ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00242</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Por Trás das Grades: O Silêncio Sobre os Presídios Femininos no Brasil</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Natalia Vicente Teixeira (Faesa Centro Universtário); Gabriel Barros da Silva Eduardo (Faesa Centro Universitário); Maria Emilia Pelisson Manente (Faesa Centro Universitário); William Silva de Oliveira (Faesa Centro Universitário)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolvido como trabalho final da disciplina de Técnicas de Apuração, Entrevista e Pesquisa, ministrada pela professora Maria Emília Pelisson Manente, presente na grade curricular do segundo período do curso de Jornalismo do Centro Universitário Faesa, a videorreportagem para mídias digitais, foi realizada a partir da leitura do livro Presos Que Menstruam, da jornalista-ativista Nana Queiroz (Editora Record, 2017). O livro narra histórias reais de detentas e ex-presidiárias, além de descrever o cotidiano do sistema carcerário feminino no país. A partir das histórias de vida das personagens, a autora aborda a representação feminina, o humanitarismo, o sistema carcerário feminino brasileiro e a negação dos direitos básicos das presidiárias. A leitura despertou o interesse pelo aprofundamento no tema, o que acarretou em uma pesquisa para a produção da videorreportagem. Partindo da ideia de que os problemas do sistema carcerário brasileiro é pouco discutido socialmente, em especial dos presídios femininos, este trabalho tem como o objetivo sensibilizar o público e construir um diálogo reflexivo que leve ao aprimoramento do senso crítico ao levantar questões desumanas, vivenciadas pelas detentas nos presídios, A título de exemplo, podemos citar a superlotação e a privação de direitos básicos como  a dignidade da pessoa humana garantida no Art. 1º, inciso III, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, e que diversas situações como as narradas na videorreportagem, são violadas. O Brasil vivencia uma intensa crise no sistema carcerário. Com frequência, presidiárias sofrem com a supressão de serviços básicos, como atendimento médico, a falta constante de medicamentos e itens de higiene pessoal, sem mencionar a superlotação dos presídios do país. A situação desumana pode ser considerada ainda mais grave quando analisamos questões relacionadas à falta de respeito e de empatia pelo ser humano. Falas sociais como  bandido bom é bandido morto ou  direitos humanos para humanos direitos apontam claramente a invisibilidade do ser humano que está dentro do sistema carcerário e reforçam a necessidade de reavaliação do sistema prisional brasileiro. Dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) de 2016, período em que o livro de Nana Queiroz teve a sua sétima edição publicada, revelam que os presídios brasileiros têm sua taxa de ocupação de 197,4%, número muito superior às vagas ofertadas pelo sistema. No Espírito Santo, a taxa chega a 144,7%. Ao discutir a situação do sistema, é importante ressaltar que cerca de 40,2% dos detentos tem a sua liberdade privada sem condenação por qualquer tipo de crime. O levantamento elaborado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, apresenta informações sobre o sistema penitenciário brasileiro entre Dezembro de 2015 e Junho 2016, além de um panorama em relação aos anos anteriores. É importante destacar também a discrepância entre o número de homens e mulheres que têm suas liberdades privadas. No Espírito Santo cerca de 18.315 mil homens estão encarcerados e 1.098 mulheres se encontram na mesma situação. Quanto se trata da média nacional o número chega a 648.860 homens e 41.087 mulheres estão no sistema prisional. Esses números desconsideram pessoas detidas em delegacias. O perfil dos presidiários apresentados pelo Infopen demonstra outros problemas, como a baixa qualidade e falta de interesse na educação no país, pois cerca de 61% das pessoas presas não possuem ensino fundamental completo. Outros dados que se destacam é que a maioria da população carcerária, 64%, é negra, e 55% são jovens entre 18 e 29 anos. Em junho de 2018, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) apresentou o projeto Sistema Prisional em Números, que analisa a situação carcerária no país e no mundo. O estudo classifica o Brasil como o terceiro maior país em taxa de ocupação dos presídios, com os 197,4%. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A leitura do livro Presos Que Menstruam resultou num conhecimento sobre o tema, e despertou um interesse para compreendê-lo, tornando necessária a busca por dados da organização do sistema penitenciário, através de fontes ligadas direta ou indiretamente ao assunto pouco discutido na sociedade atual. A realização do trabalho começou com uma pesquisa descritiva-explicativa, e de técnicas aprendidas em sala de aula, tais como, conhecimento do tema, o planejamento, a apuração feita através de dados fornecidos pelo sistema, a construção da pauta, as orientações dos professores, a reserva de equipamentos, a gravação de imagens explorando os movimentos de câmera e diversidade nos planos, os enquadramentos, a construção do texto, as dramatizações elaboradas a partir do livro e as entrevistas pré-agendadas com profissionais das áreas de assistência social, antropologia e direito penal, a edição e finalização da videorreportagem. O projeto conta ainda com o apoio técnico da disciplina de Linguagem Audiovisual, ministrada pelo professor William de Oliveira, presente na grade curricular do segundo período do curso, que exerceu a função de suporte para a produção da videorreportagem para mídias sociais, em que os alunos exploram o processo desta linguagem. Segundo Deise Ribeiro Carvalho e Verônica Almeida de Oliveira Lima, no artigo A utilização de elementos multimídia no jornalismo digital: Um raio-x do especial  Crime Sem Castigo - Tudo Sobre o Contrabando no Brasil da Folha de São Paulo (Universidade Federal da Paraíba, 2016) a utilização de vários recursos que o meio digital possibilita, a reportagem produzida estabelece um laço de combinações de linguagens, em que a criatividade do jornalista, aliada a essa exploração de recursos, cria um novo modo de fazer jornalismo, onde a estética visual aliada ao tema exposto tem a capacidade de atrair o leitor/internauta que está constantemente em busca de novidades na internet. As dramatizações apresentadas no produto final são baseadas em histórias reais, e foram retiradas do livro. A interpretação conta com a participação de três alunas do curso de Jornalismo da Faesa que colaboraram com o projeto. As entrevistas foram realizadas entre setembro e outubro de 2018. Foram entrevistados o psicólogo Fábio Nogueira, que supervisiona um projeto de assistência social na Penitenciária Feminina de Cariacica/ES, o professor, antropólogo e coordenador do projeto de Extensão do Centro Universitário Faesa, Virando a Página, que realiza atividades sociais no Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha/ES, Antônio Alves de Almeida, e coordenadora de direito penal e defensora pública do Espírito Santo, Roberta Ferraz. A utilização destas fontes e a dramatização de algumas histórias das presidiárias narradas por Nana Queiroz são formas que encontramos de construir o debate da narrativa jornalística. Para Nilson Lage, no texto A Reportagem: Teoria e Técnica de Entrevista e Pesquisa Jornalística (Editora Record, 2003), a matéria jornalística pode surgir pela observação direta do repórter, entretanto, a maioria contém informações fornecidas por instituições ou personagens que testemunham ou participam de eventos de interesse público. São o que se chama de fontes. É tarefa comum dos repórteres selecionar e questionar essas fontes, colher dados e depoimentos, situá-los em algum contexto e processá-los segundo técnicas jornalísticas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A temática deste trabalho segue os princípios de reportagem apresentados por Lage (Editora Record, 2003), uma vez que  Não se trata apenas de acompanhar o desdobramento (ou fazer a suíte) de um evento, mas de explorar suas implicações, levantar antecedentes - em suma, investigar e interpretar . A busca por fontes que pudessem esclarecer o modo como o sistema funciona, e que estivessem a fim de falar sobre as dificuldades enfrentadas pelas detentas fez com que a pesquisa de campo ganhasse a proporção de poder contribuir para a formação e o crescimento do senso crítico por meio das mídias digitais. A videorreportagem apresentada aqui começa com manchetes que foram publicadas em jornais e sites e que denunciam questões desumanas das presidiárias que sofreram abusos e violências dentro dos presídios. Também foi utilizado o recurso das dramatizações de situações descritas na obra de Nana Queiroz para enfatizar a situação vivenciada pelas mulheres nos presídios. As dramatizações foram feitas em forma de depoimentos e são apresentadas no vídeo entre as entrevistas realizadas. As dramatizações foram gravadas no estúdio de televisão do Centro Universitário Faesa, e foi possível explorar os recursos técnicos como a utilização do fundo preto e iluminação centralizada. Nas entrevistas utilizou-se a filmadora da Panasonic, modelo AGC8. O trabalho causa uma inquietação no público, fazendo com que ele possa enxergar o sistema carcerário de uma nova maneira, questionando a situação apresentada por diferentes ângulos, como por exemplo, os motivos que levaram as pessoas a estarem naquela situação. No vídeo, é possível identificar essa situação através das histórias das personagens Safira e Aline, apresentadas no livro e nas dramatizações. Assim como a obra de Nana Queiroz, o vídeo propõe uma reflexão da sociedade contemporânea. O trabalho jornalístico neste contexto, não se resume em apenas criar e transmitir uma ideia, mas organizar visando uma interpretação clara da mensagem. Segundo Lage (Editora Record, 2003),  além de saber redigir informações de imprensa ou como contá-las nos meios audiovisuais, [o jornalista] deve descobrir como fazê-las à mente de seu público . Para reforçar os dados apresentados pela autora, utilizou-se a fala dos entrevistados Antônio Alves de Almeida, que reforça o entendimento dos conceitos de Direitos Humanos em sua entrevista, assim como Roberta Ferraz que atesta os direitos legalmente reconhecidos no Código Penal Brasileiro. Já Fábio Nogueira, descreve o comportamento psicossocial das detentas, em especial das mulheres que têm filhos. Para alinhar todas essas ideias foram necessárias decupar a fala de cada entrevistado e elaborar o roteiro para a edição que foi realizada no programa Adobe Premiere Pro CC 2018. A finalização contou com uma trilha sonora escolhida no sentido de reforçar o drama vivido pelas presidiárias brasileiras. O produto final intitulado  O Silêncio Sobre os Presídios Femininos no Brasil tem o seu arquivo no formato High Definition YouTube 1080p e foi publicado no Youtube e compartilhado em outras redes sociais para impulsionar a sua visualização e possibilitar que um público maior tenha contato com o seu conteúdo. Estudos sobre o jornalismo na era digital apontam as transformações em sua narrativa. Carlos Castilho e Francisco Fialho, no texto O Jornalismo Ingressa na Era da Produção Colaborativa de Notícias (Editora Sulina 2013),  essa nova modalidade de produção de conteúdos textuais, sonoros e visuais [...] passa a ter uma função ainda mais importante do que a de gerar notícias . Esse modelo de construção de narrativa jornalística herda a tradição da colaboração comunitária, em que a o fato torna-se secundário, e o desencadeamento que surge dele é evidenciado. Por tal razão, o meio da internet foi escolhido para publicação do produto final visando o debate que se estabelece.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>