ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00236</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Em busca do recomeço: relatos de uma família venezuelana no Espírito Santo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Karen Nascimento Benício (Faesa Centro Universitário); João Pedro Quiuqui de Almeida (Faesa Centro Universitário); Matheus Metzker Vieira (Faesa Centro Universitário); William Silva de Oliveira (Faesa Centro Universitário); Ana Helvira Fermiano Meneguelli (Faesa Centro Universitário)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Tendo a fuga como principal, senão, a única forma de sobreviver, os venezuelanos vêm para o Brasil na procura de condições básicas de vida que, porventura, não encontram no lugar de origem. O país latino-americano enfrenta fortes crises política, econômica e humanitária por consequência do antigo governo de Hugo Chávez e o atual autoritarismo de Nicolás Maduro. A instabilidade se intensificou em março de 2017, após o presidente ordenar que o Tribunal Superior de Justiça (TSJ) assumisse as funções da Assembleia Legislativa Nacional e suspender a imunidade dos deputados. A população, nesse contexto, sofre com disputas entre apoiadores e opositores do regime, violência, alta inflação, desvalorização da moeda, falta de alimentos, remédios e produtos de higiene. Atualmente, cerca de 96 mil refugiados e migrantes da Venezuela estão em terras brasileiras, segundo uma pesquisa (fevereiro, 2019) realizada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Diante desse cenário, devido às estratégias governamentais e até iniciativas da própria sociedade, foram criados projetos de interiorização para desafogar Roraima - principal destino por dividir fronteira - e realocar o fluxo populacional. A família Blanco foi um dos grupos que receberam ajuda humanitária de uma igreja cristã de doutrina Mórmon e faz parte dos 14 refugiados venezuelanos acolhidos no Espírito Santo em 2018, segundo dados da Polícia Federal. Assim, após estudos e apurações jornalísticas, surgiu a ideia para a produção de uma reportagem, em formato de entrevista, para narrar as dificuldades, desafios e superações no percurso de Adriana Blanco, Adrian Blanco e Deyarling Padmore até chegar ao território capixaba. Denominado de  Em busca do recomeço: relatos de uma família venezuelana no Espírito Santo , o produto foi feito em outubro de 2018 como obtenção de nota parcial para a disciplina de Estudos Contemporâneos, do curso de Comunicação Social - Jornalismo do Centro Universitário Faesa. Ele estava inserido em um projeto intitulado  Imigrantes e Refugiados no século XXI , em que seriam colocadas em pauta as principais questões relacionadas aos diversos grupos de imigrantes forçados e refugiados existentes. O objetivo era trazer à tona discussões pertinentes sobre formas de interferência na realidade para indicar possíveis soluções para os problemas encontrados. Além disso, com esse trabalho, o grupo tinha desafios pessoais. Um deles era sair completamente da zona de conforto ao conhecer e aprender com indivíduos de culturas diferentes. Ainda, se pretendia auxiliar na mudança de mentalidade dos capixabas no combate à xenofobia - preconceito e aversão às pessoas advindas de outro país -, facilitar o processo de integração dessa família aos costumes e tradições do Estado e documentar, por meio do audiovisual, uma importante questão de impacto no mundo. Isso porque, enquanto estudantes de jornalismo, entende-se a necessidade de ultrapassar a mera divulgação de informações e atingir espaços de debates, reflexões e mudanças. A imagem, no telejornalismo, contribui para que essas nuances sejam alcançadas e também no desenvolvimento do pensamento crítico de cada indivíduo. Por isso, houve a escolha desse meio de comunicação para retratar a temática dos refugiados venezuelanos. Sebastião Carlos Squirra, em Aprender Telejornalismo  produção e técnica (Brasiliense, 1995), defende que tal artifício do audiovisual permite a fuga da superficialidade de conteúdo e é resultado da capacidade de convencer, expressar e dramatizar. Diante do exposto, é perceptível a necessidade de fornecer holofotes sobre a questão dos refugiados venezuelanos no Brasil e, sobretudo, no Espírito Santo. É parte integrante do jornalismo humanizar, aprofundar informações além dos dados estatísticos triviais e cobrar mudanças por parte de esferas públicas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na produção de  Em busca do recomeço: relatos de uma família venezuelana no Espírito Santo , foram utilizadas técnicas e metodologias aprendidas na disciplina de Telejornalismo. Dentre elas, o uso de duas câmeras Panasonic AG-HMC80 3MOS do estúdio de TV da instituição para captar diferentes ângulos dos entrevistados, tornar o vídeo dinâmico e transmitir múltiplas sensações ao espectador. Sensações essas que foram vivenciadas pelo repórter, pauteiros e cinegrafistas. O grupo foi motivado a refletir sobre a história e empatia ao próximo, fator intrínseco durante a formação do jornalista. Já no processo de edição, houve a transformação de mais de uma hora de material bruto em apenas 8 47  , por meio do software Adobe Premiere. Nessa fase, foram inseridas as sonoras dos personagens para documentar a informação, cabeças para apresentar e encerrar a reportagem e trilha para fornecer ritmo à narrativa e gerar emoção para o expectador. Além disso, também foram empregados dados estatísticos na apresentação do vídeo para mostrar o número de refugiados no Brasil e Espírito Santo, divisões de temáticas e legendas para facilitar o entendimento do público, tendo em vista que os personagens são de outro país. A possibilidade de construção múltipla da reportagem sobre os refugiados é condicionada pelos avanços no telejornalismo. Segundo Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima, no livro Manual de Telejornalismo: os segredos da notícia na TV (Elsevier, 2002), o telejornalismo não é mais o mesmo na sociedade da informação e por isso, o jornalista precisa estar preparado para uma nova época em contínua construção. Ou seja, a tecnologia é um recurso que permite auxiliar nas diferentes formas de expor fatos no jornalismo para a televisão. Entretanto, independente da maneira como é veiculada, a reportagem deve seguir os princípios básicos. Eliane Brum, no livro O olho da rua: uma repórter em busca da literatura da vida real (Arquipélago, 2017), traz a ideia que tal artifício jornalístico deve representar um documento, testemunho da vida cotidiana. E, por isso, o repórter precisa sentir o peso da responsabilidade e ter precisão ao registrar a história do presente, já que lida com seres humanos. No jornalismo, esses seres humanos são chamados de fontes e possuem grande importância na produção de uma boa reportagem. Neste trabalho, os refugiados venezuelanos, a Organização das Nações Unidas, a Polícia Federal e TV Gazeta, afiliada da Globo no Espírito Santo, foram as fontes de informação. No que tange às entrevistas, Nilson Lage, no livro A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística (Record, 2006), as classifica como ritual, temática, testemunhal e em profundidade. O modelo utilizado para produzir essa reportagem foi o em profundidade, pois trata-se de apresentação de fatos contados a partir de depoimentos e impressões dos entrevistados. Esses, segundo Lage (2006), devem ser ambientados pelos que ficam atrás das câmeras, já que a entrevista televisiva extravasa a intimidade dos mesmos a partir dos gestos, expressões e olhares. Tal comportamento de ambientação foi realizado pelo grupo com a Família Blanco antes de iniciar as gravações para que eles se sentissem à vontade. Além disso, prevaleceu a ética, princípio básico do jornalismo. Ela deve reger a pauta, produção, execução do produto e também incluir a pós-produção. Por isso, ao final das gravações foram recolhidas assinaturas documentadas da Adriana, Deyarling e Adrian e explicado cada detalhe das diretrizes estabelecidas. Diretrizes essas que se baseavam na autorização pelo uso de imagem dos envolvidos em âmbito acadêmico sem ganho comercial e porventura em congressos de Comunicação. Ainda, o agir eticamente ocorreu em momentos de gravações, de modo que as fontes pediram que determinado assunto não tivesse tanto enfoque. Ações que deixam evidente que o respeito prevaleceu no desenvolvimento desse produto, como deve ser feito em qualquer atividade jornalística.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O grupo buscou pessoas que representassem exatamente os objetivos e as pretensões definidas e arquitetadas na elaboração do projeto sobre refugiados. Nessa busca, a família Blanco nos foi apresentada em uma matéria na TV Gazeta, afiliada da Rede Globo no ES. Ao assisti-la, houve o desejo de ir além. O jornalismo diário televisivo não condiciona tempo suficiente para o aprofundamento de uma temática social devido a gama de pautas e pela prioridade ao factual. E, por isso, foi desenvolvida essa reportagem com mais detalhes sobre as dificuldades enfrentadas pelos refugiados venezuelanos no país de origem, os desafios e as conquistas no território brasileiro e capixaba. A história da família Blanco, retratada no vídeo, se inicia no Brasil em 2016, quando Adriana necessitava fazer uma cirurgia no útero e a Venezuela não oferecia recursos suficientes para operá-la. Sozinha e movida pela esperança de realizar os procedimentos, ela se mudou para Roraima. Nesse estado, encarou intensas dificuldades, sobretudo a xenofobia. Ela não tinha o trabalho reconhecido e recebia menores salários por apenas ser de cultura diferente. Mas, a melhoria de vida veio e se deu pela ajuda humanitária de uma igreja na região que oferecia condições básicas de sobrevivência aos refugiados. Com essa ajuda, conseguiu aos poucos trazer o restante da família. A mãe de Adriana, o filho Adrian e a amiga Deyarling também conseguiram vir para o Brasil. Em 2018, a igreja auxiliou novamente para que pudessem mudar e assim, se estabilizar no Espírito Santo. O primeiro contato do grupo com os refugiados foi realizado por meio do telefone após conseguir o número com o repórter responsável pela matéria na TV Gazeta. Posteriormente, iniciou-se a pré-apuração com a realização de perguntas pertinentes para formular o roteiro de filmagem. Após tudo definido, de comum acordo, as fontes foram ao encontro da equipe de produção no ambiente acadêmico. Pelo entendimento das limitações dos personagens no que se referia a questões financeiras e localização geográfica em Vitória, já que ainda estavam se habituando ao novo espaço, o grupo pensou em cada detalhe do trajeto até o destino final. Assim, o mesmo se prontificou em oferecer transporte, alimentação e todo suporte para transmitir segurança e conforto àqueles que estavam dedicando um tempo do dia para contar histórias e evocar transformações sociais pelas palavras. As gravações ocorreram no dia 5 de outubro de 2018 no estúdio de televisão do Centro Universitário Faesa. O local foi escolhido como forma de trazer seriedade e mais importância ao assunto que seria abordado. Após as fontes chegarem, houve novamente diálogo para o grupo conhecer mais sobre elas e apurar outras informações pertinentes que poderiam ser utilizadas no decorrer da entrevista. Isso porque segundo Cremilda de Araújo Medina, no livro Entrevista: o diálogo possível (Ática, 1995), o entrevistado mergulha em atalhos, caso saiba aproveitar e não tenha medo de ultrapassar limites profissionais, o repórter embarca e se deleita em cada um deles. Dessa forma, tudo foi pensado e desenvolvido de forma estratégica e aliada aos preceitos que norteiam a vida futura do exercício da profissão. Prova disso é que o grupo fez questão de manter o contato com a Família Blanco após o término da reportagem, apresentar o produto pessoalmente e obter feedbacks. Ademais, o relacionamento com as fontes prevalece para atualizar sobre as novidades e vitórias que eles alcançaram. A oportunidade de contar uma história como essa dos refugiados proporciona aos estudantes de jornalismo ir além das temáticas sociais. É um pontapé para gerar debates, reflexões e, porventura, ser um meio de transformação da realidade. Realidade, muitas vezes, cruel, difícil de ser traduzida e repassada aos outros, mas também é imprescindível fornecer devidos holofotes a mesma, enquanto papel de um comunicador. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>