é querer descobrir o que acontece no final [...] O elemento que tende a nos interessar mais é a resolução do conflito e, como isso ocorre ao final . No radiodrama em questão, os conflitos se sustentam ao longo de grande parte da dramatização, e não somente em um único momento. Dessa forma, o ouvinte mantém-se sob clímax contínuo, cuja tensão tende a favorecer que permaneça intrigado pela história e seu desenrolar. Visando esse estado permanente de clímax, a aproximação com a realidade e considerando que a interpretação deve transmitir naturalidade para convencer (FERRARETTO, 2014), foram convidados colegas do curso de Artes Cênicas  habilitação em Educação Artística e do curso de Artes da Universidade do Sagrado Coração (USC) para que interpretassem os personagens do script, de forma a propiciar diálogos precisos e impactantes. Estudantes de outros cursos que também estudam teatro paralelamente à graduação, ou que se identificaram com o tema, foram convidados para participação com vozes e reações dos personagens. O produto também contou com a participação de integrantes do grupo autor da obra. No total, para a produção do radiodrama, houve a apoio de doze participantes. Os personagens de quatro torturadores foram encenados por Caio Oliveira, Gabriel Cazzone, Leonardo Smith e Rodrigo Machado. O jornalista Luiz foi interpretado por Leonardo Colombo. E, por fim, as sete mulheres torturadas foram encenadas por Camila Freitas, Heloísa Garcia, Isabela Castilho, Izadora Martiniano, Stéfani Campos, Thais Ferreira e Verônica Costa. Depois da redação do script e seleção das vozes, foram realizados ensaios e, posteriormente, feitos dois dias de gravação nos estúdios do Laboratório de Rádio da USC. Visando gravar as reações dos personagens ou corrigir algum erro na fala ou no audiovisual, novas gravações foram executadas. De posse de todo o material gravado, acompanhado do técnico do laboratório, Leandro Cayres Zacarim, para finalização do projeto, o produto foi editado e finalizado, totalizando 23 minutos e 31 segundos de produto. Avalia-se que o objetivo de retratar as torturas sofridas por mulheres durante a ditadura militar brasileira de 1964 a 1985 por meio de um radiodrama tenha sido atingido, permitindo ao ouvinte sensibilizar-se com a temática e refletir sobre os efeitos nefastos desse Estado de Exceção no Brasil sobre sua população e sobre a democracia. Como futuros jornalistas, estes autores acreditam ter cumprido seu dever ético em defesa dos direitos humanos. Ditadura nunca mais!</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>