ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00315</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Perfil - Vida Marcada Pelo Horror da Guerra</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Nina Cristina Wyatt Herzog (FAESA Centro Universitário); Valmir Matiazzi (FAESA Centro Universitário)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolvido como atividade da disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso do curso de Jornalismo do Centro Universitário Faesa, o trabalho consiste em um perfil jornalístico da imigrante italiana Nerina Bortoluzzi Herzog. Intitulado como  Vida marcada pelo horror da guerra . O material apresenta detalhes da trajetória de Nerina, que chegou ao Brasil quatro anos após o término da 2ª Guerra Mundial. Assuntos relacionados à 2ª Guerra sempre são de interesse público e são muito retratados em filmes, livros e séries de televisão. Seja pelas atrocidades ou pelo alto grau de complexidade, é um momento histórico de grande repercussão social e que provoca nas pessoas sentimentos como raiva, tristeza, empatia, incompreensão. A história da perfilada e apresentada no perfil foi marcada não apenas pela guerra, mas, também, por diversas lutas pessoais que também podem ser consideradas guerras. A busca pelo perfil foi um desafio lançado aos alunos para publicação no jornal Laboratório Tendências. A ideia foi praticar todas as etapas de produção de um conteúdo jornalístico (escolha do perfilado, justificativa, produção da pauta, entrevista, produção de fotos e escolha de fotos de arquivo, redação do texto e editoração). Sendo assim, a produção do perfil acaba mostrando uma interdisciplinaridade (fotojornalismo, produção visual para impresso e laboratório de jornalismo impresso). O material produzido foi publicado no jornal Tendências, na edição de número 118, no ano de 2018, na página 3. No início foi oferecido aos alunos a liberdade de escolher o perfilado a partir de vivências e gostos pessoais desde que fosse apresentado um personagem com uma história impactante e de valor social e cultural que atenda os critérios jornalísticos. Para que esse processo de seleção acontecesse, foi necessário compreender os critérios de noticiabilidade, que são definidos por Nelson Traquina, na obra Teorias do Jornalismo: porque as notícias são como são (Insular, 2005) como o conjunto de valores-notícia que determinam se um assunto é susceptível de ser tornar notícia. Os critérios de proximidade, interesse humano, atualidade e interesse público foram os norteadores para escolha do perfilado e produção do perfil. Neste caso, o perfil, para Vilas Boas, no livro  Perfis: e como escrevê-los (Summus, 2003) cumpre um papel importante que é gerar empatias. É a preocupação com a experiência do outro, a tendência a tentar sentir o que sentira se estivesse nas mesmas situações e circunstâncias experimentadas pelo personagem. Vilas Boas (2003) garante ainda que sem a literatura, o perfil não chama a atenção do leitor. Assim, Nerina foi escolhida devido a sua história de luta e de superação, que retrata um período difícil da história da humanidade e que décadas depois ainda tem relevância cultural, social e histórica. Sendo Nerina uma sobrevivente da 2ª Guerra Mundial, a sua voz é de grande importância na narração do fato, sendo bastante explorada de modo a humanizar e a aprofundar o conteúdo do texto. O perfil de Nerina é a possibilidade de dar visibilidade também a milhares de outras vozes que permanecem com suas histórias no anonimato da sociedade. Histórias de dor, de luta e de sobrevivência. Cada uma inserida dentro de uma determinada realidade, que precisa ser vista e conhecida também por quem não a vivenciou. A história da imigrante é exemplo de resiliência de tempos que nunca devem ser esquecidos. Além disso, é importante ressaltar que o Espírito Santo recebeu muitos imigrantes italianos após a 2ª Guerra, o que influenciou na cultura e nas tradições do Estado. Contudo ela venceu também num mundo cercado pela desconfiança para com o imigrante. Nerina foi escolhida também devido a sua história de sobrevivência em uma sociedade machista e patriarcal em que as mulheres sempre foram silenciadas e subjugadas. Sendo assim, a voz de Nerina retrata a luta e a resistência de mulheres em um tempo onde as questões de gênero eram menos debatidas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A 2ª Guerra Mundial é um dos momentos mais importantes e mais cruéis da história da humanidade. Entre 1939 e 1945, o mundo vivenciou momentos de horror, o que resultou em destruição, miséria e morte. A Itália, a Alemanha e o Japão formaram a aliança  Países do Eixo . A missão era vencer os  Países Aliados , comandados pelo Reino Unido, EUA e União Soviética. Italianos e alemães contrários aos governos de Mussolini e Hitler foram perseguidos e presos durante o período. Já nos últimos anos da Guerra, a Itália foi invadida pela Alemanha para evitar que o país fosse conquistado pelos Aliados. Muitos italianos foram presos e mortos em campos de concentração alemães. Em maio de 1945, o pouco que restou do exército alemão rende-se e a 2ª Guerra Mundial chega ao fim. Contar a vida da imigrante italiana Nerina Bortoluzzi Herzog é manter vivo esse período histórico da humanidade. O perfil intitulado como  Vida marcada pelo horror da guerra foi publicado na página 3 do jornal-laboratório impresso Tendências, número 118. O jornal é produzido pelos estudantes do 4º período do curso de Jornalismo do Centro Universitário Faesa, mas desde do 2º período o aluno já produz conteúdo para o mesmo. O Tendências está inserido no Projeto Pedagógico do curso desde de 2003, ano de criação, e possuiu 120 edições. Ao todo são oito publicações anuais. O jornal tem 8 páginas e todas são coloridas. Foi necessário a utilização do método da história oral para colher os dados direcionar o que foi contado pela personagem. De acordo com José Carlos Meihy, no livro Manual de história oral (Loyola, 2002), a história oral é usada para a elaboração de documentos e estudos relacionados à experiência social de pessoas e de grupos, além de que ela é sempre uma história no tempo presente. Meihy (2002) reforça que a história oral é destinada a recolher testemunhos, promover a análise de processos sociais do presente e favorecer estudos de identidades e memória cultural para estudar a sociedade por meio de depoimentos gravados e transformados em textos escritos. Sendo assim, o perfil jornalístico faz parte do jornalismo literário e busca apresentar parte da história de um determinado personagem a partir de uma narrativa que inclui descrições e fatos sobre a vida da pessoa descrita. Muniz Sodré e Maria Ferrari, na obra  Técnica de reportagem: notas sobre a narrativa jornalística (Summus, 1986) explicam que o perfil jornalístico significa enfoque na pessoa - seja uma celebridade, seja um tipo popular, mas sempre o focalizado é protagonista de uma história: sua própria vida. Assim, a produção do perfil segue, conforme Vilas Boas, no livro  Perfis: e como escrevê-los (Summus, 2003) num caráter literário, que passam a contar as histórias dos personagens, aproximam o leitor da notícia e mostram o lado humano no texto. Para Vilas Boas (2003) ainda a narrativa de um perfil está atada ao sentimento de quem participa e a frieza e o distanciamento são altamente nocivos. No jornalismo literário  inclui o perfil jornalístico, a biografia, o livro-reportagem, a crítica literária, entre outros  é necessário um trabalho árduo por parte do jornalista, que exige percepção, pesquisa, tempo e dedicação. Assim como o próprio nome sugere, o jornalismo literário combina elementos literários, como o uso de símbolos e signos, a voz do próprio escritor e a não-linearidade, com características próprias do jornalismo como a apuração dos fatos e a precisão de dados e informações. Para Felipe Pena, no artigo  O jornalismo Literário como gênero e conceito (Intercom, 2006), o jornalismo literário significa potencializar os recursos do jornalismo, ultrapassar os limites dos acontecimentos cotidianos, proporcionar visões amplas da realidade, exercer plenamente a cidadania, romper as correntes burocráticas do lide, evitar os definidores primários e, principalmente, garantir perenidade e profundidade aos relatos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção de  Vida marcada pelo horror da guerra foi dividida em diversas etapas, que se inicia desde a escolha da personagem até o momento final, quando o perfil foi publicado no Jornal-laboratório Tendências. Nerina foi escolhida principalmente pela de história de relevância e de impacto social e humano. No primeiro momento, houve uma leitura aprofundada de  Nerina - Retratos de um Vida , livro escrito pela entrevistada para conhecer melhor a história e dar um direcionamento a entrevista. As entrevistas aconteceram presencialmente na casa da própria personagem, sendo feita com perguntas semiabertas. Dessa forma, foi possível não apenas obter as respostas das perguntas iniciais como também estender a entrevista, transformando-a em uma longa conversa, em que saíram novas perguntas, respostas, relatos e confissões mais pessoais da entrevistada. Edvaldo Pereira Lima, no livro Páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura (Unicamp, 1995) diz que a entrevista desponta como uma forma de expressão por si, dotada de individualidade, força, tensão, drama, esclarecimento, emoção, razão, beleza. Na casa de Nerina foram feitas também fotos, para enriquecer o perfil. Além disso, foi possível ter acesso a fotos e materiais da época em que a perfilada ainda vivia na Itália. Marilia Scalzo, no livro Jornalismo de Revista (Contexto, 2008) explica que as fotos provocam reações emocionais e convidam a entrar no texto, no caso o perfil. Por isso a escolha de usar cinco imagens fotográficas na diagramação da página para contextualizar a infância, a juventude, a fase adulta e a terceira idade. Após a entrevista, foi preciso apurar as informações e selecionar quais entrariam no perfil. A escolha se deu a partir do impacto e importância que o fato teve na vida da personagem. Os casos em que Nerina demonstrou mais emoção na hora de contar foram selecionados para serem descritos no texto. Outro critério usado para a seleção da informação foi o ineditismo. Fatos da vida de Nerina que não foram anteriormente apresentados em sua autobiografia foram retratados no perfil. O livro  A Guerra não tem rosto de mulher (Cia. Das Letras, 2016), da jornalista e escritora bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, foi uma das principais referências para a construção narrativa do perfil. A obra é uma coletânea de relatos de mulheres soviéticas que viveram e lutaram no Exército Vermelho durante a 2ª Guerra. Os relatos presentes no livro são de enorme carga emocional e refletem, como os relatos de Nerina, os horrores do período e os impactos na vida de uma mulher. Nerina em muitos momentos da entrevista e da autobiografia fala sobre os detalhes escondidos da guerra feminina, como, por exemplo, a dor da espera pelo pai que partiu para lutar na guerra ou barulho das bombas. É importante ressaltar também que na época Nerina era uma criança e muitas dessas questões ganham ainda mais força e sentimento. O resultado final do perfil, cujo título é  Vida marcada pelo horror da guerra , é 14 parágrafos e uma linha-fina que resume a história da imigrante italiana:  MEMÓRIAS. Sobrevivente da 2ª Guerra Mundial, Nerina Bortoluzzi Herzog, 82 anos, relembra os tempos de criança na Itália e o início da vida no Brasil. Ela escreveu um livro para eternizar os momentos . Para que a leitura ficasse mais fácil e agradável, foi usado três intertítulos ao longo do texto para dar respiro ou a mudança de assunto dentro do texto. Foi usado ainda a  lei da alternância na construção textual. Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari, no livro técnica da reportagem: notas sobre a narrativa jornalística (Summus, 1986) explicam que uso de citação direta e indireta é um estilo para manter o texto vivo e com ritmo. Para desenvolver o texto utilizou-se uma linguagem que envolve o jornalismo e o jornalismo literário. Os preceitos éticos e de respeito a fonte foram norteadores da construção do produto. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>